quinta-feira, 29 de setembro de 2016

DANÇA DA FITA EM UBATUBA................


A Dança da Fita é de origem europeia e representa o ciclo da árvore. No início do século XX um antigo pescador famoso na Enseada, entre suas muitas viagens à Santos em canoas de voga para comercializar produtos, (sal, carne seca, querosene, pano, entre outras iguarias) conheceu a Dança da Fita no Litoral Sul e a trouxe para Ubatuba.

O CAMARÃO NA MORANGA NA HISTÓRIA DE UBATUBA ..........


Para entender a história do Camarão na Moranga, vamos primeiro conhecer um pouco do local que deu origem a esse prato tão especial. Em Ubatuba temos a Ilha Anchieta, que é a 2ª maior ilha do Litoral Norte paulista, com 828 hectares de exuberante Mata Atlântica em meio a montanhas e praias de águas cristalinas. O local abrigou na década de 30 um presídio político que foi desativado após uma grande rebelião. As ruínas do presídio que ali funcionou de 1904 a 1955, hoje são um grande atrativo turístico para quem visita a ilha.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

RETORNO DE OCASIÃO.......

Ubatuba em época de tainha (Arquivo Igawa)
       Há dois anos, respondendo ao colega Chico Abelha, publiquei o presente artigo para maiores informações a respeito da Caçandoca. Só esqueci de lhe dizer o quanto foi importante, na luta local, a entrevista com a Dona Maria Galdino, feita pelo mano Mingo no começo de 1990. Acho que cabe a ele publicar essa riqueza por ele escavada. Aguardemos!

     Olá, Chico! Está acompanhando essa narrativa? Ela é localizada, ou seja, a partir do lugar, das pessoas e da problemática da minha ascendência paterna (da região da Caçandoca). Porém, se aplica ao macrocosmo de Ubatuba. É por isso que, numa audiência pública das terras caiçaras, um representante da promotoria pública estadual afirmou que “não existe um pedaço de terra em Ubatuba que não tenha pelo menos três documentos brigando entre si”. 

sábado, 24 de setembro de 2016

TAUBATEANOS PEDEM NO GONGRESSO ESTADUAL AUTORIZAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRADA ENTRE LIGANDO O LITORAL NORTE AO VALE DO PARAIBA





31  de Maio de 1895   O C.el João Affonso Vieira e o major Victoriano Eugênio Marcondes Varella pleiteiam do Congresso Estadual autorização para construírem uma estrada partindo do porto de São Sebastião, ligando-se à estrada Taubaté Ubatuba e à Central e terminando em São Bento do Sapucaí. “Consta”. (O Popular).

MORRE EM TAUBATÉ A UBATUBENSE E VISCONDENSA DE TREMEBÉ D. MARIA BELMIRA DE FRANÇA





13 de Julho de1910   Morre em Taubaté a Viscondessa de Tremembé, esposa do Visconde. Chamava-se D. Maria Belmira de França, natural de Ubatuba, filha do prof. José Belmiro de França e D. Joaquina Belmira de França, tendo vindo com a família para esta cidade e aqui se casou com o c.el José Francisco Monteiro, o Visconde. Quando D. Pedro II deu o título ao marido o fez a ela também. Era tia por afinidade do Dr. José Aristides Monteiro e do c.el Augusto César Monteiro.

(O Norte  - Jornal  de  Taubaté).

DIFICULDADES NOS TRABALHOS DA CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO ENTRE TAUBATÉ A UBATUBA PREOCUPA A IMPRENSA TAUBATEANA....1891





16  de Julho de 1891   Com a aproximação, daqui pra lá, dos trabalhos de preparo do leito da estrada de ferro Taubaté e Ubatuba, da raiz da serra e diante das dificuldades que surgem para a execução da descida íngreme, a imprensa de Taubaté sugere que a descida seja feita por tropa mesmo, mas que urge adquirir uma ou duas embarcações para o trajeto Ubatuba-Rio de Janeiro, tal os preços dos fretes extorsivos pagos atualmente entre esta cidade e a capital federal. (Jornal do Povo).

GOVERNADOR DR. ADEMAR DE BARROS INAUGURA EM UBATUBA SERVIÇOS DE LUZ ELÉTRICA, FORÇA E TELEFONE ...1948




18  de  Julho de1948   Com a presença do governador Dr. Ademar de Barros e do Ex.mo Sr. Bispo de Santos, realizam-se em Ubatuba as solenidades de inauguração dos serviços de luz elétrica, força e telefone, melhoramento devido à Companhia Taubaté Industrial e Ex.ma Família Guisard. (Taubaté Jornal).

