quinta-feira, 14 de junho de 2012

FALA CAIÇARA..... Viva o mestre Dito Fernandes e congadeiros do Sertão do Puruba!


                 A simbiose entre o sagrado e o profano sempre foi uma força para a razão do ser  caiçara. Voltei a pensar nisso depois que uma colega professora, chegada do Nordeste há pouco, quis saber sobre as festas religiosas do município de Ubatuba que têm aspectos profanos. Pensei um pouco; lembrei-me de algumas: Dança de São Gonçalo, do Prumirim, é uma delas. A Folia do Divino antigamente também tinha disso. Afinal, após a cantoria e a despedida, a Bandeira do Divino era envolta em um pano limpo e guardada num cômodo da casa para que, na sala, devidamente assoalhada, começasse o bate-pé que varava a madrugada. Era para essa alegria que as casas caiçaras tinham todo o piso de terra batida, mas a sala era de madeira para produzir os bonitos e sonoros sapateados.