segunda-feira, 1 de setembro de 2014

1. OS PRIMÓRDIOS DE UBATUBA



O trabalho multidisciplinar da arqueologia permite determinar o posicionamento espacial e temporal dos indígenas em questão. O litoral de Rio de Janeiro tem sido a área mais explorada pela arqueologia no que se refere às tribos indígenas da época do “contato”[1]. A base documental sobre o povoamento no litoral de São Paulo, dá sustentação importante ao trabalho arqueológico sobre a cultura Tupinambá.

A presença indígena em Ubatuba foi comprovada pela arqueóloga Sandra N. Amenomori, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP no seu trabalho "Os Processos de Ocupação dos Grupos Pescadores-Coletores Pré-Históricos nas Ilhas do Litoral Norte de São Paulo". Em pesquisa de campo, realizada em 2002, encontrou fragmentos de cerâmica corrugada e ungulada por ela identificada como pertencente à tradição tupi-guarani, nas praias: Prainha, ou do Engenho, de Dentro, das Palmas e do Leste, o que demonstra a necessidade de estudos histórico-arqueológicos mais profundos sobre a presença humana no período pré-colonial[2]

ESPECIAL DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA " - PARTE 118






O projeto para a re-construção da cidade de Ubatuba parte do pressuposto dessa justaposição e superposição de múltiplos discursos que dão conta do acontecer cívico do município, no qual os distintos grupos sociais vão se apropriando dos espaços físicos e simbólicos.

Ante a desterritorialização dos espaços étnicos urbanos, com seus lugares e suas instituições simbólicas, as noções de “dentro” e “fora” adquirem grandes significados em relação ao território de origem. Esta re-territorialização confere o novo sentido ao território urbano, ao privado da família ou da tribo, a reciprocidade e o apoio mútuo que Ante a desterritorialização dos espaços étnicos urbanos, com seus lugares e suas instituições simbólicas, as noções de “dentro” e “fora” adquirem grandes significados em relação ao território de origem. Esta re-territorialização confere o novo sentido ao território urbano, ao privado da família ou da tribo, a reciprocidade e o apoio mútuo que estabelecem vínculos mais poderosos. É, nesta micro sociedade que Ubatuba pode recuperar os laços fraturados do individualismo pós –moderno.