9. ITAMAMBUCA
Localização
A praia de Itamambuca está localizada na Rodovia BR 101, km 36. A praia fica a 12,6 km do centro de Ubatuba, entre as praias Vermelha do Norte e a do Félix.
Acesso
O acesso até a praia de Itamambuca pode ser de carro, pela Rodovia BR-101, ou de ônibus pela linha Centro – Picinguaba. Sua entrada fica logo no Km 36 da rodovia, passando por uma guarita do loteamento onde suas ruas são todas de terra com várias entradas até a areia da praia. A pé da guarita de entrada até a praia dá uma caminhada de no máximo 30 minutos.
Olhar
Itamambuca possui 1.200 m de cumprimento e um condomínio de casas que vai do começo ao fim da praia. Extensa de areia solta, Itamambuca é uma das praias mais apropriadas para a prática de surf. Destaca-se pela natureza exuberante com predomínio de rios de águas límpidas que deságuam na sua praia, dois deles à direita formando um lago onde se realizam atividades de recriação. A praia de Itamambuca é própria também para o mergulho e outros esportes náuticos. Mundialmente, a praia é conhecida por sediar campeonatos de surf, esta possui no canto direito, perto do rio, ondas perfeitas, elogiadas por surfistas do mundo inteiro. Na praia de Itamambuca se encontra o Itamambuca Eco Resort, um dos mais complexos empreendimentos turísticos de Ubatuba.
O nome da praia vem do tupi, ita: pedra; mambuca: porosa, devidos às fortes ondas que batem nas pedras em toda sua extensão. A paisagem de Itamambuca é classificada como mata atlântica que nasce nos morros no entorno, entre o condomínio de casas antes mencionado e a praia há uma vegetação nativa muito comum na região que é o jundu que nasce na beira das praias15.
Ao longo de Itamambuca existem quiosques distantes mais ou menos a 100 m de distância. A praia possui a Sociedade de Amigos de Itamambuca (SAI) que luta a favor da conservação da praia, fazendo vários projetos em prol desta causa. A região tem água encanada, energia elétrica e sistema de esgoto por fossa.
Demanda Turística
A Itamambuca tem uma série de pousadas, consideradas muito confortáveis e não sendo voltada para nenhum tipo de público específico, a maioria de seus hospedes são estudantes, casais sem filhos e esportistas de São Paulo, Rio de Janeiro e interior do Estado.
Itamambuca é uma das mais lindas praias do litoral Norte, ondas regulares, areias brancas e com o rio do mesmo nome indo a desembocar direto na praia, um rio de águas translúcidas onde se pode dar um mergulho refrescante no verão de Ubatuba.
10. FÉLIX
Localização
A praia do Félix se encontra no km 33 da rodovia BR 101. A 15 km do centro de Ubatuba, a única entrada da praia do Félix fica beirando a rodovia, a poucos metros do Belvedere e do posto policial rodoviário. A praia do Félix fica entre as praias de Itamambuca e Promirim.
Acesso
O acesso até a praia do Félix pode ser feito de carro, pela rodovia BR-101, ou de ônibus da empresa Cidade de Ubatuba da linha Centro – Picinguaba ou Centro Promirim. A sua entrada fica exatamente no km 33 da rodovia na guarita. A partir daí são mais ou menos 500 metros de descida com rua asfaltada.
Olhar
O Félix é uma praia de tombo com ondas fortes do lado esquerdo favorável para a prática de surf, o mar é bravio e rebelde como o espírito dos jovens que aí freqüentam, do canto direito, o mar é calmo com boas sombras, um local ótimo para as famílias que aí se reúnem. Desse lado existe uma piscina natural, uma costeira formada por pedras grandes. Também há um pequeno rio que deságua no mar, lugar apto para o mergulho amador. Na praia também está a Capela de São José, padroeiro do bairro, uma capela reformada com a ajuda dos moradores, ela foi restaurada com material de alvenaria transportado no “barco do padre”, pilotado pelo senhor Salvador, que fazia o itinerário Ubatuba – Ubatumirim, duas vezes ao dia. No Félix existe uma única família caiçara que permanece aí mantendo suas tradições da pesca e do folclore local. A paisagem do Félix foi aproveitada para a montagem do filme de longa-metragem Hans Staden por motivo dos 500 anos da descoberta do Brasil.
