segunda-feira, 14 de junho de 2010

UBATUBA 2003........Areeiros: 300 famílias passando necessidade

Os areeiros de Ubatuba passaram a última quarta-feira, dia 25, em frente à prefeitura esperando para serem atendidos pelo prefeito Paulo Ramos, na tentativa de obter uma solução para o problema que enfrentam há cerca de 70 dias. De acordo com José Roberto Cunha Bueno, cerca de 300 famílias passam dificuldades devido ao fechamento dos portos, onde os profissionais realizam a extração de areia. A medida foi uma determinação da Justiça e foi cumprida pela Polícia Ambiental.


Logo que aconteceu o fato, os representantes da categoria estiveram reunidos com o prefeito que se prontificou a intermediar a situação junto à promotoria do Meio Ambiente. Porém, dez dias após a primeira notificação eles foram impedidos definitivamente de continuar o trabalho. A partir de então, as dificuldades começaram.

Com o passar do tempo, a única alternativa apresentada foi a da formação de uma cooperativa que permitisse obter as licenças ambientais que possibilitassem-lhes retomar suas atividades. Como o processo é demorado, a situação foi se tornando insustentável. Muitas famílias já tiveram a água e a luz de suas casas cortadas; outras, estão com contas vencidas e preocupadas pela possibilidade de terem suas situações pioradas. A alternativa encontrada foi ir à prefeitura em busca de uma nova audiência com o prefeito.

A expectativa, segundo Bueno, era ser recebido de maneira rápida pelo chefe do Executivo, porém o que se viu foi uma espera que se estendeu das 7h30 até às 17h50, quando Paulo Ramos chegou ao gabinete. Neste intervalo, eles foram atendidos por alguns assessores que não apresentaram solução para o caso. Bueno garante que o assessor de Assuntos Externos, Mauro Barros, por exemplo, chegou a dizer que eles deveriam fazer um movimento em frente ao Fórum, já que o problema teria sido ocasionado por uma decisão da Justiça. Durante a espera, o grupo formado por cerca de 20 areeiros recebeu o apoio do vereador Charles Medeiros (PSDB) que forneceu marmitex para que pudessem almoçar.

Ao chegar, o prefeito apresentou algumas alternativas para atenuar o sofrimento dos profissionais.

Para a questão da energia elétrica, ele se dispôs a enviar ao Guarujá, regional da empresa, alguns assessores para acompanharem uma comissão de até dez trabalhadores, para negociar um prazo maior das contas vencidas. No caso das casas que já estão com a luz cortada, ele teria se prontificado a apresentar uma solução para providenciar o pagamento das contas e o religamento da energia.

Sobre a alimentação, o prefeito teria determinado ao secretário de Assistência Social, Edson Alves, que dê uma atenção especial ao caso. Como está prevista, para o próximo dia 10, a chegada de um novo lote de cestas básicas para a secretaria, a categoria seria beneficiada com um atendimento que permitisse minimizar os problemas com a comida que tem faltado já em muitas mesas.

Sobre propostas de trabalho, o prefeito se prontificou a elaborar uma carta de apresentação, acompanhada de um pedido, para que as empreiteiras que prestam serviços no município dêem prioridades aos areeiros desempregados no momento de novas contratações.

Após a conversa, os que estavam em frente a prefeitura decidiram retornar para suas casas.

Cooperativa

Sobre a formação da cooperativa, Bueno disse que tudo está caminhando dentro dos trâmites legais. Porém, é uma solução a médio e longo prazos, já que será preciso também esperar a realização de estudos por parte do governo do Estado e da Prefeitura, para saber quais serão os portos que serão liberados para a extração de areia, após a finalização da regulamentação da cooperativa.

JORNAL A SEMANA NA REDE
Ubatuba 27 de Junho de 2003 Edição Nº 242 Ano IV

UBATUBA 2000....Ossada é encontrada no centro da Cidade

                                         

Ao realizar o trabalho rotineiro de abertura de valas para instalação de novos cabos telefônicos, os funcionários da Telefônica encontraram restos de ossada, supostamente humana. O local, no centro da cidade, cruzamento das ruas Conceição e Salvador Corrêa, hospedava, nos meados do século XVIII, a primitiva Igreja Matriz de Ubatuba, dedicada a Nossa Senhora da Conceição e também o antigo cemitério municipal.


