quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
HOMENAGEM AO VÔ MANÉCO " - Exemplo de caiçara a ser seguido...
Homenagem ao "Vô Maneco"
Família Ilário
Cristiane Zarpelão
Manoel Ilário do Prado Filho.
Esta semana homenageamos o Sr. Manoel Ilário do Prado Filho.
Um legítimo caiçara que nasceu no dia 01/12/1908 e completará 99 anos.
Mais conhecido como "Vô Maneco", este caiçara viveu da pesca por toda a sua vida.
Casado com Nazaré, teve três filhos - Manoel, Isaias e Benedita. Teve também José de um outro relacionamento.
Maneco pôde observar e acompanhar todos os principais acontecimentos de Ubatuba - desde a construção das estradas e ruas da cidade, o primeiro automóvel, até a chegada da eletricidade.
Ele abastecia a cidade quando ia para Santos de canoa de voga remando (!!!) buscar alimentos. Essa viagem durava de 4 a 6 dias.
Ele foi um dos fundadores da Festa de São Pedro e sempre comemora seus aniversários com a Folia de Reis.
É impossível colocar aqui todas as situações que passou e todas as lições de vida que esta pessoa admirável deixou e continua deixando em seus 99 anos de vida.
Apaixonado por Ubatuba, "Vô" Maneco ensinou todos os seus parentes a respeitar e amar a nossa terra e é por isso que fazemos esta singela homenagem em nome de todo nosso carinho e admiração.
Família Ilário
"Ubatuba, espaço , memória e cultura" - Confira a 10 ª parte do livro
2. DOMINGAS DIAS
Localização
A praia Domingas Dias localiza-se aproximadamente a 16 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Barra/Dura, no loteamento denominado Pedra Verde.
Acesso
O acesso à praia Domingas Dias pode ser feito pela estrada de terra cuja entrada é pelo condomínio residencial Domingas Dias ou a pé, pela praia do Lázaro. O meio mais prático de chegar a essa praia são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, com várias opções de linha para o sul do município.
Olhar
A praia Domingas Dias tem cerca de 400 metros de extensão e é mantida pela associação de moradores do condomínio. Dispõe de uma guarita com segurança em tempo integral, serviço de limpeza, latas para acondicionamento de lixo reciclável. É proibido acampar e levar animais na praia.
De aspecto rústico, a praia é pequena e limitada por pedras, com mata Atlântica dos dois lados e uma pequena bica ao final. A areia da praia é inclinada e solta. O mar, calmo e sem ondas, é ideal para esportes náuticos como jet sky e caiaque. Por ser pequena e cercada de pedras, não há muito vento, tornando a praia bem mais quente e abafada que as outras de Ubatuba no verão, além das águas serem mais quentes.
Com uma belíssima vista, a Domingas Dias é portadora de um bom valor paisagístico: sem quiosques, bares ou restaurantes, apenas dois ou três carrinhos de comida. Não há qualquer serviço turístico, principalmente por causa do condomínio, que avança até a areia da praia.
Demanda turística
Os visitantes geralmente vêm de cidades do interior de São Paulo, como A origem dos visitantes dessa praia é da região interior de São Paulo como Vinhedo, Paulínia e Araras. Águas são azuis, límpidas e mansas, cobertas de areia macia e emolduradas pela ação temporária do vento, que respeita a vegetação nativa, e faz da praia Domingas Dias um lugar ideal de paz e tranqüilidade para aqueles que desejam admirar a beleza natural do encontro entre o céu e o mar em Ubatuba.
3. LÁZARO
Localização
A praia do Lázaro fica a 15 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias da Sununga e Domingas Dias, distante a um quilômetro da Rodovia Rio – Santos, junto ao bairro residencial com o mesmo nome da praia.
Acesso
A entrada para a praia do Lázaro encontra-se no km 22 da Rodovia Rio - Santos. A partir desse ponto, as ruas de acesso são de terra. O acesso também pode ser a pé pelas praias da Sununga e Domingas Dias.
