Dia de farinhada (Arquivo JRS) |
Admiro
as pessoas que têm facilidade para fazer poesias porque, quase sempre, de forma
inusitada, dizem em poucas palavras o que longas reflexões deixam a desejar.
A
nossa terra, na nossa cultura caiçara, “tem uns pares de gente assim” que muito
nos edificam. Alguns escrevem em seus espaços privativos, tal como os
anacoretas em seus retiros. É o caso do estimado José Carlos, o Góis; outros
estão no meio da multidão, na labuta que sustenta o cotidiano. O prezado
Santiago, conforme vou acompanhando suas atividades, deixa antever de onde brota
suas inspirações: da natureza e da vida em comunidade. Agora mesmo, tendo a
imagem de seu grupo plantando no morro do Camburi, reflito um desapontamento
com parte dessa nova geração do povo do meu lugar.