Na administração da Prefeitura Municipal, foram muitos os governos e de diferentes pensamentos com relação ao destino da antiga vila, agora cidade e comarca de Ubatuba. Como já citamos, o primeiro prefeito a governar Ubatuba fora Ernesto Gomes de Oliveira, pai de Washington de Oliveira, entre os anos de 1908 a 1913. Outros nomes como José Fileto da Rocha, Manoel Bernardo de Amorim, Benedito Felipe Fernandes, João Xavier Teixeira, logo substituído por Aristides Bonifácio Garcia. Estes foram os primeiros homens que até 1930 tiveram a oportunidade de tentar mudar os primeiros rumos da cidade quando ela ainda engatinhava numa divisão administrativa e como autonomia municipal. Destacamos já nos anos 30 a administração de Washington de Oliveira – seu Filhinho (1936 a 1938 e nove meses em 1952). Outros governos municipais dos últimos 50 anos de Ubatuba foram: José Alberto dos Santos (1956 a 1959), .... (1960 a 1963,) Francisco Matarazzo Subrinho (1964 a 1969), Celso Teixeira Leite (1970 a 1973), Basílio de Moraes Cavalheiro Filho (1973 a 1976) José Nélio de Carvalho (1977 a 1980 e 1989 a 1992), Benedito Rodrigues Pereira Filho (1981 a 1982), Pedro Paulo Teixeira Pinto (1983 a 1988), Paulo Ramos de Oliveira (1991 a 1994 e 2001 a 2004), Luiz Euclides Vigneron (1997 a 2000) e o atual Eduardo de Souza César (2005).
Entre os anos de 1964 a 1969, um nome em destaque no cenário brasileiro, principalmente no cenário paulista, que nunca havia participado da vida política, viria a ser um personagem importante na história de Ubatuba. Francisco Matarazzo Sobrinho, mais conhecido nacionalmente como Cicillo Matarazzo, empresário das Indústrias Matarazzo. O homem escolhido pelas forças políticas da época elegeu-se pelo Partido Social Progressista (PSP), em uma tentativa de tirar a esquecida Ubatuba da estagnação que se encontrava.
Seu período de governo ficou conhecido como “40 anos em 4 anos”, pois fez muito pela cidade e para que ela também se tornasse ainda mais conhecida no Brasil e até no exterior. Por ser um homem muito viajado já sabia do potencial da futura economia mundial, o Turismo. Sendo assim, tratou logo de colocar Ubatuba no caminho do desenvolvimento deste potencial, sabendo ele que a cidade com suas belezas naturais e seus atrativos turísticos seria logo alavancada ao sucesso e novamente, ao progresso.
Sua colaboração para isso seria dando as condições necessárias a este desenvolvimento, descentralizando as decisões. Conseguiu o primeiro asfalto da estrada que liga Ubatuba a São Luiz do Paraitinga; abriu a estrada Rio Escuro ao Monte Valério; ampliou o aeroporto Gastão Madeira; fez a primeira rede de esgoto no centro da cidade; construiu o belo coreto da Praça da Matriz; tratou logo de dar fim aos borrachudos trazendo os carros de fumacê para combatê-los. Ainda, pensando na população ubatubense, modernizou a burocracia para melhor atendê-los, ganhando a Prefeitura uma nova estrutura, sendo a primeira sede própria (hoje, atual Biblioteca Municipal); o código tributário e de obras foram implantados; também regularizou a lei do funcionalismo público; deu incentivos à educação municipal; e hoje o conhecido estádio municipal que leva o seu nome, no Perequê Açu, foi ele que deu início em suas obras.
Cicillo Matarazzo era apaixonado pela cidade de Ubatuba, veio aqui encontrar o sossego que só os ares e belezas da cidade poderia lhe proporcionar. Em um trecho de uma carta enviada ao então vereador e a quem considerava grande amigo Washington de Oliveira, o "Seu Filhinho", escrita no dia 09 de junho de 1964, Francisco Matarazzo Sobrinho dizia: “ ...Como o amigo sabe, aceitei o cargo de Prefeito Municipal apenas por amor a Ubatuba, terra onde pretendo, se Deus quiser, ver passar a minha velhice...”. Tanto que, quando estava em Ubatuba, sua residência era no Morro da Prainha, hoje chamada de praia do Matarazzo por este motivo.
