domingo, 12 de novembro de 2023

Como era dirigir o bondão nas serras de Caraguatatuba e Ubatuba na década de 50

Reportagem , texto e vídeo Pitagoras Bom Pastor

Aos 89 anos, Sehé Sato, o motorista de ônibus aposentado, Serré Sato , pioneiro nas rodovias Caraguatatuba -São José dos Campos e Ubatuba-Taubate.   nos contou em entrevista exclusiva, como era difícil dirigir ônibus nessas estradas, nas décadas de 50 , 60 e 70. ” O Ayrton Senna se fosse dirigir um ônibus ia capotar ” – disse Sehé.

GMC 6000 da Atlântico em Ubatuba – Foto de Carlos Asa – Acervo Arquivo Histórico de Ubatuba

Ele vive em Caraguatatuba, com sua esposa Gina, 78 e seu neto Gabriel, sob os cuidados do seu filho, o ex-prefeito de Ubatuba, Délcio Sato. Bem de saúde, exceto por uma “gota”, ele ainda toma suas cachaças , adora pescar e fazer Sashimi pra família .

Ao lado de sua esposa Gina, ele   caiçara da Praia do Felix, antiga Praia do Lúcio. Sehe ( lê-se Serré) lembrou junto com ela histórias pessoais e deu detalhes de   como era difícil dirigir  nas serras antigamente.

Sehe Sato no ônibus Mercedes da E. R. Atlântico que fazia a linha Ubatuba São Paulo edit

“. A viagem de Caraguatatuba a São José dos Campos chegava a durar 8 horas com o ônibus escorregando na lama. Em Ubatuba, no percurso, havia trechos que o motoristas tinha que fazer manobra para vencer certos.”!

Assistam o vídeo acima e veja quanta   história interessante.

O casamento de Sehé e Gina
Sehe com seu filho Délcio e sua esposa Gina

 

 

 

 

 

 


FONTE :   https://cancioneirocaicara.com.br/como-era-dirigir-o-bondao-nas-serras-de-caraguatatuba-e-ubatuba-na-decada-de-50/

Viajar para Ubatuba em 50 era um rally - Ano 1950

 

Viajar para Ubatuba em 50 era um rally - Rádio e Editora Cancioneiro Caiçara


Texto e Fotos de Rubens Negrini Pastorelli

Vou recordar minhas aventuras na antiga estrada entre Taubaté e Ubatuba nos anos 50 e 60, quando o piso ainda era de terra revestido com cascalho nos pontos mais críticos, e pedras grandes em alguns trechos da serra. O trajeto era totalmente outro desde São Luiz do Paraitinga até o alto da serra, e o novo traçado só foi aberto nos anos 70.

Essa estrada  teve sua abertura finalizada na década de 1930, então vou mostrar os trabalhadores fazendo o serviço manualmente naquela época, depois mostrarei a estrada na década de 1950 ainda com piso de terra, e finalmente o nosso atual asfalto no ano de 2019.

Construcao-da-Osvaldo-Cruz-1933.jpeg
A Osvaldo Cruz atualmente – Rubens Pastorelli

Nos anos 50 e 60 , fazíamos a viagem num fordeco ano 1929 de um amigo, e a partir do ano de 1960, começamos a utilizar, também o jeep que pertencia à oficina do meu pai.  Eu havia me  casado e os filhos começaram a nascer, não cabendo mais somente no fordeco.

O Fordeco 29 escoltado pelo Jeep na serra anos 60

“O jeep nunca apresentou problemas, pois era mantido sempre em forma na nossa oficina, mas o fordeco, já com 30 anos de idade, merecia maior atenção de nossa parte”.

Eu e o amigo proprietário, fazíamos uma revisão geral do fordeco antes da viagem.  Levávamos dezenas de peças sobressalentes para serem trocadas na estrada, caso necessário. –

O estoque de peças incluía platinado, condensador, correias, varão de freio, ponta de eixo traseiro e um monte de ferramentas, além de um par de correntes para vestir nas rodas traseiras quando havia muito barro e não adiantava empurrar.

Minha mulher, Maria Ofélia Pastorelli em nossa lua de mel na casa do meu tio, área rural de Ubatuba, atrás da atual praça Nóbrega

Cinco áreas na estrada

Fazíamos o percurso em cerca de cinco horas, quando não acontecia problemas. -As fotos são poucas, mas vou mostrar parte da estrada e os carros já em Ubatuba. Aos que acham a atual estrada perigosa, imaginem como era naquela época.

Meus filhos , Ana , a menor e Luiz Fernando, no parachoque do possante
Assim era o Caisão de Ubatuba anos 50/60

 Fonte :  

UBATUBA E SUA HISTÓRIA EM RESUMO

 


Os índios Tupinambás foram os primeiros habitantes da região. Naquela época Ubatuba era conhecida como Aldeia de Iperoig, passando para categoria de Vila somente em 1554.
A História da colonização de Ubatuba começa em 1563, quando o Padre Anchieta promove junto aos índios liderados por Cunhambebe, a chamada Paz de Iperoig.
Em 14 de setembro de 1563 foi assinado o tratado que para algumas tribos significou sua aniquilação. Os franceses foram expulsos e os índios pacificados. Eles partiram de São Vicente para a Aldeia de Iperoig e sua missão de paz foi lenta e difícil.
Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, tomou providências para colonizar a região, enviando os primeiros moradores para garantir a posse da terra para a Coroa Portuguesa.
O povoado foi elevado à Vila em 28 de Outubro de 1637, agora se chamando Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albernaz Homem da Costa, nobre português das Ilhas dos Açores.
Ubatuba é elevada a categoria de cidade em 1855 e em 1872 foi elevada a comarca, juntamente com São José dos Campos.
A região de Ubatuba, até as primeiras décadas do século XIX, contava com pequenas propriedades agrícolas de subsistência, havendo poucos escravos por propriedade, devido ao pequeno poderio financeiro de seus proprietários.
A paisagem fundiária mudou com vinda de colonos estrangeiros para a região, os quais investiram na compra de grandes lotes de terra. Trouxeram, para trabalhar nessas terras, um enorme contingente de população de origem africana.
Com o declínio da produção cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX, muitas fazendas foram abandonadas, loteadas e vendidas. Porções de terra das fazendas foram ocupadas, ou até mesmo doadas a ex-escravos.
O litoral norte permaneceu como uma região quase isolada até a construção da rodovia BR 101 (Rio-Santos), na década de 1970. A partir daí, a situação fundiária de Ubatuba alterou-se mais uma vez, então com a entrada de grileiros e especuladores imobiliários movidos pela facilidade de acesso à região que a rodovia propiciou. Muitas das comunidades quilombolas e caiçaras, que até então viviam com relativa autonomia, foram expulsas de suas posses ou se viram obrigadas a vendê-las.
Com o desaparecimento dos Tupinambás, a comunidade indígena em Ubatuba hoje é representada por tribos que migraram para a região – de origem Tupi-Guarani e Guarani

FONTE  :   WIKIPEDIA