sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

ECHO UBATUBENSE , EDIÇÃO 34 , DE 30 DE MAIO DE 1897

 





Nascia em Ubatuba SP  em 1896  o  primeiro jornal  impresso  e distribuído em nossa  cidade, o ECHO UBATUBENSE, edição  semanal , o qual teve infelizmente curta duração  , durou apenas 01  ano, mas marcou a história jornalística de  nossa cidade, o material ou os exemplares que compartilho aqui no Blog  UBATUBENSE  , na verdade são cópias das  edições originais, são de propriedade do meu mano Jorge Otavio Fonseca, o qual cedeu gentilmente esse  material para que eu pudesse aqui dividir com vocês. Segue   em 4 paginas  a edição  34,  de 30 de Maio  de  1897..


RÁDIO BEIRA MAR .......HISTÓRIA

 

Quem gosta de rádio em especial FM, estando em Ubatuba, já deve ter sintonizado seu “dial” em 101.5 FM e ouvido o Slogan: “Beira Mar, aqui é bem melhor!”. A rádio completou 30 anos de sua criação, sendo a primeira e única emissora FM da cidade, e portanto, a Beira Mar faz parte da história de Ubatuba.

Ele contou, como de maneira genuína movido pela paixão pela cidade, construiu o perfil sobre Ubatuba, o site e o aplicativo, com muita documentação sobre as atrações, praias e história da cidade. A condução da entrevista foi muito bem feita pelos apresentadores, Rogerio Assis e Fred Fortunato. O vídeo acima, traz o Podcast da entrevista, editado, e no decorrer do bate-papo, aproveitamos para ver fotos e vídeos de nossa querida Ubatuba.

Também é possível ouvir remotamente AO VIVO, a rádio, através do site www.radiobeiramar.com.br ou do app/site do TuneIn, buscando pela rádio no campo de pesquisa. 

CAFÉ - CACAU

 

Uma bainha de café cacau - Desenho JRS

      

     Seo Porphírio, um velho caiçara que há muito tempo faleceu, costumava contar suas histórias na calçada, defronte da casa do filho Juventino, bem ali na rua Gastão Madeira, no coração de Ubatuba. Eu o conheci já cadeirante. Toda ocasião que me aparecia, eu passava no local para ouvi-lo. Era notório que ele ficava contente. Ainda hoje, quando encontro alguma das suas netas, ouço elogios por não ter deixado passar em vão aquelas oportunidades. Foi naquela calçada que eu fiquei sabendo sobre o café-banana. Com a palavra, Seo Porphírio:

AS ÁGUAS SAGRADAS...Parte 1

 


    Se detendo na maravilhosa fotografia acima, vejo, bem perto do primeiro rancho, um rio chegando na praia. É dele que o Roberto Ferrero escreve, o Rio do Destacamento. Creio que em outras ocasiões ele falará do Rio do Canto da Bá, do Rio dos Inocentes e de outros veios de águas que se dissolviam na água salgada da praia da Enseada, em Ubatuba, onde tantos sapinhauás, preguaís e pescados serviram a nós como alimento. Portanto, o assunto, o tema registrado pelo estimado Roberto é uma cosmologia caiçara partindo das nossas águas sagradas. Espero que sirva à Educação, a novos posicionamentos diante de tantos ataques contra o meio ambiente. 


As primeiras foram as saúvas. 

                Antes mesmo do sudoeste dar sinal, elas se juntaram e cavaram um engenhoso túnel que não se soube o fim e se foram. O material retirado do solo por onde passou essa insólita empreitada elas usaram para aterrar o Rio do Destacamento, cuja barra outrora era navegável e o leito atingia o coração da comunidade, a capela de Santa Rita. Assim me contou o velho Dito enquanto remendava uma rede. “Isso foi no meu tempo de criança” –  disse sem perder a concentração no trabalho. Mas naquele tempo ninguém entendeu que esse era o fim da saúva na praia da Enseada. Acreditaram que era somente o anúncio de um aguaceiro sem fim. E aguardando o temporal, com medo de ser surpreendido em mar, esse foi também o fim de alguns pescadores da comunidade que passaram seus últimos dias definhando debaixo de majestosas amendoeiras olhando para o mar em busca do menor sinal de chuva e concordando satisfeitos com qualquer pingo que caia.

                Oito meses após o sumiço das saúvas, o povo sem desconfiar de nada comemorava recordes na lavoura. Tal produção só era comparada àquelas obtidas na Ilha dos Porcos, onde também não havia a formiga cortadeira. Era tanta comida que a criação havia engordado e dependiam cada vez menos de caça ou pesca. Depois que a saúva foi embora, também muita gente engordou, e as costureiras por sua vez também se encheram se serviços e afazeres. Em pouco tempo, a vila toda estava prosperando. Mas pegaram mania de comemorar escondidos e sem bulha de fandango, com medo, pois a cada dia mais terra era depositada na agora diminuta Barra do Destacamento, e temiam que a qualquer momento, sinal de fartura, rasqueado de viola ou toque de rabeca, as formigas voltassem! “Pela quantidade de terra aqui depositada elas devem estar pelas bandas de São Luiz” – calculou o velho Maciel investigando o cada vez menor Rio – “e isso elas conseguem vencer em dois dias!” – completou. Ficou acertado num domingo de março que era prudente não fazer a festa de Santa Rita em maio, e nem receber a Folia do Divino na comunidade, para evitar multidões e festanças para o bom zelo e segurança da lavoura e prosperidade. Encomendaram também um relógio grande, para substituir o sino do campanário da capela.


ÁRVORE DE NATAL............CAUSOS CAIÇARA de Julinho Mendes

 

CAUSOS CAIÇARA de Julinho Mendes
ÁRVORE DE NATAL
O menino todas as tardes ia à beira da praia e ficava sentado a sombra de um abricoeiro. Olhava no fio do horizonte a espera da silhueta de um barco. Dos barcos que dias antes apareceram não era o de seu pai, pois o pai não chegara em casa...
O pai era pescador e estava numa traineira, na pesca da sardinha. A sardinha estava longe, talvez nos mares do sul, por isso a demora.

PAPAI NOEL DIRETO DA REDAÇÃO DO BLOG UBATUBENSE.....