GOVERNADOR DA PROVINCIA DE SÃO PAULO ASSINA DECRETO QUE CADUCA CONTRATO REF. A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA TAUBATÉ A UBATUBA...1897





14  de   Agosto de 1897   Dr. Campos Salles assina decreto consideran-do caduco o contrato celebrado entre o Gover-no da então Província de São Paulo com os Srs. Sebastião Gomes da Silva Belfort e Carlos Bernard para construção de uma estrada de ferro por tração animal entre Ubatuba e Guaratinguetá com um ramal para Pinda. (Diário de Taubaté).

INCORPORADORES DA COMPANHIA CONSTRUTORA DA ESTRADA DE FERRO TAUBATÉ Á UBATUBA SÃO RECEBIDOS COM FESTA EM TAUBATÉ...



18 de Agosto de 1890 .....  Os Srs. John M. Tindall, Dr. C. e Normanton, incorporadores da Companhia Construtora da estrada de ferro Taubaté -Ubatuba, bem como os Srs. Victoriano Eugênio Marcondes Varella e Dr. Francisco Ribeiro de Moura Escobar, concessionários da mesma são alvo de outra manifestação do povo de Taubaté que os saúda defronte a suas casas. (Jornal do Povo).

INAUGURADO OS TRABALHOS DE CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO TAUBATÉ A UBATUBA.ANO 1890




E no dia 22 de Setembro de 1890   Às 9 h da manhã no Largo da Estação reali-zam-se as solenidades de inauguração dos trabalhos de construção da Estrada de Ferro Taubaté a Ubatuba. Ao ato comparecem o Conselheiro João Alfredo e mais de 2000 pessoas que o aclamam ao som de banda de música. O Côn. Benjamim de Toledo Mello faz eloqüente discurso. Há esperanças da estrada funcionar brevemente. (Jornal do Povo, Taubaté-SP).



terça-feira, 20 de setembro de 2016

ETNOCIDIO TUPINAMBÁ.............

Um painel numa moradia em Ubatuba (Arquivo JRS)

Hoje é feriado no município de Ubatuba. Qual a razão?

               Em 1563, os padres Anchieta e Nóbrega, após uma estadia confabulando com os senhores de engenhos (líderes políticos do Brasil colonial) na Baixada Santista, partiram numa comitiva, sob o patrocínio de José Adorno, um desses líderes, para negociar a paz com os índios confederados (Confederação dos Tamoios).

TUPINAMBÁS, OS PRIMEIROS UBATUBENSES............




Tupinambá é o nome de um povo indígena brasileiro que, por volta do século XVI, habitava duas regiões da costabrasileira: a primeira ia desde a margem direita do Rio São Francisco até o Recôncavo Baiano;[1] a segunda ia do Cabo de São Tomé, no atual estado do Rio de Janeiro, até São Sebastião, no atual estado de São Paulo. Este segundo grupo também era chamado de tamoio.[2] [3] Compunham-se de 100 000 indivíduos. Eram a nação indígena mais conhecida da costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI.[3] Atualmente, o principal grupo tupinambá reside no sul do estado da Bahia: são os tupinambás de Olivença.



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

UM PATRIMONIO CAIÇARA...................


Se despedindo do nosso lugar (Arquivo Edson Silva)

Família do pescador Antônio Athanásio: Virgínia (esposa), Antônio Athanásio, Alzira “Santinha” (filha), João Barroso (sobrinho), Maria da Lapa (Maria Antônia dos Santos Rosa (tia do Antônio Athanásio). Agachados: Idir e Edson (filhos).

               Edson é um patrimônio caiçara! Alguém duvida?

           O seu pai  Athanásio, que hoje empresta o nome à rua onde fica o Projeto Tamar,  era proprietário da área do atual aeroporto, recebida como herança de Maria da Lapa. Em 1940,  o governo começou  a retirada das famílias que residiam na área para construir o Campo de Aviação, sob pretexto de emergência de guerra. Na foto de 1942, a Família Athanásio desmanchava a casa e posava para a última recordação do local no jundu, onde nasceram todos.

domingo, 18 de setembro de 2016

DAS DORES..........DO ITAGUÁ..




A amiga Fátima, com muita inspiração e lembranças, nos presenteia - mais uma vez! - com belíssimo texto. Viva a mulher caiçara!


Viva capela Nossa Senhora das Dores do Itaguá!


