Sempre ao entardecer, depois da pescaria e das vendas dos
peixes, depois da lavagem nas canoas, dos entralhos e remendos nas
redes, depois da varrida em volta do velho ranchinho, enfim, depois de
cumprirem o cotidiano e a lida do dia-a-dia, Fifo e Alfredo Vieira,
sentavam aos pés dos abricoteiros e punham conversa fora: contavam
casos, relembravam acontecimentos, planejavam pescarias e, de todos os
sentimentos, eles falavam sobre o futuro. O que seria o futuro?
Das coisas materiais o que eles tinham de mais precioso era o velho
ranchinho, pois foi ali que eles cresceram, sustentaram suas famílias,
educaram seus filhos...O velho ranchinho abrigava suas canoas, seus
remos, seus balaios, suas redes, seus anzóis...foi o velho ranchinho que
garantiu suas subsistências, suas dignidades.