sexta-feira, 9 de maio de 2008

Fotos antigas comprovam a existência de fazendas antes da criação do Parque da Serra do Mar





Ubatuba - A comissão suprapartidária de vereadores, que visa defender o direito de comunidades tradicionais de Ubatuba, conseguiu um importante elemento, que deverá dar força aos trabalhadores rurais da região do Ubatumirim, em relação ao processo de identificação junto à Fundação Florestal do Estado de São Paulo.
Os agricultores da região reclamam das diversas restrições impostas, com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, área que engloba diversos locais de plantio.
Os trabalhadores alegam que, a cultura rural no Ubatumirim é histórica e já tinha grande representatividade no município, bem antes da criação e delimitação do Parque. Entretanto, os caiçaras ainda não tinham conseguido comprovar a existência de roças e pequenas fazendas, que já faziam parte da região antes mesmo da construção da Rodovia Rio-Santos. Foi justamente na obtenção de “provas”, que o legislativo ubatubense conseguiu um avanço significativo.
O presidente da comissão, Charles Medeiros, solicitou e recebeu da Secretaria Estadual de Agricultura, diversas fotos aéreas antigas do sertão do Ubatumirim, que mostram a existência de grandes roças, desde 1960. O Parque Estadual da Serra do Mar foi criado em 1977 e tornou as roças já existentes, área de proteção ambiental.
A Fundação Florestal, os órgãos licenciadores do Estado e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais estão participando do Plano Integral de Propriedade, que visa redefinir os espaços utilizáveis dentro da bacia do Ubatumirim.
Segundo o presidente da comissão suprapartidária da Câmara Municipal, Charles Medeiros, as fotos antigas irão dar maior sustentação às reivindicações dos agricultores, durante as discussões.
“A imagem mostra muita coisa, tem foto de antes da construção da Rodovia Rio-Santos, portanto, existe a comprovação de que a agricultura faz parte da tradição caiçara de Ubatuba, afinal, antigos moradores relatam que, em épocas do descanso do solo, muitos trabalhadores do sertão saiam para o mar em função da pesca”, completa o vereador, acreditando que, as restrições impostas, com a criação do Parque Estadual da Serra do Mar, interferiram diretamente na cultura e economia das comunidades instaladas na região do Ubatumirim e precisam ser revistas. (Fonte: Imprensa Livre)

ESPECIAL : Índios explicam a simbologia das peças expostas em mostra no Convivência

Cultura indígena


NICE BULHÕES
nice@rac.com.br

O índio guarani Arlindo Vicente da Silva mostra como ensina a dança aos mais jovens da aldeia Boa Vista (na língua guarani Tekoá Jaexaá Porã), localizada em Ubatuba (SP). O cenário é a dependência da galeria B do teatro do Centro de Convivência, onde acontece até 16 de maio a exposição Etnias. Ela integra a 14 Mostra da Cultura Indígena. É feriado de 1 de maio. Com uma das mãos, Arlindo faz com que dois bastões, presos a uma linha, se choquem várias vezes e em diversas posições. Na tribo, o mesmo plá-plá também pode ser ouvido na casa de reza para exigir silêncio. Ao fundo, artesanatos de diversas etnias à venda. Arlindo, por exemplo, é um exímio confeccionador de peças de madeira em formato de bicho. A arte indígena pode ser apreciada e adquirida durante a exposição, que funciona das 9h às 18h, todos os dias.

“Aprendi a fazer arte com minha mãe e minha avó... com os mais velhos”, fala Arlindo. A iniciação ao mundo da arte começou quando tinha 5 anos. “No começo, a gente enfrenta dificuldades, mas depois pega a prática”. Os bastões são usados na dança e para rituais de reza. “Eles nos ligam com o espiritual”. O cacique Altino dos Santos, que faz pau-de-chuva (R$ 50, um instrumento com sementes que imita o som da chuva), diz que a aldeia incentiva os mais jovens a darem continuidade ao artesanato. “Hoje, atrapalha um pouco porque as nossas crianças precisam ir para a escola, que é diferenciada porque oferece os idiomas português e guarani”. Mas as tradições, como a figura do pajé, por exemplo, nunca morrerão, garante. Por ter sido escolhido pela comunidade, o cacique quase não dispõe de tempo para se dedicar ao artesanato.

