terça-feira, 17 de janeiro de 2012

No Caminho do Cais


                No final do século XIX, pouco antes de D. Pedro II perder o trono brasileiro, alguns homens de negócio se “interessaram” por Ubatuba, resolveram investir numa ferrovia, cujo traçado, depois de alcançar Taubaté, se estenderia até São Bento do Sapucaí.
                O projeto foi aprovado, o financiamento foi garantido, as obras tiveram início. A estrada que conduz ao cais, onde há uma base de pesquisa de pescados, conhecida pelos ubatubanos por Caminho do Cais é a marca mais evidente que restou dessa iniciativa.

LAGOINHA ANTIGA






Foto de 1952 mostra os 4 pilares do que teria sido a primeira fábrica de vidro da America

Como se fosse um roteiro de filme ou documentário, as visitas aos patrimônios abandonados do litoral norte são cheios de mistérios, dúvidas e surpresas. Quem visita estes locais tem plena certeza do valor dos objetos, sons, sabores e construções instalados nos rincões e praias de nossa região. A praia da Lagoinha esconde muitas histórias do desenvolvimento do país em cima do sangue alheio. O lugar abrigou a primeira fabrica de vidros da América Latina e um solar: a do velho engenho do Barão João Alves Silva Porto, de um proprietário que não tem seu nome citado, depois o Capitão Romualdo.


PRIMEIROS ITALIANOS EM UBATUBA...Em resumo a histórias dos priemiros italianos que aqui chegaram..





Em 1874, uma certa Clementina Tavernari, de Concórdia de Modena, regressou do Brasil Imperial, onde era conhecida como Adelina Malavazi, com a incumbência de recrutar cinqüenta famílias de lavradores do norte da Itália.
A intenção era fundar, na então província de Santa Catarina, um núcleo colonial que seria denominado Maria Tereza Cristina em homenagem a Sua Majestade a imperatriz, de origem italiana e casada com D. Pedro II. Trata-se do primeiro experimento de colonização italiana no país.
Enrico Secchi o professor que auxiliou como secretário Clementina Tavernari no recrutamento das famílias, acompanhando-as durante a viagem e permanecendo no Brasil, descreve sua chegada ao Rio de Janeiro e outras aventuras, entre elas:



TUPINAMBÁS , NOSSOS ANTEPASSADOS .....A Guerra contra os Tamoio



Os franceses não aceitaram a divisão do mundo entre portugueses e espanhóis. Visitavam a costa brasileira em busca do pau-brasil e mantinham contatos amistosos com vários grupos indígenas. Em 1555 resolveram fundar uma colônia, a França Antártica, na baía do Rio de Janeiro. Dois anos depois chegava Mem de Sá com a missão de expulsar os franceses.




Os Tupinambá de Ubatuba e do Rio de Janeiro uniram-se para lutar contra os portugueses com o apoio dos franceses. 
Os portugueses, por sua vez, estavam aliados aos Tupi ou Tupinikim de São Vicente e do planalto, tradicionais rivais dos Tupinambá, também conhecidos como Tamoio ou Tamuya, que na língua tupi significa avôo mais velho, nome respeitoso pelo qual os Tupinikim de São Vicente os chamavam, apesar de serem inimigos.
Esta guerra durou cinco anos, de 1562 a 1567.



UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA....OS TAMOIO


Os Tamoio constituíam varias tribos indígenas Tupinambá que se uniram para formar a chamada Confederação, tinham como cabeças: Cunhambebe, o chefe da Confederação, por ser considerado um temível guerreiro; Aimberé, filho de Kairuçú que fora aprisionado pelos perós como eram conhecidos os portugueses; Pindabuçu, chefe de aldeia, no Rio de Janeiro; Araraí, chefe dos Guaianá e Coaquira, da aldeia de Iperoig.

TUPÍNAMBÁS E SEUS COSTUMES....Como eram os rituais de canibalismo dos índios brasileiros?



Carne humana era bem mais que um petisco para os antropófagos brasileiros. O canibalismo, na cultura desses povos, envolvia cerimônias que evocavam o sobrenatural. "Eles acreditavam que o indivíduo ganha força pela assimilação de outros poderosos e perigosos, sejam guerreiros inimigos, sejam parentes mortos", afirma o historiador John Monteiro, da Unicamp.

Os inimigos mais poderosos que essas populações tinham eram os portugueses. Os lusos se tornaram o prato favorito da taba, o que salvou o aventureiro Hans Staden de arder no moquém. Por ser alemão, Staden foi poupado pelos Tupinambás que o capturaram em Ubatuba (litoral de São Paulo), em 1549. Prisioneiro dos índios, ele presenciou rituais antropofágicos. Seu relato - ilustrado pelo contemporâneo belga Théodore de Bry - é o mais detalhado já feito sobre os canibais brasileiros.