quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
MEMORIAS DE UMA FIGUEIRA
CAUSOS CAIÇARA de Julinho Mendes via Facebook apresenta
MEMÓRIAS DE UMA FIGUEIRA
Mamãe morrera de velhice, mas deixou minhas doze irmãs. Éramos muito unidas, vivíamos sempre juntas... Na infância quase perdemos uma de nossas irmãs, Amélia, a mais nova, um veado comeu-lhe os braços, mas conseguiu sobreviver... Na adolescência já sobressaíamos sobre as demais e éramos ainda mais felizes, pois todas enxergavam todas. Ficamos adultas e por muito tempo continuávamos felizes. Lembro-me do canto das arapongas, das baitacas, dos surucuás... Macucos, jacus e urus, dormiam em nossos braços.
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