Olhar
A praia do Lázaro é famosa por suas águas calmas e areias firmes. O local conta com uma boa infra–estrutura de serviços e equipamentos de apoio: marina, hotéis, pousadas, restaurantes, quiosques, camping, sanitários, estacionamento e um bairro residencial, o condomínio Pedra Verde, onde está a Associação Amigos do Lázaro, responsável pela preservação e segurança da praia.
Apesar de toda essa infra–estrutura de serviços turísticos, a praia do Lázaro não possui um bom estado de conservação. A parte onde está o loteamento é mais cuidada e a outra, após a passagem do rio, está “praia suja”, cheia de barcos de pescadores na areia e no mar, poluída visualmente por quiosques e barracas, um amontoado de gente que disputa além do espaço, a atenção dos turistas.
No final dessa parte da praia existe um esgoto a céu aberto que, segundo os próprios moradores, vem do camping Guarani. Até agora nenhuma providência foi tomada a respeito. Há alguns anos a Prefeitura Municipal de Ubatuba iniciou obras de elevação na praia e foram distribuídos sete canos de orla com o fim de implementar uma rede de esgoto, mas as obras foram embargadas, e hoje, esses imensos canos servem para escoar a água da chuva.
Demanda Turística
Os visitantes do Lázaro são famílias provenientes de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro que têm casas na região e passam o verão em Ubatuba. O Lázaro, como a maioria das praias da região, apresenta problemas de sazonalidade, e o uso da praia só é intenso na alta temporada. Em baixa temporada, a visitação é quase inexistente. Não é cobrada taxa de ingresso para o Lázaro e nem há visitas guiadas, mas o turista pode achar qualquer tipo de informação sobre essa praia na mídia em geral.
4. PRAIA DA SUNUNGA
Localização
A praia da Sununga está aproximadamente a 14,8 km ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Saco Grande/Sete Fontes, pela rodovia Rio Santos.
Acesso
O acesso rodoviário é pala Rio - Santos, aproximadamente no km 22. Daí, mais 1 km de distância até suas areias. A entrada pode ser pelo loteamento desta praia ou cruzando as areias do Lázaro. O meio de transporte mais usado são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba.
Olhar
A pequena praia da sununga tem aproximadamente 250 metros, possui areias grossas, com palmeiras na sua frente. A Sununga é conhecida por seu mar agitado, com correntezas e buracos por ser uma praia de tombo. Suas ondas quebram bem na parte rasa. Quando o mar está de ressaca, fica impossível para os banhistas entrarem na água. Nesta praia pratica-se o skimbordig, popularmente conhecido por sorrisal. Ao lado esquerdo da praia existe uma grande barreira de pedras, formando a mítica “Gruta que chora”.
Relaremos a seguir a lenda da Gruta que chora, com o fim de entender a origem desta crença do imaginário popular ubatubense:
Marcelina era uma jovem morena de olhos esverdeados, alegre e viva que de repente, passou a alimentar-se mal e a cair em uma visível depressão. A sua mãe Anália compartilhava com suas amigas a desesperante situação de sua filha, ante a qual elas aconselhavam que se tratava de questões da idade. Ante o inquérito zeloso de sua mãe, Marcelina negava seu estado de prostração e melancolia. Em uma ocasião que a mãe a ouviu chorando, abraçada ao travesseiro a filha murmurava palavras de abandono. A desolada mãe reza pedindo a intervenção divina que não aguarda em chegar, na voz confiante da filha que revela a origem do dragão que morava na Toca da Sununga, temido por todo mundo. Este monstro provocava a reação bravia do mar e era o terror dos pescadores. Antero, um pescador amigo da região, uma vez que passava pelas imediações da gruta, cortando caminho pelas Sete Fontes viu o horripilante monstro com aspecto de cobra, roliço, sem pernas e arrastando-se pelo chão, contou para Marcelina que curiosa quis vê-lo com seus próprios olhos. E aconteceu, o monstro veio até o quarto da jovem donzela e metamorfoseando-se em um moço muito bonito, seduziu Marcelina e ficou com ela até o amanhecer. Daí para frente Marcelina só vivia para o retorno de esse estranho ser do qual se havia apaixonado perdidamente. Nesse martírio dona Anália só se confiou na providência, até que um dia, um trôpego velhinho que já tinha ouvido falar de tal monstro apocalíptico empreendeu a tarefa de vencê-lo com o poder do sinal da cruz e das prezes que dirigia para o alto. O milagre aconteceu, abriu-se o mar e se fez ouvir a voz do trovão fazendo com que o temido monstro sumisse nas profundezas das águas. Na lendária gruta da Sununga pequeninas gotas que se infiltram na areia branca e fina que alcatifam o chão.
