quinta-feira, 21 de março de 2024

Homenageando o dia Contador de Histórias aqui uma histórinha de Fátima de Souza do seu livro " Arrrelá Ubatuba.



Contando com minhas palavras .lá vai :
Quando a nova estrada fazia o caiçara morador daqui de Ubatuba ficar todo orgulhoso porque com a estrada viria também o progressões claro com ele a cidade e até mesmos as praias haveria de ficar melhor..
Mas então ,era mês de janeiro e no calor do meio dia que quase derretia os miolos,um aventureiro saiu do Rio de Janeiro e veio seguindo a estrada Rio Santos decidido a descobrir os mistérios da serra do mar ,tão bonita e com praias tão bonitas.
O trecho da estrada Ubatuba Paraty,ainda estava em construção portanto sem asfalto e a poeira entrava garganta dentro do corajoso que resolvesse passar por ela ; o aventureiro estava com muita sede, depois de passar pela Cachoeira da Escada do Pró Mirim chegou ressaca do por perto da Barra Seca ,ele com uma sede danada e não via mais nenhuma fonte de água..
Chegando bem pertinho do Sumidouro,viu uma senhora carregando um pote na cabeça.Logo imaginou que ali por perto deveria ter água boa pra se beber; e estava certo ,na encosta do morro tinha mesmo uma pequena fonte de água.Parou o carro levantando mais poeira ainda e seguiu a senhora que estava indo encher o pote na bica.
Da beira da estrada cumprimentou com toda a educação a senhora:
Bom dia ,minha senhora,pode me dizer se essa água é potável????
A senhora olhou feio pra ele e respondeu brava :
Quem que u sinhô pensa qui eu sô ?Eu num trabaio pra vagabundo. Essa água qui eu tô levano é pru Dimirsu. Prô Otávio ,i eu num carrego nem um copo.
De Fátima de Souza /Arrelá Ubatuba/ PG 29