Como em toda história da política, seja ela de nível nacional, até municipal, não poderia ser diferente em Ubatuba, e isso a longa história política da cidade muitas vezes se repetiu e continua se repetindo. Sendo assim, Matarazzo teve suas crises políticas passando por dois processos administrativos e conflitos dentro da Câmara Municipal, tendo assim alguns desafetos e desentendimentos de compatibilidade de idéias. Aqui, mostramos mais um trecho de sua carta citada acima, num desabafo ao amigo Filhinho: “...não obstante algumas divergências com a Câmara Municipal, divergências das quais penso que a responsabilidade cabe mais a mim do que à Câmara. Espero, daqui por diante, conhecendo melhor o pensamento dos senhores vereadores, fazer com que eles também compreendam melhor os meus objetivos, para que as divergências desapareçam e surja um esforço conjunto que venha a beneficiar ainda mais o povo ubatubense.”.
Mas, Francisco Matarazzo Sobrinho saiu-se dos dois processo de cassação (Impeachment) sem nada dever, mantendo-o à frente da Prefeitura. Em 1967, atendendo ao seu pedido de afastamento do executivo por dois meses alegando desgaste político, não deixando de buscar recursos a Ubatuba enquanto estava fora, o Presidente da Câmara, Fiovo Fredianni, assegurou com grande êxito durante os dois meses do afastamento de Matarazzo. Voltando à frente do comando no executivo, e terminando por vez os desentendimentos com o Legislativo, Cicillo Matarazo volta com novo fôlego, trazendo mais progresso a cidade de Ubatuba. Em mais um trecho de sua carta, fica bem claro o interesse que Matarazzo tinha e ver Ubatuba progredir principalmente como um grande potencial turístico que é: “...de organizar e manter dinâmico um plano diretor que oriente e discipline o crescimento harmônico da cidade; de criar condições para o aproveitamento racional e saudável das nossas belíssimas praias, fazendo de Ubatuba o centro turístico que o Estado de São Paulo ainda não possui...”. Foram mais estradas municipais abertas, trazendo mais força ainda ao investimento para o desenvolvimento do turismo.
Ao término de seu mandato, cumprindo o desafio de governar Ubatuba, volta a São Paulo, cidade onde se fez crescer como grande administrador de várias empresas e também, ajudou a dar novos ares, principalmente a artes, fundando o Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1946 e a Bienal de São Paulo, que a presidiu até a sua morte em 1977.
(Fontes: Jornal de Bolso - Ano 2 - nº 12 - Junho de 1998 - Comunicação Versátil - http://www.ubaweb.com/ubatuba/personagens/index.php)
MATÉRIA EXTRAIDA DO LIVRO
Ubatuba, espaço, memoria e cultura"
Editado em 2005
Por Juan Drouguett e Jorge Otavio Fonseca
quinta-feira, 22 de abril de 2010
VAMOS CONHECER UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DO AEROPORTO " GASTÃO MADEIRA " DE UBATUBA
De acordo com informações do Jornal “Opinião”, uma recente modernização e ampliação do aeroporto Gastão Madeira foi iniciada no ano de 2004 e já foram muitas modificações realizadas. A pistas que tinha 940 metros, passará a ser de 1200 metros reforçando a sua pavimentação da pista e a do pátio, com sinalização na horizontal e na vertical em toda sua extensão. Com isso, dará condições ideais para receber um número maior de passageiros e a tripulação e ainda para estes, um novo terminal para a sua recepção no embarque e desembarque dos mesmos. Um eliporto iluminado e com farol rotativo também faz parte das novas instalações. Uma construção da seção contra incêndio foi um dos importantes melhoramentos que é na verdade um pré-requisito na operação nas empresas de fretamento e ou com linhas regulares de vôos. Hoje em dia já são mais de cinco mil operações durante o ano, entre poucos e decolagens, e isso poderá aumentar de acordo com as modernizações realizadas neste aeroporto.
Atualmente, o aeroporto “Gastão Madeira”, é uma alternativa para o turismo local e a sua modernização na recepção de passageiros foi um salto pensando nesta alternativa. De acordo com informações do o Jornal Opinião, Maio/2005, páginas 3 e 8, além da recepção no turismo, outros serviços se encontram neste local, como a Escola de Pilotagem, a BS Panorâmica, a Localiza, um Banco 24 horas, a Visual Propaganda Aérea e a Associação Brasileira de Ultra-Leve – ABUL. Além dos vôos para o visitante apreciar de cima a maravilhosa paisagem da cidade através de pequenos monomotores e helicópteros, outros eventos costumam serem realizadas anualmente. A exemplo disso, ainda de acordo com o Opinião, são os saltos de pára-quedistas num evento que proporcionam aos mais corajosos, a experimentar a emoção de saltos duplos. É um verdadeiro show em céu aberto com o seu azul colorindo-o dando mais vida aos dias ensolarados, como foi neste ano de 2003 no feriado de Corpus Christi, de 26 a 29 de Maio. O Centro de Pára-quedismo Azul do Vento, juntamente com a Cia. Radical Sports – Adventures e a Secretaria de Turismo da cidade, numa confraternização entre muitos pará-quedistas, proporcionaram este grande evento pensando logo em transformar os céus de Ubatuba numa parada obrigatória para campeonatos. Assim, Ricardo Petenná, do Azul do Vento, trará para Ubatuba este campeonato denominado de “Circuito Chevrolet Montana de Pára-quedismo”. Este é um campeonato que faz parte do circuito brasileiro, de grande importância no cenário nacional, trazendo profissionais de todo o Brasil, em várias modalidades de saltos, com data de realização em 2 e 3 de Julho.
