terça-feira, 25 de setembro de 2007

Meio ambiente tem lugar especial no Guinness 2008

O “Guinness World Records”, edição 2008, que a Ediouro coloca nas livrarias em outubro, traz em destaque inúmeros recordes na área do Meio Ambiente. Entre as boas notícias, estão diversas iniciativas para diminuir o aquecimento global.

Em 2 de fevereiro de 2007, o governo australiano anunciou que até 2009 o país não usará mais lâmpadas de luz incandescente, a fim de reduzir em cerca de 800 mil toneladas a emissão de gases de efeito estufa.

Outro recorde é o do “maior prêmio ambiental” já instituído até hoje para salvar o Planeta. Em fevereiro deste ano, o britânico Richard Branson anunciou a criação do "Earth Challenge", o "Desafio da Terra", que dará um prêmio de US$ 25 milhões para o indivíduo ou grupo que fornecer a melhor solução para a remoção do dióxido de carbono da atmosfera terrestre. Os inscritos devem projetar um sistema que livre a atmosfera de, no mínimo, um bilhão de toneladas de dióxido de carbono, todos os anos, por uma década. A data limite de inscrição no "Earth Challenge" é 8 de fevereiro de 2010.

A nova edição do "Livro dos Recordes" também registra o melhor e o pior desempenho ambiental, segundo pesquisas do Índice de Desempenho Ambiental, apresentado em 2006 no Fórum Econômico Mundial, por cientistas das universidades americanas de Yale e Columbia. Dos 133 países pesquisados, aquele com melhor desempenho ambiental é a Nova Zelândia. Em segundo vem a Suécia e em terceiro, a Finlândia. O país com pior desempenho ambiental é a Nigéria, na África.

O Guinness 2008 também destaca tristes recordes. Os maiores níveis de dióxido de carbono na atmosfera (grande causador do efeito estufa) foram registrados em 2004 - 377,1 partes por milhão. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, isso significa um aumento de 35% na quantidade de CO² na atmosfera desde a era pré-industrial do século XVIII.

Enquanto isso, os Estados Unidos continuam sendo o maior produtor de dióxido de carbono. Em 2004, o país emitiu quase 6 bilhões de toneladas de gás carbônico, como resultado do consumo e da queima de combustíveis fósseis. A China vem em segundo lugar, com 4,7 bilhões de toneladas, e a Rússia, em terceiro, com 1,7 bilhão de toneladas.

O Brasil é lembrado por causa do desmatamento. Dos 44 países que, juntos, detêm 90% das florestas do mundo, a Indonésia possui a taxa anual de desmatamento mais alta: 1,8 milhão de hectares foi desmatado anualmente, de 2000 a 2005, o equivalente a 2% das florestas do país por ano. Mas o maior desmatamento já registrado ocorreu no Brasil, que possui 14% das florestas do mundo. Nada menos que 2.309.000 hectares de floresta tropical foram desmatados entre 1990 e 2000. Só em 2004, segundo o Guinness, os fazendeiros, produtores de soja e madeireiros brasileiros acabaram com 26.127 km² de floresta tropical.

FONTE : WWW.UBAWEB.COM.BR

AVES : Novos registros em ubatuba...

Lá pelos idos de 1996 quando fizemos o primeiro checklist das aves de Ubatuba compilando as listas de uma série de observadores, levantamos 280 espécies de aves. Em 2001, na segunda versão, registramos 380 espécies e na terceira edição em 2006 alcançamos a marca de 476 espécies de aves avistáveis em Ubatuba.

Ubatuba é realmente um local privilegiado para observação de aves. A razão principal de uma lista das aves de uma região é dar base para novos avistamentos, isto podemos notar pelas diferentes quantidades a cada edição. A própria edição de 2006, logo na sua primeira semana já recebeu acréscimos e constantemente vem recebendo colaborações importantes.

Dentre todas, somos obrigados (e felizes) em reconhecer as constantes colaborações de Dimitri Matoszko do Itamambuca Eco Resort. Sua personalidade reservada vai se constranger por citá-lo nominalmente, mas não tem outra maneira de reverenciar o trabalho que ele tem realizado. Trabalho que nasceu despretensioso e sem muita convicção na sua potencialidade. O Dimitri foi se entusiasmando aos poucos até se transformar no apaixonado por aves que é hoje.

O leitor pode comprovar pelas fotos que ilustram vários artigos desta coluna que sou fã de carteirinha do trabalho do Dimitri, trabalho que constantemente tem se avolumado em quantidade e qualidade.

Semana passada ele conseguiu dois fatos (& fotos) importantes. O primeiro foi de um beija-flor, o Glaucis hirsuta, Rufous-Breasted Hermit e o segundo é este patinho da foto, Podiceps dominicus que mudou para Tachybaptus dominicus (Least Grebe em inglês) ou mergulhão-pequeno. Se você clicar aqui vai encontrar um pouco mais da história dele.

Com essas e outras a nossa lista de aves saltou de 476 para 484 espécies avistáveis em Ubatuba.

