O morro pouco perceptível na foto, devido a mata fechada, é o da Jundiaquara, que, segundo Sebastião, o “Velho Rita” do Acarau, quer dizer “toca de peixe”. Está entre o bairro da Estufa e a praia Grande. Em cima deste promontório, já tomado pela natureza estão as ruínas da fazenda, cujo último dono foi Robillard de Marigny. Ainda de acordo com o “Velho Rita!”, “foi a primeira fazenda a comprar um engenho moderno, trazido direto da Inglaterra. A peça era grande demais e foi conduzida pelo rio Acarau numa barcaça, puxado das margens por escravos. Naquele tempo o morro todo era plantado, alcançava o sertão da Sesmaria. Depois que a fazenda se arruinou, o engenho foi vendido para a fazenda do Mato Dentro”.
O finado Chico Raé, que eu conheci muito bem depois que retornou de Santos, dizia que era descendente de suíços trazidos para trabalhar na Fazenda Jundiaquara, no tempo de D.Pedro II. Acho que era mesmo! Afinal, não me lembro de nenhum outro caiçara que tivesse um porte tão aristocrático como o Chico.