A denominação dada ao campo de aviação de nome “Gastão Madeira” foi uma homenagem prestada a um filho da terra, nascido aos 20 de Junho de 1869, filho de Joaquim José Lázaro Madeira e Maria Angélica de Galhardo Madeira. Gastão Galhardo Madeira, saiu de Ubatuba aos dois anos de idade, morando em algumas cidades da região como em São Luiz do Paraitinga, mudando-se depois par Guaratinguetá, Caçapava, fixando finalmente residência na capital de São Paulo aos 12 anos de idade. Lá, estudou, demonstrando interesse pelo vôo das aves, observando-as por muitas e muitas horas a fim de entender e aprender suas leis e assim poder usá-las num possível vôo humano.
Passou a infância em São Luiz do Paraitinga, Guaratinguetá, Caçapava e São Paulo. Aos doze anos de idade já se dedicava às pesquisas científicas sobre as quais há referências no jornal “Província de São Paulo”.
Em 1892 publica no “Correio Paulistano”, um estudo completo e fartamente ilustrado de seus trabalhos concluindo as suas investigações sobre “o princípio do vôo dos pássaros”.
Foi reconhecido como o pioneiro da aviação mundial e em 1927 o seu nome figura ao lado de Bartolomeu de Gusmão e de Santos Dumont.
Embora tantas vezes injustiçado, Gastão Madeira deixou registrado nos anais da história, uma obra que fala por si.
Voltando ao contexto sobre a nova tendência econômica, o desenvolvimento definitivo do turismo em Ubatuba, havia a necessidade de melhoramentos nos meios de acesso. As estradas sempre foram os acesos mais comuns e mais utilizados pelos visitantes e turistas. Hoje, o fenômeno do turismo explora de todos os recursos possíveis para oferecer ao turista, condições excelentes de transportes, com segurança e garantias. Sem dúvida nenhuma, a via aérea proporcionou ao mundo a facilidade, deixando tudo mais perto e de fácil acesso. Ubatuba, atualmente, garante aos visitantes a facilidade destes acessos, sejam eles terrestres pelas rodovias, sejam as marítimas, sejam as aéreas. Mas, ainda assim, o que trás o maior fluxo de movimento à cidade são as rodovias. Quando na abertura e inauguração da Rodovia Oswaldo Cruz, Ubatuba a Taubaté, nos anos 30, iniciava ali, naquela década, o início de um desenvolvimento econômico que viria décadas depois a fortalecer e se firmar de vez como a principal forma da cidade desenvolver seu potencial natural para a exploração do turismo.
FONTE : Livro " Ubatuba, espaço, memoria e cultura' - ed. 2005 - Por Juan Drouguett e Jorge Otavio Fonseca
Atualmente, o aeroporto “Gastão Madeira”, é uma alternativa para o turismo local e a sua modernização na recepção de passageiros foi um salto pensando nesta alternativa. De acordo com informações do o Jornal Opinião, Maio/2005, páginas 3 e 8, além da recepção no turismo, outros serviços se encontram neste local, como a Escola de Pilotagem, a BS Panorâmica, a Localiza, um Banco 24 horas, a Visual Propaganda Aérea e a Associação Brasileira de Ultra-Leve – ABUL. Além dos vôos para o visitante apreciar de cima a maravilhosa paisagem da cidade através de pequenos monomotores e helicópteros, outros eventos costumam serem realizadas anualmente. A exemplo disso, ainda de acordo com o Opinião, são os saltos de pára-quedistas num evento que proporcionam aos mais corajosos, a experimentar a emoção de saltos duplos. É um verdadeiro show em céu aberto com o seu azul colorindo-o dando mais vida aos dias ensolarados, como foi neste ano de 2003 no feriado de Corpus Christi, de 26 a 29 de Maio. O Centro de Pára-quedismo Azul do Vento, juntamente com a Cia. Radical Sports – Adventures e a Secretaria de Turismo da cidade, numa confraternização entre muitos pará-quedistas, proporcionaram este grande evento pensando logo em transformar os céus de Ubatuba numa parada obrigatória para campeonatos. Assim, Ricardo Petenná, do Azul do Vento, trará para Ubatuba este campeonato denominado de “Circuito Chevrolet Montana de Pára-quedismo”. Este é um campeonato que faz parte do circuito brasileiro, de grande importância no cenário nacional, trazendo profissionais de todo o Brasil, em várias modalidades de saltos, com data de realização em 2 e 3 de Julho.