Segundo documentos do livro “Livro do Arquivo do Estado de São Paulo. Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Inventários e testamentos setecentistas de Ubatuba”, vol. LXIII, Editora do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1937, revelam que os moradores da época manifestavam em testamento seu desejo de serem enterrados próximos e até mesmo dentro da igreja.

Naquela época, era costume enterrar as pessoas ilustres do município próximo ao altar, dentro da própria igreja ou pelas redondezas do prédio.

A Fundart (Fundação de Arte e Cultura) retirou a ossada e está entrando em contato com arqueólogos que deverão orientar quanto às providências a serem tomadas e fazer estudos da área.Ossada é encontrada no centro da Cidade.

JORNAL A SEMANA NA REDE....Publicação Semanal - Edição 84 - Ubatuba, 15 a 22 de junho de 2000

UBATUBA 2000 .....Zizinho é absolvido no STJ


O prefeito de Ubatuba, Zizinho Vigneron (PPS), que vinha sendo acusado de fraude eleitoral, foi confirmado no cargo após a decisão favorável, por unanimidade, dia 13 de junho, da segunda turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), tendo em vista o agravo regimental do Ministério Público.


Zizinho confirma que, com a queda da liminar do Ministério Público, fica fortalecida sua candidatura à reeleição.

O colegiado do STJ esteve constituído pelos Ministros: Peçanha Martins (presidente), Franciulli Neto (relator), Eliane Calmon, Paulo Galotti e Nanci Andrighi.

Em entrevista exclusiva, ele fala sobre a sua vitória.

AS:- Como você viu esses 5 a 0 dos ministros, mantendo a primeira liminar?

Zizinho:- A liminar concedida pelo ministro Francciuli Neto considera procedente a medida cautelar que solicitei, justificando o meu retorno.

O Ministério pode recorrer, mas a chance hoje de acontecer alguma coisa é mínima. Por causa desse resultado, as coisas ficaram extremamente favoráveis pra mim e difícil para o Ministério Público, que pode se desinteressar da ação.

AS: - Então, pode governar tranqüilo até o final do mandato?

Zizinho:- Exatamente, eu acho que é isso que importa. A cidade precisa de tranqüilidade, de paz, principalmente num período eleitoral, onde essa turbulência poderia gerar mais problemas ainda. Agora, estou em paz e com tranqüilidade para administrar.

AS:- Como é que está a parte do processo aqui em Ubatuba?

Zizinho:- O Dr. Joaquim Cursino dos Santos me disse que uma decisão dessas possibilita uma espécie de jurisprudência. Não um arquivamento, mas um aguardo da manifestação do Tribunal, a critério do juiz. O que aconteceu é que a Justiça local já havia dado ganho de causa para mim. Inicialmente, a Dr.ª Sonia não deu a liminar para a Promotoria, quem concedeu a liminar foi o Tribunal, portanto, agora, a questão não está nem em Brasília nem em Ubatuba, está no Tribunal.

AS: - Na realidade, se o processo estiver em andamento em Brasília será só de tribunal para tribunal, do Ministro para a Procuradoria da União, no caso?

Zizinho: - Isso.

AS:- O que você sentiu com esses 5 a 0?

Zizinho:- Como pessoa, como ser humano me sinto feliz em ver que a Justiça praticou, na realidade, justiça. Então, a tranqüilidade, a paz física aumentam e tenho muito mais ânimo para trabalhar. Então, eu me senti uma pessoa muito feliz a partir desse momento. Foi uma satisfação pessoal bastante individual, embora eu não seja de manifestar isso e para arrancar isso de mim vai ser muito difícil.

AS:- Mudando de assunto, quanto à Lei do Antônio Epifânio, que proíbe a pesca, você pretende sancioná-la ou vetá-la?