      Ainda me vejo correndo pelo pátio da capelinha de Nossa Senhora das Dores no Itaguá durante o recreio das aulas de catequese. Ainda ouço os chamados da catequista, para retornarmos as aulas sob a observação e descontentamento de nossas algazarras do senhor Albino Alexandrino. É assim todas as vezes que fecho os olhos e me ponho a relembrar toda uma vida vivida sob os olhares da santa.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

TERRA TAMOIA - Wladimir de Toledo Piza


Terra Tamoia é Ubatuba. 

Wladimir T. Piza
É Iperoig. É o lugar onde um dia Manoel da Nóbrega e José de Anchieta chegaram, navegando e canoas feitas de troncos de árvores, partindo da Bertioga para tentar o recurso supremo na obtenção da paz entre portugueses e índios tamoios. Estes eram aliados dos franceses de Villegagnon. E, enquanto contassem com o apoio dessa tribo numerosa e aguerrida, estariam os calvinistas tranquilos no Rio de janeiro, enquanto os católicos portugueses, se São Paulo de Piratininga, ficariam sempre aguardando sua expulsão do território recém-ocupado no planalto paulista. 




VIRGINIA LEFEVRE E A S.P.E.S.

Ricardo Grisolia Esteves*

                Escrever sobre Virgínia Lefèvre é escrever sobre várias personalidades em uma única: a escritora, a filósofa e missionária, a figura carismática elevada que encantava e seduzia com suas idéias humanísticas todos aqueles que tiveram a honra de conhece-la pessoalmente. Profundamente espiritualizada e culta, jamais incutiu conceitos religiosos nas pessoas que a rodeavam, porém, sempre tinha para todos uma palavra de fé e esperança. Nunca a vimos falar de política porém, nos alertava sobre a quem e quais os caminhos que deveríamos evitar.

BIGODE ETERNO



Bigode, Da Motta e Jacob

Tenho em casa uma linda estatueta entalhada em madeira de cedro das matas de Ubatuba, representando São Longuinho, que, na hagiologia católica é aquele santo responsável por descobrir os objetos perdidos. 

Léon Antoine ou Antoine de Saint-Exupery? A INCRÍVEL HISTÓRIA DE UM POUSO EM UBATUBA


Sr. Lindolfo, último a direita, de chapéu e paletó branco, observa o avião, em 1933. Pouso do Avião de  Leon Antoine - Praia do Cruzeiro ( Antiga Praia de Iperoig)

Era uma tarde luminosa do mês de junho de 1933 em Ubatuba, época de tantos peixes que as tainhas podiam ser apanhadas na praia, apenas com as mãos. Época em que os parcos 800 habitantes da cidade viviam ainda o espanto de seu primeiro contato com um automóvel, ocorrido poucas semanas antes. Mas nessa tarde o espanto seria maior: sem qualquer aviso ou preparação na praia do Cruzeiro, centro da cidade - cujas árvores haviam sido cortadas exatamente para uma emergência desse tipo na Revolução de 32, mas nunca sucedida - desceu um avião da Cia. Aero-Postale, que fazia a linha aérea regular entre França e Argentina. Nos 11 mil quilômetros do percurso passava pela costa atlântica brasileira e teria descido em Santos, na base aérea da Praia Grande, não fosse pela má visibilidade.


IGREJA DA MATRIZ .....DÉCADA DE 50...



Esquina da Rua Jordão  Homem da Costa  com a Rua Condessa  de Vimieiro ( ao lado da Igrevja da Matriz) .Cortesia  Odaury Carneiro.

SOBRE OS SUMIDOS VASOS COLONIAIS DO CASARÃO DO PORTO..............


terça-feira, 13 de setembro de 2016

CHEGANDO E FICANDO POR AQUI.

Jorge Tudan



               Escutando a narrativa a respeito do Sr. Igawa, fiquei sabendo de muitas coisas relativas ao seu empreendimento (Iwashi – Indústria e Comércio Ubatuba S/A, e, depois, Iwashi –Irmãos Igawa S/A), no Canto do Acaraú, no tempo em que aquela avenida ainda tinha o nome de 9 de julho. Mais tarde a denominação passou a ser Avenida Leovegildo Dias Vieira. Na verdade, tenho um monte de pistas para outros textos, outras pesquisas. 


UBATUBA, DOS DESTEMIDOS E TRAÍDOS TUPINAMBÁS AO PROGRESSO

Ubatuba faz parte de uma região litorânea maior ocupada pelos índios tupinambás. A primeira possível referência ao local aparece na obra de Hans Staden, que teria permanecido em uma aldeia chamada Uwatibi. Tanto Hans Staden quanto outros autores europeus da época mencionam que o chefe supremo dos tupinambás eraCunhambebe e que seu território se estendia desde o rio Juqueriquerê, emCaraguatatuba, até o cabo de São Tomé, no leste do estado do Rio de Janeiro, abrangendo também todo o território ao longo do rio Paraíba do Sul.