A denominação dada ao campo de aviação de nome “Gastão Madeira” foi uma homenagem prestada a um filho da terra, nascido aos 20 de Junho de 1869, filho de Joaquim José Lázaro Madeira e Maria Angélica de Galhardo Madeira. Gastão Galhardo Madeira, saiu de Ubatuba aos dois anos de idade, morando em algumas cidades da região como em São Luiz do Paraitinga, mudando-se depois par Guaratinguetá, Caçapava, fixando finalmente residência na capital de São Paulo aos 12 anos de idade. Lá, estudou, demonstrando interesse pelo vôo das aves, observando-as por muitas e muitas horas a fim de entender e aprender suas leis e assim poder usá-las num possível vôo humano.
Passou a infância em São Luiz do Paraitinga, Guaratinguetá, Caçapava e São Paulo. Aos doze anos de idade já se dedicava às pesquisas científicas sobre as quais há referências no jornal “Província de São Paulo”.
Em 1892 publica no “Correio Paulistano”, um estudo completo e fartamente ilustrado de seus trabalhos concluindo as suas investigações sobre “o princípio do vôo dos pássaros”.
Foi reconhecido como o pioneiro da aviação mundial e em 1927 o seu nome figura ao lado de Bartolomeu de Gusmão e de Santos Dumont.
Embora tantas vezes injustiçado, Gastão Madeira deixou registrado nos anais da história, uma obra que fala por si.
Voltando ao contexto sobre a nova tendência econômica, o desenvolvimento definitivo do turismo em Ubatuba, havia a necessidade de melhoramentos nos meios de acesso. As estradas sempre foram os acesos mais comuns e mais utilizados pelos visitantes e turistas. Hoje, o fenômeno do turismo explora de todos os recursos possíveis para oferecer ao turista, condições excelentes de transportes, com segurança e garantias. Sem dúvida nenhuma, a via aérea proporcionou ao mundo a facilidade, deixando tudo mais perto e de fácil acesso. Ubatuba, atualmente, garante aos visitantes a facilidade destes acessos, sejam eles terrestres pelas rodovias, sejam as marítimas, sejam as aéreas. Mas, ainda assim, o que trás o maior fluxo de movimento à cidade são as rodovias. Quando na abertura e inauguração da Rodovia Oswaldo Cruz, Ubatuba a Taubaté, nos anos 30, iniciava ali, naquela década, o início de um desenvolvimento econômico que viria décadas depois a fortalecer e se firmar de vez como a principal forma da cidade desenvolver seu potencial natural para a exploração do turismo.
FONTE : Livro " Ubatuba, espaço, memoria e cultura' - ed. 2005 - Por Juan Drouguett e Jorge Otavio Fonseca
ALGUMAS PERSONALIDADES DE UBATUBA...
HOMAZ GALHARDO
Comendador Thomaz Paulo do Bom Sucesso Galhardo, da Ordem de Ubatuba no dia 29/12/1855. Destacou-se sobretudo como educador; autor de vários livros didáticos, uma de suas obras, “Monografia da letra A”, foi logo citada por Rui Barbosa em sua crítica à redação do Código Civil.
Elaborou o regulamento do Ginásio do Estado e da Escola Politécnica, recebendo os maiores elogios da Secretaria da Educação. Tio de Gastão Madeira, Thomaz galhardo foi um homem de vanguarda.
Faleceu em 30/6/1904, aos 49 anos de idade.
CEL.ERNESTO DE OLIVEIRA
Ernesto Gomes de Oliveira era um homem de origem humilde, filho de modesto carpinteiro, reconhecidamente inteligente e esforçado. Autodidata, alcançou apreciável cultura para melhorar situar-se no meio acanhada e pobre em que vivia, na decadente Ubatuba. Dedicando-se a várias atividades, ainda jovem, quase criança, foi trabalhar no cartório do único tabelião da comarca. Anos mais tarde prestou concurso perante o Tribunal de Justiça do Estado e habilitou-se ao exercício.