Dizem alguns que são gotas de água benta espargida pelo velhinho que ainda caem afim de que o dragão jamais possa voltar. Outros afirmam que são as lágrimas de Marcelina que lá voltou com a esperança de que o dragão, feito moço bonito, voltasse para ficar com ela para sempre.
(De Oliveira, 1995: 48-52).
Como já dissemos, “A Gruta que chora” está localizada no canto esquerdo da praia da Sununga, é propriedade pública e não é cobrada taxa de ingresso para o atrativo, assim como também não existe nenhum tipo de sinalização que a indique. Seu estado de conservação é boa, limpa e sem interferências no interior. Algumas pichações perturbam um pouco a visão de quem entra para ouvir um som emitido e provocado pelo ruído das ondas do mar. As paredes de segmentação vulcânica vibram, fazendo bater a água da nascente que passa por cima da gruta.
Voltando às areias da praia da Sununga, esta possui uma quadra de vôlei e quatro quiosques bem rústicos, o estado de conservação da sununga é muito bom, a praia é limpa e tem cestos de lixo na sua orla. As ofertas turísticas mais próximas são restaurantes, quiosques, campings, as pousadas e hotéis do Lázaro. Não se dão visitas guiadas e não se cobra nenhum tipo de taxa de ingresso para visitação.
Demanda Turística
O público que freqüenta a praia da Sununga é composto de jovens que ficam até altas horas da madrugada comendo, bebendo e jogando conversa fora. A origem destes é de São Paulo capital e interior, Rio de Janeiro e até estrangeiros europeus.
CONFIRA NO DIA 25/01/08 , a continuação da publicação de mais uma parte do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca..
Localização
A praia Domingas Dias localiza-se aproximadamente a 16 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Barra/Dura, no loteamento denominado Pedra Verde.
Acesso
O acesso à praia Domingas Dias pode ser feito pela estrada de terra cuja entrada é pelo condomínio residencial Domingas Dias ou a pé, pela praia do Lázaro. O meio mais prático de chegar a essa praia são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, com várias opções de linha para o sul do município.
Olhar
A praia Domingas Dias tem cerca de 400 metros de extensão e é mantida pela associação de moradores do condomínio. Dispõe de uma guarita com segurança em tempo integral, serviço de limpeza, latas para acondicionamento de lixo reciclável. É proibido acampar e levar animais na praia.
De aspecto rústico, a praia é pequena e limitada por pedras, com mata Atlântica dos dois lados e uma pequena bica ao final. A areia da praia é inclinada e solta. O mar, calmo e sem ondas, é ideal para esportes náuticos como jet sky e caiaque. Por ser pequena e cercada de pedras, não há muito vento, tornando a praia bem mais quente e abafada que as outras de Ubatuba no verão, além das águas serem mais quentes.
Com uma belíssima vista, a Domingas Dias é portadora de um bom valor paisagístico: sem quiosques, bares ou restaurantes, apenas dois ou três carrinhos de comida. Não há qualquer serviço turístico, principalmente por causa do condomínio, que avança até a areia da praia.
Demanda turística
Os visitantes geralmente vêm de cidades do interior de São Paulo, como A origem dos visitantes dessa praia é da região interior de São Paulo como Vinhedo, Paulínia e Araras. Águas são azuis, límpidas e mansas, cobertas de areia macia e emolduradas pela ação temporária do vento, que respeita a vegetação nativa, e faz da praia Domingas Dias um lugar ideal de paz e tranqüilidade para aqueles que desejam admirar a beleza natural do encontro entre o céu e o mar em Ubatuba.