Ao mestre Dimitri os nossos agradecimentos.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores

SÉRIE : ÁRVORES DE UBATUBA-SP



Guapuruvu

Nome científico: Schizolobium parahyba
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae


Ocorrência: ocorre na Mata Atlântica desde o Pará até Santa Catarina.
Ecologia da planta: planta comum na Mata Atlântica, caducifolia, heliófita (pioneira), ocorre ao longo dos rios e planícies aluviais. Tem preferência pelo clima quente e úmido e é dispersada pelo principalmente pelo vento (annemocoria).
Importância: ornamental e madeireira.
Propriedades: atualmente a madeira é utilizada para recheio de compensados e na fabricação de caixas. É uma espécie pioneira muito utilizada na recuperação de áreas degradadas.
Cultivo: colocar as sementes para germinarem após quebra de dormência em solo areno-argiloso diretamente nos sacos plásticos, ou em substratos específicos em tubetes 35mm. A emergência ocorre em 5-20 dias. O plantio das mudas no campo se faz após 3 meses.
Descrição botânica: árvore de 12m a 30 metros de altura, apresenta folhas compostas bipinadas de 80 a 100 cm de comprimento, com 40-60 folhiolos por pina, os frutos em forma de vagem alada com apenas 1 a 2 sementes.
Fenologia: floresce nos meses de setembro a outubro, seus frutos amadurecem de dezembro a janeiro.
Outras informações: atualmente tem sido muito procurada como árvore ornamental e de valor histórico-cultural.

NA PRÓXIMA SEMANA : Imbaúba


FONTE : UBAWEB.COM

VISITE NOSSOS LINKS AMIGOS...

CAROS AMIGOS....

COM INTUITO DE AUXILIAR O AMIGO INTERNAUTA EM SUAS PESQUISAS,
AOS POUCOS ESTAREI ADICIONANDO "NOVOS LINKS AMIGOS" NO CANTO ESQUERDO DESTA PÁGINA,
DANDO PRIORIDADE DE LINKS SOBRE MEIO AMBIENTE, ECOLOGIA E HISTÓRIA, DE PREFER~ENCIA RELACIONADOS À UBATUBA-SP.

GRATO PELA VISITA...

CAIÇARA ...

CAIÇARA...


Segundo o antropólogo e mestre em toponímia (nominação de lugar) pela Universidade de São Paulo (USP), Benedito Prezia, respeitado autor de livros sobre a questão indígena e que trabalha junto às comunidades indígenas do Estado de São Paulo, explica-nos que, ao pé da letra, por assim dizer, o nome origina-se da palavra tupi kaaysa, que significa cerca de galho, usada para pegar peixe ou fortificação construída para defender a aldeia. Caiçara passou a ser então o homem que vive desse tipo de pesca, capturando peixes nessa armadilha rudimentar, feita com galhos de árvore do manguezal.
Mas também é traduzida por outros mestres, doutores e especialistas como grupo de pessoas que criou uma independência econômica e cultural, mesclando técnicas e conhecimentos iniciada pelos índios , um dos povos mais representativos dos processos de interação pacífica entre homem e natureza, otimizando o aproveitamento dos recursos naturais da Mata Atlântica, portador de um desenvolvimento ímpar através de um complexo sistema de atividades que se complementam, com destaques para as atividades de origem indígena como o sistema agroflorestal de manejo, a agricultura de coivara (pousio), a pesca, a captura de animais, a coleta de moluscos e crustáceos e confecção de grande parte de utensílios de uso e trabalhos diários. Cada família possui uma área de plantio e uso dentro de uma área maior, que possibilitam o descanso da terra onde a vegetação se mantém e onde em determinados momentos se realiza o extrativismo, principalmente para o artesanato. Esta população adquiriu um vasto conhecimento de plantas nativas da Mata Atlântica e suas utilidades, onde muitos deles são usados como remédios eficientes. Toda esta sabedoria, esse conhecimento adquirido em séculos de existência é traduzido cientificamente como etno-conhecimento, isto é, simplificando tudo, trata-se de sabedoria popular. Tudo através da tradição oral e conduzido pelo ritmo da natureza, o ciclo de reprodução, da coleta, da captura de animais, das plantações, dos ventos, dos mares, do deslocamento das aves, e principalmente no que se refere ao manejo correto, único, típico e exclusivo de espécies de nossa fauna e flora para uso, habitação e alimentação, para que fique mais claro do que se trata, ele é um ser nativo, como uma árvore, faz parte deste meio, deste habitat. Trata-se pois, não de uma espécie exótica e muito menos de uma espécie invasora que quer mudar a paisagem de acordo com outros métodos não originais. Método certo é aquele faz parte de sua cultura e tradição, o método natural.
Infelizmente tudo isto está entrando em fase de extinção, quando se tira um morador tradicional da lida, do contato tradicional com a terra e com o mar, joga-se a cada dia um pouco deste conhecimento no lixo. O sistema em moldes capitalistas, a especulação imobiliária, a biopirataria e a criação de Unidades de Conservação em moldes americanos como é o caso do Parque da Serra do Mar, que exclui o morador tradicional do contato com o meio ambiente, dá-se destino a morte de um povo, sua cultura, seu conhecimento, sua vida, pois realiza-se estes óbitos através de meios legais, porém imorais, que nestes nestes últimos 30 anos, isto é 10.950 dias faltou com o devido respeito e virou as costas para a uma fase importante da Memória Nacional Brasileira. Lembre-se de que o caiçara tem uso cerimonial, quase que religioso dos recursos naturais a sua volta, pois se existe o verde hoje, ele foi o responsável por esta abundância, que atualmente querem o classificar como "inimigos do verde" e expulsar quem cuidou com tanto carinho dos recursos que tanto necessita para trabalhar .
Mas isto pode mudar, tem que mudar, esta classe sofredora e silenciosa pode ser reconhecida, isto é, poderá oficialmente ser "gente" que tem seu valor, reconhecido pela história. Que digam os especialistas.

Ezequiel dos Santos
Caiçara de Ubatuba