terça-feira, 7 de setembro de 2021
CONSTRUINDO O PASSADO - SILVINO TEIXEIRA LEITE
O prefeito Silvino Teixeira Leite iniciou o mandato enfrentando uma manifestação popular. Os comerciantes da cidade e, os moradores e comerciantes da praia da Enseada exigiam que se reconstruísse o trecho da estrada Cidade / praia da Enseada, que se encontrava intransitável e, que a estrada fosse estendida até o bairro do Perequê-Mirim. Na abertura dessa estrada, foi usada parte da mão-de-obra de um grupo de presidiários da Ilha Anchieta.
E, por ordem e conta da Diretoria de Engenharia do Extinto Departamento das Municipalidades, autorizou o prefeito a fazer as obras necessárias. Como a prefeitura não tinha dinheiro para dar início, o próspero comerciante prefeito, Silvino Teixeira Leite bancou do próprio bolso. Na primeira etapa a quantia de Cr$ 6.574,00 e na segunda mais Cr$ 4.280,00. Só no final do seu curto mandato foi que percebeu as falhas acentuadas nas prateleiras do seu armazém e, mediante o fato, parou de financiar as obras da estrada, caso contrário, a falência seria inevitável. Aí deu-se o início a luta pelo ressarcimento. Até que foi rápido.
Silvino Teixeira Leite era natural da Vila de Picinguaba e matriculou-se na recém-criada Escola Estadual de Picinguaba, em 10 de março de 1927, exatamente no dia da inauguração e simultaneamente o 1º dia de aula. Esta foi a primeira escola isolada do governo e a primeira professora foi a Profª Dionísia Bueno Velloso. Já nos primeiros dias de aulas, Silvino Teixeira Leite demonstrava ser um aluno exemplar, inteligente e esperto.
Foi alfabetizado nos primeiros 15 dias e cursando até o 2º ano primário, já se achando apto, abandonou a escola. Foi trabalhar na cidade de Santos, retornando mais tarde para administrar uma padaria e armazém de secos e molhados do pai, o Sr. Romualdo Teixeira Leite, estabelecido na rua Dona Maria Alves (antiga rua do Comércio). Após o falecimento do pai, mudou o armazém de secos e molhados para a rua Cel. Domiciano (onde hoje é Frangolândia) e no local abriu uma loja de armarinhos. Anos depois, vendeu o armazém, desativou a loja de armarinhos e no mesmo local abriu uma casa de moveis “Móveis Teixeira Leite”, hoje, sob o comando do filho Rui Teixeira Leite. Silvino foi prefeito em 1946 – 1947 (voto indireto), foi vereador por cinco mandatos e também um dos fundadores do partido político do Governador Adhemar Pereira de Barros, Partido Social Progressista - P.S.P. de Ubatuba. Depois foi nomeado pelo recém-eleito prefeito Dr. José Alberto dos Santos, para a presidência da Comissão Central de Esportes de Ubatuba, através da portaria Nº 2/51 em 07 de março de 1951.
Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
FONTE ..........https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=14616
CONSTRUINDO O PASSADO.
No sentido horário, o primeiro, é o Dr. Altivo Simonetti, então o Vice-Prefeito (Adm. 1964-1968); no meio, o então Cardeal Arcebispo de São Paulo, Don ???; e, à direita, o Prefeito Francisco Matarazzo Sobrinho (Adm. 1964-1968). Obs.: Ainda não existia a Arquidiocese de Caraguatatuba. Foto tirada em recepção na casa do Prefeito Matarazzo, na Prainha.
Texto de Enio Taddei Reis via facebook
A tropa de burros descia a serra carregada com milho, canjica, queijo, quirera, café em coco, arroz, feijão, rapadura, alho, cebola, abóbora, batata, batata-doce, pinhão, carne-seca, carne de porco salgada, frango, fumo de rolo e frutas da época: pêssego, marmelo, pêra, jabuticaba. Quando esses tropeiros regressavam, levavam daqui banana, peixe e camarão seco. Os banheiros de nada serviram porque os tropeiros não se adaptaram e continuaram fazendo suas necessidades fisiológicas atrás das moitas.
O prefeito Simonetti ficou muito constrangido e foi falar com os tropeiros que prometeram fazer uso dos banheiros, mas não cumpriram. A rapaziada da cidade, em tom de galhofa, dizia: “Ah! Então o prefeito fez banheiros para os tropeiros? E para eles se limparem?... Sabugo de milho!” Eu e mais meia dúzia de meninos, que moravam bem no miolo da cidade, na boquinha da noite, aproveitávamos do cansaço dos tropeiros, devido à longa e penosa cavalgada até Ubatuba. Enquanto eles roncavam em sono profundo, surrupiávamos algumas frutas. Não que precisássemos, era por pura molecagem mesmo!
Dentre os tropeiros, o que mais se destacava era o Sr. Dito Á’gueda. Sua estatura física fugia os padrões. Era um homenzarrão possante, fala mansa, se vestia a rigor, usava chapéu e capa longa cinza de boiadeiro, e um cigarro de palha bem exagerado no canto da boca. A criançada ficava de plantão, porque após as fartas tragadas, provocava o acúmulo de saliva, e, em seguida, disparava a cusparada d’esguicho que se espalhava pelo chão, que mais parecia com uma omelete. Os mais exagerados comparavam-na com o mapa do Brasil, e outras dezenas de comparações. Para nós, tudo era divertimento, Seu Dito Á’gueda e o Seu Cipriano Alves dos Santos, eu acho que foram os únicos tropeiros que fixaram residência em Ubatuba, o primeiro faleceu em 1961 e o segundo, me foi informado pelo o seu filho Anísio, que não se recorda da data.
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Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
Texto da Serie Construindo o Passado II - 03 Publicado por ,Nenê Velloso.....Originalmente no site https://www.ubaweb.com/revista/g_mascara.php?grc=14597
Observação............A imagem aqui compartilhada não faz parte da matéria original, aqui meramente para ilustrar esse compartilhamento. Da redação Blog Ubatubense