"O pexe em Ubatuba a gente pedia pros consumidores pra compra pra pagá quando pudesse. Os pexe era demais. Era fartura, tinha demais. A gente vinha vendê o pexe. O que sobrava, a gente quando não dava, vortava com ele pra casa pra escalá. Quando tinha gente que queria, a gente dava, a gente trocava. Naquele tempo, no Perequê-açu, não havia muita casa. Aqueles que não tinha cana pro café trocava aquele fexe de cana por um pexe e levavam embora. Faziam a troca.
A tainha era demais. Era trezentos mil-réis o mil. Uma tainha de duzentos réis, um tostão que a gente vendia... Escolhida a tainha grande de ova pra vendê, né? Que nem a sardinha. Sardinha era mil e duzentos o mil. Sardinha galhuda! Não dessas que vende hoje! Sardinha galhuda que nóis chamamo, né? Porque tem trêis espécie de sardinha. Aquela tranqueira de pexe que a gente vendia tudo na beira do mar. A pesca era do corrê do cais pra dentro; tudo quanto era pexe: espada, corovina, goete, pescada... Era tudo quanto era pexe!