quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CINE VIDEO UBATUBENSE : 2008 : CLODOVIL VISITA A CÂMARA MUNICIPAL DE UBATUBA -SP

Travessia Internacional de Ubatuba será o destaque esportivo do mês de maio

Cartaz de 1969, resquícios da era Ciccillo



Atletas de Ubatuba terão inscrição gratuita até o dia 3




A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Ubatuba deu início aos preparativos para a 36ª Travessia Internacional de Ubatuba, que acontece no próximo dia 15 de maio. O secretário Bittencourt Jr. não mede esforços para que a prova tenha o mesmo brilho do passado, quando os grandes clubes do país e do exterior tinham na Travessia uma de suas principais provas do calendário. “Vamos trabalhar para trazer de volta o glamour que a prova teve nos anos 60 e 70, quando as equipes mandavam sua força máxima a Ubatuba. O melhor nadador brasileiro dos anos 70 e 80, Djan Madruga, vinha disputar a prova, além de atletas de outros países, como Espanha, Líbano e Argentina”, disse o secretário.

Uma das maiores preocupações do secretário é quanto à segurança dos atletas, sempre elogiada nas etapas de Ubatuba. “Estamos em contato com o Tamoios Iate Clube para garantir a demarcação de área e apoio aos competidores. Todos encontrarão a infra-estrutura necessária, como salva-vidas, assistência médica, frutas, além do apoio na água e em terra”, garantiu Bittencourt.

A prova, que também é válida como quarta etapa do circuito paulista de maratonas aquáticas, será disputada com percursos de 1000 (largada da praia do Matarazzo), 3000 (largada do Cais) e 9400 metros (largada do Perequê Açu), todas com chegada na praia do Cruzeiro, em frente ao centro de informações turísticas.

A Secretaria estará inscrevendo atletas interessados em participar da prova gratuitamente até a próxima terça-feira, dia 3. Para isso basta procurar o professor José Eduardo na Piscina Municipal das 6h30 às 11h30 e das 14 às 22 horas.



História



A travessia foi idealizada em 1959, pelo Grêmio Estudantil 28 de Abril, do então Ginásio Capitão Deolindo, na época presidido por Justo Arouca. Em 29 de maio de 1960, dezoito nadadores partiram do Perequê Açu para um percurso de 3.100 metros. O campeão da primeira travessia foi Ronaldo Gonçalves Duarte. Em 1963 a comissão de Esporte da Prefeitura Municipal de Ubatuba assumiu a organização da prova, o que regionalizou a competição. A Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo do Estado de São Paulo incluiu a prova no calendário oficial de eventos em 1968 e no ano seguinte, já com a organização da Federação Paulista de Natação a prova assumiu caráter internacional. O evento deixou de ser realizado entre 1978 e 1983.



Curiosidades



· O primeiro atleta estrangeiro a vencer a prova foi um argentino em 1969: Daniel Sepikura do clube Gimnasia y Esgrima.



· Os argentinos dominaram a prova entre 1969 e 1974. Djan Madruga quebrou a escrita em 1975



· Em 1967 aconteceu um empate na prova masculina: Kenishi Tozaki (A.A. Ubatuba) e José Antônio Ribeiro da Silva (S.C. Corinthians Ptª) foram declarados campeões. Outro empate aconteceu em 1973 na prova feminina Fátima de Jesus Cesar (Corinthians) e Liliana C. Codaro (C.M. Buenos Aires, Argentina), terminaram em primeiro.



· A primeira participação feminina foi em 1971 e a vitória foi de Fátima de Jesus Cesar (Corinthians)



· O primeiro atleta a vencer a prova de 9.400 metros foi Delmar S. Corrêa do C.R. Tietê.



· Os atletas que saiam do Perequê Açu gritavam seus números a um fiscal que anotava sua passagem pelo Cais para evitar que alguém cortasse caminho. Esse controle permanece até hoje (em algumas provas há o controle eletrônico através de chip).



· O ex-presidente do Corinthians, Vicente Matheus participou da cerimônia de premiação em 1974 quando a equipe dominou a prova feminina, conquistando primeiro e segundo lugares.



· Em 1984 um atleta se recusou a sair do mar após o encerramento da prova o que causou um certo tumulto. Por três vezes uma lancha foi enviada para buscar o nadador, até que depois de muito tempo ele resolveu sair do mar, sob protestos da organização.



· Ainda em 1984, Abílio Couto, primeiro brasileiro a atravessar o Canal da Mancha participou da Cerimônia de premiação.



· Os vencedores da Travessia em 2004 foram Glauco Luiz Oliveira Rangel e Liz Jandui Soares Baptista, em prova que reuniu aproximadamente mil atletas.

Fonte: Assessoria de Comunicação PMU

2005 : Homenagem à Defesa Civil de Ubatuba


Membros da Defesa Civil de Ubatuba homenageados na Câmara



O vereador Ricardo Cortes (PV) homenageou os integrantes da Defesa Civil de Ubatuba, na sessão de Câmara do dia 19 de abril.

Na Moção de Congratulações, o vereador destacou o brilhante trabalho dos voluntários que sempre se desdobram para atender a todos. Ricardo Cortes lembrou a luta dos homens e mulheres, "que não medem esforços para atuar em locais isolados e de difícil acesso", como, por exemplo, na ocasião das chuvas fortes que transtornaram a cidade.

A marca da solidariedade da Defesa Civil, segundo o vereador, está presente no dia a dia e vai desde a limpeza das casas, depois de um alagamento, até o socorro de pessoas ilhadas e o transporte dos feridos ao hospital.

Ricardo Cortes reuniu, nesta Moção de Congratulações à Defesa Civil, o sentimento de gratidão de toda a população de Ubatuba, pelos relevantes serviços prestados pela entidade.

Fonte: Assessoria de Comunicação

FONTE : http://www.ubatubavibora.bogspot.com/

2002 -Motor do helicópero de Ulysses não é achado e é encerrada a busca

litoral virtual - segunda-feira, 22 de julho de 2002 - Nº 577


Depois de cinco dias de trabalho, o Corpo de Bombeiros de Ubatuba (SP) encerrou, na tarde deste domingo, as buscas dos destroços do helicóptero que conduzia o deputado federal Ulysses Guimarães, fundador do PMDB, no dia 12 de outubro de 1992.


A operação, que começou na quarta-feira, foi encerrada porque os mergulhadores não localizaram partes do motor e do painel de controle da aeronave, peças fundamentais para identificar a causa da queda do helicóptero.

O DAC (Departamento de Aviação Civil) informou hoje à reportagem que, com o encerramento das buscas dos destroços da aeronave, as investigações para identificar as causas do acidente não serão reabertas. Ainda não se sabe o que levou o helicóptero a cair próximo à Ponta do Juatinga, no Rio.

Na época do acidente, segundo o DAC, as peças encontradas _pedaços da fuselagem do helicóptero_ não foram suficientes para a conclusão do laudo.

Na última sexta-feira, os mergulhadores encontraram mais uma parte da fuselagem.

No entanto, durante o final de semana, a equipe não avançou nas buscas e nenhuma nova peça foi encontrada.

Os bombeiros rastrearam uma área de cerca de 1.850 m2, que fica entre a praia de Picinguaba, costa norte de Ubatuba, e a Ponta de Trindade, divisa entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Foi nesse local que o pescador Flávio Castro de Paula, 50, encontrou, no início deste mês, duas peças, com as quais foi possível identificar o helicóptero modelo Esquilo HB 350 B, prefixo PT-HMK, o mesmo utilizado pelo deputado no dia do acidente.

O reconhecimento da aeronave foi possível devido à localização do número de série gravado na peça identificada pela Helibrás, única fabricante do modelo no país. Além do deputado Ulysses Guimarães, morreram no acidente sua mulher, Mora Guimarães, o senador Severo Gomes e sua mulher, Ana Maria Henriqueta Marsiaj Gomes.


DAC reabre investigação após achado



Ubatuba - Após dez anos, o DAC (Departamento de Aviação Civil) reabriu as investigações sexta-feira para apurar as causas do acidente que matou cinco pessoas no dia 12 de outubro de 1992.

A decisão do DAC foi tomada após a confirmação da Helibras de que os destroços encontrados no mar entre Ubatuba Paraty (RJ) são do helicóptero que causou o desastre envolvendo o deputado federal Ulysses Guimarães e o ex-senador Severo Gomes.

O objetivo do DAC é apurar as reais causas do acidente. Em 1992, foram encontradas alguns destroços do mesmo helicóptero no local, mas não foi possível investigar as causas do desastre com o material recolhido.

O corpo do piloto Jorge Comeratto foi encontrado pelo Salvaero (Comando de Busca e Salvamento Aéreo da Aeronáutica) dois dias após o acidente.

Semanas depois foram encontrados os corpos de Ida de Almeida Guimarães (conhecida como dona Mora) --mulher do então deputado federal Ulysses Guimarães--, e do ex-senador Severo Gomes.

Os corpos de Ulysses e de Ana Maria Henriqueta Gomes, mulher de Severo Gomes, nunca foram localizados.

A aeronave modelo Esquilo HB 350 B, prefixo PT-HMK, fabricada pela Helibras, desapareceu no mar após decolar de Angra dos Reis (RJ) rumo a Guarulhos. (Fonte: ValeParaibano)

Grupo recolhe novas peças de pescadores

Ubatuba - Soldados do Corpo de Bombeiros e agentes do DAC (Departamento de Aviação Civil) recolheram ontem novos destroços de um helicóptero que estavam guardados em ranchos de pescadores nas proximidades da Ponta da Trindade, em Paraty (RJ).

A suspeita é que sejam pedaços de peças da mesma aeronave que causou o desastre em 1992, matando Ulysses Guimarães e mais quatro pessoas.

Segundo o comandante do Salvamar (Salvamento Marítimo), do Corpo de Bombeiros, Jeferson Vilela, o material deverá ser enviado hoje para a perícia nos laboratório da Helibras, em Itajubá (MG).

"Os destroços encontrados hoje (sexta-feira) estavam guardados por pescadores de praias próximas à Ponta de Trindade. Eles afirmaram que encontraram há cerca de três meses, mas não haviam comunicado o DAC."

HISTÓRIA - O helicóptero que caiu no mar em outubro de 1992 foi produzido em abril de 1988, na fábrica da Helibras, em Itajubá (MG).

A aeronave pertencia às Indústrias Reunidas São Jorge S/A, de propriedade de Ulysses Guimarães.

O helicóptero tinha configuração para transporte de um piloto e cinco passageiros. A aeronave tinha cumprido 786 horas de vôo e fora submetida a todas as revisões regulamentares previstas nos programas de manutenção. (Fonte: ValeParaibano)






(Fonte: Folha)

2001 - Fundart inaugura Museu

A Cadeia Velha de Ubatuba, na Praça Nóbrega, vai abrigar, a partir das 15 horas desta Terça-feira, 24, o Museu Histórico da cidade. Na mesma tarde, a Fundart dá início no local ao projeto “ Com quantos paus se faz uma canoa”, que consiste no entalhe de uma canoa pelo caiçara Manuel Neri Barbosa, mais conhecido como Baeco. Foi construído rancho típico de pescadores onde está depositado um tronco de guapuruvu, trazido do Bairro da Ressaca, após autorização das autoridades ambientalistas. No local estarão dispostos painéis informativos e fotos sobre a tradição dos canoeiros. Este projeto foi incentivado pelo prefeito Paulo Ramos que ressalta a necessidade de preservar as tradições e oferecer alternativas para o turismo valorizando a história do municipio.


