quinta-feira, 22 de março de 2012
UBATUBA 1955....MÉDICOS IMIGRANTES.....
Em 1955, o Dr. Olindo Chiafarelli, renomado médico pediatra da Capital Bandeirante, apaixonado por Ubatuba, comprou um terreno no canto sul da praia das Toninhas, de frente para o mar, e construiu uma casa de veraneio. Mais tarde, sentindo de perto a desnutrição das crianças da vizinhança, quando vinha para cá nos fins de semana, começou a medicar, dar remédios e distribuir leite em pó gratuitamente. A notícia logo se espalhou e enormes filas de mães se formavam na ânsia de conseguir uma consulta com renomado médico da capital, que carinhosamente medicou nossas crianças até seu último dia de vida. Outro dia o seu nome foi lembrado pelo “caiçara do pé-rachado” um dos componentes do Rancho Caiçara, no programa de rádio comandado pelo radialista dos caiçaras, Tony Luiz, relatando que todos seus filhos foram medicados por ele. E, pela ironia do destino, a rua que passa nos fundos de sua residência, na praia das Toninhas chama-se “Rua da Pedreira” e a outra, “Idalina do Amaral Graça”.
terça-feira, 20 de março de 2012
ESPECIAL UBATUBA , ESPAÇO , MEMÓRIA E CULTURA...PAGINA 69
Uma vez recuperado Nóbrega selou o acordo de paz junto com Aimberé e as autoridades portuguesas. Iniciou-se uma expedição libertadora acompanhada de soldados que foi de fazenda em fazenda, de engenho em engenho para libertar os índios que sofriam do cativeiro dos portugueses. Aimberé fazendo parte da comitiva chegou por último na fazenda de José Adorno que estava sob a administração de Eliodoro Eoban. Não havia ninguém no casarão, uma atmosfera cheia de suspense e de mistério deixou o chefe da Confederação dos Tamoio em desespero por não encontrar ali Iguaçu, a mulher de sua vida.
sexta-feira, 16 de março de 2012
UBATUBA 2000...........Santa Casa recebe título do Unicef
A Santa Casa de Ubatuba vai receber do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da OMS (Organização Mundial de Saúde) o título de “Hospital Amigo da Criança”. Este título outorgado à Santa Casa resulta do trabalho desenvolvido e dos resultados obtidos em prol do aleitamento materno, conforme constatado em avaliação global. Em data a ser marcada pela diretoria da entidade, a sociedade local será convidada para prestigiar a entrega do título ao provedor, Sr. Jurandiau Lovizaro. A outorga deste título reconhece que os trabalhos desenvolvidos pela administração da Santa Casa e de sua diretoria em prol das crianças ubatubenses estão no caminho certo e devem continuar para que no futuro a entidade seja exemplo para as demais Santas Casas de nossa região e Vale do Paraíba.
FONTE :
http://www2.uol.com.br/jornalasemana/edicao116/materia5.htm
Dança de Boi de Ubatuba
A FOTO É DO ARQUIVO / BLOG UBATUBENSE.
A manifestação da Dança de Boi de Ubatuba (cidade do litoral norte do Estado de São Paulo) começou a fazer parte do Carnaval dos anos 30, como registra o jornal Echo Ubatubense, da prensa local na época. O folguedo era apresentado pelo Sr. Carlinhos, também chamado Carrinho por tratar-se do filho de Armindo Carros, oficial aposentado do Exército, maranhense de nascimento, quem sabia confeccionar o boizinho e também os cavalinhos para a brincadeira... As primeiras apresentações aconteceram no bairro do Itaguá e, segundo depoimentos colhidos junto a antigos moradores da cidade, diversos personagens tomavam parte no entrecho dramático da dança. No Carnaval de 1940, o patrão-de-todos e mestre de canto foi o senhor Leopoldo Scongelo, e Joaquim Thiago, o velho Quincas, era então angariador de donativos. Curiosamente, o enredo será outro e aparecerão Anísio José dos Santos e Lauro Bougert, ambos vestidos de mulher como ricas fazendeiras que brigavam entre si para comprar o boi...
