domingo, 18 de novembro de 2007

PÁSSAROS DE UBATUBA - Sairinha 7 cores


Entre sua grande variedade de pássaros, em Ubatuba voc~e também pode encontrar este belo pássaro : saira 7 cores.

UBATUBA, ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA - 5 ª PARTE

3. PRAIA DO PROMIRIM

Localização

A Praia do Promirim está localizada a 19 km do centro de Ubatuba, entre as praias do Félix e do Léo.

Acesso

O acesso único, como a maioria das praias de Ubatuba se dá pela Rodovia Rio – Santos, BR 101. Da entrada, passando por uma guarita, um loteamento com ruas asfaltadas e estacionamento até chegar às areias da praia, são mais 2 km. Os meios de transportes podem ser: carro ou o ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, que faz o circuito das praias mais ao norte do município.

Visão

O Promirim é um interessante conjunto que se oferece aos nossos olhos numa composição de praia, cachoeira, rio, ilha, sertão e por uma das últimas aldeias remanescentes indígenas da região litorânea. A aldeia da Boa Vista de índios guarani está no sertão da praia. Nessa praia, o turista poderá ter acesso ao artesanato indígenas, que usam como matéria-prima madeira, raízes, penas coloridas e cabaças, vendidas à beira da rodovia, nas proximidades da cachoeira do Promirim.

A praia do Promirim tem água límpida e cristalina. Típica praia de tombo, é mais indicada para a prática de surf do que para banhistas. Há também a praia do Promirim, que pode ser alcançada em minutos. A travessia pode ser feita através de pequenas lanchas com motor de popa.

Há também a cachoeira do Promirim, próxima do centro de Ubatuba. A queda principal está localizada a 15 km da região central da cidade, e seu acesso se dá pela rodovia Rio - Santos, sentido Parati.

Para a hospedagem existem campings e pousadas próximas da praia, com ótimas acomodações e uma infra-estrutura.

Demanda turística

A praia do Promirim oferece uma demanda variada, porém é mais freqüentada por surfistas. A época de grande movimento e pico são os meses de dezembro e janeiro. O local também recebe muita visitação durante o carnaval. No resto do ano, há queda.

4. PRAIA IPEROIG OU CRUZEIRO

Localização


A Praia Iperoig, também chamada de Praia do Cruzeiro, localiza-se bem no centro de Ubatuba, levando toda a avenida principal da cidade o nome de Iperoig – Cruzeiro -, margeando toda a extensão que compreende a barra da Lagoa, divisa com a Praia do Itaguá e o rio Grande que passa sob a ponte que liga com o bairro da praia do Perequê Açu.

Acesso

Os acessos são vários, por algumas das ruas do centro como a Dom João III, Professor Thomaz Galhardo, Dª Maria Alves, Condensa de Vimieiro e a Dr. Esteves da Silva, ou então, pelos bairros do Itaguá ou Perequê Açu. Para quem vem de outros bairros da cidade pode-se fazer uso das linhas de ônibus coletivo da empresa Cidade de Ubatuba, e são vários os horários deste tipo de transporte coletivo.

Visão

A baía do centro de Ubatuba tem em toda sua extensão de orla a Praia Iperoig ou Cruzeiro dividindo este espaço com a sua “irmã”, a Praia do Itaguá. Esta baía proporciona um visual deslumbrante, o maior cartão postal de Ubatuba, onde foram registrados grandes acontecimentos da vida regional e mesmo da história do Brasil .

Na praia do Cruzeiro, as areias são grossas e amareladas, suas águas não tão escuras como as do Itaguá, nesta última as areias são finas e meio acinzentadas. Em época de maré baixa, o mar é tão manso como no Itaguá, mas quando a maré sobe costuma ser fundo e às vezes bravo. A praia é cheia de árvores, chapéus de sol ou amendoeiras e os abricoteiros.