Na Cadeia Velha, onde funcionará o museu, estavam depositados peças históricas e de artesanato. A Fundart concentrou-se na organização de um museu que realmente representasse a história do município.

O presidente da Fundart, Flávio Girão , diz que é dado um grande passo para organizar e resguardar a memória da cidade. “Esperamos ainda contar com a colaboração da população no sentido de enriquecer cada vez mais o acervo do museu”, diz Flávio.

Roteiro de visita:

O visitante terá a visão dos vários períodos históricos e uma coleção de materiais heterogêneos como vestígios arqueológicos encontrados nos terrenos que deram origem aos bairros do Itaguá e Tenório. Serão também abordados os diferentes aspectos da vida caiçara, os ciclos econômicos ( açucar, café, farinha de mandioca, etc) e o registro de pessoas que se destacaram na história do município em literatura, música e outras atividades. O roteiro está dividido em 4 ambientes: Fase pré-colonial; vida caiçara; ciclos econômicos e século XX.

 (Fonte: FUNDART)

FONTE :

Sexta-feira, 20 de julho de 2001 - Nº 337

HOIMENAGEM AO CAIÇARA E PESCADOR SEU CANDIDO

Ó, Cândido


Da família Mesquita

Do armazém da praia

Da praia da Fortaleza

Do tresmalho de sororoca

Recolheu a rede

E foi visitar São Pedro

Como tem que fazer

Todos os bons pescadores

Foi encontrar

Os antigos parceiros

De pesca e de prosa

E passear entre as estrelas de todas as grandezas

Incontáveis como os grãos de areia

Na praia da Fortaleza.

(Domingos dos Santos)

Cândido Rogério Mesquita, pescador de Ubatuba, colaborador desta pesquisa, morreu


aos 81 anos, em 12/07/06, deixando muita saudade no coração dos familiares e amigos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Prefeito usa tribuna para responder dúvidas de vereadores



Prefeito usa tribuna para responder dúvidas de vereadores




Os vereadores enfatizaram a transparência e a democracia que representa o fato de o prefeito ir a público falar sobre seu governo



O prefeito de Ubatuba, Eduardo César, esteve na última terça-feira, 21, à frente da tribuna da Câmara Municipal. O plenário esteve lotado durante toda a 3ª Sessão Ordinária, que durou cerca de três horas. Todo o secretariado da Prefeitura acompanhou a sessão, apoiando e mostrando união entre os setores do Executivo.

Eduardo César abriu seu discurso agradecendo ao convite e enaltecendo o fato de os vereadores terem tido o discernimento de saber a hora certa de chamar o prefeito à tribuna. “Este é um instrumento de democracia, onde podemos usar da transparência para discutir os problemas da cidade”, ressaltou o prefeito.

A maioria dos vereadores se manifestou a favor da presença do prefeito na tribuna e considerou um marco na história o fato de o Executivo estar na Casa Legislativa para falar abertamente e responder às dúvidas e críticas dos vereadores.

Eduardo César falou sobre seu objetivo de criar meios para levar Ubatuba ao avanço. Segundo o prefeito, o município esteve estagnado e não avançou como deveria nos últimos anos. “Me sinto com a responsabilidade de avançar vinte anos em quatro e a expectativa da comunidade é toda depositada no prefeito, cria-se pressão, mas é uma pressão legítima, pois a população tem o direito e o dever de cobrar ações da Prefeitura”, disse Eduardo César.

A relação ímpar que a atual administração vem mantendo com o Governo do Estado, com a União e até mesmo com as associações de bairro foi citada pelo prefeito como uma ferramenta para a mudança de conceito em Ubatuba. “As relações humanas podem ser difíceis, mas as relações profissionais da nossa equipe com os órgãos externos são ímpares e certamente trarão bons resultados”, acrescentou o prefeito.

Durante seu discurso, o prefeito Eduardo César procurou abordar os temas mais importantes e polêmicos desses treze meses à frente do Executivo ubatubense. Congelamento de núcleos habitacionais irregulares, intervenção na Santa Casa, implantação de ciclofaixas, terceirização da merenda escolar, Conselho Municipal de Desenvolvimento, feira hippie, tapa-buracos e reurbanização da Avenida Iperoig, entre outros assuntos, foram esclarecidos pelo prefeito, que ainda respondeu individualmente a todas as questões levantadas pelos vereadores. Aproveitando o grande público e o fato de estar perante todo o Legislativo municipal, Eduardo César falou também sobre as muitas ações que pretende colocar em prática ainda neste ano.

O presidente da Câmara, Ricardo Cortes, encerrou a sessão parabenizando o prefeito pela coragem de apresentar seus projetos ao público e dizendo que sua ida à tribuna concretiza o desejo de fazer um governo participativo. A volta do prefeito à Câmara para uma próxima sessão também foi discutida com o intuito de tornar esta prática uma constante.

“Não tenho respostas e soluções para tudo, mas estou à disposição deste Legislativo e de toda comunidade ubatubense para esclarecer, no que for possível, dúvidas e reclamações. O bom relacionamento faz com que avancemos. Estar nesta Casa tem um significado especial para mim, pois é uma alusão à democracia e à participação popular. Voltarei quantas vezes forem necessárias e espero que na volta eu já possa dizer que atendi a alguns pedidos que me foram feitos aqui hoje”, finalizou o prefeito, que disse se sentir confortável na tribuna, já que foi vereador durante doze anos.

FONTE : PMU

Secretaria de Esportes e Lazer descentraliza escolinhas municipais

Cerol, Bittencourt, Solange Barros e Reginaldo Barreto



A Prefeitura de Ubatuba, por meio do secretário municipal de Esportes e Lazer, Bittencourt Jr., esteve na sexta-feira, 24, na Escola Municipal Prefeito Silvino Teixeira Leite, no bairro da Marafunda, no intuito de firmar uma parceria para uso do campo de futebol da escola para as aulas da escolinha municipal de futebol.

O objetivo é, além de atender à enorme demanda de inscritos para a escolinha de futebol, descentralizar o esporte de Ubatuba. Ou seja, levar a prática esportiva não só para a região central, mas também a bairros distantes, desde o extremo sul ao norte do município. “É uma prioridade do prefeito Eduardo César esta descentralização. Um passo já foi dado com as escolinhas de surfe e futebol na Maranduba e agora atingiremos a Região Oeste com a escolinha de futebol também aqui na Marafunda”, explicou Bittencourt.

O secretário teve seu pedido de uso do campo de futebol pela escolinha atendido pela diretora da EM, Solange Cristina Prado de Barros, que de imediato aprovou a idéia. “Quanto mais esportes melhor. As atividades ajudam muito as crianças. As mães vêm até a escola agradecer pela mudança positiva de seus filhos devido às práticas esportivas”, conta Solange. A EM Prefeito Silvino Teixeira Leite já conta com uma gama diversa de cursos extra-curriculares: futebol, basquete, karatê, judô, capoeira, aulas de dança, pintura, malabares, bordado, crochê, música, entalhe, entre outros.

A escolinha de futebol na Marafunda vai atender crianças nascidas entre 1994 e 1999, nas categorias Dentinho e Fraldinha. Serão cerca de 200 vagas para o futebol, em aulas dividas em dois períodos de duas horas por dia, com duas turmas em cada turno. Os horários serão definidos pela Secretaria de Esportes e Lazer nos próximos dias.

Também participaram da reunião o coordenador da escolinha de futebol, Reginaldo Barreto e César Góes, da Assessoria de Assuntos Comunitários. Todas as escolinhas municipais de esportes terão suas atividades iniciadas a partir do dia 6 de março. PMU


UBATUBAVIBORA
Terça-feira, Fevereiro 28, 2006

IGREJA MATRIZ DE UBATUBA - Sua história...




A primeira Igreja Matriz de Ubatuba, dedicada a N.S. da Conceição, localizava-se onde hoje se encontra o cruzamento das ruas Conceição e Salvador Corrêa, correspondendo aos fundos da Câmara Municipal. Como aquele templo devia ser de reduzidas dimensões e achar-se em mau estado de conservação, providenciou-se a construção de uma nova Igreja Matriz, a atual, em melhor localização, de maiores dimensões e nova arquitetura.


Isso se deu na segunda metade do século XVIII ( 1700 ). De fato em ofício de 09 de Março de 1700, o secretário do governo da então Província de São Paulo, dirigiu-se ao Capitão Mór da Vila de Ubatuba, autorizando-o “a cobrar subsídios para a construção da nova Matriz” ( Apontamento do arquivo do Estado ).

Em 20 de junho de 1834, a Câmara Ubatubense solicitou do governo da Província, providências em favor daquelas obras. Novamente em 10 de janeiro de 1835 a Câmara dirigiu-se ao mesmo solicitando providências para “ereção” ou mesmo a reedificação da Matriz, da qual só existe a Capela-Mór”.


De quanto acima, vê-se que em 1835 a Matriz estava ainda em início de construção, as obras prosseguindo em moroso andamento, enfrentando as dificuldades da época e a grandiosidade do templo.

Nesse andamento, em 1866 foi acabada a fachada, como se pode conferir no alto da porta principal, num gradil de ferro. No princípio deste século somos testemunhas – a nave apresentava acabamento razoável, enquanto da Capela-Mór só existia o arcabouço: paredes e telhado, sem rebouco nas paredes, sem forro, o piso era chão bruto.

São conhecidas algumas fotografias do fim do século passado nas quais se vê a Igreja totalmente erguida, mas sem as torres, ostentando apenas um lucernário sobre a Capela-Mór, onde certamente estariam os sinos. Atualmente a Igreja tem uma torre: uma apenas que lhe dá a característica de inacabada. Por informação de pessoa vivida nos fins do século passado, ficamos sabendo que esta torre foi construída entre os de 1885-90. Na torre havia um relógio de amplas dimensões que por muitos anos marcou a hora oficial cidade. (Foi há pouco substituído por outro de idênticas dimensões, atualmente inativo).

Contudo a Matriz continuava necessitando de obras para a sua conclusão. Até 1913 muita coisa estava ainda por fazer: exteriormente apenas a fachada era rebocada, todo o restante, isto é, toda a nave e a Capela-Mór permaneciam sem revestimento. A Capela-Mór não era usada por não ser rebocada no exterior e interiormente; servia apenas para depósito de material bruto por aproveitar.

O Altar-Mór, muito alto mas muito simples, tinha forma de escada piramidal e estava posto na nave, junto a parede que a separava da Capela-Mór. Em 1913 o Pe. Paschoal reale, não podendo restaurar também a Igreja do Rosário que existia na atual Praça Nossa Senhora da Paz, demoliu-a e com o material aproveitável e auxílios angariados, fez rebocar, forrar e dotar de piso a Capela-Mór e transferiu para lá o Alta-Mór.

Em 1915 o Pe. Reale, mais uma vez aproveitando peças dos antigos altares da demolida Igreja do Rosário, fez construir o Altar-Mór, onde as peças novas se podem ver, colunas e molduras em outro estilo. Em 1929 se fez o reboco externo da nave.

Em 1940 o Pe. Hans Beil, o padre João como era conhecido, pretendendo substituir o velho assoalho de madeira por piso de ladrilho, ele mesmo arrancou as largas e pesadas tábuas já apodrecidas, deixando a nave em pleno areal. Mas o estado de guerra entre o nosso país e a Alemanha, impôs ao Pe. João deixar a Paróquia antes de concluir o seu intento. Substituiu-o o Pe. Ovídio Simon que realizou a obra.