Zizinho: - Pretendo sancioná-la o mais rápido possível. O que está acontecendo é realmente lamentável porque o nosso pescador artesanal é impedido, é cerceado pela lei e até pela questão ambiental, no entanto, este tipo de pesca, que não deixa nenhuma contribuição ao nosso município, depreda totalmente o meio ambiente, concorre duplamente com o pescador artesanal. Primeiro, porque interfere na cadeia alimentar, então, o peixe vai diminuir e até é uma incoerência porque a lei proíbe os nossos pequenos pescadores de fazerem este tipo de pesca, no entanto, dá abertura para este pescador atuneiro que exerce a atividade não artesanal, mas comercial mesmo. Isto é uma história mais complexa, por que tem um estado legislando atrás do outro e empurrando para o outro, desde o Rio Grande do Sul até São Paulo, onde na metade do litoral, já é proibida e agora nós vamos empurrar de volta para eles ou para o Rio de Janeiro, e assim vai. Eu acho que precisa ter uma lei a nível nacional. Nós somos uma federação e precisamos tomar uma decisão em conjunto, senão, fica uma lei conflitando com outra.

AS:- Você teria alguma novidade em matéria de turismo, algum investimento novo?

Zizinho: - Há uma preocupação quanto aos recursos para o aeroporto porque ainda não houve aprovação por parte da Secretaria de Turismo por causa de uma dúvida jurídica e os convênios só podem ser celebrados até dia 30. Mas, não há nenhum impedimento para assinar convênios mesmo na época eleitoral porque a verba já está assinada pelo governador. O convênio da verba foi assinado, o local da utilização é que não está assinado. Não é mais o convênio e sim apenas a definição de local, se aprovarem a questão do aeroporto. Se não, será remanejada para a continuação da Av. Leovigildo Dias Vieira. Mas, é uma opção muito remota. A luta nossa é que continue com o aeroporto.

JORNAL A SEMANA NA REDE....
Publicação Semanal - Edição 84 - Ubatuba, 15 a 22 de junho de 2000

Perrengue no Pico do Corcovado - Ubatuba - SP


Esse relato é sobre a subida ao Pico do Corcovado em Ubatuba/SP, juntamente com o Jorge Soto. Tivemos alguns problemas na trilha e no topo do Pico. Aqui é só o primeiro trecho, já que a continuação dessa trilha seria a Camburi-Trindade. Aí já é outro relato.
















Foto ao lado: na base do Pico do Corcovado.

















Fotos, imagens do google earth e um croqui do Sérgio Beck: Clique aqui



















A trilha do Pico do Corcovado entrando pela Praia Dura eu já conhecia, mas a trilha que saia da Cachoeira dos Macacos, junto ao Horto Florestal não tinha a mínima idéia de onde ela se iniciava, por isso resolvi tentar subir esse pico entrando por essa trilha.

A Cachoeira dos Macacos eu sabia que ficava perto do Horto Florestal e buscando no google até encontrei os waypoints dessa trilha, que é conhecida como Picada do Lacerda. Em seguida plotei esses pontos numa Carta Topográfica e lá fomos nós. Éramos só eu e o Jorge Soto. Saímos de São Paulo bem de manhãzinha na Terça no dia 04/11, chegando em Ubatuba por volta das 11:00 hrs. Descemos do ônibus no trevo que sai da Rio-Santos e segue pra a Rodoviária de Ubatuba.







Dali seguimos pela Rodovia Osvaldo Cruz até o início da estrada de terra, ao lado do Horto Florestal, a pouco metros do rio que o atravessa. Essa estrada atravessará um pequeno bairro sempre com o rio do lado direito. Nessa estrada fomos perguntando sobre a Cachoeira dos Macacos. Diziam que era só seguir. Algumas pessoas nos vendo que estávamos com mochilas viam nos perguntar para onde íamos. Assim que respondíamos diziam que nunca tinham ouvido falar dessa trilha. Até veio um morador dizendo que conhecia bem a região e bla...bla...bla...bla e também não conhecia essa trilha. E aí eu e o Jorge pensamos: estamos f...... (moradores ao lado da trilha não a conhecem, agora só faltava os waypoints estarem errados).







