terça-feira, 1 de abril de 2014

ESPECIAL do livro Ubatuba, espaço, memória e cultura " - Parte 114





As ciências através da dialética da vida real, podem planejar só a partir de um sistema de abstração, a linguagem. As manifestações da vida cotidiana de uma cultura como a caiçara oferecem aos estudiosos da linguagem um campo fértil para a decifração dos códigos refratados de cada manifestação ou atitude que se reveste de dois lados: o trabalho e a existência, a objetividade e a subjetividade, a mudança e a permanência. A totalidade de toda essa “solidariedade” está presente de maneira evidente nessas relações do cotidiano caiçara, movido pela grandeza do mar e pela altura da serra que separa Ubatuba do resto do mundo e que exacerba o imaginário cultural contendo-o nesses limites. O caiçara sabe da existência de outro mundo: “de lá fora”, das grandes metrópoles como Rio e São Paulo ou de seus pequenos vizinhos. Informado daquilo que acontece por meio da televisão, das conquistas da tecnologia e da violência destrutiva do terrorismo, mesmo na tentativa de se adaptar a essas