CUNHAMBEBE , PAI E FILHO TUPINAMBÁ.........









Estatua em Homenagem a Cunhambebe, grande chefe da nação Tupinambá


A história de Ubatuba é marcada por personalidades ilustres.Dentre todas elas uma se destaca:Cunhambebe ,porem poucos se atentam ao fato de haver dois Cunhambebes, o pai e o filho.O Pai não menos ilustre,foi responsável pela captura e cativeiro de Hans Staden , e é citado pelo mesmo em seu livro “hésculeo e destemido”.

sábado, 10 de setembro de 2016

1889.......DECRETO PRORROGA O PRAZO PARA INCORPORAÇÃO A COMPANHIA QUE CONSTRUIRÁ A ESTRADA DE FERRO UBATUBA - TAUBATÉ

1889...........Decreto prorroga por mais 6 meses o prazo marcado para o Dr. Francisco Ribeiro de Moura Escobar e Victoriano Eugênio Marcondes Varella a fim de incorporarem a companhia que, nos termos do Decreto n.º 10150 de 5 de janeiro de 1889, vai levar a efeito a construção da Estrada de Ferro Taubaté-Ubatuba. (Jornal do Povo).

1888..DIVULGADA A ASSINATURA PARA A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO ENTRE UBATUBA E TAUBATÉ.



Em  1888 ....  Divulga-se a assinatura pelos Drs. Francisco Ribeiro de Moura Escobar e Victoriano Eugênio Marcondes Varella com o governo da província (Dr. Pedro Vicente de Azevedo) do contrato de autorização para construção, uso e gozo de uma estrada de ferro ligando Taubaté ao litoral para o que cooperou abundante-mente o Dr. Lopes Chaves. (Diário Paulista).

1933..........FÉRIAS EM UBATUBA...........




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A tradição do taubateano passar as féria em Ubatuba teve início há 80 anos, em 1 de maio de 1933. Foi nessa data que o industrial Felix Guisard fez a primeira excursão ao litoral norte. Era uma época sem rodovias ou asfalto. Para chegar lá, só abrindo trilhas, encarando a mata e esbarrando em animais mortos por onças. Uma verdadeira aventura.  O trajeto durou mais de dez horas. Mas valeu a pena! Felix Guisard ficou encantado com aquela maravilha da natureza tão próxima de Taubaté.

1874.............CONTRATADA A CONSTRUÇÃO DE UMA ESTRADA DE FERRO ENTRE UBATUBA E GUARATINGUETÁ...........




Em 31 de Agosto de 1874..........Charles Bernard e Sebastião Gomes da Silva Belfort contratam a construção de uma estrada de ferro por tração animada entre o Porto de Ubatuba e a cidade de Guaratinguetá com um ramal para Pindamonhangaba, mas reconhecem logo a inexequibilidade do contrato sendo infrutíferos os esforços empregados para a organização de uma companhia. A lei provincial n.º 8 de 20 de março de 1875 (vide) procurou socorrê-los. (A Imprensa de Taubaté).

1901......PROJETO DE REFORMA ELEITORAL ASSEGURA REPRESENTAÇÃO AS MINORIAS QUE OBTIVERAM UM QUINTO DOS VOTOS EM NOSSA REGIÃO

1905   Projeto de reforma eleitoral, apresentado à Assembléia Legislativa pelo líder do governo Jorge Tibiriçá, Sr. Dr. Herculano de Freitas, assegura representação às minorias que obtiveram pelo menos um quinto dos votos apurados. Divide o Estado em 10 circunscrições sendo Guaratinguetá sede do 3.º distrito e Taubaté do 2.º com os seguintes municípios: Tremembé, Redenção, Caçapava, Buquira, São José dos Campos, Jambeiro, Santa Isabel, Patrocínio de Santa Isabel, Jacareí, Santa Branca, São José do Paraitinga (Salesópolis), Mogi das Cruzes, 


GLOSSÁRIO CAIÇARA DE UBATUBA, agora disponível na rede.

Esta pequena compilação surgiu, em sua maior parte, da convivência diária com a comunidade de pescadores tradicionais da Praia da Enseada em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Este glossário nem de longe abrange ou pretende alcançar a totalidade do universo de expressões e palavras usadas no falar característico do povo Caiçara. É apenas o resultado de curtos 7 anos de convivência íntima com alguns dos últimos guardiões da antiga tradição Caiçara local, tradição que hoje se detecta tão somente por este falar característico recheado de arcaísmos, palavras e expressões forjadas no linguajar ibérico e tupi, que a nova geração já não usa mais.