Durante o dia, a beleza e o brilho do nascer do sol, logo pela manhã nos atordoa e os barcos de pescas no horizonte ajudam na composição harmoniosa de uma pintura. À noite, o mesmo visual das águas e de suas amendoeiras tem como deslumbre na composição, o reflexo da lua e das estrelas somado a fresca das brisas oceânicas.

Hoje, o turista e visitante pode desfrutar desta paisagem à beira mar seguindo por um agradável caminho no calçadão de ponta a ponta ou mesmo nas ciclovias em tranqüilas pedaladas. Em toda sua extensão a Praia Iperoig ou do Cruzeiro conta com a avenida, nela grandes acontecimentos da vida cívica e cultural da cidade acontecem aí. Palco para grandes eventos religiosos como a Paixão de Cristo, festas como a de São Pedro pescador, a Feira das Nações, entre outros, e o Carnaval de rua que alcança neste lugar maior expressividade.

Na Avenida Iperoig, existe um grande número de restaurantes e bares nos embalos dos finais de semanas e na alta temporada, lotando-a com pessoas de diferentes procedências.

O artesanato, também está presente em lojas especializadas, ou, na famosa e já tradicional Feirinha Hippye de Ubatuba bem ao lado da Cruz do Cruzeiro. Bem na direção da Avenida Professor Thomaz Galhardo, há o Centro de Informações Turísticas, que atualmente funciona como sede da Secretaria de Turismo de Ubatuba.

As opções de lazer na orla de Iperoig ou Cruzeiro são muitas, desde seus bares e restaurantes como o Parque de diversões fazendo a alegria das crianças e até de adultos e a mais recente pista de skat construída para os jovens esportistas de Ubatuba e da região, em frente ao campo de aviação Gastão Madeira, mais especificamente na recente Praça Trópico de Capricórnio.

Tanto a praia como a Avenida Iperoig são o cenário de uma das festas mais tradicionais da cultura ubatubense, a Festa de São Pedro o pescador, celebrada o dia 29 de junho. A cidade de Ubatuba há mais de oitenta anos aderiu a esta tradição judaico - cristã para enaltecer e homenagear seus pescadores, homens humildes, caiçaras que vivem dos frutos que o mar lhes oferece.

A comemoração inicia-se com a saída da imagem do Santo da Igreja Matriz em uma procissão até a Ilha dos Pescadores onde se encontra com os barcos de pesca já enfeitados e em um deles a imagem do Santo que segue em bela procissão pelo mar. Dezenas de barcos, seguindo o que leva o Santo, cruzam a bela baía central de Ubatuba com direção à Ponta Grossa por uma hora. De volta, assim que entram no boqueirão da Ilha dos pescadores, após o farol é feita uma parada, frente ao Morro da Prainha e da estátua de São Pedro encima do morro.

Ali é feita a benção dos anzóis simbolizando parte desta tradição em homenagem ao Santo padroeiro e aos pescadores. Em questão de minutos o padre dá continuidade à navegação chegando logo ao destino final, próximo de onde seria a missa campal, celebrando a liturgia com toda uma população de cidadãos residentes, turistas e visitantes . A imagem de São Pedro foi trazida para Ubatuba pelo padre alemão Hans Bell, em 1942. Desde então, ela tem-se tornado o motivo da identificação e a conseqüente devoção da população caiçara, sendo uma das festas mais importantes do calendário litúrgico de Ubatuba. A Festa de São Pedro veio a enaltecer e a valorizar a Praia de Iperoig.

A hospedagem nesta praia torna-se fácil aos turistas e visitantes, pois por se tratar de uma região central existe uma série de opções na avenida que beira a sua orla assim como no centro comercial de Ubatuba são várias as opções hoteleiras.

Para alimentação existem: restaurante, lanchonetes e bares com cardápios variados para todos os paladares, desde o lanche rápido até a um prato específico da culinária caiçara.


