
Uma das mais tradicionais manifestações religiosas do Brasil, sendo ela introduzida em meados do século 18, mais precisamente no estado de Goiás.
Hoje restam pouquíssimas cidades que resistem a essa tradição e Ubatuba num ato de resgatar esta manifestação a qual havia se perdido desde 1954, no ano de 2006 retomando graças às pesquisas realizadas pelo geógrafo e professor Rogério Estevenel e apoio incondicional dos Franciscanos Menores conventuais e Guarda Mirim de Ubatuba; impressionando os fiéis que lotaram a igreja Matriz.
A celebração, que dá continuidade a uma tradição de pouco mais de 200 anos, consiste em encenar as principais passagens bíblicas que antecedem a crucificação, nela, os farricocos, homens encapuzados com mortalhas em negro e roxo, carregam tochas acesas, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo.
A cerimônia é rica em detalhes e beleza plástica. As figuras encapuzadas remontam as cerimônias espanholas, mais especificamente às de Toledo, Sevilha e ao período da Inquisição. A escuridão, as tochas, a rapidez, os encapuzados, o som das matracas que simbolizam as chicotadas em Jesus, o trote dos cavalos que são feitos por cascas de coco criam um clima medieval assustador e excitante de beleza ímpar.
Em Ubatuba essa tradição era muito conhecida e era desenvolvida pela Irmandade do Senhor dos Passos (hoje também extinta) por enquanto!!!), que em noite de Quinta-feira Santa percorriam as ruas da cidade ao som de numerosas matracas, tochas carregando um belíssimo estandarte de Nosso Senhor preso e o baldaquino com as hóstias a serem depositadas no altar do sepulcro após a procissão. Hoje apenas os moradores mais antigos se lembram desta procissão, a qual foi muito aguardada o ano passado.
A retomada desta tradição trouxe de volta uma proposta nova de resgatar e valorizar as nossas manifestações religiosas e a expectativa se repete este ano.
QUINTA FEIRA SANTA
20 DE MARÇO DE 2008
LOCAL: PRAÇA SANTOS DUMONT
(AO LADO DO AQUÁRIO)
HORÁRIO: 21:15h
ITINERÁRIO PELAS AREIAS DA PRAIA DO CRUZEIRO RUMO A MATRIZ
FÉ, TRADIÇÃO E RESGATE
PARTICIPEM
FONTE : Rogério Estevenel de Oliveira