A partir de 1954 passaram a tomar conta da nossa Paróquia os Frades Franciscanos Menores Conventuais. Frei Tarcísio Miotto, Frei Vittório Valentini, Frei Vittório Infantino, Frei Pio Populin ( que hoje ainda mora aqui ) e outros, dispensaram sua atenção e carinho para a nossa Matriz.

Em 1980 o então pároco Frei Angélico Manenti que corajosamente empreendeu a execução das mais ousadas obras de restauração do nosso tempo. Assim foi trocado todo o madeiramento superior apodrecido, decorando o interior da nave, restaurados os dois corredores laterais, substituído todo o reboco externo, o calçamento externo até a total pintura externa, só faltaram o novo relógio da torre e um novo conjunto de sinos, como aqueles outros que há anos, ecoavam harmoniosamente no céu ubatubense.

Nos anos 80 também foi construída a Igreja São Francisco de Assis, que fica ao lado do Lar Vicentino ( O Centro Catequético ).

Nos anos 90 mais precisamente no de 1995, com a chegada do Frei Ismael Stangherlin, a Igreja Matriz foi informatizada, sendo que consta em seu banco de dados registros de Batizados, Casamentos, alguns de Crisma, Dízimos, dados estes, colhidos no livros existentes desde 1917 e nos dias de hoje temos também a internet.

Desde 1998 está aqui como pároco, Frei Gastone Pozzobon e tem como ajudantes Frei Pio Populin, Frei Itacir Gasperin e Frei Lauro Diogo. Frei Gastone vem lutando para conseguir a reforma da nossa Igreja Matriz, mas fica muito caro e assim, muito difícil de conseguir. Em 01 de Maio de 1999 teve início a nova Diocese, agora em Caraguatatuba e com o primeiro bispo franciscano Dom Frei Fernando Mason, que nos idos anos 70 foi vigário em nossa Paróquia.

No dia 03 de Setembro de 2001, teve início a tão esperada reforma, por isso contamos com a ajuda de toda comunidade. Em fevereiro de 2002, Frei Itacir é transferido para Cascavel e chega Frei José, que nos idos dos anos 90 já esteve por aqui. Em 20 de Abril de 2002, foram ordenados 05 diáconos, sendo eles: Isaias, Nelson, Macedo, castilho e Joel. Em fevereiro de 2003 Frei Lauro também é transferido e chega na Paróquia o Frei Aldo Pietrobon, vindo de Guaraniaçú – PR.

Também em janeiro de 2002, a capela Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Ipiranguinha, passa ser Paróquia e começa a divisão das capelas. Em Maio de 2003 a capela são Benedito do bairro da Estufa, também passou a ser Paróquia e lá se vai mais capelas. Dia 28/07/2003 deu-se início da restauração dos altares laterais e o Altar-Mor teve que ser totalmente reconstruído. A restauração demorou seis meses para ser concluída, ficando pronta no dia 17/01/2004.

Neste ano de 2004, mais precisamente no mês de Março, a capela Imaculada Conceição do Perequê-Açú também passou a ser Paróquia e diminuindo ainda mais as nossas capelas, agora contamos apenas com 06 capelas, sendo elas: Itaguá, Enseada, Perequê-Mirim (praia e sertão), Lázaro e Rio Escuro.

Ainda neste ano de 2004, no mês de julho, a Igreja Matriz ganhou a pintura externa das paredes, portas e janelas, vindo de um benfeitor que prefere não ser identificado, mas ficamos imensamente agradecidos a ele por esse gesto, a Igreja estava mesmo precisando desta pintura.

Em Janeiro de 2005, frei Gastone Pozzobon deixa a direção da nossa Paróquia que por sete anos esteve à frente, levando adiante os projetos e passa-a para Frei Aldo Pietrobom. Frei Aldo já está procurando meios para consertar o telhado da Igreja, (entregou ao nosso governador Geraldo Alckmin no dia 26/03, uma carta pedindo ajuda), pois desde 1886 quando foi ali colocado não mais foi trocado e é de extrema prioridade.

Este resumo, até a altura dos anos 80, foi feito pelo Sr. Washington de Oliveira (o seu Filhinho como era conhecido) que no passado foi prefeito da cidade de Ubatuba por duas vezes e também escreveu alguns livros a respeito da cidade, do povo e documentário. O autor deste resumo infelizmente também já nos deixou, indo para mais perto do Nosso Pai (Nasc. 30/03/1906 – 19/01/2001) e desde então estamos tentando levar adiante esta obra.

CÂMARA DE UBATUBA PROIBE O USO DO CEROL


Câmara proíbe o uso de cerol




De acordo com o projeto de lei nº 93/00, aprovado por unanimidade, fica proibido o uso de Cerol (mistura de vidro moído com cola) nas linhas dos papagaios e pipas no município, punindo o infrator com multa de R$ 200,00 e apreensão. A responsabilidade pela fiscalização é da guarda municipal e da autoridade policial.

Segundo o vereador Eduardo César, autor do projeto, ele evita que ciclistas e motociclistas corram risco, pois a linha com cortante pode matar um deles.

O vereador vê com bastante alegria a aprovação do projeto pois poderá salvar vidas.

O problema é a fiscalização. Muitas crianças e adultos soltam pipas em nosso município e não vai ser fácil fazer cumprir a lei.

A fiscalização é necessária, pois existem vários casos em nosso País em que pessoas perderam a vida ou ficaram com sérias deficiências por causa de uma pipa.

Cabe aos pais tomarem providências para que seus filhos não usem deste artifício para uma caçada de pipas no ar, pois pessoas inocentes acabam com a vida em risco.

O projeto vai agora para o Executivo para ser aprovado ou vetado.


jornal a semana na rede

Publicação Semanal - Edição 103 - Ubatuba, 27 de Outubro a 03 novembro de 2000

4 º ENCONTRO DE AUTOMOVEIS ANTIGOS DE UBATUBA


Aconteceu neste fim-de-semana, o quarto encontro de carros antigos de Ubatuba, realizado nos Jardins da Praia do Cruzeiro, que já está se tornando tradição na cidade e que tem, a cada ano, trazido mais expositores e mais pessoas para prestigiarem o evento. Este ano, permaneceram em exposição ao público aproximadamente 79 veículos antigos, constituindo um espetáculo admirado por todos.


Dentre os veículos expostos, encontravam-se: Chevrolet 1956 - Conversível, Jaguar Sedan 1972, De Soto Limosine 1951, Pontiac Sedan 1941, Chevrolet Conversível 1947, Chevrolet Sedan 1957, Ford Sedan 1949, Mini Morris 1974, Sinca Rallye 1964, Ford Coupê 1946.

O Clube do Fordinho, de São Paulo, deu colorido especial ao evento, com a apresentação de 20 “fordinhos” modelo “A” anos 1929 à 1932.

O destaque foi um Ford 1910 inteiro original, que estava sob um tenda, isolado dos outros. Também estava presente a Romiseta, que foi destaque no ano passado, mas perdeu o trono para o Ford 1910, que tinha detalhes tão maravilhosos que não dá para descrever em poucas linhas. Só quem esteve no evento pode contar a beleza do carrinho, que chamava a atenção de todos, não desfazendo dos demais, que são maravilhosos e mais bem cuidados que os carros novos.

Os donos destas raridades, os conhecidos colecionadores, têm nestes veículos seu hobby; deixam qualquer outra atividade para ficar cuidando do carro ou viajando fazendo exposições

O Dr. Eugênio, um dos maiores colecionadores do estado, foi o organizador do evento, que não deu muita sorte, pois São Pedro não deu tréguas e os carros acabaram tomando muita chuva e quem se arriscava a dar um passeio pelo meio dos carros expostos acabava se molhando.

Mas, ninguém ligava para a chuva, pois o importante era poder estar ali e ver as raridades que foram os carros dos seus avós ou pais.

Alguns estavam matando a saudade do primeiro carro que teve na vida, como era o caso do Sr. Carlos, que teve um Ford 29, em 1936, e lembrando aqueles tempos em que as coisas eram mais fáceis.

Os veículos, dirigidos por seus proprietários, vieram transitando de cidades do Estado de São Paulo (Caraguatatuba, São Sebastião, Santos, São Paulo, Guarulhos, Taubaté, Jacareí, São José dos Campos, Jaú, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto), bem como estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Participaram do encontro 400 pessoas que integraram as caravanas dos colecionadores, aos quais foram oferecidos: na sexta-feira, recepção; no Sábado, jantar e, no Domingo, churrasco e passeio de escuna à Ilha Anchieta.



O jantar





Como já é tradicional também, todos os expositores participaram de um jantar no galpão do Dr Eugênio, que é beneficente. Este ano, a entidade beneficiada foi o Lar Vicentino de Ubatuba, cuja Diretoria se encarregou do serviço de bar oferecido aos participantes e que fez mil elogios ao evento, ajudam a manter a entidade, com estas receitas extras.

Ao veículo Ford 1910, que mais chamou atenção do público, foi atribuído o troféu “Restaurante Rei do Peixe”, como o mais votado no concurso “Escolha Popular” para qual os votos foram vendidos com bilhete de sorteio de 1 televisão, oferecida por Dª Maria Regina dos Santos; 1 bicicleta, oferecida pelo Sr. Josias Baltazar Nunes Sabóia; e 1 sauna, doada pelo Sr. Ahmad Ali Smidi.

A feira de peça usadas ou “Mercado de Pulgas” funcionou no local atraindo a atenção de colecionadores e do público por sua variedade de objetos oferecidos à venda, que iam de miniaturas de carros a livros e revistas antigos.

A realização do evento foi divulgada no Vale do Paraíba com exposição de veículos antigos no Taubaté Shopping e no Shopping Colinas de São José dos Campos, atraindo grande número de visitantes, que vieram a Ubatuba para admiração das relíquias expostas.

FONTE :   JORNAL A SEMANA NA REDE
Publicação Semanal - Edição 103 - Ubatuba, 27 de Outubro a 03 novembro de 2000

Ubatuba retoma obras de despoluição

LITORAL VIRTUAL UBATUBA
Terça-feira, 27 de junho de 2000 - Nº 66


A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) retoma a partir de hoje as obras de coleta e tratamento de esgosto em Ubatuba. O investimento será de R$ 31,4 milhões. Segundo a prefeitura, com as obras será possível eliminar a poluição dos rios Grande, Lagoa, Acaraú e Indaiá. Com a despoluição dos rios, que atualmente recebem os esgotos, haverá possibilidade das praias voltarem a ser mais limpas. As obras permitirão afastar e encaminhar os esgostos até a Estação de Tratamento Central, entre os bairros Itaguá e Estufa, que receberá R$ 6,7 milhões para sua conclusão. Cerca de 110 mil moradores devem ser beneficiados. O programa de obras prevê também a entrega de 133 quilômetros de redes coletoras, três estações de tratamento, além de 9.570 mil ligações domiciliares.


A medida vai beneficiar diretamente os moradores dos bairros da Enseada, Perequê-Mirim, Santa Rita, Itaguá, Acaraú, Tenório, Barra da Lagoa, Praia Vermelha do Centro, Iperoig, Perequê-Açu, Taquaral, Sumidouro, Jardim Carolina, Estufa 1 e 2, Ilha dos Pescadores, Parque Vivamar e Parque dos Ministérios.

No início de julho, estão previstas as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário na Praia do Lázaro, Domingas Dias e Saco da Ribeira, que deverá beneficiar 16 mil moradores.

