terça-feira, 26 de abril de 2016
Ruínas & História de Ubatuba 2
Programa apresentando as atrações históricas e culturais de Ubatuba. Ruínas de antigas fazendas do período colonial, onde foram produzidas grandes riquezas que eram exportadas através do porto de Ubatuba. Apresentado pelos professores Euclides Vigneron (Zizinho) e José Ronaldo dos Santos.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Ruinas & História de Ubatuba 1
Programa apresentando as atrações históricas e culturais de Ubatuba. Ruínas de antigas fazendas do período colonial, onde foram produzidas grandes riquezas que eram exportadas através do porto de Ubatuba. Apresentado pelos professores Euclides Vigneron (Zizinho) e José Ronaldo dos Santos.
UBATUBA ANTIGA IMAGENS..........
Uma coletânea de imagens da minha querida Ubatuba,cidade localizada no Litoral Norte Paulista.
Boi de Conchas - Lenda Caiçara
Registro da festa do Boi de Conchas, de Ubatuba, feito por adolescentes da região, participantes do projeto Olhar Caiçara.
Julho - 2007
sábado, 9 de abril de 2016
E SÓ SOBROU O CASARÃO DO PORTO.................
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Memorial Ciccillo Matarazzo expõe história política de Ubatuba
O Memorial Ciccillo Matarazzo, em homenagem ao ex-prefeito de Ubatuba, entre 1964 e 1969, Francisco Matarazzo Sobrinho, revela parte da história política da cidade, no Litoral Norte (SP). Inaugurado em 27 de junho de 2008, o espaço contém jornais de época, leis do Executivo, obras literárias, fotos antigas e quadros de ex-prefeitos da cidade.“Depois de minha morte, ninguém mais se lembrará de mim”, disse Ciccillo Matarazzo ao jornalista Luiz Ernesto Kawall.
A ideia do memorial é homenagear aquele que é considerado um dos personagens que, segundo historiadores, foi quem tornou Ubatuba divulgada em todo o País e no mundo. Ele era mais conhecido por Ciccillo Matarazzo, tendo sido prefeito pelo Partido Social Progressista.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Festas não religiosas
Iaiá e Ditinho apresentam o “Boi Canarinho” na Praia de Itamambuca, Ubatuba. 1989
(foto: Kilza Setti)
(foto: Kilza Setti)
Num país em que o catolicismo é definido como religião oficial, é natural que festas e situações de lazer sejam de inspiração religiosa. Estas se mostram predominantemente alimentadas pela tradição e iniciativas populares, ainda que com apoio de instituições como a Igreja e órgãos públicos.
Já em manifestações não religiosas, festivas e de entretenimento, as políticas públicas se fazem sentir na organização de festividades ligadas ao turismo, esporte, datas cívicas e em mostras de expressões artísticas em geral. As ações das secretarias de cultura, esporte e turismo, muitas vezes ligadas a interesses econômicos, são voltadas à promoção de eventos e situações festivas que se estendem ao longo do ano.
Devoção e Festas religiosas
Maneco Almiro e Otavio Batista, em festa do Divino, centro Ubatuba, 1983 (foto: Kilza Setti)
É curiosa e inspiradora a relação que os devotos católicos estabelecem com os santos de sua devoção. Antes da chegada das religiões protestantes ao litoral, toda casa caiçara mantinha seu oratório com santos, medalhas, fitas, flores coloridas, enfim, um mundo de fantasia, de parentesco e compadrio e de cumplicidade com as imagens dos santos preferidos. A prática de troca de favores entre humanos e santos se faz na relação: oração/graça obtida, ou dança sagrada/graça a ser obtida, compra de velas e novenas em troca de favores dos santos. Isto em nada difere dos procedimentos de fiéis em grandes cidades. Mas, no mundo rural, essa relação entre devotos e santos é mais próxima.
CULTURA CAIÇARA .......OS JOVENS E AS TRADIÇÕES...
Apesar do processo de mudança que vem enfrentando desde os anos 60, a população caiçara tem mostrado consciência da necessidade de preservar suas tradições. A partir dos anos 90, particularmente, essa tendência ganhou maior intensidade graças à ação de grupos de jovens que passaram a desenvolver iniciativas para reativar festas, músicas e danças de seus antepassados.