Bem ao lado de Altino, uma maruana (roda de teto), da etnia wayana-aparai, chama a atenção pela beleza. A peça (R$ 180) tem um furo no centro para ser colocada no esteio central da oca. De argila, traz desenhos mitológicos das grandes lagartas sobrenaturais. Cada peça à venda tem a sua simbologia. Uma das mais interessantes é a boneca de entre-casca de palmeira (R$ 38) da cultura do povo ticuna (AM). “Ela representa o rito de passagem da infância para a adolescência da índia, com a chegada da primeira menstruação. Os desenhos simbolizam os homens mascarados que participam da festa das debutantes”, explica Helena Shizue Yamanaka, um das donas da loja Casa das Culturas Indígenas (CCI), que fica na Rua Augusta, 1.371, na Consolação, em São Paulo. A CCI é responsável pelo espaço de venda da amostra.

Riqueza de detalhes

As bonecas ritxokò de cerâmica (R$ 15) da etnia karajá (TO), originalmente, eram uma representação simbólica do pênis. Tanto é que o formato lembra o órgão sexual. “Não tem conotação lasciva porque são as crianças que brincam com a boneca”, explica Rubem Pereira de Ávila, um dos curadores . “Apesar de haver uma referência ao órgão sexual masculino, a intenção é a brincadeira e não algo erótico”. Outras peças atrativas são a bola feita com a seiva de mangabeira (R$ 28), um tipo de látex, do povo pareci (MT), a gamela de madeira (R$ 40) da etnia pataxó (BA) e as cerâmicas em formas de bichos com chocalho (R$ 20 a R$ 23) do povo waura (MT). Para quem gosta de acessórios, os colares e bolsas indígenas também podem ser encontrados.

Destaques para o colar tradicional do povo asurini (PA), que antes era confeccionado com dentes naturais e depois foram substituídos por dentes falsos de plásticos (R$ 185). Outros colares que chamam a atenção são os dos cinta-larga (feito de casca de coco tucum e inajás, R$ 90) e do kayapó (feito de madrepérola e miçanga, R$ 300). A saia de tear do povo arawate (PA) custa R$ 100 e a zarabatana de 3,5 metros da etnia matis, R$ 1,6 mil. As máscaras dos waura (R$ 280) são usadas pelo povo para trazer a fartura do peixe. Enquanto a máscara fica na aldeia, segundo o curador Rubem, os índios usam os zunidores para chamar os peixes para a beira do rio. “Eles amarram vários zunidores em uma corda, presos a uma haste, e os rodam para que façam barulho, chamando os peixes”. O espaço é uma excelente oportunidade, se não para as compras, para conhecer as culturas indígenas.

FUNDAÇÃO DE ARTE E CULTURA DSE UBATUBA INFORMA ....

Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”
Idalina Graça


Biblioteca Municipal está em obras para sua revitalização

Diante da necessidade urgente de reformas, a partir do último dia 07, quarta-feira, Prefeitura Municipal e Fundart iniciaram as obras de revitalização da Biblioteca Pública Municipal “Ateneu Ubatubense”. Por isso suas atividades ficarão suspensas por 40 dias, aproximadamente.
Com isso estaremos proporcionando maior segurança e conforto à todos os seus usuários, agregando mais valor à nossa cultura e ao nosso patrimônio urbano, enriquecendo ainda mais a Praça 13 de Maio, recentemente reinaugurada pelo prefeito Eduardo Cesar.
Observação: As devoluções de livros deverão ser feitas no prédio do antigo Forum, Praça Nóbrega, 54 – Centro, das 8h00 às 18h00, diariamente. Mais informações pelos telefones: (12) 3833 7000 / 3833 7001.

