domingo, 18 de outubro de 2009

Museu Caiçara um lugar de lembranças e cultura



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Escrito por Julinho Mendes   para Ubatuba Em Revista

Sex, 16 de Outubro de 2009 13:51
O Museu Caiçara foi idealizado pelo jornalista paulistano Luiz Ernesto Kawall e pelo caiçara Praxedes Mário de Oliveira, em 1982 no sítio sapé, bairro Tenório/Itaguá. O acervo do museu preserva objetos do caiçara pescador e lavrador, tais como: utensílios domésticos, ferramentas, instrumentos, móveis, fotografias, brinquedos, pinturas primitivas, documentos e até peças da arquitetura antiga de Ubatuba (tijolos redondos, telhas de barros de fabricação escrava, batentes e janelas).
O Museu Caiçara já foi manchete de grandes jornais e revistas da Capital, como: O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde, Diário Popular, O Globo, revista VISÃO. Na época, medindo 4m. por 6m., foi considerado o menor museu do mundo, pela revista SELEÇÕES.
Em 1994 foi transferido para uma área pública, junto às instalações do Projeto TAMAR, localizado na rua pescador Antonio Athanásio da Silva, 273 – B° do Itaguá, onde permanece até hoje.
Conhecer o museu caiçara é conhecer um pouco da história do povo dessas terras caiçaras é viajar no passado, é se deixar levar pelas lembranças e à nova geração é um meio de buscar a identidade e as raízes de seus antepassados.
Quer conhecer o pássaro símbolo de Ubatuba, quer conhecer um tacho de torrar farinha de mandioca, quer conhecer um fuso de moinho, quer conhecer uma gaiola de alçapão, quer conhecer um estandarte do Divino Espírito Santo, quer conhecer um engenho de madeira, quer conhecer uma pintura primitiva, quer conhecer Coaquira, quer conhecer? Visite o museu  caiçara.
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O Caiçapira de Ubatuba

Escrito por Heyttor Barsalini   
Sex, 16 de Outubro de 2009 13:52 - Fonte : Ubatuba Em Revista
Criador do termo CAIÇAPIRA, Luiz Ballio - ator, contador de histórias e causos, é um  artista brincante - e um incansável preservador da cultura caiçara.
Iniciou suas atividades teatrais em 2001, para tentar curar uma crônica timidez, Ballio conta hoje em seu currículo, com montagens de drama, cenas de cunho regionalista e comédia – já completamente despido da antiga timidez!
Um dia, ao ser visto interpretando uma cena, no evento “Pirão Geral”, foi convidado a ingressar no grupo O Guaruçá, onde estreitou seus laços estéticos com a arte caiçara.
Com o andamento desse trabalho, percebeu proximidades entre elementos da cultura Caiçara e da cultura Caipira. Deu-se conta de sua ligação, também, com a caipirice, já que seus avós maternos eram roceiros do bairro Bela Vista.
Criou, em 2007, os personagens Cumpadre Ballio (Caiçara) e Zé Hernales (Caipira), com os quais se apresenta em eventos importantes de Ubatuba, como a Caiçarada e a Festa de São Pedro Pescador e, principalmente, em escolas infantis, levando à platéia a riqueza artística de nossas raízes.
Em seu show para as crianças, procura falar de animais próprios da fauna local, adaptando fábulas (brasileiras ou não) a esses bichos, para que haja maior identificação do público com as histórias contadas.
A partir de sua pesquisa constante, percebeu que o Caiçara e o Caipira são como irmãos gêmeos, ou primos muito próximos, que moram vizinhos um do outro. É bem apropriada essa leitura, a julgar por exemplo, a concepção espacial que ambos têm, na construção de suas casas e se lembrarmos de fatos históricos que comprovam esse estreito contato, como a constante vinda da tropa de Cipriano, trazendo, do interior paulista, bois para o abate no antigo matadouro de Ubatuba.
Fatos, histórias e proximidades culturais que hoje estão expressas na arte do nosso CAIÇAPIRA.