A cerimônia de lançamento das obras acontece hoje, às 11h, no Calçadão da avenida Dona Maria Alves, e contará com a presença do secretário estadual de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Antonio Carlos Thame. Um total de 18bairros de Ubatuba serão diretamente beneficiados com obras. (Fonte: ValeParaibano)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

História do Bloco da Caxorrada



Em Ubatuba, na década de 70 existia uma rivalidade no futebol entre o Esporte Clube Itaguá e o Brasília Atlético Clube (BAC), esta rivalidade se estendeu para o carnaval. Depois da criação da Escola de Samba GRES “Mocidade Alegre do Itaguá”; nasceu GRES “Brasília”(centro). No futebol a disputa era acirrada, um ano ganhava o Itaguá, no outro, o Brasília.




No carnaval, em apenas dois anos de competições entre as duas escolas, o Itaguá por ser mais experiente e por saber explorar os quesitos do enredo, num carnaval mais técnico, faturou o bi-campeonato. Naquele ano o Brasília, segundo a opinião do público, deveria ter ganho, pelo banho de luxo que deu no Itaguá. O Brasília não se conformou com essa derrota, achando que houve “cachorrada” por parte dos jurados.

Nasceu aí a Caxorrada. Um Bloco formado a principio apenas pelos componentes da Escola de Samba Brasília, que numa marchinha, satirizaram de forma irreverente os jurados que deram a conquista do carnaval para o Itaguá. Eram homens vestidos de mulheres e mulheres vestidos de homens.

Mais uma derrota do Brasília, e mais uma cachorrada dos juízes, e o Bloco foi crescendo. A principio um estandarte, depois uma alegoria. Um fusquinha transformou-se num grande caXorrão e a cada moda social ou cada fato político e econômico que acontecia no decorrer do ano, o caXorrão vinha com cara nova e assim era batizado: CÃOmisinha, CÃOcruzado, choCÃO de verão, CÃOmeta DE HALLEY e tantos outros. Ano passado tivemos o BARACÃO, em homenagem a Barac Obama.

O Bloco da Caxorrada completa 32 anos de existência e vamos ver qual será o tema e o nome do caxorrão neste carnaval de 2010.


FONTE :   http://www.ubatubaemrevista.com.br/

2005 : FUNDART INFORMA




Maria Comprida, a vedete das canoas



Outra personagem ilustre que está tendo sua história resgatada pelo projeto é a Maria Comprida, uma canoa de quase 10 metros de comprimento, que tem muitas aventuras para contar. Ela foi esculpida no final dos anos 60, ganhou grandes competições e viajou longas distâncias. O CD é a reprodução do diário de navegação da Maria Comprida, um trabalho originalmente desenvolvido pelo professor Joaquim Lauro. O diário registra a jornada da canoa de Ubatuba a Santos, em homenagem à Paz de Iperoig. Outra façanha da Maria Comprida foi a viagem de Ubatuba a Paraty, também contada no "diário de bordo".



Ubatuba lança CDs que retratam sua história




A Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) lançará, na próxima segunda-feira, 19, uma coletânea digital contendo informações históricas sobre a cidade. Esse material é resultado de um longo trabalho de pesquisa e resgate de documentos e depoimentos de personagens ubatubenses. O lançamento acontece à partir das 19 horas, no Casarão da Fundart, que fica na Praça Anchieta, centro da cidade.



Os CDs, que estão sendo desenvolvidos pelo Grupo Setorial de História e Geografia da Fundart, desde o início deste ano, poderão ser requisitados por qualquer pessoa, mediante assinatura de um termo de compromisso, justificando a utilização do material e assumindo a responsabilidade de ceder para o município um exemplar da pesquisa ou tese desenvolvida a partir do material.



Segundo Carlos Rizzo, coordenador do projeto, o objetivo dessa compilação é fornecer aos estudantes e pesquisadores um material histórico confiável. "Em contrapartida, nós gostaríamos de adquirir também as novas pesquisas desenvolvidas em nosso município. Muita coisa se perdeu com o tempo, nós estamos tentando recompor a história com os fragmentos que restaram, por isso, a contribuição de pesquisadores e acadêmicos é sempre muito importante para nós."



Gastão Madeira, dos pássaros ao Avião



O primeiro CD tem como nome "Gastão Madeira, dos pássaros ao avião" e traz à tona a história do homem que viveu em Ubatuba e foi o verdadeiro "pai da aviação". O material para esse CD teve início com um projeto do arquiteto Luiz Carlos Lima, que é especializado em aeromodelismo. Ele começou a buscar todo o material referente a Gastão Madeira para preparar as festividades de 100 anos de aviação, que será realizada em junho de 2006. O projeto foi aprovado pelo Grupo Setorial de História e Geografia da Fundart. Foram encontradas patentes francesas do desenvolvimento do trabalho de Gastão, bem como jornais da época, datados de 1899 e uma separata da edição de 1937 do Instituto Histórico e Geográfico, em que Gastão é reconhecido oficialmente como pioneiro da aviação.



Meu Bairro tem História



Outro material interessante é o CD "Meu bairro tem história", que traz 54 depoimentos de caiçaras antigos, que foram coletados pelos diversos grupos setoriais da Fundart, desde 1984 até 2005. Os depoimentos foram transcritos pela pesquisadora Fátima de Souza, que foi escolhida por ser caiçara e, conseqüente pela familiaridade com o "falar caiçara". O trabalho traz as histórias de bairros tradicionais da cidade, como: Bonete, Corcovado, Enseada, Fazenda da Caixa, Ilha Anchieta, Praia do Félix e outros, nas vozes de personagens como o Sr. Vladmir de Toledo Piza, por exemplo, que incentivou a vinda do Ciccilo Matarazzo para Ubatuba. Tem também uma entrevista de "Seo" Casemiro do Prumirim, com "Seo" Filhinho, explicando como ele fazia as curas com ervas e contando suas experiências como "inspetor de quarterão", uma espécie de "xerife", que por ter a confiança das pessoas, era "eleito" e tinha inúmeras responsabilidades na comunidade. Outros temas interessantes, como os carnavais, as danças, e as fazendas antigas permeiam esse CD, que traz também as fotos de todos os entrevistados. Para o ano que vem, todo o material radiofônico será transferido de K-7 para CD.



Ubatuba, de Felix Guisard



O terceiro CD reproduz digitalmente o livro "Ubatuba", de Felix Guisard, que foi escrito em 1940. Ele traz informações sobre problemas de saúde pública de Ubatuba na época, conta sobre a história natural, do ateneu e das lendas ubatubenses. Segundo Rizzo, atualmente, existem menos de 10 exemplares originais desse livro. "Um material como esse é fundamental para quem pretende estudar a história de Ubatuba e é freqüentemente requisitado na biblioteca. Por essa razão, nós pedimos a autorização da família e foi feita essa reprodução digital."


FONTE : http://www.ubaweb.com/

 

2002 : Câmara recebe 3º pedido de cassação de Paulo Ramos

LITORAL VIRTUAL : Terça-feira, 03 de setembro de 2002 - Nº 608



Ubatuba - A Câmara de Ubatuba analisa hoje pedido de instauração de uma nova comissão processante para tentar cassar os direitos políticos do prefeito Paulo Ramos (PFL).

A solicitação foi encaminhada ontem ao Legislativo a partir de uma denúncia sobre possíveis irregularidades no transporte coletivo urbano, feita pela líder comunitária Maria Aparecida da Cunha. É o terceiro pedido de cassação do prefeito feito pela mesma pessoa.

A denúncia se baseia em parecer do Tribunal de Contas do Estado, que suspendeu, há três semanas, a abertura de uma licitação para renovar o contrato do exercício do transporte coletivo urbano. De acordo com o parecer do TCE, alguns itens da licitação poderiam favorecer o estreitamento da concorrência. Leia a denúncia na íntegra

A empresa Costa Mar, responsável pelo transporte coletivo na cidade, atua em Ubatuba desde 1986.

Segundo o vereador Domingos dos Santos (PT), a prefeitura deve abrir nova licitação, ainda este mês. "Aguardamos o prefeito enviar à Câmara as novas descrições da licitação", afirmou.

Santos não acredita que os vereadores votem a abertura de uma comissão hoje. "Infelizmente somos a minoria e temos pouca chance de investigar um assunto de interesse coletivo, que está com irregularidades".

O prefeito Paulo Ramos (PFL) foi procurado na tarde de ontem para comentar o assunto, mas não retornou as ligações. Segundo assessores, ele estava reunido com lideranças de bairros.

Segundo o vice-prefeito, Maralino Valim (PMDB), a prefeitura vai cumprir as exigências do TCE e dar continuidade à concorrência, abrindo novo edital de licitação. (Fonte: ValeParaibano)
Dois pedidos já foram arquivados

Ubatuba - O pedido de cassação do prefeito Paulo Ramos (PFL) protocolado na Câmara de Ubatuba ontem é o terceiro realizado pela mesma pessoa, a líder comunitária e dona-de-casa Maria Aparecida da Cunha.

O ValeParaibano conversou com a líder comunitária, por telefone, no gabinete do vereador Domingos dos Santos (PT).

Os outros dois pedidos de cassação do prefeito feitos por Maria Aparecida foram arquivados pela Câmara.

O primeiro estava relacionado à compra de um carro oficial no valor de R$ 126 mil e chegou a ser investigado. O segundo, que não originou investigação pela Câmara, acusava uma suposta "fuga" de Paulo Ramos para não ser intimado por oficiais de Justiça da cidade sobre o primeiro pedido. (Fonte: ValeParaibano)



PT encaminha denúncia à Promotoria


Ubatuba - O vereador Domingos dos Santos (PT), de Ubatuba, deve encaminhar hoje denúncia ao Ministério Público sobre possíveis irregularidades em decreto publicado no Diário Oficial no último sábado, que retira o item "molho de tomate com frango" da cesta básica da prefeitura.

Segundo o vereador, a mudança de molho de tomate com frango para molho simples não alterou o suposto benefício à fornecedora Cathita. "O peso (de 330 gramas) estabelecido para o molho simples é exclusivo da empresa. As concorrentes vendem o produto com peso de 340 e 350 gramas", disse Santos.

Segundo o prefeito Paulo Ramos (PFL), o item foi retirado da cesta básica para não gerar polêmica. "Esperamos que fornecedores do Vale também possam participar da licitação para a compra dos alimentos". O prefeito afirmou que desconhece a exclusividade da empresa com relação ao peso.

Em Caçapava, a Câmara deve entregar até o final do mês relatório da Comissão Especial de Inquérito que investiga irregularidades na compra de 18 mil cestas básicas em 2001 contendo o mesmo molho de tomate com frango, que seria vendido exclusivamente pela fornecedora Cathita. (Fonte: ValeParaibano)

2002 : Escoteiro de Ubatuba acampam e fazem limpeza de praia

LITORAL VIRTUAL : Sexta-feira, 23 de agosto de 2002 - Nº 601


O grupo escoteiro Iperoig realizou no ultimo final de semana (17 e 18 de agosto) um acampamento escoteiro na praia do Godoy em Ubatuba. Participaram deste acampamento escoteiros, escoteiras, seniores e guias. No total de 22 jovens e 5 chefes escoteiros. Foi realizado neste acampamento, diversas atividades escoteiras, como: caminhada de 5 km, trilha de 2 km pela mata do boqueirão, refeição escoteira (pão mateiro, ovo no espeto entre outro),jogos, canções e especialidades. Os escoteiros aproveitaram o fim de semana para também realizar uma limpeza na região da praia do Godoy. O chefe de escoteiro André Diniz, falou que a maior parte do lixo que encontrava-se na praia, não era deixado por pessoas que freqüentava aquela praia, (até porque o acesso e muito difícil, e pouquíssimas pessoas a conhecem), que a maioria do lixo vinha pelo mar, de outras praias ou de lixo jogador por embarcações. E que a limpeza da praia, e de praxe no escotismo, porque os escoteiros fazem o máximo para deixar a área que usaram, melhor do que quando encontraram. E que o acampamento foi de grande valia para o desenvolvimentos individual e coletivos dos jovens participantes. E que os escoteiros tiveram um ótimo aproveitamento em todas as atividades. E que todos voltaram para casa: felizes, satisfeitos e cansados. Inclusive a chefia, que na maioria são pais e mães dos jovens escoteiros.