O morphético da Enseada
Desconhecida em terras do Novo Mundo, a lepra chegou à América com os primeiros colonizadores. Doença temida foi, e num certo sentido ainda continua sendo, causa de muita discriminação e sofrimento entre aqueles que a contraíram, ou seus familiares.
A lepra, também conhecida por morféia, gafo ou doença de São Lázaro - todas denominações antigas, vinculadas a preconceitos seculares e cuja simples menção nos fazem pensar em “morfético”, “gafaria” e “lazarento”, e tantas outras denominações pejorativos, ofensivas, depreciativas-. A partir da segunda metade do século 20, com a introdução de medicamentos eficazes para o tratamento, a doença passou a ser denominada hanseníase, designação esta que pretendia refletir uma nova concepção, no manejo da dermatose. Mas isso é uma outra história. Voltemos aos primeiros tempos. Chegando às terras coloniais, a hanseníase rapidamente se propagou entre os escravos, fato esse decorrente das péssimas condições de vida a que eram submetidas essas populações. Um medico francês, trabalhando no Rio de Janeiro no século 19 registrou a elevada ocorrência do mal entre os negros, sem relacionar o fato a uma possível causa. |
Prainha do Matarazzo e sua história....
Prainha do Matarazzo:
pequenina, porém imponente
pequenina, porém imponente
Século XVI, destacava-se um dos principais portos do Brasil.Café e açúcar eram transportados em famosas embarcações com toda segurança que se fazia necessária a proteção dos produtos responsáveis pelo lucro de nossa nação.A passagem de um túnel misterioso levanta suspeita quanto a sua verdadeira origem: uns dizem ser uma passagem secreta de antigos piratas que escondiam ouro saqueado em grandes aventuras marítimas, outros que a passagem foi construída pelos negros que a usavam para fuga e ainda há quem diga que os índios tamoios a usavam simplesmente para transferir-se do Perequê Açu, onde até hoje há um marco do início do tal túnel, a praia do Matarazzo. Pequenina em sua geografia, imponente na cumplicidade de suas histórias...
IGREJA DA MATRIZ E SUA HISTÓRIA....
A primeira Igreja Matriz de Ubatuba, dedicada a N.S. da Conceição, localizava-se onde hoje se encontra o cruzamento das ruas Conceição e Salvador Corrêa, correspondendo aos fundos da Câmara Municipal. Como aquele templo devia ser de reduzidas dimensões e achar-se em mau estado de conservação, providenciou-se a construção de uma nova Igreja Matriz, a atual, em melhor localização, de maiores dimensões e nova arquitetura. Isso se deu na segunda metade do século XVIII ( 1700 ). De fato em ofício de 09 de Março de 1700, o secretário do governo da então Província de São Paulo, dirigiu-se ao Capitão Mór da Vila de Ubatuba, autorizando-o “a cobrar subsídios para a construção da nova Matriz” ( Apontamento do arquivo do Estado ).
GRANDES UBATUBENSES.....2007 - Discurso do professor Cursino Aliste Mesquita
Discurso do professor Corsino Aliste Mezquita no dia 28 de outubro de 2007, quando lhe foi conferido o Título de Cidadão Ubatubense.
quinta-feira, 15 de março de 2012
ESPECIAL " UBATUBA ,ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA - PARTE 67...
A piedade católica do século XVI,
século da Contra – Reforma explorou de modo intenso a imaginação material do
céu e do inferno como vimos no Poema à Virgem Maria mediadora da alma de José
de Anchieta, tocado incondicionalmente nessa viagem mística. Como já
mencionamos, Anchieta e todos os jesuítas de sua época eram discípulos de
Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, cujos Exercícios
espirituais induzem a alma do praticante a visões metodicamente aterradoras do
Além, assim como a preparam para sentir arroubos de contrição e adoração (Bosi,
op. cit: 84).