Depois de uns 30 minutos de caminhada, quando o bairro e as residências já ficaram para trás, haverá uma bifurcação à esquerda, indicando uma escola em uma placa. Seguimos por essa bifurcação. É uma subida bem íngreme que estabiliza logo e daí p/ frente não há mais bifurcações, seguindo sempre em frente.

A Cachoeira dos Macacos, propriamente dita estará localizada em uma trilha bem demarcada que sai à esquerda quando a estrada se estabiliza. É uma cachoeira muito alta com um poço na sua base e que vale a pena dar um mergulho. Existe até um barzinho, que provavelmente funciona em fins de semana.







Voltando à estrada, mais para frente ela passará ao lado de uma residência do lado direito e logo a frente a estrada termina em uma porteira, dizendo que a área é de Preservação Permanente e alertando sobre cães.











Passamos por esse portão e logo à frente haverá a última residência à esquerda com um enorme cachorro, mas que não representava nenhum perigo (sorte nossa). Nessa residência perguntamos ao morador se ele conhecia a trilha que subia até o Pico Corcovado, e para o nosso alívio ele confirmou que existia sim, porém ela estaria fechada a partir da metade, nos indicando o local correto do início dessa trilha quando entra na mata, pois até o momento só tínhamos caminhado por estrada de terra. O início da trilha é uns 100 mts depois dessa residência, à direita, assim que termina a cerca da propriedade. Até aí estava batendo com os waypoints. Beleza, né. Estávamos na trilha certa até ali.











Entrando na trilha e atravessando um pequeno rio, ela está bem demarcada. Uns 10 minutos depois de atravessar esse rio haverá uma pequena bifurcação à direita. A trilha correta é virando nessa bifurcação. Se você for continuar em frente, na trilha da esquerda, como nós fizemos, a trilha vai se fechar totalmente. Ao voltarmos p/ a trilha correta, o mesmo problema. À medida que avançávamos a trilha ia se fechando. Chegou uma hora que não teve jeito. Aí paramos um tempinho e resolvemos voltar. O Jorge era favorável a seguir em frente mesmo sem a trilha, mas existiam 2 problemas. O primeiro era que o total dos waypoints eram 15. Só tínhamos chegado ao 5º, então ainda faltava muito, né (na verdade uns 6 Km em linha reta, mas uma trilha nunca é em linha reta - creio que deve chegar a uns 10 Km de trilha).









O outro problema era o horário, pois não conseguiríamos chegar antes do anoitecer no topo e estávamos em uma altitude muito baixa (pouco mais de 100 mts; o topo era de 1.150 mts). Já deu p/ ver a roubada que a gente foi se meter, né? Aí não teve jeito, voltamos e resolvemos subir o topo saindo da Praia Dura p/ o dia seguinte. Nesse ponto a trilha estava tão ruim e fechada que tivemos até dificuldade de encontrar a trilha de volta.



Passamos pela Cachoeira dos Macacos (foi o que valeu a caminhada daquele dia - cachoeira muito bonita). Voltamos para a Rodovia por volta das 16:00 hrs e lá tomamos o ônibus para o Bairro do Corcovado. Como eu já tinha subido esse pico por essa trilha, sabia onde poderíamos encontrar um bom local de acampamento p/ montar as barracas, passar a noite p/ no dia seguinte, bem de manhãzinha subir o pico.





Detalhes do início da trilha e como não se perder estão no final desse relato.











Acampamos bem ao lado do início da trilha. Na Quarta (05/11) por volta das 08:00 hrs iniciamos a subida (no final desse relato coloquei inúmeras dicas e informações sobre o início da trilha). O tempo parecia que estava bom, mas só parecia. A subida é bem íngreme e boa parte feita com inclinações de quase 60° e alguns locais até mais que isso. E as mochilas lotadas. Assim que subíamos íamos vendo que o topo estava totalmente encoberto e que a chuva estava p/ chegar e não deu outra.

















Chegamos na crista por volta das 15:00 hrs com o início da chuva. Ainda tínhamos que caminhar uns 20 minutos na trilha para a direita até a base do Pico. Chegamos ensopados e nada da chuva dar um tempo. O problema agora era achar um local onde pudéssemos montar nossas barracas. No topo é complicado porque é um local totalmente aberto. Descemos um pouco mais e acampamos numa clareira improvisada, ao lado de um pequeno rio.







