sexta-feira, 27 de março de 2009

A VOLTA DO LIVRO " UBATUBA,ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA"

CAROS AMIGOS DO SITE " O CAIÇARA" em especial os visitantes desta página,
a partir dessa semana estarei voltando a publicar na integra o livro "Ubatuba, espaço,memória e cultura" , escrito a quatro mãos por Juan Drouguet (Professor da USP) e Jorge Otávio Fonseca (mano caçula do editor deste site).
O livro retrata a história de Ubatuba desde a suas origens até os dias de hoje.

Começamos a partir desta semana , atualização sempre as 6 ª feiras, acompanhe , este livro foi lançado em 2005, e pode ser encontrado na nossa Biblioteca Municipal .

S U M Á R I O

PREFÁCIO
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I: UBATUBA, O PRIMEIRO SOL DO VERÃO

1. Itinerário da viagem por algumas praias de Ubatuba
2. Âncora nos principais atrativos culturais da cidade
3. O dia a dia de Ubatuba, do nascer ao pôr do sol


CAPÍTULO II: OS GUERREIROS DE IPEROIG E A FORÇA DA RAÇA LITORÂNEA

1. Os primórdios de Ubatuba.
2. Os Tupinambá, traço da força e da resistência de uma raça.
3. Iperoig: o advento do tempo e a conquista do espaço.


CAPÍTULO III: A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA NA SERRA DO MAR

1. Aspectos relevantes da vida cívica e cultural de Ubatuba.
2. Ubatuba na voz dos Meios de Comunicação Social.
3. A missão da Universidade e os novos processos de conquista do futuro.


BIBLIOGRAFIA

REFERÊNCIAS


INTRODUÇÃO


Ubatuba – espaço, memória e cultura é uma obra que se origina de uma amizade entre um habitante da cidade e um estrangeiro, para situar-se como um projeto de sistematização regional, visto na perspectiva do turismo, da história e da cultura local.

A cidade de Ubatuba como destino turístico constitui o ponto de partida para dois itinerários diferentes que se fundem para mostrar, conjuntamente, o lado perceptivo daquele que mora na cidade de Ubatuba, e o lado reflexivo do turista que interpreta os efeitos da paisagem e da história com a qual se reveste a cidade ao longo da escrita.

Trata-se de um tipo de construção teórica importante, no sentido de oferecer dados para toda e qualquer pesquisa que se venha a fazer sobre a região. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, uma vez que decidimos fazer frente à esta aventura foi justamente a falta de registro escrito das tradições orais de Ubatuba. Esta questão conferiu a nossa obra um caráter inter e multidisciplinar, desafiando-nos o tempo todo a criar interstícios com as teorias do turismo, com a história do Brasil e, sobretudo, com a fenomenologia do espaço inscrita no imaginário cultural dos habitantes de Ubatuba. Acreditamos que do resultado deste refrescante mergulho, a imagem da cidade possa sair beneficiada plenamente, da mesma maneira que saímos nós uma vez que empreendemos esta travessia e que hoje apresentamos seu resultado.

Há, entretanto, alguns pontos que queremos advertir logo de entrada sobre nosso livro. Em primeiro lugar, o desafio do turismo em Ubatuba às políticas públicas e à iniciativa privada no sentido de investir na cultura local como fonte de conhecimento e progresso; em segundo lugar, reivindicar o valor identitário da cultura tupi no seu viés tamoio para reconhecer um traço importante do caráter brasileiro; e, finalmente, lançar uma proposta à universidade, responsável pela articulação institucional, mais do que necessária dos componentes humanos, que configuram a vida social de uma cidade que tanto tem a oferecer ao desenvolvimento cultural do país. Por esta razão, acreditamos que este seja só um passo de um projeto maior que se desdobrará em futuras publicações, pois o nosso desejo é comunicar um saber fruto da experiência e reivindicar o espaço físico e humano no qual a cultura se insere e se projeta no cenário nacional.

Desta forma, a estrutura do livro é também uma proposta de travessia, um roteiro turístico que se inicia pelo reconhecimento do espaço e do tempo passado, presente e futuro de Ubatuba.

No primeiro capítulo trataremos Ubatuba como um destino turístico, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem do turismo e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.

No segundo capítulo, apresentaremos um panorama histórico de Ubatuba, outrora conhecida como aldeia de Iperoig, habitada pelos mais aguerridos índios de raiz tupi, os tamoios – que preferiam ser chamados de tupinambás - cuja saga em prol de seus valores ancestrais formou um dos episódios mais originais da história do Brasil, traçando os moldes de uma identidade litorânea .

No último capítulo, desenharemos o quadro da atual configuração da cultura ubatubense delineada no progresso de suas instituições, modelada na imagem veiculada pela mídia e assumida pela universidade como missão a favor da pesquisa e da produção de conhecimento.

Convidamos a nossos leitores, habitantes de Ubatuba em primeiro lugar, turistas, comunicadores e interessados na cultura de modo geral, a percorrer o itinerário para redescobrir as encenações de uma cidade encantada de chuva e de sol.

CONTINUA ....ATUALIZAÇÃO DIA 03/ABRIL/2009