Os processos de sublimação sofridos por
Anchieta em Iperoig são diferentes dos rituais Tamoio. Os espíritos dos ancestrais
Tupinambá que habitam a selva e as praias baixam na tribo que os invoca,
inspirando visões violentas e a perda da identidade anterior, a cada ritual
antropofágico havia uma re-nomeação dos seus participantes. O itinerário
cristão e ortodoxo de Anchieta busca a chamada visão beatífica onde a
contemplação é uma experiência de provação no deserto da solidão, uma conquista
propiciada pela ascese das potencias afetivas e imaginárias da alma.
Em um outro close
up da história, ainda se tratando
da Paz de Iperoig, Antônio Torres reproduz um diálogo entre Anchieta e Nóbrega
cativos, referente ao destino de suas vidas no meio dos Tamoio. Este último
aceitando as condições impostas pelos índios como um modo de protelar a ação de
ambas as partes. Neste dilatamento das negociações, Pindabuçu chegou disposto a
matar os padres aos quais atirou, estes fugiram pelo aviso de outros índios e
se refugiaram em uma igreja de palha. Com o tacape na mão, o líder enfrentou o
olhar de Anchieta que o tocando nos ombros lhe falou das tradições da tribo, de
suas glórias no combate, da nobreza dos seus gestos ante o perigo, pois o
religioso reconhecia a braveza dos Tamoio, mas a missão dele e de Nóbrega era a
pacificação, rogar o perdão da Confederação dos portugueses. Assim, o embaixador
da paz consegue com tom manso que Pindabuçu cedesse ao apelo de Anchieta.
Anchieta aguarda por uma nova
assembléia e Aimberé retorna para sua aldeia em Uruçumirim, pois sua filha
Potira tinha acabado de dar à luz um neto para ele. Aimberé aproveitou a
proximidade com os franceses para consultá-los sobre a proposta dos padres.
Munido de diversas informações, Aimberé parte à frente de 40 canoas repletas de
índios para a nova assembléia e com alguns franceses inseridos na vida tribal.
Nessa nova assembléia voltam a surgir
divergências. Araraí, da tribo dos guaianases, cuja aldeia ficava no planalto
de Piratininga, perto do colégio dos jesuítas era completamente a favor da
continuidade da guerra, por razões já mencionadas nestes relatos: a perda de seu
filho Jogoanharo, orgulho de sua velhice morto pelo seu irmão Tibiriçá, aliado
incondicional dos portugueses. Outros chefes também tinham motivos para recusar
a proposta de paz, mas queriam viver com a garantia de ser respeitados na sua terra. A dificuldade
maior era acreditar na palavra dos brancos. Assim, a assembléia não foi fácil.
Nóbrega e Anchieta ouviram as queixas costumeiras a respeito dos portugueses e
seu afã de dominação. Anchieta alçou a voz no meio da assembléia e com
persuasiva retórica falou da necessidade de paz, em nome de Deus e todo o
Conselho da Confederação dos Tamoio o ouviu, com o máximo de respeito. O
enunciado do jesuíta era que os Tamoio eram “os verdadeiros donos da terra” e
que os portugueses ao faltarem com a lei de Deus – a palavra empenhada no
Tratado - seriam punidos, mas o desafio de todos era trabalhar como irmãos, sem
ódio, colaborando uns com os outros. Os portugueses poderiam construir escolas,
ajudá-los com os doentes, ensiná-los no cultivo e no cuidado dos animais domésticos,
a usar métodos mais racionais de cultivo de cana de açúcar e outras plantas que
melhorariam as condições de vida das aldeias.