O grupo escoteiro Iperoig já esta preparando um novo acampamento, desta vez para o interior de São Paulo, onde terão a companhas de grupos de escoteiros de outras cidades do estado. E também foram convidados a participar no mês de setembro da limpeza do rio grande, juntos com outras entidades .

Para os pais que quiserem colocar seus filhos neste movimento mundial, o grupo escoteiro Iperoig esta localizado no batalhão de policia militar de Ubatuba, no parque Vivamar. E suas reuniões são realizadas aos sábados das 14h as 1

2001 : Esperança no futuro é o presente de aniversário

Ubatuba - A cidade comemora 364 anos e mobiliza sua população para a festa tendo como tônica a esperança de dias melhores. As obras em andamento em parceria com o Governo do Estado vão urbanizar a área central, mudar o visual e oferecer novas opções de lazer. Para a temporada de verão que se aproxima a programação já vem sendo finalizada pela Prefeitura, Fundart, Comtur e Associação Comercial para que todos se beneficiem direta ou indiretamente desse período. O prefeito Paulo Ramos convida a população para a festa de aniversário enfatizando a importância da data, a necessidade de preservar nossa memória e a confiança em um futuro promissor com oportunidade para todos e melhor qualidade de vida.


A programação de aniversário, que vem sendo realizada desde o último dia 15, terá seu ponto alto neste final de semana com atrações tanto para o morador como para o turista. Na sexta-feira, dia 26, acontece o encontro de prefeitos da região a partir das 14 h, no Ubatuba Palace Hotel, realização da Rádio Costa Azul e que contará com a presença do Secretário do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli. Em seguida, o secretário entrega as obras do Núcleo Picinguaba. À noite, às l9 h, será aberta a XIV Feira das Nações, na Av. Iperoig, com a presença de 10 países com renda revertida para entidades assistenciais do município e, às 20 h, no Sobradão do Porto é a vez do projeto Mapa Cultural Paulista, fase regional, com mais de 200 fotos de 15 cidades participantes. Às 23 h, no Red Beach, a Banda San Francisco anima o Baile de Aniversário.

No sábado, a Av. Iperoig assiste a uma competição de som automotivo a partir das 10 h e a 33a Prova Pedestre “Cidade de Ubatuba”. Estão sendo esperados cerca de 100 automóveis antigos para o V Encontro que será aberto às 11 h. também na Av. Iperoig. Enquanto isso, também no sábado, os aviões antigos, verdadeiras relíquias que participaram de grandes feitos da nossa história, estarão à disposição para visitação pública no aeroporto.

Além do desfile oficial no domingo ,reunindo 30 estabelecimentos escolares e 10 entidades, a cidade de Ubatuba ganha um espaço nobre na Unitau: será inaugurado o anfiteatro com 300 lugares com equipamento de apoio dos mais modernos. É mais um avanço dentro do sistema de parceria que tem marcado o relacionamento da Prefeitura com a Unitau. A cerimônia de entrega, cujo início está previsto para as 20 h, contará ainda com a assinatura de um convênio de cooperação técnico-científico pedagógico entre a Unitau e a Prefeitura e a realização de sessão solene da Câmara Municipal com a entrega de títulos de cidadania à professora Heloisa Maria Salles Teixeira, Luis Monteiro de Oliveira (seu Lica) e Jorge de Oliveira, da comunidade Emaús. O encerramento da cerimônia de inauguração será com a apresentação do balé da Fundart, que tem se destacado e conquistado diversos prêmios em festivais fora de nossa cidade. (Fonte: ACS-PMU)

LITORAL VIRTUAL :
Quinta-feira, 25 de outubro de 2001 - Nº 404

UBATUBA E SUAS FESTAS....

Danças




A dança do boi

Em Ubatuba, essa manifestação começou a fazer parte do nosso carnaval lá pelos anos 30, como mostra o jornal da época "Echo Ubatubense". A Dança do Boi era apresentada pelo senhor Carlinhos, ou Carrinho, filho de Armindo Carros, um oficial aposentado do Exército. Esse senhor era de origem nordestina (maranhense). Com ele, Carlinhos aprendeu a confeccionar o boizinho e também os cavalinhos para brincar o carnaval. Com estes fatos, podemos deduzir que a Dança do Boi de Ubatuba é sem dúvida uma das variantes do Bumba-meu-boi Bumbá do Maranhão. Outro detalhe é que o Bumba-meu-boi Bumbá se apresenta com folguedo popular dramatizado e nosso boizinho também era uma manifestação dramatizada.



Congada ou Moçambique

A congada do Sertão Puruba tem suas raízes presas ao moçambique da cidade de Cunha (SP) e essa, por sua vez, a de São Luiz do Paraitinga, como mostra citação feita pelo pesquisador Emílio Willerms, no Caderno de Folclore, escrito por Maria de Lourdes Borges Ribeiro: "A moçambique chegou em Cunha através dos luizenses na década de 30".

Em Ubatuba, o surgimento dessa manifestação folclórica ocorreu na década de 40, no Sertão do Poruba. Nessa época, o espanhol Benigno Castro instalou na praia do Poruba um serraria para beneficiar caixeta, madeira que havia em abundância no sertão porubano. Essa madeira, após seu beneficiamento, era levada para a praia do Ubatumirim em lombo de burros. De lá era transportada pela lancha Santense até Santos para a fábrica de lápis. Para a retirada dessa matéria prima foram contratados aproximadamente 150 homens, que na sua maioria vinham de Cunha, na região do Vale do Paraíba.



Festa do Divino

Para falarmos dessa manifestação folclórica religiosa, devemos mergulhar em nossa história e termos a sensibilidade de verificarmos o quanto é importante a cultura de raiz na formação de um povo. Assim, vamos mostrar um pequeno fiapo dessa cultura em nossa região.

A comemoração ao Divino Espírito Santo, que deu origem à criação da Romaria ou Folia do Divino, foi estabelecida em Portugal no reinado da Rainha Isabel (1271 – 1336), com a construção da Igreja do Divino Espírito Santo, na cidade de Alenquer. No Brasil, essa manifestação foi introduzida pelos colonizadores portugueses no final do século XVI.

Em Ubatuba, deduzimos que essa manifestação vem ocorrendo há mais de 200 anos, conforme depoimentos de antigos caiçaras, como o senhor Ozório Antonio de Oliveira, nascido em 10 de Fevereiro de 1899, no bairro do Promirim. Conta esse caiçara que ouvia seu avô cantarolar músicas em exaltação ao Divino, músicas essas que seu avô tinha aprendido com seu bisavô.

No passado, até os anos 50, a Festa do Divino Espírito Santo em Ubatuba era a mais respeitada e suntuosa. As comunidades das praias e dos sertões se preparavam com antecedência para receber a chamada Romaria do Divino ou Folia do Divino. O povo caiçara recolhia lenha, salgava peixes, fazia farinha, bijus e doces abastecendo suas casas, pois com a chegada da Romaria do Divino em sua comunidade ninguém trabalhava. A devoção era grande.

Também era a oportunidade que eles tinham para pagar suas promessas por graças alcançadas. A comunidade visitada fazia daquele momento uma grande festa. Todas as casas que a Romaria visitava, o povo acompanhava, formando um grande cortejo.

De uma comunidade para outra, a chegada da Romaria era anunciada através dos espias. Esses eram homens que ficavam nos caminhos, de preferência em lugar alto e soltavam rojões anunciando a chegada da Romaria. Com este tipo de alerta o povo vinha ao encontro da Romaria que iniciava sua visitação naquela comunidade. Ao cair da noite, o grupo se dirigia para a casa do pouso onde iria pernoitar e na porta da casa marido e mulher recebiam-no.

Após as cantorias dentro de casa, a Bandeira do Divino Espírito Santo era guardada pelo casal dentro do quarto. Em seguida ao jantar, a casa do pouso transformava-se em um salão de baile e tinha início o Fandango caiçara (função ou baile de roça). Como também era costume caiçara, a primeira dança tinha que ser o Xiba. Essa dança é conhecida até hoje como Bate-pé ou Cachorro-do-mato. Após a primeira dança de xiba, vinham as chamadas miudezas, como ciranda, recortado, canoa, serrabaile, marrafa etc.

Depois do café da manhã a Romaria retomava a sua peregrinação. Quando todas as casas tinham sido visitadas, voltava-se à casa do pouso para fazer a despedida. Esse momento era coberto de muita emoção, pois os caiçaras sabiam que só teriam a visita da Romaria no próximo ano.



Fandango

Algumas danças que compõe o Fandango de Ubatuba: Xiba (também conhecido como Bate-pé e Cachorro do Mato), Recortado, Ciranda de Roda, Tontinha, Cana Verde, Mangericão, Vilão de Lenço, Vilão de Mala, Serrabaile ou Serrabalha, Anuzinho, Marrafa, Ubatubana, Canoa, e etc.

Antigamente, era costume em Ubatuba dividir o Fandango em 3 partes. Primeiro dançavam o Xiba até a meia-noite, chamado de rufado ou batido. Depois, vinha o Bailado Valsado, danças menos agitadas, como Ciranda de Roda, Canoa, etc., sem o sapateado e palmas. Nessa parte, o pessoal aproveitava para tomar uma golada de café ou concertada (bebida típica do Litoral Paulista), ou mesmo uma pinguinha. Na terceira parte, estava de volta o Xiba rufadíssimo, no momento de encerrar o Fandango. Muitas vezes, já com o sol nascendo, o pessoal fechava as janelas para dançar a última roda de Xiba.



Dança da fita

Petrolina Maria de Goés, D. Pitiá, nascida em 31 de Maio de 1923, na Praia da Enseada, relata que assistia na sua infância a Dança da Fita sendo apresentada na casa do Sr. Benedito Henrique e do Sr. Valentim. A dança era apresentada no carnaval e dentro de casa. Segundo D. Pitiá, o Sr. Benedito Cabral aprendeu a dança com o Sr. João Vitório que, na realidade, foi o primeiro a organizar um grupo para dançar a fita na Enseada.

O Sr. João Vitório era um pescador famoso da Enseada e fazia muitas viagens para Santos com seus amigos para comprarem sal, carne seca, anil, querosene, pano e materiais para a pesca. Essas viagens eram feitas em canoas de voga (canoas com até 10m de comprimento) com 4 a 6 remadores. Tudo indica que o Sr. João Vitório conheceu a dança da fita no Litoral Sul e trouxe para Ubatuba.

Quando o Sr. João Vitório já estava com idade avançada, ele passou seus conhecimentos para o Sr. Benedito Henrique, que junto com Joaquim de Goés, Antônio Henrique, Olímpio, Eupídio, Joaquim Firme de Souza e mais os tocadores de violas Antonio Campista, Juca Campista, Cipião Campista e Licínio, moradores da Praia do Perequê-Mirim, deram continuidade à Dança da Fita.