3. LÁZARO
Localização
A praia do Lázaro fica a 15 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias da Sununga e Domingas Dias, distante a um quilômetro da Rodovia Rio – Santos, junto ao bairro residencial com o mesmo nome da praia.
Acesso
A entrada para a praia do Lázaro encontra-se no km 22 da Rodovia Rio - Santos. A partir desse ponto, as ruas de acesso são de terra. O acesso também pode ser a pé pelas praias da Sununga e Domingas Dias.
Olhar
A praia do Lázaro é famosa por suas águas calmas e areias firmes. O local conta com uma boa infra–estrutura de serviços e equipamentos de apoio: marina, hotéis, pousadas, restaurantes, quiosques, camping, sanitários, estacionamento e um bairro residencial, o condomínio Pedra Verde, onde está a Associação Amigos do Lázaro, responsável pela preservação e segurança da praia.
Apesar de toda essa infra–estrutura de serviços turísticos, a praia do Lázaro não possui um bom estado de conservação. A parte onde está o loteamento é mais cuidada e a outra, após a passagem do rio, está “praia suja”, cheia de barcos de pescadores na areia e no mar, poluída visualmente por quiosques e barracas, um amontoado de gente que disputa além do espaço, a atenção dos turistas.
No final dessa parte da praia existe um esgoto a céu aberto que, segundo os próprios moradores, vem do camping Guarani. Até agora nenhuma providência foi tomada a respeito. Há alguns anos a Prefeitura Municipal de Ubatuba iniciou obras de elevação na praia e foram distribuídos sete canos de orla com o fim de implementar uma rede de esgoto, mas as obras foram embargadas, e hoje, esses imensos canos servem para escoar a água da chuva.
Demanda Turística
Os visitantes do Lázaro são famílias provenientes de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro que têm casas na região e passam o verão em Ubatuba. O Lázaro, como a maioria das praias da região, apresenta problemas de sazonalidade, e o uso da praia só é intenso na alta temporada. Em baixa temporada, a visitação é quase inexistente. Não é cobrada taxa de ingresso para o Lázaro e nem há visitas guiadas, mas o turista pode achar qualquer tipo de informação sobre essa praia na mídia em geral.
4. PRAIA DA SUNUNGA
Localização
A praia da Sununga está aproximadamente a 14,8 km ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Saco Grande/Sete Fontes, pela rodovia Rio Santos.
Acesso
O acesso rodoviário é pala Rio - Santos, aproximadamente no km 22. Daí, mais 1 km de distância até suas areias. A entrada pode ser pelo loteamento desta praia ou cruzando as areias do Lázaro. O meio de transporte mais usado são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba.
Olhar
A pequena praia da sununga tem aproximadamente 250 metros, possui areias grossas, com palmeiras na sua frente. A Sununga é conhecida por seu mar agitado, com correntezas e buracos por ser uma praia de tombo. Suas ondas quebram bem na parte rasa. Quando o mar está de ressaca, fica impossível para os banhistas entrarem na água. Nesta praia pratica-se o skimbordig, popularmente conhecido por sorrisal. Ao lado esquerdo da praia existe uma grande barreira de pedras, formando a mítica “Gruta que chora”.