Aimberé cedeu ao desejo de pacificação,
entretanto, continuava a estabelecer as mesmas exigências de antes: a libertação
dos escravizados e a entrega aos Confederados dos traidores como Tibiriçá e
Caiuby. O impetuoso guerreiro Tupinambá recebeu o apoio de toda a assembléia o
que deixou os padres acuados ante tal impasse. Anchieta reforça a causa dos
Confederados dizendo que era justa, mas que ele e o padre Manuel da Nóbrega
precisavam consultar a administração do Governador de São Vicente, tratava-se
de uma estratégia combinada para ganhar tempo. Ante tal apelo, Aimberé
mostrou-se sagaz ao compreender a necessidade da viagem à Capitania, para
negociar a paz, portanto ele mesmo compareceria em representação dos Tamoio,
enquanto os jesuítas ficariam em Iperoig, como garantia de que nada lhes
aconteceria.
Aimberé enfrentou com bravura as
negociações ante os portugueses tanto em São Vicente como em Piratininga. A
veemência do líder dos Tamoio fez com que seus adversários o ouvissem e
concedessem a ele as exigências de
libertação dos escravos e a entrega dos traidores para serem devorados, impondo
a condição de que o acordo seria selado com a volta dos jesuítas que estavam em
Iperoig. Aimberé enfrenta receosos os perós, chamando-os de mentirosos e que não dava para
confiar em eles. O ambiente das negociações virou um caos, nesse instante,
Aimberé foi informado que Tibiriçá e Caiuby haviam sido mortos, portanto, só
lhe restava lutar pela libertação dos índios em cativeiro. Aí se levantou um
outro jesuíta, Luis da Grã, sugerindo que um dos padres fosse a Piratininga e o
outro continuasse refém, na aldeia de Iperoig. Desta forma Manuel da Nóbrega
foi escolhido para a última rodada de negociações. Nessa viagem, Aimberé se fez
acompanhar por seu jovem cunhado Parabuçú e Araken, um chefe aimoré muito
respeitado nas aldeias Tupinambá. Eles tinham a missão de descobrir o paradeiro
de Iguaçu, desaparecida na toma do Forte Coligny e vista pela última vez por
Jogoanharo, na oportunidade que este foi negociar com seu tio Tibiriçá,
conduzida por um colono de Piratininga e entregue ao cuidado dos padres. Ambas
negociações: o resgate de Iguaçu e o acordo de paz estavam sendo arquitetados
em distintos frentes. Aimberé mandou trazer Manuel da Nóbrega que voltou com o
aimoré Araken.
terça-feira, 13 de março de 2012
A COMPANHIA DE CONGADA DO PURUBA
A música é parte da alma caiçara - Arquivo Kilza Setti.
Em 1981 eu conheci o pessoal do Sertão do Puruba. Era um começo de dia muito luminoso quando eu desembarquei e fui enfrentando o trilho marcado pelos moradores, quase uma picada, para me encontrar com o Dito Fernandes e a sua esposa, dona Mocinha. O objetivo era prosear, passar um dia naquela comunidade quase totalmente isolada da cidade.
domingo, 11 de março de 2012
ESPECIAL " UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA - PARTE 66
Os diálogos do anjo e da Virgem, o misterioso
noivado espiritual, o advento do fruto inigualável, a oferenda simbólica dos
magos, a purificação, a fuga para Egito, o regresso da Sagrada Família para
Israel, Jesus no templo, a dor suprema do calvário, o gozo da ressurreição, o
transporte de Maria à bem-aventurança constituem a ação poética em uma reedição da lenda cristã.
sexta-feira, 9 de março de 2012
FALA CAIÇARA......Entrevista no Camburi (VII)
Bom é olhar, de cima do morro, a natureza que ampara o caiçara! |
Do Blog : www.coisasdecaicara.blogspot.com
J.R.: E agora, seo Genésio, que histórias que aconteceram por aqui, do tipo fantásticas, que acontecem na natureza de uma forma meio estranha e que chama a atenção da gente?
