sexta-feira, 4 de julho de 2014

DA CANOA À TRAMELA



Tirando canoa no Ubatumirim (Arquivo Chieus)

QUEM DISSE QUE CAIÇARA É PREGUIÇOSO? 
Esta é a questão apresentada por Mário Gato.


    "O camarada foi pro mato tirar um corte de canoa. Chegando lá encontrou uma imensa timbuíba-cedro de uns 20 metros de altura, passou a mão em um enchó (ferramenta em formato de U para confecção de canoas e outros objetos em madeiras) e um machado, e assim deu início à construção de uma canoa. Depois de um mês e meio bem trabalhado percebeu que tinha algo de errado naquela humilde embarcação que já estava pronta. Da popa ele olhou bem..., olhou bem a proa... e percebeu que tinha algo de errado - fez a canoa com a proa desbeiçada ( um lado maior que o outro). Assim ele falou: 'Não tenho preguiça!' Então, trabalhou mais um dia naquela canoa torta transformando-a em cocho, no qual serviria para dar comida aos animais. 

NOSSOS HABITOS.......

Coco pindoba em dois momentos (Arquivo JRS)

           Ao reler  umas anotações nuns papeis mais antigos, pensei que o título poderia ser Nossos hábitos na nossa linguagem. Isso porque trata de um falar caiçara que vai se perdendo. “É a modernidade”.
           É a modernidade que promove o afastamento de um tempo de maior interação com a natureza, de um conhecimento ancestral de tudo aquilo que o mato nos oferecia (desde a alimentação até as propriedades curativas).
          A inspiração presente veio depois de saborear um cacho de pindoba, resultado da excursão à Toca do Bagre (Jundiaquara). Aos amigos: estava uma delícia! Agora vem o tempo da brejauba, do pati...