Demanda Turística

A praia de Iperoig não é mais tão freqüentada como antigamente, e nem tão indicada. Mas, por se tratar de uma praia tão centralizada e com tantas opções de lazer como o calçadão e a ciclovia em toda sua extensão vêm sendo muito requisitados por turistas e visitantes que fazem caminhadas pelo calçadão desfrutando do bonito jardim e das muitas sombras de suas amendoeiras. Costuma ter grande movimento de visitantes e turistas na “alta temporada” e em determinadas datas, como no Ano Novo e nos dias de Carnaval. Nela, ainda, há campeonatos de pesca, fazendo parte do calendário de atrativos esportivos da cidade.

Enfim, a Praia de Iperoig, localizada no marco perfeito da baia do centro de Ubatuba, em suas manhãs oferece um espetáculo privilegiado em um dos cenários mais primorosos que se possa ter do litoral ubatubense. A luz do sol dourada, ao fundo o horizonte em duas tonalidades, o azul do mar e do céu, contrastando com o verde das montanhas. Os pássaros e, às vezes, os pequenos barcos de pesca completam o cenário da aurora do verão, desenhando na baía de Iperoig um dos mais belos espetáculos naturais.


CONTINUA ...........Veja no dia 25/11/07, a 6 ª parte do Livro "Ubatuba, Espaço,Memória e Cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge Otávio Fonseca - Editado em 2005 . Você encontra este livro na Biblioteca Municipal , na Praça 13 de Maio - centro, em Ubatuba é claro.

A HISTÓRIA DAS RÁDIOS FM EM UBATUBA-SP

Trechos do livro " Ubatuba, espaço , memória e cultura" , dos autores Juan Drouguet e Jorge O. Fonseca.

Houve também, com o passar dos anos, a entrada das rádios FMs, a primeira foi a Maré FM, com pelo menos 13 anos de existência. Seus fundadores e proprietários era Flávio Sherman, já falecido e Luiz de Gonzaga, mais conhecido como “Jim”, residente em São Paulo. Por um curto período esta rádio passou a retransmitir a programação da Rádio Jovem Pan FM, chamando-se Joven Pan de Ubatuba. Como não havia um retorno financeiro lucrativo nas propagandas para a matriz da Jovem Pan de São Paulo, o contrato foi cancelado. Em Janeiro de 2005, a Maré FM passou a chamar-se Beira Mar FM, o mesmo nome da rádio de São Sebastião, cujo dono também é Luiz Gonzaga. Esta rádio leva entretenimento a todos seus ouvintes, na faixa de estação de 101,5 MHz tocando durante as 24 horas vários tipos e ritmos de músicas nacionais, internacionais, também esta transmissora presta serviços à comunidade local.

Outra rádio FM é a Gaivota FM, uma rádio comunitária, reconhecida pela Anatel. Fundada no ano de 2002 por Mauro Lioberali, com o nome artístico de Mauro Lauro. A faixa de sintonia é a 104,9 MHz, com 25 wats de potência, localizada no Shopping Iperoig, no centro de Ubatuba. André Felipe de Camargo é o radialista responsável pelos vários tipos de música, nacionais e internacionais, MPB e Rock. A rádio também faz a prestação de serviço para a comunidade local.

A palavra rádio é derivada de radiodifusão ou radiofonia. A radiodifusão está relacionada com a transmissão pública de mensagens e sons à distância, por meio de ondas eletromagnéticas. A linguagem do rádio se constrói na base do som e do silêncio, entretanto, é o som, a matéria – prima com a qual a rádio arquiteta sua programação. Essas mensagens sonoras funcionam como estímulos auditivos. Neste sentido, a rádio transmite imagens da realidade, comunicando sensações, emoções, sentimentos e difunde informação (Sousa, 2004:342).

A evolução histórica do rádio encontrou na cidade de Ubatuba, um lugar propício para desenvolver-se, capitalizando como mídia os remanescentes de uma cultura, fundamentalmente oral. O sistema sonoro no qual a linguagem do rádio se estabelece em Ubatuba compreende elementos como: o uso da voz, a música e os efeitos sonoros. Quando estes elementos se combinam, perde-se a unidade conceitual, por isso o efeito sensorial baseado nos princípios do ritmo, da melodia e da harmonia (Santaella, 2001:97). A interação de tais elementos no sistema de rádio estabelece um novo conceito de linguagem radiofônica. Assim, a produção de significados para uma mensagem radiofônica depende do conjunto de elementos sonoros e do silêncio. Por esta razão, a estética radiofônica resulta de uma trama na combinação desses elementos sonoros e não na particularidade de cada um deles.