Como era um local de vertentes, inevitavelmente a água da chuva iria passar pela barraca como se fosse um rio e se não tivéssemos isolante a gente estava f...... A capa da barraca até que agüentou, mas o chão da barraca estava totalmente úmido. E choveu a noite toda.

















Por volta das 07:00 hrs acordamos com tempo bom, desmontamos nossas barracas e subimos para o topo, que estava todo encoberto. De vez em quando o tempo abria e aí podíamos ver todo o litoral e a serra do mar, mas não ficamos muito tempo aqui e pouco depois das 09:00 hrs iniciamos nossa descida até o bairro do Corcovado.







Tínhamos que descer em ritmo acelerado, pois havia um ônibus do bairro até o centro de Ubatuba às 12:35 hrs e o outro só depois das 15:00 hrs. E se tomássemos esse das 15:00 hrs teríamos problema em chegar no nosso próximo destino: a Praia do Camburi, quase na divisa com Paraty antes do anoitecer.











E como a descida era em declive bem forte e o solo estava bem escorregadio, tombos eram inevitáveis. Eu parei de contar quando cheguei no 10º. Mas chegamos a tempo p/ pegar o ônibus e chegar no centro de Ubatuba por volta das 14:00 hrs e lá pegamos o circular Divisa Ubatuba/Party, onde descemos no final e seguimos p/ a Praia de Camburi, já quase na divisa com Paraty onde iríamos fazer a travessia Camburi-Trindade.











Um relato dessa travessia Camburi-Trindade está no link abaixo:









http://agsts.multiply.com/journal/item/8/

























Dicas:









# Tem um circular que sai do centro de Ubatuba (Linha Bairro do Corcovado). Se for pegar ele, peça p/ descer no ponto de ônibus em frente a um barzinho do número 3150 (tem uma estrada de terra à direita que leva à Reserva Indígena). Abaixo as dicas de como chegar no início da trilha do Pico do Corcovado.









# Cachoeira dos Macacos: No Horto Florestal, a 7 km do Centro, na SP-125 (Rodovia Osvaldo Cruz), que liga Ubatuba a Taubaté, há um acesso à esquerda antes da Estação Experimental. Ela é conhecida também como Poço Verde pelos moradores.

Existe uma outra entrada para o Pico do Corcovado que sai do Núcleo Santa Virgínia, que faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar. São 17 Km do Núcleo até o Pico. É necessário agendar a visita com pelo menos 15 dias de antecedência. Rodovia Oswaldo Cruz, Km 78, (12) 3671-9159 e 3671-9266











# O Caminho para a entrada da trilha do Pico do Corcovado, pela Praia Dura:

Para quem está a pé e estiver vindo de Ubatuba:

- Passar o Rio Escuro, na entrada da praia Dura, e cerca de 1,2 km depois tem uma estrada à direita e entrar.

- Uns 500 metros depois tem uma estrada de terra à direita para o Tour Camping. Não entrar nessa estrada de terra. Continuar seguindo o asfalto, à esquerda.

- Após uns 4 Km e quase 1 hora de caminhada, em frente a um barzinho e ao numero 3150, tem uma estrada de terra à direita, com um placa branca com os dizeres PICO do CORCOVADO e outras coisas escritas. Entrar nessa estrada de terra (talvez a placa não esteja mais lá).

- Passar uma ponte de concreto e na segunda entrada à direita (50 mts desde a ponte) virar (a primeira entrada vai dar em uma Reserva Indígena - não entre aí).





- Logo no início dessa estradinha tem uma porteira com uma corrente e uma casa em frente, à direita.

- Passar essa porteira, umas casas e um campo de futebol, à direita.



A entrada da trilha fica à esquerda, última entradinha antes da estrada atravessar um largo e raso rio (uns 100 mts antes de chegar nele e se voce chegou no rio retroceda um pouco e pegue a última entradinha na mata).











Obs: Antes dessa entrada na mata existe outra num campo aberto desmatado que vai dar em um bananal; não entre nessa.





