domingo, 28 de junho de 2020

Campus em Ação | Filhos do mar: A comunidade caiçara de Ubatuba



Neste programa Raquel Bertani e Luiz Hirschmann apresentam o vídeo "Filhos do Mar: comunidade caiçara de Ubatuba" realizado pelos alunos do curso de jornalismo da PUC Campinas.

A DEVOÇÃO DO TIO FRANCOLINO



Meus rabiscos (Arquivo JRS)


                Quando eu era criança uma coisa me impressionava ao ver o saudoso tio Francolino chegando na rodovia, no ponto do ônibus da Praia Dura, vindo do Corcovado com um enorme saco de farinha de mandioca na cabeça, indo vender na cidade: ele sempre estava totalmente suado, pingando mesmo! Assim que acomodava a sua carga, ele tirava a camisa, pegava uma toalha que trazia na sacola, se enxugava, dava um tempo e vestia outra camisa. (Detalhe: os nossos antigos vestiam uma camiseta sob a camisa). Eu acreditava que jamais veria alguém suar tanto. Também, pudera! Ele era obeso e a sua casa era longe mesmo, talvez quatro quilômetros dali. Era notável a disposição deste caiçara que nos deixou faz tempo!

                Vovô Armiro, falecido faz tempo,  se dava muito bem com o tio Francolino. Quase sempre ele também estava levando a sua carga de farinha para vender no centro, depois de ter andado mais de sete quilômetros na estrada da Fortaleza. Naquele tempo, todos se davam bem, conversavam bastante, contavam causos e davam risadas contagiantes.  Era normal, pois se conheciam desde os tempos de criança, eram parentes, trabalhavam e festavam juntos. Eis uma particularidade dele que eu nunca imaginava. Segundo o vovô: “raramente o Francolino não levava a sua viola na canoa quando ia para a pescaria. Conforme a cara do tempo, ela era embarcada bem protegida e dentro de um balaio de taquara. Seu rancho era em algum ponto, rio acima, quase chegando na Folha Seca”. Estranho? Estranho mesmo! Era paixão! “Numa ocasião, numa pegadeira de espada depois da Barra, quase no Saco Grande, lá estava o Francolino também. Todo mundo estava puxando peixe, inclusive ele. A certa altura, depois de retirar a linhada da água, pegou do saco a sua pequena viola paulista que tanto estimava e nos alegrou com umas modas nossas daquele tempo. Era costume cantar duas ou três delas; depois protegia o instrumento, guardava no balaio e voltava a pescar.  A gente gostava. Era uma alegria só! Não demorava muito para alguém pedir mais cantoria. Quase sempre ele atendia aos pedidos. Coisa comum era de mais gente, nas canoas que estavam por ali, também entrar na cantoria. De uns tempos para cá, devido ao excesso de peso, ele não pesca mais, mas continua tocando a sua viola em casa. O primo Jeú, vizinho dele lá no morro, diz que é costume de um grupo se encontrar no serão, no terreiro do Francolino, para as cantorias e prosas. Ele tem um grande carinho pela sua viola paulista. Diz que, depois da mulher e da canoa,  a viola é o sua maior devoção. O nome grafado nela logo que comprou numa viagem de promessa à Aparecida é: Minha santa".

               Tio Francolino: pescador, roceiro e violeiro radical! Tio Francolino: parte de nossas raízes! Só de imaginar as cenas eu ainda me emociono.


NOSSOS ANTEPASSADOS.............



🌙Ancestrais🌙
Veja que interessante, a quantidade dos nossos antepassados:
Pais: 2
Avós: 4
Bisavós: 8
Trisavós: 16
Tetravós: 32
Pentavós: 64
Hexavós: 128
Heptavós: 256
Octavós: 512
Eneavós: 1024
Decavós: 2048
Num total de 11 gerações, 4094 ancestrais...
Isto tudo em, aproximadamente, 300 anos antes de nascermos!
Pare por um instante e pense!
De onde vieram?
Quantas lutas travaram?
Por quanta fome passaram?
Quantas guerras viveram?
Por quantas vicissitudes todos nossos antepassados sobreviveram?
Por outro lado, quanto amor, força, alegrias e estímulos nos legaram?
Quanto de sua força para sobreviver, cada um deles teve dentro de si para que, hoje, nós estejamos aqui, vivos?
Nós só existimos graças a tudo o que cada um deles passou.
Portanto, curve-se e reverencie seus antepassados!
Tenha gratidão a todos os nossos ancestrais, pois, sem eles, cada um de nós não teria a felicidade de conhecer a VIDA.

FONTE.............Mara Elen Alves Silva via facebook

O Rancho Caiçara está com votação para escolha do seu nome! .





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O Rancho fica situado na praia Perequê-Açu na cidade de Ubatuba/SP e foi construído pelas associações AARCCA (Associação de Amigos e Remadores da Canoa Caiçara) e pela ONG Peregrinos, além de ter contado com a ajuda de diversas pessoas da comunidade. Ele foi construído a partir de recursos cedidos pelo
Instituto Argonauta
e com projeto cedido pela empresa Terramare (especializada em Consultoria, Projeto e Construção de Aquário).
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O Rancho Caiçara tem como principal finalidade preservar a cultura caiçara, em especial relacionado ao uso da canoa de um pau só, bem como da culinária, da dança e das outras manifestações da cultura.
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"Muitos anos atrás, cerca de pelo menos 20 anos, o Nei me levou na praia do Perequê-Açu, porque ele tinha um sonho de fazer ali um Centro de Tradições Caiçaras Nei Martins. Esse era um sonho que ele tinha exatamente próximo naquele lugar onde o Rancho está. Ele queria fazer ali mais próximo da foz do rio Indaiá. O Nei foi um grande divulgador da Cultura Caiçara. A partir disso, eu lembrei de indicar o nome dele, porque eu acredito que ele foi uma pessoa que sonhou com esse projeto. Mas são tantos nomes bons que é difícil escolher", salienta o diretor presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto.
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Para escolher o nome do Rancho é bem simples e rápido.
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🤝🏼 Contamos com o seu voto!
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Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do
Aquário de Ubatuba
e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.
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Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 - 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba)/ (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 - WhatsApp. Também é possível baixar gratuitamente o Aplicativo Argonauta, disponível para os sistemas operacionais iOS (APP Store) e Android (Play Store). No aplicativo, o internauta pode informar ocorrências de animais marinhos debilitados ou mortos em sua região, bem como informar ainda problemas ambientais nas praias, para que a equipe do Argonauta encaminhe a denúncia para os órgãos competentes.
A base do Instituto está situada na Tv. Baitacas, nº 20, bairro Perequê-Açu, Ubatuba/SP - CEP 11680-000.
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