Sábado tem “Retreta Maestro Pedrinho” na praça da Matriz

A partir das 20h45 o grupo “Retreta Maestro Pedrinho” se apresenta na praça da Matriz com repertório variado. O grupo, já conhecido em Ubatuba, mais uma vez vai animar a noite do próximo sábado, quando aquele logradouro público reúne muitas crianças, jovens e adultos. É um bom momento para descontrair e curtir boa música.

Zelma Landi e Dênico Pavan abrem exposição na Fundart nessa sexta-feira

A exposição Amigos, de artes plásticas, será aberta nessa sexta-feira, dia 09, às 20h00 no Salão de Exposições do Sobradão do Porto. Os artistas plásticos Zelma Landi e Dênico Pavan mostrarão suas obras.
O evento contará com participação de um grupo musical da Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta. O Grupo Setorial de Artes Plásticas patrocina a iniciativa.

Gestão Cultural começa na próxima semana

O curso de Gestão Cultural está com inscrições abertas e terá início na próxima semana. É uma parceria da Fundart com a Secretaria de Estado da Cultura. Mais informações com Zéca Ribeiro, pelos telefones (12) 3833 7000 / 3833 7001. Ramal 34 – Fundart.

Folia do Divino/2008
Já tem programação


Como ocorreu em 2007 a Folia do Divino Espírito Santo já tem programação estabelecida entre a Fundart e o grupo de foliões. A tradicional manifestação de nossa cultura vai iniciar sua peregrinação ainda neste mês de maio. O apoio às manifestações tradicionais de nossa cultura faz parte da política cultural da Fundart em se tratando do patrimônio imaterial. Abaixo, meses, dias e horários das saídas da Folia do Divino Espírito Santo:


BAIRRO.......DATA..........HORÁRIO....Sempre a partir das 08:00 horas
Fazenda da Caixa..10 de maio/sábado
Ubatumirim/Vila da Índia/ Vila Rolim (sertão/praia)...17 de maio/sábado
18 de maio/domingo

Puruba/Praia...31 de maio/sábado

Puruba/Sertão...01 de junho/domingo

Promirim...07 de junho/sábado

Itaguá...08 de junho/domingo

Itamambuca/Sertão....14 de junho/sábado

Praia Vermelha do Norte/Barra Seca...15 de junho/domingo

Taquaral...21 de junho/sábado

Jardim Ubatuba (Sumidouro)...22 de junho/domingo

Perequê-açu...05 de julho/sábado

Estufa I e II...06 de julho/domingo

Enseada1...2 de julho/sábado



Festa do Divino Espírito Santo – Histórico

A Festa do Divino, como é popularmente chamada a comemoração da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, é realizada em homenagem à terceira pessoa da Santíssima Trindade: o Espírito Santo. Realizada quase sempre no dia de Pentecostes (em grego Pentekoste significa cinqüenta), isto é, cinqüenta dias após a Páscoa, como é comemorada na vizinha cidade de São Luiz do Paraitinga. Segundo a tradição da Igreja, o dia de Pentecostes significa que após cinqüenta dias da Ressurreição do Senhor, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos.

Festa do Divino em Ubatuba

Já não se festeja mais o Divino como antigamente. Naquele tempo, quando terminava uma festa, o novo festeiro, ou melhor, o novo Imperador providenciava logo as corridas da folia. A Folia era constituída de duas bandeiras, mais um bando precatório composto de Mordomo, chefe e recebedor das espórtulas (gorjetas) - Mestre, repentista que cantava e ritmava seus cânticos repicando o tambor; um rabequista, dois violeiros e um triple. Esses eram os foliões. Duas Folias partiam simultaneamente para os extremos do município: uma para o Camburi, ao norte, outra para a Tabatinga, ao sul. De lá vinham para a cidade em peregrinação, cantando de casa em casa. Para a hospedagem no bairro - apesar de gratuita - havia séria disputa e a honraria cabia ao mais generoso na gorgeta ou ao mais influente junto ao Imperador.

