domingo, 11 de novembro de 2007

CONFIRA A 4 ª PARTE DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA"

ITINERÁRIO DA VISÃO

1. PRAIA DA PICINGUABA

Localização


A Praia da Picinguaba está localizada ao norte do município, a 40 km do centro de Ubatuba. Da entrada no km 8 da Rodovia Rio – Santos, BR 101, até suas areias são mais 6 km. Picinguaba está entre as praias de Bicas e Brava do Camburi.

Acesso

O acesso à praia é pela rodovia Rio Santos, BR 101. Existe uma linha de ônibus Centro - Picinguaba da empresa Cidade de Ubatuba, com alguns horários, que chega até a Vila da Picinguaba.

Visão

Com apenas 50 metros de praia, Picinguaba é uma charmosa vila, onde podem ser reconhecidas as típicas formas de vida caiçara . A pouca praia é compensada por diversas belezas que o mar e a mata oferecem àqueles que lá ainda mantêm suas raízes e aos que lá chegam para sentir a verdadeira sensação da vida tranqüila dos seus típicos moradores.

Embora suas muitas casas de alvenaria se destaquem no meio da paisagem natural do local, a praia mantém um visual esplendoroso e selvagem. Essas casas rústicas abrangem também alguns morros.

Adentrando nas matas das proximidades da praia, pode-se aventurar por trilhas e em 30 minutos de caminhada chegar na Cachoeira do Saco da Guarda ou então no Saco da Cabeçuda. Ainda, no percurso de uma outra trilha mais longa, atravessando o Morro do Baú, está a praia do Praiano. As histórias locais - lendas repassadas oralmente - advertem aos turistas a nunca chegar em altos gritos, pois correm o risco de nunca mais voltar.

Vale ressaltar que a baía da Picinguaba reserva aventuras para todos os gostos e, além da pescaria, dos passeios de traineiras e canoas disponíveis na vila, pode-se daí avistar ilhas como a Comprida, das Couves, entre outras, e praias vizinhas como as das Bicas, Fazenda, Brava e Camburi.

Demanda turística

A demanda turística da praia de Picinguaba chega a ser seleta principalmente devido à sua localização, distante do centro de Ubatuba. Nos meses do verão, o movimento é maior de turistas, com maior presença de estrangeiros, artistas plásticos, entre outros.


2. PRAIA DO UBATUMIRIM

Localização

A Praia do Ubatumirim está localizada a 28 km do centro de Ubatuba, ao norte da cidade . Da entrada a partir da rodovia Rio – Santos, BR 101, exatamente no km 18. Depois, são mais de dois quilômetros de estrada de terra. Ela está entre as praias do Estaleiro do Padre, na mesma faixa de praia após o rio Ubatumirim e a pequena praia da Justa.

Acesso

O acesso para Ubatumirim se dá pela rodovia Rio – Santos, km 18. A mesma linha de ônibus existente para Picinguaba passa por esta praia. A empresa que faz a linha tem vários horários, existem ônibus que chegam a entrar no Sertão do Ubatumirim, mas nenhum deles chega até a praia.

Visão
Com uma extensão de 3.800 metros, juntamente com a Praia do Estaleiro, a praia de Ubatumirim é uma continuação da mesma, mas separadas pela foz do rio que leva o mesmo nome da praia e que pode ser avistada em todo seu esplendor do mirante da Almada.

A beleza dessa praia levou o local a ser palco de produções cinematográficas e televisuais.

A longa extensão da praia do Ubatumirim nos permite enxergar um panorama vasto. A praia agrada aos que procuram sossego, tranqüilidade, longe dos grandes centros urbanos. Ao lado direito da praia existe um pequeno rio de água escura que desemboca no mar. Seguindo pela orla marítima é possível, em períodos de marés baixas, atravessar a costa, sentido à praia da Justa. Também é possível, com a maré muito baixa, atravessar em questão de poucos metros até a ilhota das Cobras, muito próxima do continente, entre as praias de Ubatumirim e a Justa.

Turistas ou visitantes que pretendem passar dias na Praia do Ubatumirim e desfrutar melhor de suas belezas naturais, os meios de hospedagem mais imediatos são os campings: o da Zita, do Damásio, do Geraldo, do João, ou a pousada da Zita e do Lucasmar Chalés, todos com uma infra-estrutura razoável, com estacionamento, iluminação, sanitários e chuveiros.

Demanda turística

A demanda da praia de Ubatumirim é bem variada, principalmente na “alta temporada”, chegando a lotar, como no ano novo, no mês de janeiro e no carnaval.



CONTINUA..............DIA 18/11, VEJA À 5 ª PARTE do Livro UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA", dos autores : Juan Drouguet e Jorge Otavío Fonseca, editado em 2005.
Este livro pode ser encontrado na Biblioteca Municipal " Atheneu Ubatubense"

a história da Rodovia Rio - Santos em Ubatuba

Segundo o site http://estradas.com.br/histrod_riosantos.htm , a Rodovia Rio – Santos foi entregue em três etapas, nos anos de 1973, 1974 e finalizando em 1975, e que sem uma inauguração oficial, esta rodovia atendia a três objetivos principais: 1) unir dois importantes pólos econômicos, em opção lógica e muito vantajosa, seguindo a Serra do Mar; 2) podendo servir de meio de fuga no caso de problemas graves na Usina Nuclear para os moradores na região de Angra dos Reis; 3) exibir os encantos da exuberante natureza da região ao turismo, com suas mais de mil praias, ilhas, cachoeiras além de suas matas e montanhas.