Relaremos a seguir a lenda da Gruta que chora, com o fim de entender a origem desta crença do imaginário popular ubatubense:
Marcelina era uma jovem morena de olhos esverdeados, alegre e viva que de repente, passou a alimentar-se mal e a cair em uma visível depressão. A sua mãe Anália compartilhava com suas amigas a desesperante situação de sua filha, ante a qual elas aconselhavam que se tratava de questões da idade. Ante o inquérito zeloso de sua mãe, Marcelina negava seu estado de prostração e melancolia. Em uma ocasião que a mãe a ouviu chorando, abraçada ao travesseiro a filha murmurava palavras de abandono. A desolada mãe reza pedindo a intervenção divina que não aguarda em chegar, na voz confiante da filha que revela a origem do dragão que morava na Toca da Sununga, temido por todo mundo. Este monstro provocava a reação bravia do mar e era o terror dos pescadores. Antero, um pescador amigo da região, uma vez que passava pelas imediações da gruta, cortando caminho pelas Sete Fontes viu o horripilante monstro com aspecto de cobra, roliço, sem pernas e arrastando-se pelo chão, contou para Marcelina que curiosa quis vê-lo com seus próprios olhos. E aconteceu, o monstro veio até o quarto da jovem donzela e metamorfoseando-se em um moço muito bonito, seduziu Marcelina e ficou com ela até o amanhecer. Daí para frente Marcelina só vivia para o retorno de esse estranho ser do qual se havia apaixonado perdidamente. Nesse martírio dona Anália só se confiou na providência, até que um dia, um trôpego velhinho que já tinha ouvido falar de tal monstro apocalíptico empreendeu a tarefa de vencê-lo com o poder do sinal da cruz e das prezes que dirigia para o alto. O milagre aconteceu, abriu-se o mar e se fez ouvir a voz do trovão fazendo com que o temido monstro sumisse nas profundezas das águas. Na lendária gruta da Sununga pequeninas gotas que se infiltram na areia branca e fina que alcatifam o chão.
Dizem alguns que são gotas de água benta espargida pelo velhinho que ainda caem afim de que o dragão jamais possa voltar. Outros afirmam que são as lágrimas de Marcelina que lá voltou com a esperança de que o dragão, feito moço bonito, voltasse para ficar com ela para sempre.
(De Oliveira, 1995: 48-52).
Como já dissemos, “A Gruta que chora” está localizada no canto esquerdo da praia da Sununga, é propriedade pública e não é cobrada taxa de ingresso para o atrativo, assim como também não existe nenhum tipo de sinalização que a indique. Seu estado de conservação é boa, limpa e sem interferências no interior. Algumas pichações perturbam um pouco a visão de quem entra para ouvir um som emitido e provocado pelo ruído das ondas do mar. As paredes de segmentação vulcânica vibram, fazendo bater a água da nascente que passa por cima da gruta.
Voltando às areias da praia da Sununga, esta possui uma quadra de vôlei e quatro quiosques bem rústicos, o estado de conservação da sununga é muito bom, a praia é limpa e tem cestos de lixo na sua orla. As ofertas turísticas mais próximas são restaurantes, quiosques, campings, as pousadas e hotéis do Lázaro. Não se dão visitas guiadas e não se cobra nenhum tipo de taxa de ingresso para visitação.
Demanda Turística
O público que freqüenta a praia da Sununga é composto de jovens que ficam até altas horas da madrugada comendo, bebendo e jogando conversa fora. A origem destes é de São Paulo capital e interior, Rio de Janeiro e até estrangeiros europeus.
CONFIRA NO DIA 25/01/08 , a continuação da publicação de mais uma parte do Livro " Ubatuba, espaço, memória e cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca..
CASARÃO DO PORTO E OUTROS ANTIGOS PRÉDIOS DE UBATUBA
O armador e responsável, Manoel Balthazar da Cunha Fortes era uma personalidade, em uma época de crescente desenvolvimento econômico, social e cívico da cidade. Balthazar da Cunha, um homem pobre e de poucos estudos, construiu um patrimônio suficiente para a construção do seu Casarão, chamado de majestoso solar para o conforto de sua família. Ali vivia com sua esposa Dona Benedita Batista da Cunha Fortes e seus filhos, que depois fizeram parte da sociedade local. Baltazar veio a falecer no dia 26 de fevereiro de 1874, sendo seu nome imortalizado em uma das ruas do centro de Ubatuba. Cabe salientar que alguns historiadores sustentam que o Sobradão do Porto funcionava como Alfândega local, outros afirmam que nesse local Dom Pedro I, encontrava-se secretamente com a Marquesa de Santos. Ao certo, sabemos por fontes primárias, recolhidas por Washington de Oliveira que apenas a parte de cima do edifício era residência de Balthazar da Cunha e sua família, no térreo estava o armazém e a casa comissária – importadora e exportadora de bens comerciais (De Oliveira, 1977:74).