AGORA DISPONÍVEL AQUI


Exemplares disponíveis pelo email: bambuluz@yahoo.com.br

ILHA ANCHIETA 110 ANOS ATRÁS





Escritura de compra e venda da Ilha Anchieta, foto Peter Németh.



Durante os últimos dois dias me debrucei sobre os três contratos de compra e venda da Ilha dos Porcos, hoje ilha Anchieta, mergulhando exatos 110 anos no passado, tempo da expropriação forçada de 148 pessoas, proprietárias de edificações, terras, plantações, benfeitorias, canaviais, cafezais, pomares e pelo menos 35 coqueiros. Noventa e cinco (95) "vendas" foram concretizadas pelos 92 proprietários de 1 ex-escola do sexo feminino, 2 casas-armazém sendo uma de secos, molhados e fazendas (tecidos), 4 galpões, 2 galpões de canoas, 1 rancho de canoas, totalizando 116 edificações.

OS FALSOS NOMES DA ILHA ANCHIETA




O costume moderno de "copiar e colar" levou à graves erros quanto aos antigos nomes da Ilha Anchieta, que de tanto serem automaticamente repetidos, estão se tornando falsas "verdades".

Sebastião Lourenço, um grande Mestre Caiçara.


Hoje infelizmente recebo a notícia que meu grande amigo e Mestre Caiçara, o Tião Lourenço, faleceu.
Mais um arquivo vivo da cultura caiçara de Ubatuba nos deixou, uma enorme biblioteca de memórias haliêuticas que se perdeu.
Colocando o sobrenício na canoa. Foto: Peter santos Németh, 2010.

MESTRE ANTONIO PERES da Praia do Lázaro.





















Pesquisando já há um bom tempo sobre a Ilha Anchieta, encontrei alguns depoimentos interessantes sobre a Ilha, levantados junto aos pescadores locais em 1974, que integram os relatórios FUMEST para o Plano de Exploração Turística da Ilha Anchieta .


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Pra ter jongo é preciso ter terra


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fazenda é coordenado pelo senhor Zé Pedro. Ele guarda quase 80 anos de luta, resistências e sorrisos pairam nessa pessoa e contagia todos àqueles que chegam à comunidade quilombola do norte de Ubatuba. Uma casa de farinha com uma antiga roda d’água ainda em funcionamento para a fabricação da farinha de mandioca, uma linda construção de pau à pique para a venda do artesanato e muitas belezas naturais fazem parte dessa paisagem viva. A Fazenda é mais um reduto de cultura tradicional caiçara para conhecer e desbravar o lado pouco conhecido da cidade.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

AS CARAVANAS - PARTE 1

Meu povo caiçara na escola  (Arquivo Ir. Iolanda)

                        Bem-vinda ao blog, Mel Fulli Frias!
               Conversando com a amiga Neide, do Saco dos Morcegos, da família Antunes de Sá, recordamos do tempo em que ela e outras meninas foram acolhidas na A.L.A (Assistência ao Litoral de Anchieta), sob os cuidados das religiosas Cônegas de Santo Agostinho, cuja obra começou em 1957 e se findou em 1986, quando a prefeitura comprou o prédio onde funcionou essa importante obra assistencial e educacional da caiçarada. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

CERCO DE PESCA NA PRAIA DO ITAGUÁ. ANO 1960...........


Olha a perseguição às tainhas, no Canto do Acaraú, em 

1960! (Arquivo Igawa)

JOÃO GLORIOSO E SUA CANOA DE VOGA........


Aí está em foto raríssima, João Glorioso da Cruz, em sua canoa Voga, fazendo o que ele mais gostava e sabia: pescar. Seu João Gloriosos, foi um homem muito à frente de seu tempo, natural de Caraguatatuba, foi para o Saco da Ribeira, onde montou um armazém de secos e molhados, como se dizia na época. Casa São João, esse era o nome do estabelecimento. Tiburcio Silvério Guedes, mais conhecido por Zeca, casado com sua filha Esmerânia, era quem administrava.

OS CAIÇARAS..

OS CAIÇARAS
Por Odaury Carneiro
Comentario  de Peter Santos Németh.
Essa foto é na Praia da Enseada em Ubatuba. Foi 
tirada em 1950 pelo Sr. Prochaska. Nela está o 
Giraud 
"velho" e seu filho Otacílio Giraud.