Genésio: “O senhor sabe que eu conheci, eu vi muitas coisas aqui... O senhor quer falar essas coisas meio invisível? O senhor sabe que aconteceu muito aqui – e eu tenho provas! – sobre o negócio de luz, tocha, fogos passando de um lado para outro; aquelas bolas furtando as cores, né? Azul, verde, cor de rosa, amarela, né? Não faz muito tempo que eu estava na praia com esse companheiro Onato, que é o dono do barzinho lá embaixo.
quinta-feira, 8 de março de 2012
A REPARTIÇÃO DAS TERRAS DE IPEROIG
A repartição das terras de Iperoig começava a
partir do rio Maranduba, chamado de Marajahimirindiba seguindo no sentido Rio de Janeiro até o rio Hubatyba,
hoje o Rio Grande ou da Barra, estas mesmas medidas acabavam sendo esticadas ou
retificadas de acordo com a apropriação que os colonizadores faziam delas.
A Condessa de Vimieiro, a principal donatária da
Capitania de São Vicente, Dona Mariana de Sousa Guerra e outros beneficiários,
doaram desde Portugal muitas terras à viúva Dona Maria Alves, que por sua vez
as doou ao Jordão Homem da Costa, considerado o fundador da cidade de Ubatuba[1].
ESPECIAL UBATUBA , ESPAÇO, MEMÓRIA E CULTURA - PARTE 65
Enquanto esperava pelo desfecho de sua missão,
Anchieta escreveu nas areias da praia de Iperoig, o célebre poema à Virgem
Maria, segundo conta a lenda[1].
Sentimentos e superstições, costumes e perfis indígenas são descritos em
figuras e episódios nas Cartas de
Iperuig, sob a forma de poema laudatório da Virgem - De Beata Virgine Dei Mater Maria, composição de 5.902 versos ou
2.950 e um dístico. A respeito da natureza desse poema, se foram efetivamente
escritos na areia da praia, nos parece algo de menor importância, o relevante
sim é a caracterização das circunstancia em que este foi concebido. O ritmo
bárbaro da atmosfera do poema é um elemento de luta da inteligência e da fé
sobre o instinto, transparecendo muitas vezes a angústia do conflito que
motivava a narrativa do evangelizador.
UBATUBA 1965.....Ubatuba 65: uma revolução em surdina
A ditadura, quem diria, aprovou e adotou o método Paulo Freire
CECÍLIA PRADA
Paulo Freire |
A figura de Paulo Freire, o grande educador brasileiro que foi obrigado a amargar durante 16 anos a injustiça de um exílio político imposto pelo golpe militar de 1964, voltou a ser lembrada com maior destaque no ano passado – que marcou os dez anos de sua morte. Paulo Reglus Neves Freire, nascido no Recife em 1921, iniciou sua carreira de professor aos 20 anos, para ajudar a família, muito pobre. Nos anos 1940-50 estendeu sua atuação a várias instituições, chamado a ocupar cargos mais elevados no ensino, como planejador e coordenador.
quinta-feira, 1 de março de 2012
UBATUBA 1961......Banco Novo Mundo, o 1 º Banco Ubatubense
Eis o banco Novo Mundo, a foto de 1961 mostra o 1 º de Ubatuba, o qual fez parte da historia de Ubatuba , onde os antigos ubatubenses aprenderam a guardar e investir suas pequenas economias.....Ubatuba há 51 anos atrás no Tunel do Tempo Ubatubense.....
Entrevista no Camburi (VI)
Um dia de convivência no Camburi: experiência inigualável! |
J.R.: Fale sobre esse pessoal do “Inglês”. [É um dos galhos brancos da árvore genealógica]
Genésio: “Era do tempo dos escravos, descendentes dos escravos! É porque a mãe dele, a mãe do ‘Inglês’, a dona Severina, uma senhora clara, dos olhos azuis que nem os senhores, de olhos verdes, né? Era filha do finado João Chico, que morava na praia Brava. Quando eu me entendi por gente, eu conheci o João Chico: um senhor claro, de bigode ruivo, olho muito azul. Então, a mãe do ‘Inglês’ –era a dona Severina – era filha do finado João Chico. O pai do ‘Inglês’ era da minha cor”.
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