terça-feira, 8 de março de 2016
Meu mundo era a Praia da Enseada
Esse texto vem do José Carlos de Góis, originalmente postado no blog Coisas de Caiçara, do meu amigo José Ronaldo.
Mais uma viagem até o tempo ancestral. Apertem os cintos...
Quando nasci, na década de 50, Ubatuba era paradisíaca. Meu mundo era a Praia da Enseada, o quintal da mamãe cheirando manacá, arruda, alecrim, guiné, as flores das laranjeiras nevando o chão. O jundu, na praia, com sua vegetação nativa, as flores roxas do cipó de corvina, o rabo de bugio, os frutos cheirosos dos abricoeiros, as amêndoas dos chapéus-de-sol, os coquinhos jarobá... Quanta saudade!
O Bentinho do Guatura
Fonte.........Almanarque Urupês
Por Renato Teixeira
Fui criança em Ubatuba, nosanos cinqüenta. A cidade iado Aeroporto Gastão Madeira,um ubatubano que desenvolveu a bússola aérea, e que a meninada conhecia apenas como “Campo de Aviação”, até as duas pontes sobre o Rio Grande (ao lado da famosa “rampa” onde se comercializava o pescado e se comia o magnífico cuscuz do Gaiato) e o cais dos barquinhos de pesca que saíam em revoadas marítimas todas as manhãs, com seus motores a diesel pipocando sobre as ondas, em direção ao alto mar.
1991.............Seminário Vila de Picinguaba, 25 anos de prevaricação do Estado.
Em 20 e 21 de abril de 1991, foi realizado na Praia da Picinguaba em Ubatuba, o Seminário “Vila de Picinguaba: propostas para seu desenvolvimento e preservação”.
Em março de 1992, sob coordenação: Adriana Mattoso e elaboração: Lucila Pinsard Vianna foi publicado pela SMA e IF o Relatório da Vila de Picinguaba, documento pioneiro que buscava alternativas para a problemática da ocupação humana em Unidades de Conservação através de um trabalho conjunto e verdadeiramente participativo com essas populações para a viabilização de soluções através de discussões, propostas e decisões.
GLOSSÁRIO CAIÇARA DE UBATUBA, agora disponível na rede.
Esta pequena compilação surgiu, em sua maior parte, da convivência diária com a comunidade de pescadores tradicionais da Praia da Enseada em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Este glossário nem de longe abrange ou pretende alcançar a totalidade do universo de expressões e palavras usadas no falar característico do povo Caiçara. É apenas o resultado de curtos 7 anos de convivência íntima com alguns dos últimos guardiões da antiga tradição Caiçara local, tradição que hoje se detecta tão somente por este falar característico recheado de arcaísmos, palavras e expressões forjadas no linguajar ibérico e tupi, que a nova geração já não usa mais.
AGORA DISPONÍVEL AQUI
Exemplares disponíveis pelo email: bambuluz@yahoo.com.br
AGORA DISPONÍVEL AQUI
Exemplares disponíveis pelo email: bambuluz@yahoo.com.br
FONTE............www.canoadepau.blogspot.com.br
cada canoa tem a sua hitsória
Mais uma vez peço licença ao Zé Ronaldo para reproduzir um trecho de seu Blog.
Tenho um depoimento do Baeco, fazedor de canoas. É um artista. Eis trechos do que ele diz: “A construção de canoa começa pela escolha da melhor madeira, mas a famosa mesmo é o Cedro. Depois vem a Timbuíba, o Ingá, o Bracuí... o Loro, o Guapuruvu e o Angelim. O Angelim tem três tipos: Angelim Amargoso, Angelim Gisara e o Angelim Pedra. Estas três são boas pra canoa. Esta é a madeira que a gente garante.” (...) ”Madeira a gente escolhe a lua, sim; agora, não precisa ser uma minguante de inverno; qualquer minguante é boa.” (...) ”A gente sabe a árvore que vai dar boa canoa no olho, primeiro o olho... Você bate o olho, vai, erra centímetros, e o tamanho é a boca da canoa” (...) ”O comprimento a gente se baseia na boca, na largura da boca, tá? Normalmente é sete vezes um, sete por uma. Sete vezes a largura da boca é o comprimento da canoa.”
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