Inscrição para Festival de Marchinhas segue até dia 15

 

Os preparativos para a folia de Carnaval já começaram com as inscrições para o 17º Festival de Marchinhas Carnavalescas de Ubatuba. Os interessados em inscrever composições têm até o dia 15 de janeiro para procurar a sede da Fundação de Arte e Cultura (Fundart) ou enviar a inscrição para o e-mail: fundart@fundart.com.br.

Uma comissão selecionará 30 composições inéditas, que participarão de etapas eliminatória e classificatória, premiando as três melhores marchinhas durante o festival, que será realizado entre os dias 8 e 10 de fevereiro, na Praça da Matriz, no centro.

O evento permite a participação de qualquer pessoa do Vale do Paraíba ou do Litoral Norte do Estado de São Paulo, desde que atenda aos requisitos previstos no edital já publicado no site da Fundart. Cada participante pode inscrever até duas composições. As inscrições são gratuitas.

Além das marchinhas, o festival também premiará o melhor intérprete e a melhor fantasia. Para os compositores, o primeiro lugar ganha R$ 2,5 mil; o segundo colocado leva R$ 2 mil; e o terceiro fica com R$ 1 mil. Para o melhor intérprete será entregue R$ 600,00; enquanto o vencedor da melhor fantasia leva para casa um troféu.

A Fundart funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Praça Nóbrega, nº 54, centro. Mais informações pelo telefone (12) 3833-7000.

PREFEITURA   DE  UBATUBA   SP

Música, fé e tradição: Folia de Reis será celebrada em Ubatuba

 

A Folia de Reis acontecerá em Ubatuba no dia de Reis, 6 de janeiro, no Coreto da Igreja Matriz. Organizado pela Prefeitura de Ubatuba, Fundart, Paróquia Exaltação da Santa Cruz e Pastoral Fé e Cultura, o encontro ocorrerá às 20h30, com a presença de grupos locais.

Origens históricas

A Folia de Reis é uma festa do folclore brasileiro, de origem católica, integrada na cultura durante a colonização portuguesa e adaptada regionalmente. A celebração, por meio de música, fé, dança e vestimentas típicas, recorda a visita dos reis magos ao menino Jesus e consolida-se como um dos patrimônios imateriais mais significativos da cultura brasileira.

Em Ubatuba não é muito diferente…

A Folia de Reis também é preservada há mais de dois séculos na cidade de Ubatuba, mas a tradição traz algumas singularidades.

“Ao invés da viola caipira, aqui se utiliza a viola caiçara, com sua peculiar meia-corda ou cantadeira, que proporciona uma melodia singular”, conta Rogério Estevenel, pesquisador de cultura popular e membro do grupo de Fandango Mestre Pedrinho.

O uso da rabeca, caixa de folia, adufo, instrumento semelhante ao pandeiro, também são singularidades musicais da celebração na cidade.

Além dos instrumentos, as letras também foram influenciadas pelo regionalismo. “Em Portugal os versos possuíam uma conotação mais profana, porém em solo brasileiro, principalmente em Ubatuba, adquiriram uma conotação mais religiosa que, inclusive, segue até os dias de hoje”, explica Estevenel.

Senhor e dono da casa, vai chegando a folia
Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria
Vem beijar a nossa bandeira e escutar a cantoria ai ai ai

Folia de Reis

André e Andrade

É música e cor em uma só melodia

Os instrumentos são decorados com fitas coloridas, simbolizando a Virgem Maria (amarelo, cor-de-rosa e azul) e o Espírito Santo (branco). As roupas variam de branco a azul, passando por verde, rosa e amarelo, destacando-se na celebração.

                                                             Cantar para preservar

Em Ubatuba há uma muitos grupos de Folia dos Reis como: Cantamar, Tijolinho de Jesus, Santa Rita da Enseada, Mestre Pedrinho, Mestre Neco, foliões da Maranduba, Praia Grande do Bonete, Folia São Geraldo do Itaguá, Folia Sagrada Família, Grupo Mineiros de Ladainha, Mestre Dito Fernandes, entre outros, que mantém vivo esse legado cultural que une gerações, preserva valores, crenças e tradições.

