Eugênio Inocêncio, um parente muito próximo, filho da Maria Balbina, do Mar Virado, era um negro claro de olhos verdes. Ilhéu da gema. Boa parte da vida passou na Ilha do Mar Virado; a outra boa parte viveu morando na Ilha da Vitória, que pertence ao arquipélago da Ilha de São Sebastião, mas é mais próxima dos ubatubanos nas relações de amizade e de comércio. O que lhe restou de vida foi um mínimo de tempo na praia do Perequê-mirim.
Do Eugênio, bom apreciador da “branquinha” e muito bom de conversa, eu ouvi sobre o “russo da ilha”. Vitorov era o seu nome. Porém, os ilhéus o chamavam de Vito Ovo. Veio com um grupo para o Brasil fugindo do regime comunista, da perseguição de Stálin na União Soviética, logo depois do primeiro quartel do século XX.