Assim como o Sobradão do Porto, outros inúmeros casarões na pequena Vila de Ubatuba, hoje região central da cidade, foram erguidos pomposamente e mostravam os fartos recursos dos comerciantes locais e seu desenvolvimento econômico. Outrora, Ubatuba viveu momentos de glória, sendo considerada uma das principais cidades de São Paulo, ajudou à economia do Estado, ficando à frente dos municípios com a maior renda de toda a Província. Eram viajantes errantes, que vinham negociar, tropeiros e aventureiros de todas as fronteiras desfilavam pelas ruas ubatubenses. Festas e bailes nos pomposos solares com muito esplendor e ostentação. Isso demonstrava a importância, para aqueles que aqui passavam, da prospera Ubatuba, cidade portuária de grande destaque no cenário nacional.
Existiu até mesmo um belo teatro na cidade com apresentações de peças e óperas de diferentes companhias, nacionais e estrangeiras. O Teatro de Ubatuba ficava localizado exatamente onde hoje se encontra o Fórum de Ubatuba, na antiga Praça Nóbrega, hoje o calçadão, esquina com a Rua Celso Ernesto de Oliveira. Construído, pelo português Joaquim Ferreira Gomes, com espaço para trezentas pessoas, as de maior poder econômico tinham lugar cativo em camarotes para assistir as representações. Instalações de muito bom gosto mostravam uma construção com um acabamento e decoração de primeira, tudo feito de madeira. Mas, durante a segunda decadência do município, este edifício foi esquecido e abandonado. Em 1910, a herdeira do teatro, Dona Luzia Dias Círio, sem recursos decide demoli-lo e então prefeito Ernesto Gomes de Oliveira, o adquiriu como bem municipal.
Nas comemorações do III Centenário de Ubatuba parte do antigo teatro foi demolido: camarotes e frisas, pois se encontravam em péssimo estado de conservação . Chegou ainda, a funcionar em suas dependências o primeiro cinema de Ubatuba, por pouco tempo. Nos anos 50, o governo municipal da época decidiu doá-lo ao Estado para a construção do atual Fórum Municipal, que mudou dali, depois de meio século.
O exemplo deste teatro é ilustrativo. Ubatuba guarda pouco de sua herança em edificações que poderiam traduzir uma imagem arquitetônica do patrimônio histórico de miscigenação artística, uma mistura de estilos na construção. Em uma época importante, a cidade conquistou para sua população um estado de urbanização ímpar que revolucionou a projeção de sua imagem em termos de futuro. Alguns poucos traços históricos de suas construções arquitetônicas foram preservadas e servem como referência para seus habitantes.
TRECHO DO LIVRO " Ubatuba, epaço, memória e cultura " , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca, editado em 2005 (encontra-se na Biblioteca Pública Municipal de Ubatuba, Praça 13 de maio , Centro).
Assim como o Sobradão do Porto, outros inúmeros casarões na pequena Vila de Ubatuba, hoje região central da cidade, foram erguidos pomposamente e mostravam os fartos recursos dos comerciantes locais e seu desenvolvimento econômico. Outrora, Ubatuba viveu momentos de glória, sendo considerada uma das principais cidades de São Paulo, ajudou à economia do Estado, ficando à frente dos municípios com a maior renda de toda a Província. Eram viajantes errantes, que vinham negociar, tropeiros e aventureiros de todas as fronteiras desfilavam pelas ruas ubatubenses. Festas e bailes nos pomposos solares com muito esplendor e ostentação. Isso demonstrava a importância, para aqueles que aqui passavam, da prospera Ubatuba, cidade portuária de grande destaque no cenário nacional.