Atrás do posto da Policia Rodoviária, há um mirante de onde podem ser vistas as belezas naturais do Félix, um feliz encontro entre a mata atlântica com o intenso azul do mar, daí também podem ser vistas as ilhas das redondezas.
A praia possui águas e areias, muito limpas. Sem dúvida é uma das mais belas praias do município de Ubatuba, local de segundas residências. Este fenômeno turístico é de singular importância para Ubatuba, haja vista a grande quantidade de casas pertencentes a proprietários de outras cidades e que fazem parte da população que mora na cidade em determinadas temporadas.
A origem do nome da praia é uma homenagem a um antigo morador do local que segundo o relato oral era o senhor Feliz, dono de algumas propriedades pertencentes a esse setor. Proprietários estrangeiros de antigas fazendas instaladas por aí pronunciavam com dificuldade o nome deste senhor, posteriormente homenageado com o nome da praia que leva seu nome.
Demanda Turística
Existem dois restaurantes na praia do Felix e apenas um ou outro meio de hospedagem com pequenas pousadas. Os meses de maior ocupação são julho, dezembro, janeiro e fevereiro. A origem dos visitantes é principalmente de São Paulo, Rio de Janeiro e interior do Estado que viajam em busca de lazer e recriação com a natureza.
A praia do Félix se apresenta como uma incursão da terra na imensidão do mar, um lugar ideal para sonhar embaixo da sombra de árvores legendárias da mata virgem onde se tece uma das paisagens mais impressionantes do nosso itinerário, borboletas enormes aparecem dançando entre as flores e o barulho ensurdecedor das cigarras no verão preenche o ambiente de uma musicalidade exótica e exuberante que deixa aos mais incrédulos embriagados de sentido.
* * *
Após ter percorrido os dois itinerários propostos, o da visão e o do olhar, podemos constatar que as praias de Ubatuba constituem o atrativo natural mais significativo para o Município, em termos de localização, acesso, demanda e, sobretudo, de admiração estética por parte de seus habitantes e turistas, tudo isto, possibilita a movimentação da economia capaz de sustentar e de garantir a sobrevivência de sua população estável. Ainda sendo sua estrutura de médio porte, nos parece que deve ser incrementado um projeto maior. Nesse sentido, a valorização das belezas naturais da região que são o paraíso de esportistas, ecologistas, pescadores, poetas, pintores, músicos e turistas, não são suficientes, uma vez que tanto o Governo como a iniciativa privada, podem ir atrás de definir políticas de investimento capazes de transformar Ubatuba em um destino turístico desejado a favor de um outro fator indispensável e que enunciamos logo no início deste primeiro capítulo: o humano.
Toda e qualquer ação humana configura um outro tipo de espaço. Por isso, abordaremos a seguir os atrativos culturais que se apresentam como a intervenção direta do homem no espaço natural, sacralizando-se no tempo de suas ações mais imediatas, isto é, fazendo história, criando estórias e construindo assim seu imaginário cultural. Este imaginário cultural é feito de memória em imagens e em palavras vivas sempre prestes a sair para estabelecer um elo entre nosso mundo individual e o social que no caso do turismo se define pela interação do ser humano com o meio ambiente.
O caráter inter e multidisciplinar do turismo nos permitirá, portanto abordar esta categoria dos atrativos culturais a partir de uma visão antropológica e social com o intuito de revitalizar esses lugares produtos do sentir, do pensar e do agir humano.
PRÓXIMO ATUALIZAÇÃO DO LIVRO " UBATUBA, ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA " NO DIA 05 DE SETEMBRO DE 2009, SEGUIREMOS APRESENTANDO EM CAPITULOS O MESMO...ATÉ LÁ...