Folia de Reis

Em Ubatuba a Folia é diferente das folias do Vale do Paraíba. Na região valeparaibana, prevalecem as chamadas Folias de Reis mineiras, compostas de seis a onze membros, assim distribuídos: Instrumental - viola, sanfona, violão, caixa surdo, cavaquinho, reco-reco de bambu e chocalho; Vocal - primeira e segunda voz, contra canto ou contralto e tripe tripe, que é uma oitava acima. Esse tipo de agrupamento usa uma bandeira que leva o nome da folia e, geralmente, uma pintura com uma cena que lembra o nascimento do Menino Deus.

No bairro do Perequê-Açu, a folia é cantada pelo Sr. Octávio, no estilo paratiano, composta de viola, cavaquinho, triângulo e na parte vocal, uma primeira voz e um falsete (quinta acima).

No centro urbano encontramos resquícios de uma famosa Folia de Reis do senhor Manoel Barbosa (Mané Barbeiro). Alguns remanescentes do grupo relutam para manter a música e a orquestração. Essa folia de Reis era uma Folia de Reis de Banda de Música, pois era composta de violão simples, violão de sete cordas, cavaquinho, violino (rabeca), clarineta, saxtenor, trompete, pandeiro e chocalho. No vocal, apenas primeira e segunda voz.

Existem ainda no centro urbano o Grupo de Folia de Reis da Dona Ophélia que é composto basicamente por mulheres caiçaras. Um fato inédito, pois a Folia de Reis é manifestação folclórica realizada por homens.

No sul do município, temos no Sertão da Quina o Grupo de Folia de Reis do Zéca Pedro e seus familiares. Esse grupo é bem parecido com os grupos do lado norte da Cidade. Na Maranduba, existe hoje um grupo que é uma mistura de dois estilo, o caiçara e o mineiro. Antunes, responsável pelo grupo, é caiçara e sua esposa Victória, que também compõe o grupo, é mineira. Nesse grupo podemos notar que não existem divisões de vozes. É afinadíssimo, mas é unissonante ao cantar. Na parte instrumental tem violões, cavaquinho, timba, pandeiro e chocalhos.



Máscaras Folclóricas

Em Ubatuba, as máscaras participam do carnaval desde o século XIX. Havia os mascarados que em bando desfilavam pelas ruas centrais da Cidade. As máscaras eram feitas pelos próprios foliões que utilizavam um molde de barro, cola de polvilho azedo, papel higiênico, jornal velho e muita criatividade. Eram feitas centenas de máscaras todos os anos.

Alguns mascareiros se destacavam pela qualidade de seus trabalhos, como José Carneiro Bastos (Zé Cabé), Manoel Nunes de Souza (Manequinho Carcereiro), Antônio Felix de Pinho (Seo Pinho), José Luiz Pimenta (Zé Pimenta), e mais recentemente João Teixeira Leite.

A máscara teve um papel importante no carnaval ubatubense até os anos 70, mas hoje podemos apreciar essa manifestação popular somente no grupo da Dança de Boi que se apresenta nas tradicionais festas populares de nossa cidade.



Xiba

Grupos de dançarinos de bairros como Puruba, Prumirim, Itaguá e Rio Escuro apresentam-se na praça aos pares para dançar a Xiba ou Bate-Pé (nomes pelos quais são conhecidos, em Ubatuba, o cateretê, catira ou fandango). Cabe aos homens um sapateado rápido e ritmado.


FONTE :

http://www.valedoparaiba.com/cidadesdaregiao/?pagina=cidade&cid=50&menu=195

2006 :Conselho Municipal de Desenvolvimento toma posse em Ubatuba


A Prefeitura de Ubatuba empossou na manhã desta sexta-feira, 10, os membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento (CMD), em solenidade realizada no auditório da E.M Tancredo de Almeida Neves. No início do evento, a Assessora de Expediente do Gabinete, Denise Silveira, fez uma breve explanação sobre a natureza jurídica e as competências do CMD.




O CMD foi criado pela Lei 1103 de 4 de novembro de 1991, pelo então prefeito José Nélio de Carvalho, que esteve presente na mesa de honra da solenidade, representando o Ministério das Cidades. A seu lado, na mesa, esteve o prefeito Eduardo César (presidente do Conselho), o secretário de Arquitetura e Planejamento Urbano, Rafael Ricardi Irineu (empossado como secretário executivo do CMD) e o vereador Cláudio Gulli, representando o Legislativo.



?Hoje é um marco na história de Ubatuba porque estamos retomando o sistema de planejamento municipal. Ubatuba é pioneira em termos de conselhos e mesmo antes da Constituição de 1988, que exige atos concretos de democracia direta por meio dos mesmos, Ubatuba já o fazia, mas agora será com maior abrangência, com o CMD assumindo sua real função e integrando-se aos demais conselhos?, disse José Nélio de Carvalho.



O secretário Executivo empossado, Rafael Ricardi Irineu, garantiu que os trabalhos serão realizados da maneira mais transparente possível, difundindo as prioridades e diretrizes.



Para o prefeito Eduardo César a solenidade representou um sonho tornando-se realidade. ?O CMD tem que atuar com imparcialidade, cobrando da administração quando houver necessidade. A sociedade deve participar e se unir em prol do nosso município?, acrescentou o prefeito. ?Peço a Deus que direcione os passos do Conselho para que tenhamos a cidade com a qual sonhamos, agindo sem diferenças partidárias, religiosas e raciais?.



Para a solenidade foram convidados secretários municipais, além de representantes das entidades da administração indireta e da comunidade local, indicados pelas associações representativas de cada área e que fazem parte do CMD.



Atribuições do CMD

O Conselho empossado é um órgão consultivo do prefeito, que tem por atribuição orientar e acompanhar o processo de planejamento permanente do município, articulando a produção dos demais conselhos e comissões existentes e que venham a ser criados; dar parecer sobre planos, programas e projetos que visem ao desenvolvimento municipal e encaminhar sugestões para a realização de planos setoriais.



O CMD deverá, também, absorver as competências do Plano Diretor Participativo, acompanhando a elaboração do mesmo e seu processo de implantação, avaliando resultados e adequando as diretrizes adotadas, fornecendo indicações para o conteúdo das revisões e atualizações.



O Plano Diretor

O Plano Diretor Participativo é uma lei municipal que deve ser aprovada pela Câmara e que tem o objetivo de organizar o crescimento e funcionamento da cidade. Segundo o Ministério das Cidades, a intenção é garantir a todos os cidadãos um lugar adequado para morar, trabalhar e viver com dignidade, proporcionando acesso à habitação, saneamento ambiental, transporte e aos serviços e equipamentos urbanos.



A finalidade de se construir um Plano Diretor é encontrar soluções para os problemas que afligem os moradores de cidades que cresceram de forma excludente e desequilibrada. O Plano Diretor também contribui para a construção da política nacional de desenvolvimento urbano.



Até outubro deste ano, todos os municípios com mais de 20 mil habitantes devem ter seus Planos Diretores aprovados nas Câmaras. Os Planos aprovados há mais de 10 anos devem ser revistos.



A elaboração do Plano Diretor Participativo é feita por uma equipe da Prefeitura, em conjunto com representantes da sociedade. O Estatuto das Cidades prevê a obrigatoriedade da participação popular por meio de reuniões preparatórias e audiências públicas.



CMD em ação

Na solenidade de posse dos membros do CMD já foi definida uma próxima reunião para o dia 23 de fevereiro, que deverá discutir o regimento interno do Conselho e fazer o acompanhamento das reuniões temáticas de cada setor do CMD. Nesta reunião todas as entidades que por algum motivo não puderam comparecer à posse, serão convidadas pela Prefeitura e empossadas.



As reuniões setoriais do CMD serão descentralizadas, comandadas pelos secretários municipais, que devem organizá-las com as pessoas envolvidas com as respectivas áreas. Pessoas que tiverem interesse em participar ativamente de qualquer setor devem procurar o membro do CMD responsável por sua área de interesse.



Plano Diretor na prática

Os trabalhos do Plano Diretor de Ubatuba já estão em andamento, com um grande cronograma de reuniões e outras datas a serem confirmadas nos próximos dias. Na próxima reunião do CMD, marcada para o dia 23 de fevereiro, este cronograma deve ser definido para os seguintes eventos: reunião de lançamento do Plano Diretor; reunião de trabalho na região central e reuniões de lançamento do Plano nas regiões sul, norte e oeste.



Nesta mesma reunião do CMD serão iniciadas as coletas de informações vindas das reuniões setoriais que forem realizadas até a referida data, para que estas sirvam de subsídio na elaboração do Plano Diretor Participativo. (Fonte: Assessoria de Comunicação ? PMU)


2006 : Ubatuba realiza carnaval de norte a sul

O carnaval de Ubatuba em 2006 terá como novidades os carros de som que animarão a festa nos extremos sul e norte da cidade. Na região sul, a concentração acontece na Praia da Maranduba e no Norte, o carro de som fica na Praia de Ubatumirim. Já na Avenida, a alegria fica por conta dos blocos tradicionais, desfilando sambas-enredo, marchinhas e fantasias.




Abrindo a festa, na sexta-feira, dia 24, o Galo da Meia-Noite adentra a Avenida Iperoig soltando fogos de artifício na Ponte do Perequê-Açu e distribuindo cerveja a R$ 1,00 aos foliões uniformizados com a camiseta do bloco. Durante o carnaval, desfila também o famoso bloco da Caxorrada, que tem como principal característica a troca de sexo. Mas não precisa se preocupar! É só a vestimenta. Homens se vestem de mulheres e vice-versa. A irreverência desse bloco atrai mais adeptos a cada ano.



A alegria inocente do carnaval de marchinhas será homenageada pelos blocos ?Recordar é Viver?, comandado pela seresteira Dona Ophélia e pelo ?Guaruçá?, um grupo cultural formado por escritores e amantes da arte e poesia. Eles prometem trazer para a festa ubatubense uma série de novas marchinhas animadas por coreografias e encenações.



Carnaval à moda antiga

Para quem gosta do carnaval tradicional, a alegria fica por conta do Baile carnavalesco que acontecerá na Praça Exaltação da Santa Cruz, a partir das 21h. A Fundart programou um carnaval à moda antiga, com máscaras, bonecões, fantasias de melindrosas, marinheiros, pierrôs, ciganos, havaianos e etc. Os bailes contarão com a presença de blocos tais como ?O Guaruçá? e ?Recordar é Viver", que irão mostrar sambas, brincadeiras e marchinhas tradicionais. Para isso, as ruas laterais serão bloqueadas e a Banda Lira, sob o comando do regente Valdeci dos Santos, animará a festa do momo.



I Festival de Marchinhas é adiado por conta das chuvas

O I Festival de Marchinhas, que aconteceria durante este final de semana, dias 11, 12 e 13, teve que ser adiado devido às fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias. É que os desabrigados estão alojados no Ginásio de Esportes Tubão, local em que o evento aconteceria. O coordenador do evento, Nei Martins explica que o Ginásio é um ponto de fuga determinado pela Defesa Civil Estadual para essa função. ?Infelizmente, teremos que adiar a execução do Festival, mas tenho certeza que isso não diminuirá o brilho do evento, que está sendo aguardado ansiosamente pelos participantes?. Com a mudança, o I Festival de Marchinhas carnavalescas acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro.