Participe das Oficinas Culturais da Fundart

Festival do Clássico ao Pop
(com qualidade e muitas cores nossa arte para todos os gostos)


Nos próximos 23 e 24 a Fundart e Prefeitura Municipal realizarão o Festival do Clássico ao Pop quando apresentará valores da nossa terra: Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta, Oficinas Culturais da Fundart, Bandas de Música Pop. O festival será realizado na Praça de Eventos da Avenida Iperoig.
Será um multi-espetáculo de cores, música e dança mostrando parte do que temos de melhor, quando apreciaremos performances de qualidade produzidas pelos nossos artistas.
Na valorização de nossa arte e cultura, dos valores locais, dos nossos patrimônios, a Fundart fundamenta suas ações.

Fundart agradece patrocinadores

A Fundart agradece aos patrocinadores do seu folheto de programação cultural mensal, já em seu terceiro mês, com fotos, cores e em papel reciclado, com grande ganho de qualidade. A programação tem agora edição de 2 mil exemplares, com distribuição ampliada. Bardolino - Restaurante; Pistache – Sorveteria; Center Tudo; O Rei do Peixe - Restaurante; Bucaneiros – Pizzaria; Módulo – Artes Gráficas e Associação Comercial e Industrial de Ubatuba viabilizam a importante publicação.

Recitais Pedagógicos prosseguem

Em parceria, Sociedade Lira Padre Anchieta, Secretaria Municipal de Educação e Fundart vêm sendo realizados os Recitais Pedagógicos. O próximo evento será dia 26 próximo, no Auditório Fundart, com a participação do Sexteto Caiçara. A presença de alunos tem lotado o auditório (manhã, tarde e noite) e o projeto está recebendo estudos para sua ampliação, visando atingir maior número de estudantes com a música, bem como aprendendo sobre suas técnicas fundamentais, somando valores importantes para o conhecimento e gosto musical.

18 Artistas Plásticos de Ubatuba estão expondo em Taubaté

A exposição foi aberta dia 06 último, às 20h00, no Museu de Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté. Trata-se da IV Mostra de Arte do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Região Serrana. Dezoito artistas de Ubatuba estão expondo mais de 30 obras e a exposição estará aberta ao público de 06 à 30 deste mês de maio.
Uma delegação de 14 pessoas, entre artistas plásticos e diretoria executiva da Fundart foi recepcionada pela Gerente de Cultura de Taubaté, Duda Mattos e pelo Diretor da Divisão do Museu de Patrimônio e Arquivo Histórico, Professor Fred Humbert Reis Sovino.

8 de Maio – Dia do Artista Plástico

A Fundart homenageia os artistas plásticos de Ubatuba pelo seu dia e cumprimenta a todos pelo trabalho intenso que realizam participando durante o ano de mais de 12 salões em todo o Estado de São Paulo, além das várias mostras realizadas em Ubatuba, destacando-se o Salão Nacional, que em 2007 foi realizado no Sobradão do Porto. Em nome de Fábio Rocha Junior, Coordenador do Grupo Setorial de Artes Plásticas da Fundart, cumprimentamos todo o grupo de artistas inscritos.

Programação Cultural - Final de Semana:

09 – Sexta-feira
20h00 – Abertura de Exposição de Artes Plásticas “Amigos” – Dênico Pavan e Zelma Landi
Salão de Exposições da Fundart

10 – Sábado
20h30 – Retreta Maestro Pedrinho
Praça Exaltação à Santa Cruz

Acesse nosso site:
www.fundart.com.br
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