quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

CAMARA DA VILA DE SANTA CRUZ DE SÃO SALVADOR DE UBATUBA PEDEM A NOMEAÇÃO DE UM VIGÁRIO DA IGREJA MATRIZ...06/11/1734

 



FONTE...............http://resgate.bn.br/

PROVEDOR DA FAZENDA REAL DO RIO DE JANEIRO INFORMA AO REI DOM JOÃO V PARECER FAVORAVEL A NOEMAÇÃO DE UM NOVO PÁROCO E UM SINOA IGREJA MATRIZ DE UBATUBA...1734

 




FONTE...Projeto Resgate - Rio de Janeiro Avulsos (1614-1830) - DocReader Web (bn.br)

CAMARA MUNICIPAL DA VILA DE SANTA CRUZ DE SÃO SALVADOR DE UBATUBA A DOM JOÃO V EXPONDO APOBREZA DA VILA......25/07/1731

 




GOVERNADOR E CAPITÃO - GENERAL DA CAPITÂNIA DE SÃO PAULO NOMEIA JORGE PEDROSO DE SOUSA CEL. DAS ORDENANÇAS DAS VILA DE PARATI E UBATUBA....17/02/1723

 









A REZA DAS BAITACAS

 

CAUSOS CAIÇARA de Julinho Mendes

Numa de suas caçadas, Chico Fidélis encontrou no meio da picada um filhotinho de baitaca, um periquito da família dos papagaios. Estava o bichinho tremendo de frio, crescia-lhe algumas penugens, mas ainda estava peladinho. De certo caíra do ninho, no oco do pau e foi abandonado pela mãe. Com medo de que algum bicho o matasse para saciar a fome, Chico Fidélis agasalhou-o e levou para casa para cuidar do bichinho...
Chico Fidélis era muito religioso, do tipo beato que rezava ao acordar, no almoço e rezava a Ave Maria das seis horas da tarde. Em festas religiosas ou em vigília, a algum santo ou defunto, era ele quem fazia as rezas e orações. Era daqueles que conduzia uma Ave Maria e um Pai Nosso, sem a menor cerimonia, e era acompanhado pelas beatas que respondiam em coro o seu refrão.




Tinha num dos cantos da casa um lugar reservado para as orações, ou seja, tinha um oratório, no qual todas as tardes reuniam-se os vizinhos para fazerem as mais diversas orações aos mais diversos tipos de santos, com pedidos de benção e agradecimentos...
A baitaca já estava grande, recebera o nome de peladinho, era um machinho, estava forte e totalmente coberto com sua bela plumagem verde oliva. Fidélis tinha cachorro, gato, pato, galinha, etc, mas o peladinho era o mais estimado de todos. Antes da reza das seis, Fidélis retirava o peladinho do quintal e colocava-o numa parede ao lado do oratório, num lugar aconchegante e salvo de qualquer olhar felino. Peladinho ficava ali em sua gaiolinha só observando os santos, as velas acesas e a chegada das beatas com seus terços de capiás, e ficava ouvindo a ladainha diária do Pai Nosso e da Ave Maria. Todo dia era a mesma coisa...
A gaiola de peladinho foi feita pelo próprio Fidélis que a fez com flechas de ubás bem madurinhas. Era uma beleza! Certo dia Fidélis tratava do peladinho e, num descuido deixou a porta aberta. O bichinho então, querendo sair daquela prisão, não bobeou e, num rasante passou pelo vão da porta e sumiu mato a dentro... A reza naquele dia foi para que o peladinho voltasse, estava Fidelis muito triste, mas passados alguns dias, se conformou, achando que o peladinho estava livre e feliz.
A caçada era seu divertimento e meio de sobrevivência. Já tinha matado um macuco, dois urus e um tatu. Era quase meio dia e o ronco na barriga tava parecendo fala de perereca dentro do caraguatá em véspera de chuva. Tava num grotão escuro que dava medo e mesmo assim parou para comer o tutu de feijão com ovo frito e uns cascalhos de bijú com café, que trouxera. De repente ouviu um zum zum zum pro lado do espigão, uma conversa fervorosa, aliás, não era bem uma conversa e sim uma ladainha, uma reza... Arrepiou-se todo, até os fios do cabelo ficaram em pé. –Minha nossa Senhora, o que é isso? Interrogou Fidélis a si mesmo, com a voz tremula. Imediatamente engatilhou a espingarda e passou a mão no terço que estava dentro do borná e foi chegando mais perto daquela falatório danado; deu volta por detrás de um tronco de urucurana e conseguiu ouvir direitinho aquela conversalhada. Num lado, uma voz: “Ave Maria cheia de graça Senhor é convosco, bendito sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus”. No outro lado, num galho mais comprido, as respostas em coro: “Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém”. ... Fidélis, agora mais calmo, só observava a ladainha na copada de um imbirotó; era o peladinho ensinando e praticando a Ave Maria e o Pai Nosso aos demais do bando, até um jacú com um terço de caroço de brecuíba acompanhava, com todo respeito a ladainha das baitacas.
–Filho da mãe, é o peladinho ensinando as minhas orações ao bando de baitacas! –Como foi que o danado aprendeu a rezar? ---
Esse conto foi me verbalmente contado pelo caiçara João Barreto, filho do seo Cândido Mesquita e da dona Maria Francisca Barreto, lá da praia da Fortaleza/Ubatuba.

CONSELHO ULTRAMARINO DO BRASIL PROIBE MORADORES DA VILA DE UBATUBA ECONO A FAZEREM PESQUISA DE OURO.......ANO 1722

 





FONTE..............http://resgate.bn.br/

CÃMARA MUNICIPAL DE UBATUBA ABRE CONCORRENCIA PARA CONSERTO DA PONTE DA BARRA DA LAGOA ....14/04/1897