Imagem arquivo blog Ubatubense
História
Em 1550 a ilha Anchieta era habitada pelos índios Tamoios e Tupinambás. Os Tupinambás tinham como grande líder o cacique Cunhambebe. Os Jesuítas missionários José de Anchieta e Manoel da Nóbrega conseguiram uma aproximação amistosa com Cunhambebe, que resultou no famoso Tratado da Paz de Iperoig, firmado no dia 14 de setembro de 1563. A partir daí os portugueses puderam ter mais tranquilidade para a ocupação da colônia.
Foi iniciada então a ocupação da ilha, não só por portugueses, mas também holandeses, franceses e outros europeus. Viviam basicamente da pesca e da agricultura. Aos poucos o povoado da ilha foi se desenvolvendo. Em 1885, a ilha passou a ser denominada Freguesia do Senhor Bom Jesus da Ilha dos Porcos.
Em 1902 a ilha era mais conhecida como Ilha dos Porcos, quando nela foi construída uma Colônia Penal. Para isso, foram desapropriadas cerca de 412 famílias. O presídio foi desativado em 1914, com os presos sendo transferidos para presídios de Taubaté; mas, em 1928 foi reativado para abrigar os presos políticos do período da ditadura de Getúlio Vargas.
A Ilha dos Porcos passou a ser denominada Ilha Anchieta em 1934 como parte das homenagens ao quarto centenário do nascimento do Padre José de Anchieta.
Em 1942 a antiga colônia penal se transformou no Instituto Correcional da Ilha Anchieta. As celas foram construídas de modo a formar um pátio retangular. Era nesse pátio que os presos se reuniam, tendo em volta as celas onde ficavam confinados cerca de 453 presos, todos de alta periculosidade.
Um dia chega ao presídio para cumprir pena Álvaro da Conceição Carvalho Farto, o famoso Portuga, um criminoso, mas também formado em engenharia e muito inteligente. Aos poucos o Portuga passou a influenciar os outros presos e arquitetou um plano para uma rebelião.
O plano foi executado em 1952, numa batalha sangrenta entre presos e policiais. Mas um soldado conseguiu nadar até o continente e alertou as autoridades. Diversas guarnições se deslocaram para a ilha, contendo a rebelião. Foram recapturados 129 presos; alguns, possivelmente tenham conseguido fugir em canoas. Outros tentaram fugir em barcos, mas caíram na água e ficaram à mercê dos tubarões. O grande líder, Portuga, tinha problemas cardíacos e foi encontrado morto na ilha.
Dias atuais
Local é preservado como relíquia histórica e está protegido pelo Parque Estadual da Ilha Anchieta. Na sede do parque há muitas informações e painéis fotográficos, monitores de turismo para trilhas ecológicas e culturais, uma pequena capela restaurada. As instalações do antigo presídio, em ruínas, atraem o público para viver a atmosfera onde aconteceram importantes fatos da história do Brasil.
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*Informações ilhaanchieta.com.br