Foi nesta época da construção da rodovia BR-101, que aconteceu a maior migração de mineiros e alguns baianos para o município de Ubatuba. Naquele momento da história nacional, o desemprego era grande e estas pessoas, homens ansiosos por trabalho e assim sustentar suas famílias, largaram suas cidades natais, em direção ao litoral paulista. Segundo o senhor Barhouch as pessoas em Ubatuba não se habituaram ao esquema de trabalho da empreitada nas obras da rodovia, forçando a contratação destes mineiros e baianos. Razão que justifica hoje a boa parcela destes imigrantes, fazendo parte dos habitantes de Ubatuba.


Veja a matéria extraída do Livro " Ubatuba, Espaço, Memória e Cultura" dos autores : Juan Droguet e Jorge Otávio Fonseca

A rodovia Rio – Santos é um elo econômico, um verdadeiro cartão postal que permite aos turistas percorrer e apreciar durante o trajeto, as paisagens consideradas uma das mais bonitas do mundo. Começando no Estado do Rio de Janeiro, com início em Itacuruçú, passando por Mangaratiba, Angra dos Reis, Parati; e, já no Estado de São Paulo, cortando o município de Ubatuba com as paisagens das lindas praias; passando ainda por Caraguatatuba, São Sebastião, com acesso a Ilha Bela, Bertioga, Guarujá. Um trajeto cheio de sinuosas curvas, caminhos que levam as praias paradisíacas, cenários maravilhosos em lugarejos com rica história caiçara, natureza exuberante a todo instante. Uma viagem que encanta a turistas, visitantes e aventureiros por todos seus 457 km desta rodovia que liga dois grandes pólos econômicos importantes do país .

Said Barhouch Filho conta que a rodovia BR-101, trecho que compreende a cidade de Ubatuba, teve o início de suas obras por volta do ano de 1972, ano que ele veio à Ubatuba, mais especificamente no dia 16 de Março, para auxiliar o engenheiro responsável Abid Elias Cadah, ficando no município definitivamente. Há 33 anos em Ubatuba é responsável hoje pela manutenção e cuidados da estrada nos trechos de Ubatuba, ao longo da rodovia BR 101.

A extensão da estrada dentro do perímetro urbano do município de Ubatuba, das divisas entre Caraguatatuba – SP e Parati – RJ, tem um percurso de 83.260 kms. A suas obras foram divididas em duas etapas, sendo a primeira compreendida desde o Rio da Praia da Fazenda até o Rio Grande próximo ao Trevo, saída para Taubaté. A segunda etapa compreendia do Rio Grande – Trevo - até o Trevo da Praia Grande. Vale lembrar que o trecho da rodovia entre Ubatuba e Caraguatatuba já existia, e para concluir a ligação entre as duas grandes capitais portuárias do país, Rio e Santos, foi necessário utilizar trechos da rodovia paulista, hoje SP 055, que percorre as cidades do litoral norte.

A primeira base em que funcionavam as instalações do DNER, o seu escritório montados em madeira, localizava-se onde hoje funciona a atual sede da Prefeitura Municipal, construída pela mesma. Eram muitas as frentes de serviços, equipes em trechos diferentes no trajeto da estrada como no trecho do Rio Grande - Trevo, no Itamambuca onde havia o acampamento da Construtora mantida pelo DNER e no trecho do Rio da Praia da Fazenda. Enquanto uma equipe desbravava matas fechadas, desmatando, outra se dedicava aos destroncamentos e encravamentos de estacas metálicas para construção de pontes. Eram vários os trabalhadores braçais, uma média de mais de 500 homens, todos vindos dos Estados de Minas e da Bahia .

As dificuldades eram muitas, pois, o lado norte do município não possuía nenhum caminho por simples que fosse. A estrada da Casanga era um caminho que possibilitava o acesso até o acampamento no Itamambuca, mas de difícil percurso. As muitas máquinas de terraplanagem eram transportadas por “chatas”, tipos de balsas que pelo mar seguiam até as praias da Fazenda e Ubatumirim. Os serviços eram 24 horas, todos os dias e com dois turnos e que durante a noite costumava-se escutar os barulhos das máquinas trabalhando do centro da cidade.

De acordo com Barhouch, o trecho da estrada sob sua responsabilidade da obra finalizada era até a região do Rio da Praia da Fazenda, terminado o trecho paulista. Até ali viria de encontro com a abertura da estrada, obra do trecho que vinha do Estado do Rio de Janeiro. O percurso da estrada cortando o município de Ubatuba passava por algumas fazendas de café, grandes áreas que foram desapropriadas pela Procuradoria Jurídica Federal. Muitos loteamentos, como o Mato Dentro, o Jardim Carolina e da Estufa (dividida em Estufa I e II), tiveram os imóveis, terrenos com casas próximo ao centro da cidade, cortados pela rodovia.

Hoje a manutenção da estrada é feita por equipes terceirizadas, contratadas por empreiteiras sob a responsabilidade da DNIT com sede à Rodovia BR-101, a altura do km 49, juntamente do o Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Said Barhouch Filho é o engenheiro responsável desde o ano de 1974, sendo este departamento pertencente à Regional de Taubaté, sob a responsabilidade do engenheiro Nilson Franco Martins, e ao Estado de São Paulo do 8º UNIT .