sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pela Restauração e Tombamento do Caisão de Ubatuba

 

Abaixo-Assinado (#52015):


Destinatário: gabinete@ubatuba.sp.gov.br


O governador Adhemar Pereira de Barros Interventor em São Paulo, em seu primeiro mandato, em 1941, construiu os Portos de Ubatuba e São Sebastião e iniciou a construção de um grande entreposto de Pesca em Santos.





O cais de Ubatuba teve dois projetos para a construção um de H.G.Penteado em 1940 e o segundo feito por Ciro Falcão projetado em 17/10/1940, e escolhido em 1941, Suas pilastras foram confeccionadas no Rio de Janeiro, na gestão do Prefeito Henrique Dodsworth. Antigamente a ilha dos pescadores era considerada como porto de abastecimento. O Caisão faz parte da história da cidade, pois no passado, neste local era escoada grande parte das mercadorias vindas do Vale do Paraíba e Norte de Minas, que desciam a Serra do Mar em lombo de burro. Outro fato marcante na história foi o projeto de uma ferrovia interligando o Cais do Porto ao Vale do Paraíba, foi a grande repercussão no início do século XX, mas questões políticas faliram o empreendimento, porém o Caisão fora construído e desde então foi utilizado (e muito) pelas embarcações que por ali navegavam. Tornou-se também ponto de visitação para os habitantes e visitantes para a pesca, mergulho, turismo ou apenas apreciar a vista, que é magnífica.





Além de toda essa participação importante na história de Ubatuba, o Caisão está presente na história de todos os que em Ubatuba moram, já moraram, vão morar... Quem nunca mergulhou de sua plataforma ? Quem nunca foi lá pescar, passear ou até mesmo namorar ? Todos que amam Ubatuba, têm uma história no Caisão, ele já está gravado pra sempre em nossas memórias, e merece esse respeito. Duvido você não olhar essas fotos do Caisão, e não lhe arremeter para um momento bom de sua vida. Com certeza surgirá um sorriso.
O fato é que desde sua construção, nunca ocorreu uma reforma ou restauração, apenas algumas manutenções. Hoje encontra-se em elevado estado de degradação. Um local que já foi lindo e que poderia ser facilmente transformado em um ponto turístico e trazendo retorno financeiro para o Município.
Para que essa memória linda, desse local maravilhoso, que nós e nossas gerações anteriores puderam desfrutar, e para que nosso descendentes também venham a cunhar recordações tão ou mais deliciosas que as nossas, peço que assinem este documento para pedir PELA RESTAURAÇÃO E TOMBAMENTO COMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E MUNICIPAL DO CAÍS DE UBATUBA, e por sua eternização.





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    UBATUBA E SEUS QUILOMBOS E QUILOMBOLAS....

     

    Você sabe o que é um Quilombo?
    Em Ubatuba existem 4, na Caçandoca, Fazenda, Camburi e Sertão do Itamambuca.
    Quilombos eram comunidades formadas por pessoas que foram escravizadas, fugidos das fazendas.
    Esses lugares se transformaram em centros de resistências dos escravos negros que escapavam do trabalho forçado no Brasil.
    Origem
    A palavra quilombo vem do idioma banto, sendo uma referência a "guerreiro da floresta".
    A primeira definição de quilombo na administração colonial ocorreu em 1740. Quem a fez foi o Conselho Ultramarino Português. Para esta instituição, o quilombo era:
    "toda a habitação de negros fugidos que passem de cinco, em parte desprovida, ainda que não tenham ranchos levantados nem achem pilões neles".
    Como era a Vida no Quilombo?
    O funcionamento dos quilombos considerava a tradição dos escravos fugidos que neles habitavam. Nessas comunidades, se realizavam atividades diversas como agricultura, extrativismo, criação de animais, exploração de minério e atividades mercantis.
    Nesses locais, os negros tratavam de reviver suas tradições africanas. O melhor de tudo era que podiam voltar a ser livres, cultuar seus deuses e praticar suas danças e músicas.
    No entanto, não se esqueciam dos companheiros que ficaram escravizados. Era comum ajudarem a organizar fugas nas fazendas ou economizar o dinheiro que obtinham da venda dos seus produtos para comprar a liberdade daqueles escravos.
    A existência de quilombos era tamanha que se criou no Brasil uma profissão específica denominada "capitães do mato". Eram homens conhecedores das florestas contratados para recapturar os escravos fugidos.
    O processo de resistência era permanente. Mesmo quando destruídos, os quilombos ressurgiam em outros locais e eram mais uma peculiaridade da sociedade escravocrata brasileira.
    @escolakids
    Em Ubatuba.
    A região de Ubatuba, até as primeiras décadas do século XIX, contava com pequenas propriedades agrícolas de subsistência, havendo poucos escravos por propriedade, devido ao pequeno poderio financeiro de seus proprietários.
    A paisagem fundiária mudou com vinda de colonos estrangeiros para a região, os quais investiram na compra de grandes lotes de terra. Trouxeram, para trabalhar nessas terras, um enorme contingente de população de origem africana.
    Com o declínio da produção cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX, muitas fazendas foram abandonadas, loteadas e vendidas. Porções de terra das fazendas foram ocupadas, ou até mesmo doadas a ex-escravos.
    O litoral norte permaneceu como uma região quase isolada até a construção da rodovia BR 101 (Rio-Santos), na década de 1970. A partir daí, a situação fundiária de Ubatuba alterou-se mais uma vez, então com a entrada de grileiros e especuladores imobiliários movidos pela facilidade de acesso à região que a rodovia propiciou.
    Muitas das comunidades quilombolas e caiçaras, que até então viviam com relativa autonomia, foram expulsas de suas posses ou se viram obrigadas a vendê-las.
    A luta das comunidades quilombolas do litoral norte pela reconquista de suas terras esbarra numa situação fundiária bastante complexa, envolvendo disputas com grandes empresas imobiliárias.
    📸 Lunara, Luis do Nascimento Ramos.
    No domingo 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que aboliu formalmente a escravatura no Brasil. Este retrato foi feito após a abolição. Na imagem vemos um casal de escravizados libertos. mais de 130 anos depois, ainda vivemos num país racista e preconceituoso...