Era casado com Maria Hilário do Prado, era irmão do Deolindo de Oliveira Santos e pai do Washington de Oliveira.
SALVADOR CORREIA
Salvador Correia de Sá e Benevides nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1594. Sobrinho-bisneto de Mem de Sá, filho de Martim de Sá e neto de Salvador Correia de Sá.
Foi vulto de grande projeção na história do Brasil colonial.
Entrou para o serviço militar em I612 (aos 18 anos), distinguindo-se brilhantemente nas armas. Em 1624, com 200 homens (em 2 naus e 4 canoas) foi enviado por seu pai à Bahia a fim de expulsar os holandeses.
Foi mediador entre os índios e os colonizadores paulistas, encerrando grave conflito existente na Capitania de São Vicente.
Deteve o Governo do Rio de Janeiro por três vezes (no séc. XVIII); ordenou a Jordão Homem da Costa a fundação de Ubatuba em 1637.
CEL.DOMICIANO
Coronel Luis Domiciano da Conceição nasceu em Ubatuba, por volta de 1880. Desde de criança revelou-se generoso e trabalhador, destacando-se entre os seus companheiros de infância.
Farmacêutico e professor, dedicou-se ao magistério público (foi um dos diretores do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva). Chefe político, trabalhou sem poupar esforços e sacrifícios em prol de Ubatuba.
Já aposentado, doente submetera-se uma delicada cirurgia em 19l6, manteve sua modesta farmácia quase que exclusivamente destinada aos pobres. Merecidamente homenageado por sua cidade.
JORDÃO HOMEM DA COSTA
Foi um dos colonizadores desta parte do litoral. Descendente de nobre estirpe portuguesa natural da Ilha Terceira. Chegou ao Brasil no início do século XVII, quando Governador Salvador Correia de Sá e Benevides, a mando deste, transportou-se com sua família para estes sítios.
Foi o fundador de Ubatuba em 28 de outubro de 1637.
D. JOÃO III
Com a morte de D. Manuel em I521, (rei de Portugal), o infante D. João, seu filho, torna-se rei com o nome D.João III. Em 1525 casa-se com a infanta espanhola Dona Catarina, irmã do imperador Carlos V.
Foi ele que instituiu as capitanias, fundou o primeiro Governo Geral e elaborou 41 artigos, que seria “a primeira Constituição Brasileira”.
D. João morre aos 55 anos, deixando o trono de Portugal nas mãos de seu neto D. Sebastião, uma criança de dois anos e que só assumiria o poder em l568 (aos 14 anos).
GASTÃO MADEIRA
Dr. Gastão Galhardo Madeira, cientista, inventor, pioneiro e precursor da aeronavegação nasceu em Ubatuba em 20/06/1869, filho de Maria Angélica de Galhardo Madeira (irmã de Thomaz Galhardo) e Dr. Joaquim Lázaro Madeira.
Passou a infância em São Luiz do Paraitinga, Guaratinguetá, Caçapava e São Paulo. Aos doze anos de idade já se dedicava às pesquisas científicas sobre as quais há referências no jornal “Província de São Paulo”.
Em 1892 publica no “Correio Paulistano”, um estudo completo e fartamente ilustrado de seus trabalhos concluindo as suas investigações sobre “o princípio do vôo dos pássaros”.
Foi reconhecido como o pioneiro da aviação mundial e em 1927 o seu nome figura ao lado de Bartolomeu de Gusmão e de Santos Dumont.
Embora tantas vezes injustiçado, Gastão Madeira deixou registrado nos anais da história, uma obra que fala por si.
FÉLIX GUISARD FILHO
Nasceu em Raiz da Serra (RJ),filho de Jeanne Rosan Guisard, francesa, que chegou ao Brasil aos três anos de idade, e de Félix Guisard,industrial, o maior acionista e presidente da Companhia Taubaté-Industrial, prefeito e grande benemérito da cidade. Desde jovem Félix Guisard Filho dedicou-se a Taubaté, sua terra adotiva, dando-lhe força de trabalho, inteligência e cultura.
Era formado em medicina, onde defendeu brilhante tese; ingressou no Corpo Médico do Hospital Santa Izabel e foi diretor e provedor em sucessão ao seu pai, Dr. Félix Guisard.
Foi também fazendeiro, industrial e jornalista onde publicou o valioso estudo biográfico”Dom José da Silva”.
Deixou numerosa descendência (que se multiplica) e um exemplo de vida laboriosa, dignificante, criativa e íntegra.