Verifica-se que a família é um importante fator na preservação das tradições culturais, seja de hábitos de linguagem, seja de práticas musicais. A família funciona como unidade de preservação, verdadeiro celeiro em que essas tradições são conservadas, repetidas num processo contínuo e transmitidas, naturalmente, aos jovens, nas casas ou por ocasião das festas e celebrações.
A espoliação do caiçara
O caiçara do litoral paulista, particularmente das regiões disputadas como áreas nobres para a implantação de núcleos balneários e empreendimentos turísticos, foi, desde meados dos anos 60, deixado à margem desses empreendimentos e empurrado para a periferia das cidades, muitas vezes na condição de favelado, ou foi obrigado, para viver ou sobreviver, a ocupar áreas de preservação ambiental. Com a perda de território, o caiçara passa de dono da terra a intruso e verifica-se o gradual esfacelamento social e cultural dos núcleos caiçaras, empalidecendo relações de parentesco e de solidariedade vicinal. Os fluxos intermitentes de turistas e novos moradores também contribuem para a alteração da fisionomia cultural dos povos nativos.
Visão de mundo
Catarina de Oliveira Prado em sua casa. Ubatuba, Centro, 2008 (foto: Kilza Setti)
Apesar do contato cada vez mais intenso com a urbanização e com os valores que lhe são estranhos, introduzidos pela cultura global, o caiçara tem seu próprio modo de ver e analisar o mundo; tem seus sistemas referenciais para sentir o espaço, o tempo, a natureza; estabelece sua ordem social e moral e seus padrões estéticos e tem seus próprios parâmetros para avaliação do mundo. Usa, por exemplo, para localizar endereços, referenciais da natureza, tais como rios, pedreiras e árvores (jaqueiras, mangueiras, taquarais, etc). Outros marcos expressivos dentro de seu universo são também tomados como referências espaciais, tais como ‘a bomba de gasolina’, ‘o matadouro’, ‘o Grupo velho’, etc.
A CULTURA CAIÇARA.........
Caiçara é o termo usado genericamente para designar populações que nasceram e vivem em regiões litorâneas, sobretudo no sudeste do Brasil. Este Projeto refere-se especificamente à cultura dos povos caiçaras das áreas rurais do litoral paulista.
A circunstância de parcial isolamento geográfico da população caiçara, que, no litoral norte paulista, manteve-se até a abertura da BR101, e, no litoral sul, prolongou-se por mais tempo, possibilitou a manutenção de procedimentos musicais e de linguagem como que resguardados em nichos: expressões que evocam o português antigo, procedimentos vocais e instrumentais que fazem lembrar traços do barroco europeu, o gosto pelos ornamentos nos toques da rabeca e violino caiçaras, minúcias do instrumental europeu que convivem com as marimbas de possível origem angolana, indispensáveis nas congadas do litoral paulista. Estas unidades básicas do saber caiçara são interligadas e estão ainda em uso, num processo que se realimenta pela oralidade, e merecem ser conhecidas e estudadas.
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sábado, 2 de abril de 2016
DEPOIS DA ESTRADA ................
Dia de farinhada (Arquivo JRS) |
Admiro
as pessoas que têm facilidade para fazer poesias porque, quase sempre, de forma
inusitada, dizem em poucas palavras o que longas reflexões deixam a desejar.
A
nossa terra, na nossa cultura caiçara, “tem uns pares de gente assim” que muito
nos edificam. Alguns escrevem em seus espaços privativos, tal como os
anacoretas em seus retiros. É o caso do estimado José Carlos, o Góis; outros
estão no meio da multidão, na labuta que sustenta o cotidiano. O prezado
Santiago, conforme vou acompanhando suas atividades, deixa antever de onde brota
suas inspirações: da natureza e da vida em comunidade. Agora mesmo, tendo a
imagem de seu grupo plantando no morro do Camburi, reflito um desapontamento
com parte dessa nova geração do povo do meu lugar.
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