Socó-boi. (Fonte: internet) |
Noutros tempos, em Ubatuba, nós caiçaras só usávamos água dos rios, ou seja, não tínhamos água encanada. Algumas pessoas tinham seus poços d’água no terreiro, mas eram poucas. Deste contexto já se passaram cinquenta anos.
Em cada rio havia um “porto”, uma referência: “Porto da Jorgina”, “Porto da Tia Rita”, “Porto da Tia Santa” etc. Onde a minha mãe se debruçava em vários momentos do dia era o “Porto da Laura”. O “Porto da Vó Martinha” era o último, quase na vargem que se encontra com o Morro do Amorim. Nestes lugares se areava panela, lavava roupa, consertava peixe, limpava caça etc. Também era onde a gente passava o balaio para pegar camarão, pescava lambaris, muçum, bagre etc. Até cágados eram fisgados por nossos anzóis.