BALTASAR FORTES
Veio de Portugal, pobre, analfabeto e humilde. Em Ubatuba tornou-se proprietário de tropas, comissário de café e de sal e armador de navios. Por seu intermédio era canalizado todo comércio de entrada e saída do Sul de Minas Gerais e do norte de São Paulo. Baltasar Fortes foi antes de tudo e de todos, um autêntico pioneiro. Chefe de respeitável e honrada família, construiu a sua residência, o conhecido “Sobradão do Porto” (Fundart) em 1846.
DONA MARIA ALVES
D. Maria Alves era senhora de terras aqui, das quais doou uma légua em quadra a Jordão H.da Costa, para que esse fundasse a Vila de Ubatuba, o que foi feito no mesmo local onde outrora existiu a lendária aldeia de Iperoig.
CONDESSA DE VIMIEIRO
Condessa de Vimieiro era uma das donatárias da Capitania de São Vicente que doou vasta extensão de terras à Dona Maria Alves, que compõem hoje o território do Município de Ubatuba.
LEOVIGILDO DIAS VIEIRA
Leovigildo Dias Vieira era donatário de terras no bairro do Itaguá. Conhecido como Seo Vivi, possuía muitos empregados que trabalhavam em seu alambique que era localizado perto do Rio Acaraú.
FONTE : Livro " Ubatuba , espaço, memória e cultura " - Ed. 2005 , por Jorge Otavio Fnseca e Juan Drouguet
Comendador Thomaz Paulo do Bom Sucesso Galhardo, da Ordem de Ubatuba no dia 29/12/1855. Destacou-se sobretudo como educador; autor de vários livros didáticos, uma de suas obras, “Monografia da letra A”, foi logo citada por Rui Barbosa em sua crítica à redação do Código Civil.
Elaborou o regulamento do Ginásio do Estado e da Escola Politécnica, recebendo os maiores elogios da Secretaria da Educação. Tio de Gastão Madeira, Thomaz galhardo foi um homem de vanguarda.
Faleceu em 30/6/1904, aos 49 anos de idade.
CEL.ERNESTO DE OLIVEIRA
Ernesto Gomes de Oliveira era um homem de origem humilde, filho de modesto carpinteiro, reconhecidamente inteligente e esforçado. Autodidata, alcançou apreciável cultura para melhorar situar-se no meio acanhada e pobre em que vivia, na decadente Ubatuba. Dedicando-se a várias atividades, ainda jovem, quase criança, foi trabalhar no cartório do único tabelião da comarca. Anos mais tarde prestou concurso perante o Tribunal de Justiça do Estado e habilitou-se ao exercício.
Era casado com Maria Hilário do Prado, era irmão do Deolindo de Oliveira Santos e pai do Washington de Oliveira.
SALVADOR CORREIA
Salvador Correia de Sá e Benevides nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1594. Sobrinho-bisneto de Mem de Sá, filho de Martim de Sá e neto de Salvador Correia de Sá.
Foi vulto de grande projeção na história do Brasil colonial.
Entrou para o serviço militar em I612 (aos 18 anos), distinguindo-se brilhantemente nas armas. Em 1624, com 200 homens (em 2 naus e 4 canoas) foi enviado por seu pai à Bahia a fim de expulsar os holandeses.
Foi mediador entre os índios e os colonizadores paulistas, encerrando grave conflito existente na Capitania de São Vicente.
Deteve o Governo do Rio de Janeiro por três vezes (no séc. XVIII); ordenou a Jordão Homem da Costa a fundação de Ubatuba em 1637.
CEL.DOMICIANO
Coronel Luis Domiciano da Conceição nasceu em Ubatuba, por volta de 1880. Desde de criança revelou-se generoso e trabalhador, destacando-se entre os seus companheiros de infância.
Farmacêutico e professor, dedicou-se ao magistério público (foi um dos diretores do Grupo Escolar Dr. Esteves da Silva). Chefe político, trabalhou sem poupar esforços e sacrifícios em prol de Ubatuba.
Já aposentado, doente submetera-se uma delicada cirurgia em 19l6, manteve sua modesta farmácia quase que exclusivamente destinada aos pobres. Merecidamente homenageado por sua cidade.
JORDÃO HOMEM DA COSTA
Foi um dos colonizadores desta parte do litoral. Descendente de nobre estirpe portuguesa natural da Ilha Terceira. Chegou ao Brasil no início do século XVII, quando Governador Salvador Correia de Sá e Benevides, a mando deste, transportou-se com sua família para estes sítios.
Foi o fundador de Ubatuba em 28 de outubro de 1637.
D. JOÃO III
Com a morte de D. Manuel em I521, (rei de Portugal), o infante D. João, seu filho, torna-se rei com o nome D.João III. Em 1525 casa-se com a infanta espanhola Dona Catarina, irmã do imperador Carlos V.