2. ANCORA NOS PRINCIPAIS ATRATIVOS CULTURAIS DA CIDADE
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
UBATUBA - ANO 2005 :Bloco da CaXorrada retorna às origens e engrossa o caldo do carnaval de marchinhas
Este ano Ubatuba pretende resgatar o carnaval à moda antiga. Um carnaval voltado para a manifestação da cultura caiçara, com marchinhas, brincadeiras, fantasias e, principalmente, um carnaval dedicado às famílias, com segurança e organização. Essa é a proposta da prefeitura de Ubatuba, da Fundart (Fundação de Arte e Cultura) e da Secretaria de Turismo do município para a festividade de 2005 em Ubatuba. O Bloco promete resgatar o carnaval da família e da brincadeira de rua
Segundo o prefeito de Ubatuba, Eduardo César, o resgate da cultura popular é muito importante para que as manifestações caiçaras não deixem de existir. “Esse ano, estamos iniciando o resgate do carnaval sadio, folclórico e familiar. Nosso objetivo é resgatar, a cada ano, a cultura e a beleza do foclore caiçara”, explicou.
Para as crianças, será realizado o baile infantil, no Ginásio de Esportes Tubão, nas tardes de sábado a terça-feira, sempre a partir das 14h00.Além dos desfiles tradicionais na avenida, acontecerá o Baile Popular na Praça Exaltação, com uma banda formada por músicos da Lira Padre Anchieta tocando no coreto. A banda recordará marchinhas antigas durante as quatro noites de carnaval, a partir das 21h00.
Carnaval sem malícia
Combinando com o carnaval à moda antiga, que renasce em Ubatuba, o tradicional Bloco da CaXorrada voltará a tocar marchinhas com o acompanhamento de instrumentos de sopro e bateria show, relembrando seu primeiro desfile, há 27 anos.
O bloco preparou também uma marchinha inédita. Esse bloco é conhecido no Brasil inteiro, por levar às ruas de Ubatuba, todos os anos, centenas de homens vestidos de mulheres e mulheres vestidas de homens.
Em 2005, o Bloco da CaXorrada promete resgatar o carnaval da família e da brincadeira de rua. Segundo o compositor das marchinhas e um dos fundadores do bloco, o folião Julinho Mendes, “a intenção é resgatar o carnaval sem malícia, com fantasias que agradam tanto aos turistas quanto às famílias da nossa terra”.
Segundo o prefeito de Ubatuba, Eduardo César, o resgate da cultura popular é muito importante para que as manifestações caiçaras não deixem de existir. “Esse ano, estamos iniciando o resgate do carnaval sadio, folclórico e familiar. Nosso objetivo é resgatar, a cada ano, a cultura e a beleza do foclore caiçara”, explicou.
Para as crianças, será realizado o baile infantil, no Ginásio de Esportes Tubão, nas tardes de sábado a terça-feira, sempre a partir das 14h00.Além dos desfiles tradicionais na avenida, acontecerá o Baile Popular na Praça Exaltação, com uma banda formada por músicos da Lira Padre Anchieta tocando no coreto. A banda recordará marchinhas antigas durante as quatro noites de carnaval, a partir das 21h00.
Carnaval sem malícia
Combinando com o carnaval à moda antiga, que renasce em Ubatuba, o tradicional Bloco da CaXorrada voltará a tocar marchinhas com o acompanhamento de instrumentos de sopro e bateria show, relembrando seu primeiro desfile, há 27 anos.
O bloco preparou também uma marchinha inédita. Esse bloco é conhecido no Brasil inteiro, por levar às ruas de Ubatuba, todos os anos, centenas de homens vestidos de mulheres e mulheres vestidas de homens.
Em 2005, o Bloco da CaXorrada promete resgatar o carnaval da família e da brincadeira de rua. Segundo o compositor das marchinhas e um dos fundadores do bloco, o folião Julinho Mendes, “a intenção é resgatar o carnaval sem malícia, com fantasias que agradam tanto aos turistas quanto às famílias da nossa terra”.
