Ubatuba, a cidade na primeira metade do século XX. Detalhe: a casa do Padre João (Arquivo histórico) |
Do barco do padre? Claro que me lembro, Iolanda! Era a década de 1960 que estava no fim, quando eu via o Tio Nelson e o Tio Salvador fazendo daquele barco a casa deles. Eu adorava ficar nele quando estava fundeado nas águas da Fortaleza, a praia onde morávamos. Achava fantástico aquele porão que parecia o interior de uma casinha. Acho que dormi ali algumas vezes. O nome do barco? Maria Silla, em decorrência de uma ação de filantropia. Era assim que o Frei Pio conseguia os recursos para as suas ações sociais junto ao povo caiçara. Jovens italianos e locais (Agostinho, Anita, Serafina, Franca, Aristeu...) vieram prestar seus trabalhos voluntários e marcar nossas comunidades. Ele atendia todas as comunidades das praias do lado norte do município. Também atendia as ilhas, onde os trabalhos da ASEL (Ação Social Estrela do Litoral) eram de muita valia. Havia ainda bases de atendimento na Praia da Ponta Aguda e no Sertão da Quina, na porção sul.