Foi ele que instituiu as capitanias, fundou o primeiro Governo Geral e elaborou 41 artigos, que seria “a primeira Constituição Brasileira”.
D. João morre aos 55 anos, deixando o trono de Portugal nas mãos de seu neto D. Sebastião, uma criança de dois anos e que só assumiria o poder em l568 (aos 14 anos).
GASTÃO MADEIRA
Dr. Gastão Galhardo Madeira, cientista, inventor, pioneiro e precursor da aeronavegação nasceu em Ubatuba em 20/06/1869, filho de Maria Angélica de Galhardo Madeira (irmã de Thomaz Galhardo) e Dr. Joaquim Lázaro Madeira.
Passou a infância em São Luiz do Paraitinga, Guaratinguetá, Caçapava e São Paulo. Aos doze anos de idade já se dedicava às pesquisas científicas sobre as quais há referências no jornal “Província de São Paulo”.
Em 1892 publica no “Correio Paulistano”, um estudo completo e fartamente ilustrado de seus trabalhos concluindo as suas investigações sobre “o princípio do vôo dos pássaros”.
Foi reconhecido como o pioneiro da aviação mundial e em 1927 o seu nome figura ao lado de Bartolomeu de Gusmão e de Santos Dumont.
Embora tantas vezes injustiçado, Gastão Madeira deixou registrado nos anais da história, uma obra que fala por si.
FÉLIX GUISARD FILHO
Nasceu em Raiz da Serra (RJ),filho de Jeanne Rosan Guisard, francesa, que chegou ao Brasil aos três anos de idade, e de Félix Guisard,industrial, o maior acionista e presidente da Companhia Taubaté-Industrial, prefeito e grande benemérito da cidade. Desde jovem Félix Guisard Filho dedicou-se a Taubaté, sua terra adotiva, dando-lhe força de trabalho, inteligência e cultura.
Era formado em medicina, onde defendeu brilhante tese; ingressou no Corpo Médico do Hospital Santa Izabel e foi diretor e provedor em sucessão ao seu pai, Dr. Félix Guisard.
Foi também fazendeiro, industrial e jornalista onde publicou o valioso estudo biográfico”Dom José da Silva”.
Deixou numerosa descendência (que se multiplica) e um exemplo de vida laboriosa, dignificante, criativa e íntegra.
BALTASAR FORTES
Veio de Portugal, pobre, analfabeto e humilde. Em Ubatuba tornou-se proprietário de tropas, comissário de café e de sal e armador de navios. Por seu intermédio era canalizado todo comércio de entrada e saída do Sul de Minas Gerais e do norte de São Paulo. Baltasar Fortes foi antes de tudo e de todos, um autêntico pioneiro. Chefe de respeitável e honrada família, construiu a sua residência, o conhecido “Sobradão do Porto” (Fundart) em 1846.
DONA MARIA ALVES
D. Maria Alves era senhora de terras aqui, das quais doou uma légua em quadra a Jordão H.da Costa, para que esse fundasse a Vila de Ubatuba, o que foi feito no mesmo local onde outrora existiu a lendária aldeia de Iperoig.
CONDESSA DE VIMIEIRO
Condessa de Vimieiro era uma das donatárias da Capitania de São Vicente que doou vasta extensão de terras à Dona Maria Alves, que compõem hoje o território do Município de Ubatuba.
LEOVIGILDO DIAS VIEIRA
Leovigildo Dias Vieira era donatário de terras no bairro do Itaguá. Conhecido como Seo Vivi, possuía muitos empregados que trabalhavam em seu alambique que era localizado perto do Rio Acaraú.
FONTE : Livro " Ubatuba , espaço, memória e cultura " - Ed. 2005 , por Jorge Otavio Fnseca e Juan Drouguet
GRANITO VERDE UBATUBA
As jazidas do Granito Verde Ubatuba, localizam-se no município de Ubatuba (folhas topográfica Ubatuba e Picinguada, escala 1:50.000). Os matacões, que alcançam em média 300 a 400 metros cúbicos de volume, ocorrem enterrados e semi-enterrados. São blocos de forma predominantemente tabular de arestas arredondadas e que apresentam superfície rugosa e muito ondulada. A rocha é equigranular, grosseira, de cor verde-escura, tanto quando in natura, como quando polida. Em algumas porções da rocha são observadas concentrações de minerais amarelos, formando mosaicos.
