O ano de 2000 foi pródigo em acidentes com baleias no litoral norte de São Paulo, mais precisamente em Ubatuba. Em julho, uma Jubarte, já morta encalhou na Praia do Félix, sendo enterrada nas imediações. Em novembro, outra, dessa vez viva encalhou na Grande do Bonete. Felizmente essa retornou com vida ao mar, com a ajuda de moradores, turistas e técnicos do Instituto Oceanográfico. Mas foi essa outra Jubarte fêmea adulta, de 15,5 metros de comprimento e cerca de 30 toneladas, a fazer história.
No dia 24 de Novembro de 2000, a baleia apareceu morta na região central da Praia Grande, causando imensos transtornos à administração municipal, defesa civil e outros orgãos responsáveis pelo meio-ambiente. As tentativas de devolvê-la ao mar ou transportá-la ao aterro sanitário foram em vão, e mesmo com a ajuda de um rebocador da Petrobrás e seis tratores os restos acabaram ficando durante cinco dias na areia, prejudicando o ambiente e tornando imprópria a Praia do Tenório, além da Praia Grande. Depois de muito protesto de comerciantes, turistas e moradores do bairro, devido ao mau cheiro exalado, decidiu-se enterrar na areia, embora essa atitude também provocasse reclamações. Ambientalistas temiam que o corpo causasse contaminação da praia e do lençol freático. Oito anos depois, a ossada foi retirada, em 08 de Agosto, pela necessidade da construção de obras viárias na região. A operação durou quatro dias. O mau cheiro persistia e atraiu a atenção de muitos transeuntes e moradores.
Na intenção de preservar a história e o patrimônio natural, a ossada foi transportada e remontada onde permanece até hoje, na Barra da Lagoa, próxima ao Aquário de Ubatuba.
Obs.: a primeira foto foi retirada da Internet, não sendo possível identificar o autor. A segunda foi tirada ontem pela equipe do Areias de Ubatuba.
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