A história da CaXorrada
O Bloco da Caxorrada estreou na avenida de Ubatuba na década de 70, resultado de uma antiga rivalidade entre os times de futebol Esporte Clube Itaguá e Mocidade Alegre do Itaguá. Essa rivalidade se estendeu ao carnaval quando os dois times resolveram criar as escolas de Samba GRES “Mocidade Alegre do Itaguá” e “GRES Brasília”.
No futebol, a disputa era acirrada: um ano ganhava o Itaguá, no outro, o Brasília. No carnaval, em apenas dois anos de competições entre as duas escolas, o Itaguá, por ser mais experiente e por saber explorar os quesitos do enredo, num carnaval mais técnico, faturou o bi-campeonato.
O público, porém, achou que o Brasília merecia o título, pela beleza do desfile. O Brasília não se conformou com essa derrota, achando que houve “cachorrada” por parte dos jurados. Assim nasceu o Bloco da Caxorrada, como forma de protesto. Através das marchinhas, eles satirizavam de forma irreverente os jurados, que votaram através de um “X”, deram a vitória do ao Itaguá. Desse carnaval em diante, o bloco só aumentou.
Fonte:Imprensa Livre - Data:31/1/2005
domingo, 16 de agosto de 2009
CONFIRA MAIS UM TRECHO DO LIVRO " UBATUBA , ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA "
5.
A ILHA ANCHIETA
Localização
A Ilha Anchieta está a 500 metros do continente e a 18 km da praia do saco da Ribeira na costa do Município de Ubatuba. A Ilha abrange 828 hectares com 5 km de largura e 3,9 km de altura, medidas consideradas máximas. Sua latitude de 45° 04’ W e sua profundidade varia entre três e doze metros.
Acesso
O único modo de chegar até a Ilha Anchieta é por meio de transporte hidroviário, cujo acesso principal é pela Enseada das Palmas, que dista 4,3 milhas náuticas, isto é, 8 km a partir do Saco da Ribeira e também do Itaguá. O trajeto é feito em aproximadamente 25 minutos de escuna.
Olhar
A Ilha Anchieta encanta seus visitantes com suas sete praias paradisíacas, abriga uma rica fauna da Mata Atlântica onde vivem capivaras, pacas, macaco – prego, sagüis, quatis, gambás, lagartos, preguiças, tatus e cotias. Levantamentos científicos constataram a presença de 50 espécies de aves, entre as quais estão: sabiá, juriti, tangará, tiesanquê, colerinha, saivá, bem–te–vi, atogá, gaivota e beija-flor.
Nas águas cristalinas que rodeiam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, rabalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, todos protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade.
Tartarugas marinhas utilizam a região como área de alimentação e são protegidas no Parque pelo Núcleo de Atividades do projeto TAMAR/IBAMA.No Parque Estadual é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha; colher mudas, cortar plantas; levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.
A costa é de pouca profundidade e sofre da influência dos rios da região, a temperatura média da água é de 20° a 28°, entretanto, podem ocorrer quedas bruscas da mesma, chegando a 15 ° C, por isto, o uso de roupas isotérmicas é sempre aconselhável o ano todo. A visibilidade da Ilha e na Ilha varia muito em função das correntes e condições climáticas. O fundo do mar é composto por costões rochosos e areia, contando com corais cérebro, esponjas, algas, tartarugas, budiões, arraias – prego, garoupas, badejones e peixes coloridos, principalmente na Ponta Sul. Algumas vezes aparecem golfinhos que encantam com suas brincadeiras, este espetáculo não é via de regra. A melhor época para praticar mergulho na Ilha é de janeiro até abril, tomando cuidado com a instabilidade da temperatura da água.
Apesar do Parque Estadual da Ilha Anchieta possuir sete praias, apenas cinco são abertas para visitação: a praia do Presídio, a praia do sapateiro, a praia das Palmas, a praia do Engenho e a praia do Sul. As outras duas são áreas de preservação e reflorestamento. As trilhas conducentes para a praia do Engenho e do Sul são interessantíssimas para quem gosta de ver a vegetação e os animais em seu habitat.