http://acd.ufrj.br/multimin/mmro/granitos/verdeubatuba.html
A descoberta do granito Verde-Ubatuba
Em meados de 61/62, vir para Ubatuba era uma questão de status. As praias mais bem freqüentadas eram as do Perequê-Açu e Iperoig ou Cruzeiro. Com a expansão da cidade e o crescimento da população, algumas fazendas começaram a virar loteamentos, como foi o caso da Praia das Toninhas, que era de dois proprietários: uma parte pertencia a Luiz Silva e a outra metade, a Mário Manzetti, contratou a empresa de terraplanagem “Terra Cera”, pertencente ao paulista José Vicente Cera para fazer a abertura da estrada e lotear o local. Com a necessidade de aterrar algumas partes das terras com cascalho, Vicente viu-se na obrigação de comunicar o contratante. Este, por sua vez, revelou que suas terras iriam até o final do morro, onde grande parte da estrutura era puramente rochosa. Assim foi aberta uma estrada íngreme até o local, onde apenas tratores eram capazes de chegar. Lá, foi encontrado um granito, do qual José Vicente enviou um pedaço ao IPT (Instituto Paulista de Tecnologia) para estudos para verificar se realmente o material era apropriado para ser utilizado como cascalho. Para surpresa de todos, o IPT retornou dizendo que não haveria nenhum problema em utilizá-lo como cascalho, porém isso seria um desperdício, pois tratava-se do granito verde, antes encontrado somente na África.
Assim esta foi a primeira pedreira do granito, que ,com o passar dos tempos, foi expandindo-se por toda Ubatuba. Já em meados de 72, esta descoberta foi de extrema importância pois o granito tornou-se economicamente um dos grandes poderes do município, que entrou no comércio internacional, realizando importação e exportação, através do Porto de Santos, pois o produto era encontrado apenas em Ubatuba e na África.
Alguns anos depois, por uma casualidade do destino, caiu uma peça deste granito cortado de um caminhão, atrapalhando o translado de automóveis e de pessoas. A pedra foi retirada pela da Maçonaria, que nela registrou seu símbolo e tornou-a monumento, colocado bem no centro da rotatória que interliga o aeroporto à av. Iperoig. Retirado recentemente do local para reurbanização, ficou sem destino definido.
http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao178/sub4.htm
Matéria extraida do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura ", de Juan Druguett e Jorge Otavio Fonseca -Ed. em 2005
http://acd.ufrj.br/multimin/mmro/granitos/verdeubatuba.html
A descoberta do granito Verde-Ubatuba
Em meados de 61/62, vir para Ubatuba era uma questão de status. As praias mais bem freqüentadas eram as do Perequê-Açu e Iperoig ou Cruzeiro. Com a expansão da cidade e o crescimento da população, algumas fazendas começaram a virar loteamentos, como foi o caso da Praia das Toninhas, que era de dois proprietários: uma parte pertencia a Luiz Silva e a outra metade, a Mário Manzetti, contratou a empresa de terraplanagem “Terra Cera”, pertencente ao paulista José Vicente Cera para fazer a abertura da estrada e lotear o local. Com a necessidade de aterrar algumas partes das terras com cascalho, Vicente viu-se na obrigação de comunicar o contratante. Este, por sua vez, revelou que suas terras iriam até o final do morro, onde grande parte da estrutura era puramente rochosa. Assim foi aberta uma estrada íngreme até o local, onde apenas tratores eram capazes de chegar. Lá, foi encontrado um granito, do qual José Vicente enviou um pedaço ao IPT (Instituto Paulista de Tecnologia) para estudos para verificar se realmente o material era apropriado para ser utilizado como cascalho. Para surpresa de todos, o IPT retornou dizendo que não haveria nenhum problema em utilizá-lo como cascalho, porém isso seria um desperdício, pois tratava-se do granito verde, antes encontrado somente na África.
Assim esta foi a primeira pedreira do granito, que ,com o passar dos tempos, foi expandindo-se por toda Ubatuba. Já em meados de 72, esta descoberta foi de extrema importância pois o granito tornou-se economicamente um dos grandes poderes do município, que entrou no comércio internacional, realizando importação e exportação, através do Porto de Santos, pois o produto era encontrado apenas em Ubatuba e na África.
Alguns anos depois, por uma casualidade do destino, caiu uma peça deste granito cortado de um caminhão, atrapalhando o translado de automóveis e de pessoas. A pedra foi retirada pela da Maçonaria, que nela registrou seu símbolo e tornou-a monumento, colocado bem no centro da rotatória que interliga o aeroporto à av. Iperoig. Retirado recentemente do local para reurbanização, ficou sem destino definido.
http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao178/sub4.htm
Matéria extraida do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura ", de Juan Druguett e Jorge Otavio Fonseca -Ed. em 2005
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