A voz que consagrou reconhecidas figuras da rádio, é um dos instrumentos preferências para a veiculação de mensagens em rádio. A linguagem verbal é polissêmica e a entoação de uma mensagem exerce diferentes funções: imperativa, submissa, irada e amorosa. As características físicas da voz: ritmo, intensidade, volume e tom contribuem para que o ouvinte atribua à mensagem um determinado sentido, fruto do processo de identificação: consigo mesmo ou com um outro. A voz, em última instância, tem o poder de aproximar ou de distanciar.

A linguagem musical também tem esse poder de provocar sensações, emoções e sentimentos, com a musica podem ser recriados ambientes físicos ou psicológicos, recorrendo à aprendizagem do receptor no sentido de promover uma correta decodificação das intenções do emissor.

Os meios de comunicação social promovem efeitos significativos na população. A rádio como veiculo que incentiva a audição de noticias, música e uma variedade de programas religiosos, educativos ou de entretenimento propõem à comunidade de Ubatuba, através de sua programação, uma série de mudanças nos modos de pensar, sentir e agir, de acordo com aquilo que está de moda e que responde aos padrões mais cosmopolitas de ser no mundo de hoje. Aqui visualizamos a influência da mídia nacional e internacional no âmbito restrito da mídia regional. Entretanto, existem honrosas exceções a esta regra nos tempos de globalização, a música é um deles, no livro Ubatuba nos Cantos das Praias – estudo do caiçara paulista e de sua produção musical de Kilza Setti (1985), nele encontra-se um aspecto importante que queremos destacar sobre a cultura caiçara, o cultivo da musica como fonte de preservação da cultura tradicional. A autora afirma que o caiçara tenta, ajustar-se ao que poderia ser o mínimo inevitável de civilização, procurando preservar o máximo possível, as formas tradicionais de equilíbrio. A audição de músicas estranhas a seu repertório não impedem a prática paralela do seu repertório tradicional. Ainda que esteja havendo uma progressiva adesão aos padrões impostos pela mídia – cultura urbana, nota-se - diz a autora – uma combinação desses com os padrões tradicionais de vida.

O rádio representa para a cultura de Ubatuba uma espécie de porta – voz da informação, na qual seus habitantes podem acompanhar o acontecer do mundo em tempo real, da música como expressão do saudosismo de caiçaras, quilombolas, migrantes e imigrantes que vieram a este lugar em busca de paz e progresso, do entretenimento e do lazer como alternativa ao desgaste do cotidiano e de civilidade no que se refere às práticas ritualísticas e urbanas na configuração de uma identidade autóctone que se vê refletida na voz deste meio cujo principal concorrente é a televisão.

DO LIVRO " Ubatuba, espaço , memória e cultura " : Os gênios da mata" - 1 ª Parte

Os gênios da mata são na mitologia Tupinambá, seres sobrenaturais pertencentes a duas categorias: potências malévolas e espíritos propriamente tais. Thevet recolhe tradições que falam do diabo com distintos nomes como Yurapiri. Segundo os missionários advindos ao Novo Mundo, este espírito do mal, guarda uma estreita relação com o diabo da religião católica. Sob a dependência deste espírito, outros agem em função dessa causa escura da humanidade. Yurapiri teria sido um empregado de Deus que devido a suas maldades foi dispensado do serviço divino. Tal demônio odeia a humanidade e impede com que as chuvas garantam a coleta de sobrevivência, maltrata os homens inspirando-lhes o medo e traindo-os diante da guerra contra os inimigos da tribo. Yurapiri é um demônio que “não presta e não vale nada”, associado em algumas oportunidades aos espíritos dos mortos e ao perambular por aldeias abandonadas, especialmente onde estão sepultados os corpos de seus parentes.

