quinta-feira, 15 de abril de 2010

UBATUBA 2007 : Prefeitura apresenta projeto para construção de ponte no Bairro da Ressaca

Cerca de 30 moradores do Bairro Sítio da Ressaca estiveram reunidos com o secretário de Obras da prefeitura no último sábado, 21. O objetivo do encontro foi discutir sobre a implantação de uma ponte na entrada do bairro. O engenheiro Ricardo Yazigi, autor do projeto da ponte, esteve presente para mostrá-lo à comunidade interessada. A segunda fase para a construção da ponte já está em andamento e trata-se da liberação por parte dos órgãos ambientais. Depois, será aberta licitação para contratação da empreiteira que deverá executar a obra.




A antiga ponte que ligava o bairro à Estrada BR-101 não resistiu a uma tempestade que aconteceu em 2005 e foi levada pelas águas do Rio Grande que, na ocasião, teve uma das maiores vazões da história do bairro, subindo um nível de 5 m. Antes disso, em 2001, a ponte já havia sido interditada para trânsito de carros, devido às suas condições precárias. Para que o bairro não ficasse isolado, a prefeitura, na época administrada por Paulo Ramos, abriu um acesso alternativo em área de preservação permanente. Esse procedimento gerou um processo ambiental, movido pelo Ministério Público, no qual a prefeitura é ré. Diante da existência de um processo em trâmite, a via de acesso não pode receber melhorias, como iluminação, o que acabou propiciando a ocorrência de crimes na região. Com a construção da nova ponte, a área deverá ser reflorestada, como determina a lei e o acesso desativado.



Características da nova ponte

As fortes chuvas que causaram a ruína da ponte também aumentaram o vão do rio de 15 para 30 metros, portanto, a nova ponte terá o dobro do comprimento da antiga. Sua largura total será de 9,8m, com duas calçadas laterais de 85cm de largura cada uma. O peso do projeto será de 35 toneladas e haverá seis postes de iluminação. A ponte anterior era feita de ferro. A nova ponte será feita de concreto pré-moldado.



Uma praça para o bairro

Durante a mesma reunião, os presentes também puderam tirar dúvidas e saber mais sobre a praça que está sendo construída no bairro, por meio de uma parceria entre a prefeitura e a comunidade. A área de lazer terá formato circular, com pavimento de paralelepípedo, playground, bancos, área de esportes, jardins, árvores nativas e iluminação. Segundo o prefeito de Ubatuba, a construção da praça na avenida central, a reforma de uma outra, na entrada do bairro, e agora a construção da ponte fazem parte do programa de melhorias nos bairros que a atual administração vem realizando em todo o município. “Temos mais de 60 bairros em Ubatuba e em todos eles, nestes dois anos e meio, a prefeitura já realizou diversos serviços, visando sempre a melhoria na qualidade de vida da nossa população”, reforçou o prefeito.

Fonte: Assessoria de Comunicação - PMU

UBATUBA - SP -  25/07/2007

2005 - Ubatuba terá beneficiadora de pescados

A Câmara Municipal de Ubatuba aprovou, por unanimidade, um projeto proposto pelo executivo, que trata de um convênio firmado entre a Prefeitura e a Universidade de São Paulo, em parceria com a Associação dos Maricultores do Estado de São Paulo (Amesp), o Instituto de Pesca e o Ministério da Agricultura. Esse convênio possibilitará a implantação de uma beneficiadora de pescados, na qual os pescadores poderão congelar ou embalar seus produtos.Serão investidos cerca de R$ 100 mil reais em equipamentos, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. A contrapartida da Prefeitura será providenciar um local para a instalação da beneficiadora, que será administrada junto com os pescadores, membros da AMESP e da Colônia de Pesca. A Universidade de São Paulo, através da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, dará aos usuários o suporte operacional e técnico necessário para utilizar os equipamentos. A Secretária de Agricultura, Abastecimento e Pesca de Ubatuba, Valéria Gelli, diz que a beneficiadora ajudará os produtores a agregar valores aos seus produtos. “O processamento proporcionará um produto de boa qualidade ressaltando que a segurança alimentar é uma preocupação desta secretaria . Na hora da venda, esses fatores melhoram o preço do produto e a confiabilidade do consumidor”. PMU




FONTE UBATUBA VIBORA - Novembro 07, 2005

UBATUBA 2000 : Rancho dos pescadores será uma



A praia do Itaguá deverá contar em breve com um novo ponto de atração turística . Em reunião no gabinete do prefeito em exercício Andrade Henrique ficou acertada a reforma e ampliação do atual rancho dos pescadores que se encontra em situação bastante precária.


As obras deverão ser realizadas em regime de cooperação melhorando as condições de trabalho dos pescadores e o atendimento aos fregueses, principalmente turistas.

Atualmente, seis pescadores têm permissão de uso do local onde o pescado é comercializado há mais de 20 anos. Paulo Roberto Conceição, assessor de governo, confirmou o interesse da Prefeitura no Projeto que vai beneficiar um grupo de pescadores que tem dificuldade em comercializar o produto no Mercado Municipal de Peixe. Embora sejam apenas seis permissionários, as instalações estarão também à disposição dos pescadores de praias mais distantes. Jeriel da Silva Rocha, secretário de obras, pediu um prazo de uma semana para levantar todos os dados necessários, principalmente em relação ao material, para definir as condições de parceria.

Manoel Alves Martins, representante dos pescadores, disse que o projeto de um novo rancho, dará melhores condições àqueles que não têm espaço no Mercado de Peixe para vender seu produto. "Vendemos o peixe pescado ali mesmo na praia. É um ponto de venda e desde muito tempo serve como atração turística", diz Manoel.

As novas instalações, com 12 por 7,5 metros vai obedecer todos os requisitos dos ranchos tradicionais dos pescadores de nossa cidade.