- Na trilha você atravessa o rio (que aqui está um pouco grande que desce da esquerda). Agora é só tomar a trilha que segue se distanciando do rio. Existe uma pequeno sobe/desce e com a trilha bem demarcada, a caminhada é quase toda em mata e sempre subindo. E toca prá cima!









# Altitudes:



-Aglomerado de Rochas (Igrejinha): onde se avista uma aldeia de índios, a praia Dura, o camping e outra praia à direita: (+ - 450 mts)

-Bica de agua, à esquerda: (+ - 720 mts)

-Clareira com um gramadinho: (+ - 1030mts)



-Bica de água a poucos mts abaixo do topo, sentido norte, descendo por uma trilha (+ - 1050 mts)





-Cume: (1150 mts).


FONTE : http://agsts.multiply.com/journal/item/9

INDIOS EM UBATUBA ...

Ubatuba surgiu da aldeia tupinambá de Iperoig ( Ypiru-yg = rio das perobas). Região rica de boa madeira para embarcações das quais eram habilíssimos canoeiros e construíam grandes canoas de capacidade para até 60 pessoas e como nadadores exímios, chegaram a nadar quilômetros ao encontro das embarcações que vinham para negociar em primeira mão o produto pau-brasil. Ubatuba era o quartel general da nação Tupinambá.

A serra de Boiçucanga, em São Sebastião, foi a divisa do povo Tupinambás ao norte e do povo Tupiniquim ao sul. Ambos viviam em paz até a chegada dos exploradores europeus (de Portugal e França) que os instigaram a lutar pelos interesses colonialista, mercantilista e escravagista.

Os índios que pertenciam à tribo Tupinambá, do grupo Tupi, habitavam todo o litoral brasileiro e falavam a língua tupi-guarani.

Eles eram mais adiantados que os índios do interior do Brasil - os Tapuias.

Eles entendiam de navegação, dormiam em redes, cultivavam alguns produtos agrícolas e possuíam uma série de outros costumes que denotavam um estágio um pouco mais avançado de civilização.

A ligação entre os índios e os portugueses está vinculada à necessidade de colonizar o país. Para isso, era necessário catequizar os silvícolas. Os primeiros catequizadores foram os jesuítas, trazidos para o Brasil por Tomé de Souza, primeiro Governador Geral, em 1549. Os padres Manoel de Nóbrega e José de Anchieta são dois jesuítas que se destacaram pelo trabalho na catequese de índios.

José de Anchieta chegou a escrever a primeira gramática na língua Tupi, como objetivo de ensinar aos índios o catecismo católico.

Sobre a personalidade de José de Anchieta existia um livro na Biblioteca Municipal de Ubatuba. O livro "Anchieta, santo ou carrasco?", que extraviou-se.


A GUERRA

O clima ficou quente, entre os portugueses e os índios. Em 1554, os portugueses mataram mais de 20 mil índios surgindo daí a Confederação dos Tamoios, em 1555 e em 1563, a Paz de Iperoig, que abriu espaço para legitimar a matança dos índios que viviam no litoral brasileiro, principalmente no centro-sul da colônia. Com a paz assinada, os franceses perderam o direito de permanecer. Ficaram os portugueses escravizando os Tupinambás. Esse contato direto com os portugueses, além do genocídio promovido, foi também o início da disseminação de doenças trazidas pelos brancos, das quais os índios não tinham anti-corpos para combatê-las. Hans Staden diz em seu livro que até cobertores contaminados foram trazidos para cá.

Quem sobrou, não teve outro caminho a não ser fugir. Os primeiros a colocarem o pé na estrada foram os índios da costa sul e leste, onde a colonização foi mais rápida e mais abrangente. Os Tupinambás fornecem um dos exemplos mais extraordinários desse êxodo. Logo após 1500, esse povo iniciou um espantoso movimento de migração - o maior de que se tem notícia em tempos históricos na América -, composto por dezenas de milhares de índios, à procura de refúgio na Amazônia. Por volta de 1600 (nesta data já não existia mais nenhum índio em Ubatuba) os Tupinambás atingiram o norte do Brasil e foram importantes no processo de consolidação da ocupação da terra pelos portugueses. Inclusive, participaram ativamente na fundação da cidade de Belém, em 1616. No Pará, os índios também tiveram participação na luta entre portugueses e franceses, ajudando na posse portuguesa. No final, não sobrou nenhum índio para contar história por aqui.