A natureza de Yurapiri está relacionada com o lugar que este freqüenta, isto é, com os bosques. É uma espécie de duende túpico, ogre ou divindade que aparece de acordo com cada tribo, em nenhum caso, afirma Métraux, opondo-se a Yves d’ Évreux, tem a ver com a alma dos mortos.

Os Tupinambá estabeleceram certa afinidade entre Yurupari e certas aves cujo canto ou aspecto pudessem inspirar sentimento de terror. Algumas das lendas chegam a sugerir intimidade sexual entre este espírito do mal e as aves de rapina.

Agnan ou Anhangá é um ser comparável a Yurupari, cuja ação principal era atacar as pessoas vivas, causando o maior terror entre os Tupinambá. Agnan provocava grandes violências repentinas em público, mas sob uma forma invisível. Os índios que relataram possessão deste espírito do mal afirmavam vê-lo na forma de um animal, de uma ave ou de qualquer outra forma esquisita. Para defender-se dos ataques desse malévolo que lhes ocasionava angústia, os Tupinambá não saiam de noite sem levar consigo um archote . Agnan ficava perto de túmulos abertos, devorando cadáveres quando nestes não eram depositados alimentos e bebidas de acordo com o costume. Agnan surge na mitologia Tupinambá episodicamente, no final da história dos gêmeos míticos, no papel do ogro, com o qual os dois “manos” entram em luta. Os gêmeos fazem deste personagem o bode expiatório, sem recear nenhuma represália por parte do mesmo.

Métraux interpela missionários e viajantes na ora de afirmar que Agnen é um “diabo” e atribui como causa desta confusão o caráter homonímico das palavras “añanga” e “agn” que é um designativo de alma, também com “angueré” que significa as almas destacadas do corpo. Talvez Agnen, um simples espírito da mata foi promovido pelos missionários, o mesmo que Tupã, à dignidade de diabo, em virtude dos malefícios causados por estas entidades à humanidade Tupinambá.

Kurupira é outro demônio das matas, protetor da caça e muito mal humorado a respeito dos homens. Sua forma mais conhecida entre os Tupinambá é a de um homenzinho que anda com os pés para trás. Kupira é uma imagem própria do litoral à qual Anchieta faz referência nas suas cartas. Para o jesuíta, os cupiras eram os espíritos que assaltavam os índios na floresta, açoitando-os, maltratando-os e até matando-os. Por esta razão, os selvagens - diz José de Anchieta, depositam flores e outros objetos em oferenda a tais demônios.

Os coropiras, cupiras e outras designações achadas nas tradições Tupinambá são fantasmas de Kurupira, desdobramentos deste espírito de aspecto humano, pois tinham a cabeça pelada e a semelhança dos Tupinambá andavam nus no só no meio da mata, mas também nas praias.

Um outro espírito é reconhecido na mitologia Tupinambá com o nome de Macachera, espírito das estradas que vai à frente do viajante, os Tupinambá viam nesse demônio um inimigo da saúde.

O padre José de Anchieta descreve nas suas epístolas que havia também nos rios outros fantasmas, Igpupiára, isto é, aqueles que moram na água e que também costumavam matar os índios. Os que viviam nas proximidades do mar ou dos rios eram chamados de Beatatá, que quer dizer, coisa de fogo ou todo fogo. Anchieta provavelmente se referia ao espírito dos mortos com os quais os Tupinambá lidavam ante a falta de um Deus.

Os espíritos nas crenças Tupinambá perambulavam por toda parte, principalmente na mata e em lugares escuros, manifestando-se de forma sinistra. Os espíritos dos mortos freqüentavam a proximidade das tumbas e seu comportamento era hostil em relação aos homens, causavam doenças, dificultavam o devir das chuvas e propiciavam a derrota na guerra. Estes espíritos agrediam fisicamente e atormentavam os índios de diversas maneiras.

CONTINUA..........Veja a 2 ª parte no dia 25/11/07