Existiu até mesmo um belo teatro na cidade com apresentações de peças e óperas de diferentes companhias, nacionais e estrangeiras. O Teatro de Ubatuba ficava localizado exatamente onde hoje se encontra o Fórum de Ubatuba, na antiga Praça Nóbrega, hoje o calçadão, esquina com a Rua Celso Ernesto de Oliveira. Construído, pelo português Joaquim Ferreira Gomes, com espaço para trezentas pessoas, as de maior poder econômico tinham lugar cativo em camarotes para assistir as representações. Instalações de muito bom gosto mostravam uma construção com um acabamento e decoração de primeira, tudo feito de madeira. Mas, durante a segunda decadência do município, este edifício foi esquecido e abandonado. Em 1910, a herdeira do teatro, Dona Luzia Dias Círio, sem recursos decide demoli-lo e então prefeito Ernesto Gomes de Oliveira, o adquiriu como bem municipal.
Nas comemorações do III Centenário de Ubatuba parte do antigo teatro foi demolido: camarotes e frisas, pois se encontravam em péssimo estado de conservação . Chegou ainda, a funcionar em suas dependências o primeiro cinema de Ubatuba, por pouco tempo. Nos anos 50, o governo municipal da época decidiu doá-lo ao Estado para a construção do atual Fórum Municipal, que mudou dali, depois de meio século.
O exemplo deste teatro é ilustrativo. Ubatuba guarda pouco de sua herança em edificações que poderiam traduzir uma imagem arquitetônica do patrimônio histórico de miscigenação artística, uma mistura de estilos na construção. Em uma época importante, a cidade conquistou para sua população um estado de urbanização ímpar que revolucionou a projeção de sua imagem em termos de futuro. Alguns poucos traços históricos de suas construções arquitetônicas foram preservadas e servem como referência para seus habitantes.
TRECHO DO LIVRO " Ubatuba, epaço, memória e cultura " , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca, editado em 2005 (encontra-se na Biblioteca Pública Municipal de Ubatuba, Praça 13 de maio , Centro).
"A PAZ DE IPEROIG" Segundo o livro " Ubatubna., espaço,memória e cultura" - 4 ª Parte
O primeiro canto leva o nome: De conceptione Virginis Mariae. A concepção de Maria antecede a modelagem da criação. É interessante mencionar aqui que o espírito mariano da maioria dos espanhóis encontra na figura feminina de Maria uma tabua de salvação . Enaltecida pelo espírito cristão da Idade Média, nas famosas Cantigas a Nossa Senhora de Gonzalo de Berceo, Anchieta tenta reconstruir o espaço na sua frente, confiando no caráter medianeiro de Maria que do outro lado do mar tinha sido enaltecida pelos peregrinos que sabiam do sofrimento e da solidão da experiência mística. “Não espanadavam ainda os mares nem desciam as águas fluviais pelas vertentes”, sobre o chão replica o religioso “não havia o borboletear das fontes nem a grandeza das moles altíssimas” e já fora concebida a inteligência eterna – o Verbo, predestinado seu ventre a redimir o pecado original.
Perfeita e dileta, como um antídoto ao veneno da serpente, prometida nas manchas edémicas, turvadas pelo crime de Eva. Com o dragão sob os pés, dulcis amica Dei, ela paria acima dos coros angelicais. O fruto bendito é anunciado pela boca dos profetas nos céus. Anchieta fecha esse primeiro canto anunciando Maria, a mulher mais forte que o homem.