JORNAL A SEMANA _  Publicação Semanal - Edição 67 - Ubatuba, 17 a 23 de fevereiro de 2000

UBATUBA E SEUS BRASÕES



Desde 1937, quando foi enviado à Câmara o primeiro projeto de lei para instituir o Brasão do Município de Ubatuba, permanece uma dúvida quanto à sua legalidade.


Segundo Washington de Oliveira, popularmente chamado "Seu Filhinho", o projeto enviado à Câmara não chegou a ser aprovado e, até hoje, muitas modificações foram feitas sem contudo verificar se o faziam corretamente.

Segundo ele, em 1937, por ocasião do III Centenário de Ubatuba, a Prefeitura, em colaboração com o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, promoveu solenidade para comemorar o acontecimento.. Aquele instituto solicitou do heraldista José Wasth Rodrigues a elaboração do obelisco a ser inaugurado na Praça da Matriz, ele ficasse perpetualizado em bronze. Entretanto, tudo foi planejado e executado precipitadamente, devido o curto prazo de tempo e as dificuldades da época. Na data das festividades, 28 de outubro de 1937, o então prefeito Washinton de Oliveira enviou à Câmara o projeto de lei redigido nos seguintes termos:

"Artigo II - Revogam-se as disposições em contrário.

BATUBA 1937

Justificativa

A cruz, peça honrosa de primeiríssima ordem, que alteia no escudo e se apresenta com esplendor de ouro, consagra o seu orado e lembra o nome que lhe foi dado pelo seu fundador, Jordão Homem da Costa, depois de afastados os selvagens tamoios, oficialmente legalizados, Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Em memória, diz Eugênio Egas, de haver a cruz empunhada pelos missionários José de Anchieta e outros.

Ubatuba, palavra de origem indígena, significando sítio abundante de ubás (caniços silvestres) é lembrada pelos dois caniços, cruzados ao pé da cruz. Finalmente, a canoa com cinco remadores navegando no mar, rememora a atividade dos indígenas estabelecidos nesta região. Os 5 remadores são: Cunhambebe, Aimberê, Pindabuçu, Coaquira e Araraí. Eles eram chefes da 5 tribos Tupinambá que formaram a Confederação dos Tamoio. Serve de timbre ao escudo, a coroa mural de ouro convencionalmente adotada para caracterizar as armas dos municípios e cidades.



Conclusão

A Câmara recebeu o projeto para aprovação que desse forma legal, "o bronze do obelisco" fosse ostentado nos papéis e atos oficiais do município. Entretanto, naquela época, as sessões se realizavam quinzenalmente e, no dia 10 de novembro, 13 dias após ser enviado à Câmara o projeto, o Presidente Getúlio Vargas , implantou no País o Estado Novo e na Constituição que outorgou, aboliu todos os símbolos, armas, hinos e bandeiras regionais. Segundo "Seu Filhinho", nem a Câmara votou o projeto, nem o prefeito formalizou por decreto. Em 1946, a Constituição restabeleceu armas, hinos, bandeiras e brasões; no entanto aqui, os governantes adotaram-na sem o cuidado de verificar se o faziam legal ou impropriamente."





Modificações

Posteriormente, o brasão sofreu várias modificações baseadas na Lei nº. 4/1957.

Foi feita a revisão pelo heraldista Salvador Thaumaturgo que sofreu a seguinte modificação: a) o escudo francês foi substituído pelo português; b) a Cruz perdeu o resplendor de ouro e, do pé, foram suprimidos os dois ramos de ubá em aspas brocantes de verde; c) como ornamento foi acrescentado um listel de prata com as indicações: 1637 - Ubatuba - 1855; d) acrescentou como suporte dois ramos de ubás, floridos, ao natural. A primeira data (1637) indicava o ano de elevação da Vila da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba e a segunda 1855, a data de elevação a comarca.

A segunda modificação se deu em 1967, instituída pela Lei nº. 120, de 25 de agosto de 1967. O heraldista Alcindo Antônio Peixoto de Faria fez a revisão do brasão que teve a seguinte alteração: voltou o resplendor à cruz e, no listel, suprimiram as datas e acrescentaram a frase latina - Unitatem Servavit Patriae Et Fidei - que se traduz: Conservou a Unidade da Pátria e da Fé, Legenda de Ibraim Nobre e do Padre Viotti. Essa legenda reafirma a hipótese de que Ubatuba é o berço da unidade nacional, marcado pelo acontecimento que passou a figurar na história do Brasil com o título de PAZ DE IPEROIG. Isso ocorreu em 1563, quando José de Anchieta conseguiu o acordo de paz entre as 5 tribos tupinambá, que formaram a Confederação dos Tamoio, portugueses e as tribos Tupinambá do Rio de Janeiro aliadas dos franceses de Villegaignon. Pois se os calvinistas franceses tivessem permanecido aqui, as lutas religiosas que então se processavam na Europa, teriam se transportado para cá, e conseqüentemente o Brasil seria dividido em três regiões: a do sul e norte, católicos e de língua portuguesa e no centro calvinistas e língua francesa.

Opiniões

Enquanto uns consideram que o brasão oficial é o último aprovado pela Câmara em 25 de agosto de 1967, outros acham que foi aprovada apenas a modificação de um projeto que não havia, e portanto, não é considerado legal. Há também os que não concordam com essas modificações sem que haja um argumento importante. Isso porque, além do primeiro brasão elaborado ser tão lindo e expressivo quanto os outros, ele está perpetualizado no obelisco da Praça da Matriz, marcando o III Centenário da cidade, e que nunca poderá ser retirado, e também evitaria que cada monumento da cidade tivesse um brasão diferente.



Pesquisa de Edson Silva