quarta-feira, 30 de março de 2016

Casa de Farinha luta para não virar um museu morto


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Mestre Quilombola Zé Pedro trabalha para manter as tradições vivas. (Fotos: Bruna Natali)
Em plena Rio-Santos, sentido Rio de Janeiro, encontra-se a Fazenda da Caixa, onde funciona a Casa de Farinha, antigo engenho de álcool e açúcar construído no final do século retrasado.
Para chegar ao local, é necessário sair da rodovia, na altura do Km 10, no Núcleo Picinguaba, seguindo por alguns minutos uma estradinha de terra. Quando avistarem uma estrutura de pau a pique, os visitantes irão também provavelmente encontrar um banco de madeira, no qual diariamente senta José Vieira, conhecido por Mestre Quilombola Zé Pedro, que aos 78 anos não trabalha mais com a fabricação de farinha, mas recepciona os turistas e conta suas histórias e causos aos que visitam a tradicional Casa de Farinha em Ubatuba. Ele diz que a produção já foi maior e agora, com a roda d’água quebrada, teme pelo futuro da comunidade. Por conta disso, se faz cada vez mais necessária a complementação de renda a partir de outros trabalhos para ajudar na manutenção do lugar.