PREFEITURA   DE   UBATUBA   SP

 

Peça infantil, comédia e musical em cartaz no Teatro Municipal 

 

A programação do Teatro Municipal Pedro Paulo Teixeira Pinto neste mês de janeiro tem opções de entretenimento para toda a família. A agenda traz para o mês de férias escolares, um espetáculo infantil, uma comédia e um grande show Tributo Abba e Bee Gees.

A primeira peça de 2024 será o “Sexo dos Anjos”, dia 19, às 21h. A comédia, com classificação etária a partir dos 16 anos, tem entrada gratuita com a retirada de ingressos pelo site https://www.megabilheteria.com/ e, no dia da apresentação, na bilheteria do teatro. O espetáculo é contemplado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do Governo do Estado de São Paulo.

No dia 20, a música invadirá o palco com o show “Tributo Abba e Bee Gees”, às 20h. O público será convidado a embarcar em uma viagem no tempo com os clássicos dessas duas bandas que marcaram gerações e, até os dias de hoje, continuam na memória e tocando em rádios de todo o mundo.

Para fechar o mês, dia 21, às 15h, o público infantil vai se divertir com a peça “Roblox: Rainbow Friends”. Brookhaven é uma cidade fantástica com lojas, escolas, mercados, casas e veículos incríveis, que será invadida pelo poderoso Babão Azul e somente Pedrinho com os Skins amigos poderão salvar o local e viver grandes aventuras.

Fique ligado na programação do teatro e garanta seus ingressos pelo site https://www.megabilheteria.com/.

Confira: 

Dia 19, às 21h – Sexo dos Anjos

Dia 20, às 20h – Show Tributo Abba + Bee Gees In Concert

Dia 21, às 15h – Roblox: Rainbow Friends

PREFEITURA   DE  UBATUBA   SP

AS PRAIAS DE FORA

 

As praias de Fora

Já foi livre sem permissão
hoje não pode passá lá
no caminho da servidão
té pescá vai precaveá
novo dono, proibição
e o caiçara, arrelá!

Inventei essa trovinha de pé quebrado nesta chuvosa tarde de domingo lembrando de um dos trechos mais bucólicos de Ubatuba. São cinco praias, chamadas "de fora", entre as Praias da Enseada e Estoninhas, caminho "de" (notem na trova o trocadilho com "da") servidão para quem vinha nos antigamente dos bairros do sul cumprir seus compromissos na cidade. Passava gente da Fortaleza, do Corcovado, do Lázaro, da Folha Seca, do Bonete, do Ingá, até das longínquas Maranduba, Araribá, ou da serra da Caçandoca. Ali nos Godói viviam famílias tradicionais, ali plantavam, pescavam, partiam para cultivar e depois trabalhar no presídio da Ilha Tapira, e os do sul que passavam por ali sempre tinham o prazer de uma prosa, de um café coado no melado, com farinha e peixe seco. O progresso veio, fizeram pontes e a estrada pendurada nos fios dos morros do Lázaro e do Pião, mas muitos não abandonaram a trilha antiga, só para sentir o encanto e visitar as cumadres e cumpadres de tantos anos de amizade. Até que o tempo foi passando e a nova estrada trouxe outra visão, outros intere$$es e fecharam a trilha. Não podia mais passar. Sobrou a lembrança e a história de uma gente simples, que não sabia como lutar, não entendia e não se sentia confortável com esse tal de pogresso. Mas ninguém vence a natureza, a beleza do caminho, das praias, ficará lá para sempre. Ou não, talvez fique só até quando o desenvolvimento olhar para a Ponta do Espia com olhos enganadores e cobiçosos, "olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada", meu caro miscigenado Machado, tal qual os caiçaras que por aqui ainda sobrevivem.

Texto de Nei Caetano Ubatuba 

via   facebook