Ah! Da luz elétrica só na frente da cidade. Só ali na frente. Só tinha nove postes com luz. No Itaguá não tinha nada; no Perequê-açu não tinha nada. Só no centro da cidade. Depois que morreu o Oto lá na luz, ele e um primo meu, de doze anos o rapaze, e, o animá, o cavalo do Oto. Aí levou um bocado de tempo sem luz, sem nada. Depois tornou a vortá traveis, de novo, mas veio pouca coisa, né? Depois foi aumentando e chegou nesse ponto que tá agora. Quem trouxe a luz para Ubatuba foi um alemão.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
ESPECIAL UBATUBA , ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA - 32 ª PARTE
Certo dia chegou a aldeia dos Tupinambá um francês chamado por eles de Caruatá-uára que morava a umas milhas dali. Sabendo da captura do artilheiro alemão foi lá constatar este fato. Hans Staden ficou feliz achando que de alguma forma o francês ajudaria, pois parecia ser um bom cristão. Em uma rápida conversa com o alemão não entendeu nada do que o alemão falava, dizendo logo em seguida aos selvagens que poderiam matá-lo, pois se tratava de um verdadeiro português, inimigo deles. Hans Staden, pensou no versículo no versículo bíblico do profeta Jeremias: “Amaldiçoado seja o homem que confia nos homens”. Então, abatido e muito triste voltou à sua cabana, deitou-se na rede, desamparado, cantava outros versículos em voz trêmula enquanto os selvagens preparavam a festa onde o matariam.
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