Criatividade e bom humor

Mensalinho, O Dólar da Cueca, O Sumiço do Corrupto, Sou Deputado e Daputada são algumas marchinhas que devem mexer com o público no ?I Festival de Marchinhas carnavalescas? da Fundart. São mais de trinta participantes que vão disputar troféus e premiações em dinheiro. As músicas foram arranjadas pelo maestro Valdecy dos Santos, da Banda Lira Padre Anchieta, que também acompanhará os participantes nos dias do festival. Das 30 marchinhas inscritas, 15 serão apresentadas no primeiro dia e 6 serão escolhidas. O mesmo procedimento acontecerá no segundo dia, totalizando 12 finalistas. No terceiro e último dia, serão escolhidas cinco marchinhas, que serão premiadas de acordo com a sua colocação. Os critérios de avaliação serão: melhor letra e melhor interpretação.



?Queremos resgatar o carnaval tradicional do interior de São Paulo, trazendo novos compositores e criando aquele clima gostoso com máscaras, blocos e marchinhas em que toda a família pode participar?, diz Ney Martins, idealizador do concurso. Ele lembra que nos antigos carnavais ubatubenses, era comum os foliões comporem suas próprias marchinhas e que na década de 70, esse costume foi sendo deixado de lado.



Dentre os participantes do I Festival de Marchinhas carnavalescas, estão nomes conhecidos em Ubatuba, como: Dona Ophélia, Capop, Benetti, Zezinho Marques, Cláudio Serra, Arcélio Manoel, o grupo ?O Guaruçá? e muitos outros. O público terá entrada franca. (Fonte: Assessoria de Comunicação ? PMU)

FONTE : http://www.ubatuba.sp.gov.br/

UM PEDACINHO DA HISTORIA DO SURFE EM UBATUBA

Foto: © Luiz Felipe Azevedo


Estamos em 1959, e apenas alguns privilegiados brasileiros já conheciam o Hawaii, ou mesmo o nome Duke Kahanamoku, o grande campeão e divulgador do surf moderno. Nesta época, o Rio de Janeiro já recebia os primeiros surfistas com pranchas de madeirit cortando suas ondas e Santos tinha muitas pranchas, mas apenas jacarés, como eram chamadas aquelas pranchas com o bico virado para cima e com abertura lateral para segurá-las. E é nessa mesma ocasião que a verdadeira história do surf em Ubatuba tem sua origem.




Só os mais antigos ubatubenses se lembram de como eram nossas praias há mais de 35 anos. Muito mato, estradas ainda precárias, pouquíssima ou quase nenhuma infra-estrutura, energia elétrica sempre em falta, assim como diversos itens básicos. A praia da Enseada possuía salgas e as traineiras costumavam descarregar cardumes de cações ali mesmo na praia. Ir à praia Grande, hoje a mais popular da região, era uma aventura perigosa, pois além de possuir difícil acesso era considerada mal-assombrada.

Mas, alguns são realmente mais destemidos do que outros. E um destes foi João Jaschke, o conhecido alemão do canto esquerdo da Enseada e profundo amante do mar. Seu filho, Rheiny, já conhecedor do mundo do surf, convenceu o bravo João a comprar a primeira prancha de surf de Ubatuba, uma Glaspac MK2. Então, Rheiny Jaschke, com seu amigo Roberto Ferrari (considerado o "desconhecido" pai do surf da região), foram os primeiros a surfar em Ubatuba nesta época.

A partir do começo dos anos 60, os então moleques, que até ali só queriam saber de taco, futebol e de brincar de carrinho na areia, passaram a disputar a tapa a vez, apenas para ficar remando na parte rasa e mansa da praia. Algumas dessas crianças, que enfrentavam com suas famílias mais de seis horas de estrada no trecho São Paulo - Ubatuba, apenas para poder usufruir o enorme prazer de estar em Ubatuba, acabaram por divulgar e introduzir em definitivo o surf em Ubatuba (os irmãos Paulo e Ricardo Issa).

A moda se espalhou, e durante esta década começaram a surgir várias pranchas e surfistas por aqui. Dú Neumann foi um destes precursores, tanto que foi o primeiro a se mudar para Ubatuba por causa do surf, já na década de 70 (leia-se Construtora Litoral).

Neste período, uma geração inteira de jovens surfistas fanáticos já transitava por aqui. Adolescentes como Zé Maria Morgadi, Mário Macedo, Bruno Broggi, Luiz Felipe Azevedo, Jean Claude e Pierre Progin se juntavam aos "mais velhos", como Bruzzi, Kako, Willy, Paulo e Ricardo Issa, Carlão e Ricardo Petrarca, Maringá, Pinga, Pinguinha, Olavinho e Fabinho Madueño. Surgia também nesta época o primeiro surfista ubatubense, que foi o Ageu, seguido de vários outros.

A partir do primeiro campeonato brasileiro aqui realizado em 72 pela iniciante Associação de Surf de Ubatuba, o surf foi definitivamente implantado em nossa cidade. O que vem depois disso muitos já sabem, como o Zecão, Rafael da Costa Norte, Acqua Surfboards e outros, sendo que o auge foi o campeonato internacional Sundek, no final da década de 80, época em que despontava como fotógrafo profissional o local Alberto Sodré, nosso querido "Beto Cação" e sua BWE. Daí para frente, devido aos mandos e desmandos de administrações e diretorias de associações, o surf em Ubatuba desandou. A década de 90, apesar de não ter trazido nada de significativo para a cidade, produziu talentos que fizeram história, como o bicampeão brasileiro de Surf Profissional Ricardo Toledo, o mega-star Tadeu Pereira, o emergente Odirlei Coutinho e Edgard Bischof, entre outros.


Atualmente as praias mais procuradas para a prática do surf são: Félix, Itamambuca, Vermelha do Norte, Vermelhinha (praia Vermelha), Grande e Toninhas.



FONTE : http://www.ubaweb.com/


Luiz Felipe Azevedo - 1999

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

2002 : Protesto mudo na Casa de leis

Os artesãos de Ubatuba resolveram fazer um protesto silencioso. Há umas três semanas, vários deles decidiram protestar pela falta de um local para expor seus trabalhos.


Segundo informações não oficiais, o prefeito Paulo Ramos teria feito promessas de campanha de que, se eleito, os artesãos teriam um local para expor seus trabalhos e após mais de um ano de mandato até o presente momento não passou de promessa de campanha.

A grande preocupação dos artistas é que a temporada de julho está chegando e eles não sabem se vão poder expor seus trabalhos, muito menos onde.

Na sessão do dia 21 da Casa de Leis, eles seguravam um cartaz que dizia “Em julho onde ficaremos?”.

Na temporada de janeiro, um espaço foi oferecido para a Fundart que acabou não dando bola. Este espaço é no Perequê-Açu Shopping, que fica na av. Manoel da Nóbrega, é aberto e foi oferecido a presidência da Fundart, que ficou de verificar e informar se poderia ser usado. Depois de seis meses ainda não obtivemos resposta. Agora, com a chegada do mês de julho, o espaço no Shopping está novamente à disposição da Fundart e de todos os artistas da cidade.

Os artesãos estão prometendo estar todas as semanas na Casa de Leis até que a prefeitura, ou Fundart ou sei lá quem determine um local para que possam estar expondo seus trabalhos. A cada sessão, o número de artesãos aumenta na cobrança por um espaço.

2001 : A pista ficou pequena para avião



Nesta terça-feira, por volta das 17h, o avião prefixo PT-IAY de Bauru/SP, pilotado por Luiz Ricardo Coppini, 33anos, piloto há quase 19, acompanhado por Luiz Eduardo Arena Auvarez e seu irmão, ao tentar aterrissar no aeroporto Gastão Madeira, acabou não conseguindo parar e colidiu com a cerca no final da pista. O avião que tinha saído de Bauru no mesmo dia, após passar o dia em Angra dos Reis/RJ voltava para Bauru, quando tentou parar para abastecer, já que a aeronave não tinha mais do que 70 litros de combustível, o que obrigava a um pouso em Ubatuba e depois seguiriam viagem para São Paulo, onde o irmão do proprietário do avião ficaria e voltariam para Bauru ainda no mesmo dia.


Segundo o piloto, ao descer com a aeronave, sentiu uma forte rajada de vento na cauda do avião, o que acabou tirando-o de seu curso. A princípio, o piloto pensou em arremeter (subir novamente) mas com o vento na cauda e a pouca velocidade, poderia não conseguir e causar um acidente de danos muito maiores. A opção foi frear e tentar parar antes do fim da pista, mas com o vento forte não foi possível. O avião deixou uma marca de mais de 50 metros na pista e ainda andou mais uns 50 metros de grama antes de colidir na cerca dos fundos do aeroporto, na avenida Rio Grande do Sul, só vindo a parar porque há uma valeta depois da cerca. Se não houvesse a valeta, o avião poderia ir parar no meio da avenida.

O piloto, que pousava pela primeira vez em Ubatuba, não foi informado pela torre que deveria descer no sentido contrário ao que tentou, ou melhor, da serra para o mar. Em dias normais, a grande maioria dos aviões que aterrissam no aeroporto local descem da serra para o mar e não do mar para a serra. O que aconteceu foi que, com o vento na cauda, o avião ganhou velocidade o que acabou obrigando o piloto a usar mais pista. Talvez a causa principal do acidente tenha sido a falta de comunicação exata entre a torre e o piloto, informando-o que deveria descer sentido mar e não serra.

Um dos maiores perigos foi um pequeno vazamento de combustível do avião após o acidente. A Polícia Militar e a Guarda Municipal preservaram o local, a princípio pelo vazamento e esperando a perícia, que foi dispensada pois não havia danos pessoais. Segundo contato telefônico, o avião foi liberado e já poderia ser removido, o que ocorreu só no dia seguinte.

A aeronave, avaliada em 50 mil dólares, não sofreu grandes danos, mas teve que ser desmontada e colocada em um caminhão que a levou para uma oficina especializada, onde os reparos serão feitos.

Informações não oficiais dizem que esta operação toda deverá custar por volta de 15 mil dólares.

Testemunhas que viram o acidente contaram que o avião, após tocar a pista, começou a rabear para todos os lados fazendo um zig-zag, tentando parar. “Mas só parou na cerca. Foi um grande susto. Achei que o avião só iria para no meio da rua”, disse uma delas.

Nosso aeroporto, que tem um desnível muito grande no meio da pista e há anos aguarda verbas para ser reformado, pelo visto vai continuar a fazer vítimas até que nossas autoridades o equipem e façam uma reforma.

Os pilotos que já estão acostumados a pousar em nossa cidade já avisam os passageiros: “Não se assustem, mas dá um tranco no meio da aterrissagem.


FONTE :  http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao145/edicao145.htm

2005 : Super Surf Ubatuba com chave de ouro





Ubatubense Tadeu Pereira vence a etapa local do Super Surf e fatura R$ 10 milO ubatubense Tadeu Pereira e a catarinense Jacqueline Silva foram os grandes campeões do Super Surf na Praia de Itamambuca, na terceira etapa do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional realizada até domingo último, dia 9, em quatro dias de competição. A vitória de Tadeu sobre o catarinense Guga Arruda foi muito festejada pelo bom público que compareceu para acompanhar as finais. O título lhe rendeu um prêmio de R$ 10 mil e os 1000 pontos recebidos o colocaram na segunda posição do ranking brasileiro, que continua liderado pelo potiguar Marcelo Nunes. Já no Feminino, Jacqueline Silva ganhou o confronto contra Andréa Lopes e faturou R$ 3,6 mil, mantendo-se na frente do Super Surf 2000.