Os Tupinambás, legítimos donatários das terras de Ubatuba, talvez, possam ser encontrados no Maranhão, ou no Pará. Talvez algum historiador se habilite a resgatar essa importante passagem histórica, para Ubatuba e para o Brasil.

Hoje existe a Aldeia Boa Vista, originária do Paraguai, que ajuda a resgatar a dívida contraída com as nações indígenas. Para que os Guaranis pudessem chegar até aqui, foi preciso muito trabalho de conscientização e a dedicação de pessoas, como Marechal Rondon e os irmãos Villas Boas, que levantaram a questão, depois de séculos de obscurantismo. Apesar de não terem atuado em Ubatuba, os sertanistas Cláudio e Orlando Villas Boas - os irmãos da selva - desenvolveram uma missão que se prolongou por mais de 30 anos. Eles conseguiram pacificar as 18 tribos existentes no Parque do Xingu, que viviam separadas pela distância, por culturas distintas, por dialetos diferentes e por rivalidades decorrentes de guerras centenárias.

Mas a maior contribuição dos irmãos foi tornar público o debate sobre os índios, sensibilizando a sociedade brasileira, pavimentando o início de uma solução para o conflito da posse da terra e ajudando na criação da Funai - A Fundação Nacional do Índio.

A importâncias de Ubatuba começou a ser desvendada em 1962, quando na construção do condomínio da praia do Tenório. Lá foi descoberto um sítio arqueológico com idade de 2 mil anos. Os estudos foram desenvolvidos pela professora Dorath Ulhôa Cintra, chefe do setor de pré-história da USP. Esse registro arqueológico prova que a existência dos tupinambás vem desde a época de Cristo. Diversas ossadas foram localizadas neste sítio arqueológico, provando a presença pré-histórica de habitantes em Ubatuba.


Os Guaranis

A história dos índios guaranis começa a ser registrada durante os séculos XVI e XVII. Segundo a história, os guaranis viveram entre a cruz e a espada.

Projetados no papel de dóceis e regrados discípulos dos missionários jesuítas ou da infeliz vítima dos sanguinários bandeirantes, eles estabeleceram uma estratégia própria que visavam não apenas a mera sobrevivência mas, também a preservação de sua identidade e do modo de vida.

No fim do século XIX os guaranis iniciaram um processo de migração rumo ao litoral, até que no final da década de 60 surgiu a Aldeia Boa Vista, em Ubatuba, com a chegada de três famílias trazidas para o Prumirim por Octácilio Dias de Lacerda. Até chegarem ao Prumirim, a saga dos guaranis pode assim ser resumida: Do Paraguai eles emigraram para o Paraná, sendo trazidos para Paraty. De Paraty eles foram para a fazenda do Maia, no bairro do Taquaral, já em Ubatuba.

Um Desentendimento na fazenda tirou-os de lá para a Ponta do Piúva, no bairro da Casanga, até que Lacerda ajudou a escrever a história recente dos índios Guaranis em Ubatuba, estabelecendo assim a Aldeia Boa Vista da Nação guarani. Numa estratégia montada por Lacerda, a Funai acabou legitimando a posse de terra para os índios, resgatando assim a dívida que Ubatuba tinha com os primeiros habitantes desta terra.

Hoje, são 119 índios vivendo na aldeia, liderada pelo jovem cacique Marcos Tupã. A Prefeitura de Ubatuba e a

Funai têm oferecido apoio logístico e nota-se uma mudança significativa no modo de vida dos Guaranis, sem que eles percam a identidade com seus antepassados. Recentemente eles começaram a ser servidos com rede elétrica, abastecida através da captação da energia solar.



A Aldeia Boa Vista está localizada no bairro do Prumirim e conta com uma área de 801 hectares.



 

FONTE : http://www.ubatuba.com.br/indios.asp