terça-feira, 20 de setembro de 2016

TUPINAMBÁS, OS PRIMEIROS UBATUBENSES............




Tupinambá é o nome de um povo indígena brasileiro que, por volta do século XVI, habitava duas regiões da costabrasileira: a primeira ia desde a margem direita do Rio São Francisco até o Recôncavo Baiano;[1] a segunda ia do Cabo de São Tomé, no atual estado do Rio de Janeiro, até São Sebastião, no atual estado de São Paulo. Este segundo grupo também era chamado de tamoio.[2] [3] Compunham-se de 100 000 indivíduos. Eram a nação indígena mais conhecida da costa brasileira pelos navegadores europeus do século XVI.[3] Atualmente, o principal grupo tupinambá reside no sul do estado da Bahia: são os tupinambás de Olivença.





Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos. Autores como o alemão Hans Staden (“História verdadeira e descrição de uma terra de selvagens…”)[1] e os franceses Jean de Léry (“História de uma viagem feita à terra do Brasil”) e André Thevet (“As singularidades da França Antártica…”), todos do século XVI, além das cartas jesuíticas da época, nos dão notícias muito precisas acerca de quem eram e de como viviam os índios tupinambás.
As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de açúcarno núcleo vicentino levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe chamada de “Confederação dos Tamoios“, englobando todas as aldeias tupis desde o Vale do Paraíba Paulista até o Cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra. É nesse ínterim que Nóbrega eAnchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atualUbatuba), para tentar fazer as pazes com os índios. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o padre José de Anchieta ficou cativo dos tupis em Ubatuba. Nesse período, ele teria escrito o “Poema da Virgem”. Fatos lendários e fantásticos teriam ocorrido nesta época do cativeiro, como o milagre de Anchieta: levitar entre os índios, que horrorizados, queriam que ele dali se retirasse pois pensavam tratar-se de um feiticeiro.
Seja como for, os padres, com muita diplomacia, conseguiram desmantelar a Confederação dos Tamoios, promovendo aPaz de Iperoig, o primeiro tratado de paz das Américas. Diz-se que, depois de feitas as pazes, Nóbrega advertiu os índios de que, se voltassem atrás na palavra empenhada, seriam todos destruídos, profecia que, de fato, se concretizou. Quando os portugueses atacaram os franceses do Rio de Janeiro, estes pediram ajuda aos índios, que acudiram a seus aliados. Isto levou ao extermínio dos tupinambás que moravam em aldeias em torno da Baía da Guanabara, na segunda metade do século XVI. Os que conseguiram se salvar foram os que se embrenharam nos matos com alguns franceses e os índios tupis de Ubatuba que, para não ajudarem os irmãos do Rio e não correrem riscos, ou se embrenharam nos matos ou foram assimilados pelos colonos em Ubatuba, gerando a atual população caiçara daquela região, assim como a população cabocla do Vale do Paraíba.
Contudo, o golpe fatal aos tupis foi o ataque ao último reduto francês em Cabo Frio, com a destruição de todas as aldeias. Tudo destruído com fogo e passado ao “fio da espada”. Por esses motivos e por algumas declarações que denotariam, em tese, conivência com o extermínio indígena, é que o padre José de Anchieta tem sido considerado muito polêmico até os dias atuais, embora, noutras oportunidades, tenha declarado que se entendia melhor com os índios do que com os portugueses.

fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tupinambás

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