“Agradeço a Deus por esta vitória, porque foi Ele que me preparou tudo isso, desde o início do campeonato”, disse Tadeu, que tirou uma nota 8 em sua terceira onda, passada com nove manobras executadas com muita pressão. “As ondas estavam demorando muito. Eu e o Guga ficamos 15 minutos sem pegar nada no início da bateria e tive que ter muita calma e muita concentração para escolher a onda certa e numa delas consegui aquela nota 8, que foi decisiva para a vitória. Quero também dedicar esta vitória para o Costinha, que me deu a chance de me classificar na terceira fase, porque se não fosse ele eu não estaria aqui agora”.

O catarinense Guga Arruda também ficou feliz com o resultado de domingo, mas saiu correndo para viajar até São Paulo, pois ele era um dos 29 surfistas que competiram no Super Surf de Ubatuba e que embarcaram às 18 horas daquele dia para representar o Brasil na África do Sul. “Eu achei que errei ao trocar a prioridade numa onda que eu pensei que seria boa, mas acabou engordando e logo em seguida o Tadeu conseguiu o 8 que definiu a bateria”, admitiu Guga, que passou a dividir a terceira colocação no ranking brasileiro com outro catarinense, Fábio Carvalho. “Mas, com certeza, este treino de backside (quando surfa de costas para a onda) foi muito importante para o Mundial da África, pois lá as ondas também são para a direita como estavam aqui hoje. Pena que não deu muitas ondas hoje (domingo), mas o resultado foi muito bom porque já encostei nos líderes do ranking”, completou Guga.

Enquanto isso, no feminino a catarinense Jacqueline Silva conseguiu cumprir o seu objetivo, que era vencer esta etapa, pois tinha sido vice-campeã nas duas primeiras provas do Super Surf 2000. “Eu estava super confiante, porque já havia feito boas baterias, mas a Andréa é uma adversária muito difícil. Eu consegui tirar uma nota 7 e depois foi só partir para o abraço, estou muito feliz”, falou Jacque Silva, que conseguiu vingar a derrota sofrida para a atual campeã brasileira na etapa de abertura do Super Surf. “A final foi com 30 minutos de adrenalina, eu não consegui pegar onda no início e depois tive que correr atrás, mas deu tudo certo e esta vitória vai me dar mais confiança ainda para competir lá no Mundial WQS da África do Sul, onde também estarei defendendo a liderança do ranking”, completou a campeã.

Antes de derrotar Andréa Lopes na grande decisão do Super Surf de Ubatuba, por 17,66 x 16,43 pontos, Jacque derrotou a irmã de Tadeu Pereira, a ubatubense Francisca Pereira, na semifinal, deixando-a em terceiro lugar na competição, junto com Alessandra Vieira, de Saquarema (RJ), que perdeu para Andréa na outra semi. Já no masculino, Tadeu Pereira venceu a grande final contra o Guga Arruda, por 19,06 x 18,00 pontos.

Antes, numa disputa emocionante super ou Wagner Pupo (SP) na primeira semi, enquanto Guga passou pelo cearense Dunga Neto, na outra. Pupo e Dunga também dividiram a terceira colocação no pódio.

A quarta etapa do Super Surf acontecerá na praia de Stella Maris, em Salvador (BA), de 3 a 6 de agosto. O evento é uma realização da Abril Eventos e Abrasp, tendo aqui em Ubatuba, para a realização da terceira etapa, o apoio da Prefeitura Municipal em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Ubatuba; do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares; e da Associação de Pousadas e Hotéis de Ubatuba. Um trabalho conjunto que se traduziu vitorioso a presença de milhares de pessoas aficionadas pelo esporte e pelo nível elevado do evento.

Na verdade, essa terceira etapa iria originalmente para o litoral fluminense, em Saquarema, mas a falta de apoio naquela cidade e o suporte oferecido por Ubatuba determinou sua realização com sucesso de público e organização em Itamambuca, permitindo a conclusão de que para os grandes eventos a composição de forças que efetivamente invistam na atração conjunta de turistas para a cidade se faz necessária.










FONTE : JORNAL AS SEMANA UBATUBA
Publicação Semanal - Edição 88 - Ubatuba, 15 a 21 julho de 2000

2007 : Inaugurado Telecentro do Sertão da Fazenda

Neste dia 10, foi inaugurado o primeiro TELE-CENTRO do estado de São Paulo, no Bairro do Sertão da Fazenda, por meio do Ministério de Minas e Energia e em parceria com a Prefeitura Municipal de Ubatuba.


Estiveram presentes várias autoridades, inclusive o coordenador do programa “Luz para Todos” do Governo Federal, Fernandes Salles Luz.

No prédio onde foram instalados os dez computadores que têm acesso a Internet, também tem uma sala de atendimento médico. Em outra sala foi implantada a biblioteca rural do projeto “Arca das Letras” também do governo federal, um local que estava sem uso há mais de dez anos.

O secretário da Administração Regional Norte, José Roberto C. M. Junior, lembra ainda que este está sendo um ano de muitas realizações para esta comunidade, cujo moradores passavam suas noites à luz de vela e de lampião e hoje já contam com Internet grátis, luz elétrica em todas as casas, a reforma do prédio histórico (Casa de Farinha). Outro benefício foi a aprovação do protocolo de intenções, que permite que os quilombolas usufruam espaços na areia do Parque Estadual, como o estacionamento e a lanchonete da Praia da Fazenda, para arrecadarem fundos. Estas realizações só acontecem após os órgãos competentes se unirem em um só objetivo e com isso reduzir a margem de erro. “Estamos muito esperançosos para que estas uniões se fortaleçam mais ainda para que possamos alcançar também os objetivos dos moradores do bairro do Camburi e estender para o município inteiro e poder usar estes tipos de parcerias como exemplo para muitas outras”, acrescenta Júnior.

FONTE :  http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao344/mat3.htm
 
Ubatuba 11 Outubro de 2007 Edição Nº. 344 Ano VIII

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

UBATUBA E SUA HISTORIA



Ubatuba é considerada o paraíso ecológico do Litoral Norte paulista, pois nos encanta com suas riquezas naturais e sua gente simples, carismática e cheia de histórias surpreendentes.


Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região de Ubatuba. Eram excelentes canoeiros e viviam em paz com os índios do planalto, até a chegada dos portugueses e franceses, que tentaram escravizar os índios, com o intuito de colonização.

Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig e passou a categoria de vila somente em 1554.

Travou-se uma batalha diplomática fundamental para se decidir o futuro do Brasil, pois os portugueses e franceses disputavam essa região.

Os franceses eram apoiados pelo seu Rei Henrique II e pelos índios Tupinambás, sendo que para conquistar essas terras, precisavam enfrentar o poderio militar português, que na época era muito forte.

Os portugueses mantinham relações de amizade com os Tupiniquins e com a prisão do chefe Tupinambá Aimberê,que depois de ter sido condenado a morte conseguiu escapar, tornando-se um dos maiores inimigos da Coroa.

Os Tupinambás, sob o comando de Cunhambebe, fizeram aliança com outras tribos, de Bertioga a Cabo Frio, para lutar contra o domínio lusitano.

Os Tupinambás e Tupiniquins organizaram-se, formando a “Confederação dos Tamoios” e passaram a enfrentar os portugueses (Tamoio é uma palavra da língua falada pelos Tupinambás, que significa “o mais antigo, o dono da terra”, portanto a Confederação era a união dos índios, verdadeiros donos da terra).

Para evitar o conflito, os portugueses convocaram, em 1563, uma dupla de negociadores, os Jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta.

A história de Ubatuba começa em 1563, quando o Padre Anchieta promove junto aos índios liderados por Cunhambebe, a chamada Paz de Iperoig, que impediu os silvícolas de destruir as Vilas de São Paulo e São Vicente.

Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram expulsos e os índios pacificados.

Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão de paz foi lenta e difícil. Anchieta ficou prisioneiro durante aproximadamente quatro meses e nesse período escreveu vários poemas, dentre eles o célebre “Poema à Virgem” nas areias da praia do Cruzeiro, enquanto Manoel da Nóbrega voltava à Aldeia de São Paulo para concluir o Tratado da Paz de Iperoig; o primeiro tratado de paz das Américas.

Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa.

O povoado conseguiu sua emancipação político-administrativa e foi elevado à categoria de Vila em 28 de Outubro de 1637, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa, nobre português das ilhas dos Açores.

Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte. A pobreza enfrentada pelos primeiros povoadores da região permanece até o final do séc. XVIII quando a plantação de cana-de-açúcar permite pela primeira vez que Ubatuba tenha uma economia significativa. Todavia, com o surgimento da economia do ouro, a região do Litoral Norte se transforma em produtora de aguardente e açúcar para o abastecimento das áreas de Minas Gerais, que experimentava um novo surto do progresso. A Vila de Ubatuba deixa de ter apenas a agricultura de subsistência.

Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bernardo José de Lorena, decretou que todas as embarcações do litoral seriam obrigadas a se dirigir ao porto de Santos, onde os preços obtidos pelas mercadorias eram mais baixos. A partir dessa pressão do governo, Ubatuba entra em franca decadência e muitos produtores abandonaram os canaviais. Os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para a subsistência.

A situação só melhorou a partir de 1808 com a abertura dos portos. A medida beneficiou diretamente a então Vila de Ubatuba. O comércio ganha impulso inicialmente com o cultivo do café no próprio município, enviado para o Rio de Janeiro. Todavia, o café se expande para todo o Vale do Paraíba e Ubatuba passa a ser o grande porto exportador, privilegiada mais ainda pela estrada Ubatuba - Taubaté.

Ubatuba nessa época ocupava o primeiro lugar na renda municipal do Estado. Novas ruas são abertas, o urbanismo, no sentido moderno, alcança o município. São criados o cemitério, novas igrejas, um teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e novas construções para abrigar a elite local, dentre as quais o sobrado de Manoel Baltazar da Costa Fortes, hoje sede da FUNDART. É nesse apogeu que Ubatuba é elevada a categoria de cidade em 1855 e em 1872 foi elevada a comarca, juntamente com São José dos Campos. Nesse ano tinha 7.565 habitantes.

As grandes construções datam desse período, o prédio da atual Câmara Municipal e a Igreja Matriz. Pouco mais tarde, a partir de 1854, iniciou-se a construção da Santa Casa da Irmandade do Senhor dos Passos de Ubatuba.

A construção da ferrovia Santos-Jundiaí, aliada à economia cafeeira que, se por um lado permitiu que a Vila alcançasse o status de cidade, por outro, levou o município a seu declínio, quando o café deslocou-se para o Oeste Paulista, provocando a decadência econômica do Vale do Paraíba e conseqüentemente, de Ubatuba, porto de exportação.

De 1870 a 1932 Ubatuba ficou isolada e decadente, as terras desvalorizaram-se, as grandes residências transformaram-se em ruínas. Em 1940 Ubatuba se resumia a 3.227 habitantes.

Depois de um longo período, após a Revolução Constitucionalista de 1932, com o objetivo de integrar a região, cujo isolamento ficou patente no conflito, o Governo Estadual promoveu melhorias na Rodovia Oswaldo Cruz (Ubatuba-Taubaté), passando a cidade a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba. Com a re-abertura da estrada, inicia-se um novo desenvolvimento econômico: o turismo.

No início da década de cinqüenta, com a abertura da SP55, Ubatuba-Caraguatatuba, intensifica-se o turismo e a especulação imobiliária. Em 1967 Ubatuba é elevada a categoria de Estância Balneária e culmina com a abertura da Rodovia Rio-Santos em 1975, quando o turismo se torna a maior fonte de renda do município.