segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ILHA ANCHIETA 110 ANOS ATRÁS......2 ª E ÚLTIMA PARTE

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CAPITULO II


Início da luta


Depois de instalados, fiz, com meticuloso cuidado, uma investigação pelos arredores de minha casinha. Como era simpática! Pequenina e branca, de janelas azuis, espiava a medo para o mar! Algumas árvores frutíferas completavam o encanto do meu novo lar. Dias depois. Albino abriu uma pequena venda. Ali se reuniam, quando não iam à pesca à noite, os caiçaras, bebendo um trago ou jogando truco; discutiam o tema de todos os dias: — o tempo, o peixe, o vento e, algumas vezes, política, o que me divertia muito. Era a Praia da Enseada, naquele tempo, isolada da cidade, mas, plena de beleza poética. Possuía umas vinte habitações ao todo, de construção pobre, mas, em compensação, ricas de luz e harmonia. Eram os seus habitantes gente simples de costumes sadios e precisos em suas ações. Em breve me fiz amiga de todos êles e, para facilitar a vida, troquei meus trajes femininos por outros, masculinos. Agora sim! — pensei — ia trabalhar, e, com o tempo, também possuiria minhas redes! Foi essa a época mais feliz da minha vida. Da manhã à noite eu lidava com peixes, aprendendo na convivência do homem litorâneo, usufruindo a vida e bem alicerçada na Fé.