sábado, 9 de abril de 2022

E POR FALAR EM LETRAS.........

 

Arte do Estevan, meu filho (Arquivo JRS)

            Ao relatar que o Antônio de Puruba aprendeu de uma forma bem peculiar (“Pegava um pedaço de jornal e perguntava pra  quem soubesse: Que letra é essa? A pessoa dizia e eu escrevia no chão. Daí em diante escrevi largamente...”), agora digo aqui uma experiência pessoal, o meu princípio de alfabetização: tudo começou no lagamar, na areia molhada da praia. 

UBATUBA E O TURISMO VALEPARAIBANO

 




Antiga rua do Comércio, hoje  Calçadão da Maria Alves, tendo a esquerda a Praça Nobrega - Foto ano desconhecido

    Paulo Florençano, no livro da Idalina Graça, há quase meio século, escreveu:

    Foi somente a partir de 1933, após a adaptação da antiga estrada tropeira precária, porém útil e oportuníssima estrada de rodagem [Rodovia Oswaldo Cruz], que permitiu ainda que difícil e incertamente, o movimento de veículos motorizados entre Taubaté e Ubatuba, assim interligando esta última com as demais cidades brasileiras, é que um promissor surto de progresso começou, embora timidamente  a princípio, a impulsionar o velho burgo que modorrava, semi-esquecido. 

PALMITEIROS

 

Tiribas na palmeira, no quintal  de casa (Arquivo JRS)


                À mesa de todos deste chão caiçara, em outros tempos, o palmito estava sempre presente na alimentação. Mamãe refogava com uns temperos e estava pronto. Eu não sei dizer se havia quem não gostasse dessa delícia das nossas matas. Era palmito da jiçara, a mesma palmeira que fornecia ripas para a construção de casas.