terça-feira, 30 de junho de 2015

A arte de construir canoas - Uma tradição ameaçada









Por..:: Dimas Renato Pallu Marques - Revista Horizonte Geográfico - São Paulo,SP abril 2009.

A arte de construir canoas, símbolo dos pescadores do litoral de Ubatuba, corre risco de desaparecer.

Pesquisadores lançam projeto para conservá-la.
Seu Agrício, Baéco, seu Filhinho e Maximiliano. Guarde bem esses nomes, pois com eles está a mais apurada técnica de fabricação da tradicional canoa caiçara de Ubatuba. E esse conhecimento, parte fundamental da cultura do município do litoral norte paulista, corre risco de desaparecer. A proibição do corte de árvores de Mata Atlântica e a falta de interesse das novas gerações no aprendizado do ofício colocaram em risco essa tradição que acompanha o caiçara desde sua origem, logo após o contato do indígena de etnia tupi com o branco colonizador no século 16.

NASCE O FESTIVAL DE SURF UBATUBA



Paulo Jolly Issa, nascido em 1949 e seu irmão Ricardo foram dos pioneiros do surf paulista. Começaram surfando com uma prancha de madeirite, no ano de 1966 em São Vicente. Um dos primeiros a desbravar as praias de Ubatuba, acabou estabelecendo um padrão nacional para a organização de campeonatos de surf. Pesquisou regras, foi juiz, fundou a ASU (Associação de Surf de Ubatuba) e atingiu a presidência da Abrasp em 1988. Um “professor” em termos de fazer um evento de surf acontecer como um relógio suíço. Como trabalho principal dirigia a fábrica de pranchas Squalo, trabalhando com diversos shapers. A fábrica orbitava ao redor deste universo, Paulo chegou a investir capital da Squalo para manter a ASU operando.

Vamos deixar ele contar o início dessa história: “Os anos 50, 60 e 70... Foi uma época em que o surf estava em ebulição. Fatos novos aconteciam a todo o instante. Novos picos, evolução das pranchas, surfwear, campeonatos maiores...”


CULTURAS E CULTURAS: SÓ ISSO É RIQUEZA




 
Primeira inscrição na Colônia Z-10 - Ubatuba        (Arquivo Patural)
                    Bem-vinda ao blog, Eny Proença!
                   
             Na noite passada, durante a Festa de São Pedro, padroeiro dos pescadores, pensei no finado Jean Pierre Patural que, conforme o documento atesta, foi quem fez, em 1956, o primeiro registro na nossa Z-10, a Colônia dos Pescadores. 
             Para aqueles que, dentro da Colônia dos Pescadores, não acreditam no potencial cultural de uma festa assim (com procissão marítima, barracas, danças típicas, comidas...) para alavancar a suas atividades, eu escrevi este texto reflexivo. Aos demais que fizeram bonito, principalmente no prato típico da tainha, os meus sinceros parabéns.