Maria nasce no segundo canto após a noite milenar. Um novo sol se levanta, raiando a estrela virgem. O fulgor nominal da senhora ressoa neste poema anchietano em forma de ladainha, seguindo a ordem alfabética das composições abecedárias do Sedulius no qual faremos algumas adaptações para seu melhor entendimento:
Arbor, sublime árvore cujas raízes bebem humildemente do solo, os galhos frutificando em estrelas. Baculus, frágil bordão nos quais se amparam os homens incertos e aflitos. Collis, alta colina que verte o doce perfume nas trevas. Doctus, maravilhosa correnteza de águas provenientes da fonte divina. Effigies, verdadeiro espelho onde o próprio Deus se reflete. Fulmen, a fulgurância do raio na tormenta que aniquila os crimes tártaros. Gemma, metal precioso no qual se desvanece a pompa metálica do ouro e do bronze. Hydria, urna estelar das Hyades cristãs, vaso de leite e óleo, aroma e graça. Jaculum, o antigo jáculo ou venábulo, ferindo suavemente os corações para sarar profundas chagas . Luna, sagrado e imutável plenilúnio dando ao ocaso dos seus contempladores a impressão de alegria solar. Maré, mar profundo, amplidão sem areia de gigantescas e infinitas da vida, refugio dos bons e dos maus. Navis, a nave que socorre os náufragos arrojados e levados à praias remotas. Ober, óbice colocado no santuário com o fim de evitar a devastação dos touros indômitos, no limiar do templo às heresias e demônios, Portus, sereno ao qual vier se achegar o poeta, navegador exausto, sacudido pela fúria do vento e guiado pela mão da Virgem – reminiscência católica dos temporais brasileiros. Quadriga Dei, impetuosa quadriga de Deus, arrebatada pela justiça em tropel ressoante, a esmagar os inimigos da fé. Rosa, imarcescível no estio e no inverno, rosa a nascer de espinhos, mas não deles ornada. Speculum, Signum, Sydus, Stimulus, Salus... Tegem, primeiro tecido cobrindo o pudor de Adão, o rubor de Eva, a nudez lamentável do corpo ou da alma. Virga, açoite das macerações eclesiásticas, vara desnuda e flexível com que se retalham e sob a qual se retorcem os penitentes.
Continua , confira atualização no dia 26/01/08
Perfeita e dileta, como um antídoto ao veneno da serpente, prometida nas manchas edémicas, turvadas pelo crime de Eva. Com o dragão sob os pés, dulcis amica Dei, ela paria acima dos coros angelicais. O fruto bendito é anunciado pela boca dos profetas nos céus. Anchieta fecha esse primeiro canto anunciando Maria, a mulher mais forte que o homem.
Maria nasce no segundo canto após a noite milenar. Um novo sol se levanta, raiando a estrela virgem. O fulgor nominal da senhora ressoa neste poema anchietano em forma de ladainha, seguindo a ordem alfabética das composições abecedárias do Sedulius no qual faremos algumas adaptações para seu melhor entendimento:
Arbor, sublime árvore cujas raízes bebem humildemente do solo, os galhos frutificando em estrelas. Baculus, frágil bordão nos quais se amparam os homens incertos e aflitos. Collis, alta colina que verte o doce perfume nas trevas. Doctus, maravilhosa correnteza de águas provenientes da fonte divina. Effigies, verdadeiro espelho onde o próprio Deus se reflete. Fulmen, a fulgurância do raio na tormenta que aniquila os crimes tártaros. Gemma, metal precioso no qual se desvanece a pompa metálica do ouro e do bronze. Hydria, urna estelar das Hyades cristãs, vaso de leite e óleo, aroma e graça. Jaculum, o antigo jáculo ou venábulo, ferindo suavemente os corações para sarar profundas chagas . Luna, sagrado e imutável plenilúnio dando ao ocaso dos seus contempladores a impressão de alegria solar. Maré, mar profundo, amplidão sem areia de gigantescas e infinitas da vida, refugio dos bons e dos maus. Navis, a nave que socorre os náufragos arrojados e levados à praias remotas. Ober, óbice colocado no santuário com o fim de evitar a devastação dos touros indômitos, no limiar do templo às heresias e demônios, Portus, sereno ao qual vier se achegar o poeta, navegador exausto, sacudido pela fúria do vento e guiado pela mão da Virgem – reminiscência católica dos temporais brasileiros. Quadriga Dei, impetuosa quadriga de Deus, arrebatada pela justiça em tropel ressoante, a esmagar os inimigos da fé. Rosa, imarcescível no estio e no inverno, rosa a nascer de espinhos, mas não deles ornada. Speculum, Signum, Sydus, Stimulus, Salus... Tegem, primeiro tecido cobrindo o pudor de Adão, o rubor de Eva, a nudez lamentável do corpo ou da alma. Virga, açoite das macerações eclesiásticas, vara desnuda e flexível com que se retalham e sob a qual se retorcem os penitentes.
Continua , confira atualização no dia 26/01/08
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