As praias do Presídio e do Sapateiro são as praias de recepção da Ilha, o píer usado para o embarque e desembarque dos visitantes e o que delimita suas fronteiras. São praias de tombo onde não é aconselhável o nado para crianças, praias belíssimas de águas cristalinas e areia bem límpida. Todas as construções da Ilha ficam em suas imediações: o centro do atendimento ao turista, por exemplo, que funciona como guia e o museu da Ilha, logo atrás do centro, onde estão localizadas as ruínas do antigo presídio. No dia 20 de junho de 1952, no Presídio da Ilha Anchieta aconteceu um dos episódios mais sangrentos da história do Litoral Norte e que tingiu de sangue o paraíso natural outrora tão preservado pelas comunidades indígenas que aí moraram. Na época o presídio contava com 465 detentos em 8 pavilhões, uma superlotação que provavelmente tenha sido o motivo principal da revolta dos presos.
Apesar de que muitos - como diz o cronista, achavam improvável este tipo de mobilização pelas dificuldades naturais que o mar representava, o início da rebelião foi no momento em que os presos saiam para executar serviços fora do presídio. 117 presos saíram escoltados por 3 policiais que invadiram o presídio depois de atacar e matar alguns destes policiais. Mais de 250 presos fugiram enquanto 76 soldados procuravam conter a eminente rebelião. Em lanchas, jangadas de bambu e tambores de petróleo vazios, os presos saíram da Ilha rumo à desejada liberdade. Uma das lanchas que correu esta sorte, sem roteiro de navegação, dirigia-se a Parati. Houve briga dentro dela cuja capacidade era para 40 pessoas, entretanto, portava 90 que lutavam por destinos diversos. A embarcação bateu nos rochedos e se partiu no meio, muitos de seus tripulantes acabaram morrendo. Uma força tarefa organizada que incluía o Exército, Polícia Militar e Aeronáutica se mobilizou à casa dos fugitivos da lei. O saldo desta rebelião foi: 12 detentos mortos, 8 policiais e 2 funcionários civis. O Presídio da Ilha Anchieta foi desativado em 1955, por falta de condições e segurança. Hoje em dia, o Presídio da Ilha Anchieta virou um ponto turístico de visitação em Ubatuba.
Existe na Ilha um único lugar de hospedagem para estudantes e pesquisadores que cobra uma pequena taxa de manutenção, um restaurante desativado e a casa de um dos diretores do Parque.
O nome da Ilha é Parque Estadual da Ilha Anchieta e tem como atual diretor Manoel de Azevedo Fontes. A Ilha como já dissemos é um Parque Nacional de proteção integral administrado pelo Instituto Florestal que é um órgão da Secretaria Municipal do Estado de São Paulo. A Ilha possui uma pequena infra-estrutura que consiste em um píer para o embarque e desembarque de turistas, um centro de informações e de recepção que oferece mapa da Ilha e as normas de visitação, as ruínas de um presídio desativado desde 1955, aberto; um pequeno alojamento para trinta pessoas autorizadas às quais se cobra uma pequena taxa para manutenção, um restaurante desativado por falta de licitação, em projeto de voltar a funcionar e uma casa construída antes da formação do parque.
Não existem moradores na Ilha, as pessoas que trabalham lá voltam para suas casas na noite, só pernoitam na Ilha alguns estudantes e pesquisadores com autorização para ficar. A Ilha só pode receber um barco cada 10 minutos e no máximo 1.020 visitantes por dia.
Demanda Turística
O atrativo mais requisitado pelos numerosos visitantes da Ilha é a praia do Engelho. Geralmente, as pessoas que vão até a Ilha Anchieta estão em busca de mergulho em suas águas transparentes cheias de peixes. A região oferece uma grande diversidade de lazer aos turistas como caminhar pelas trilhas ou visitar o patrimônio cultural do presídio ao qual nos referiremos no item âncoras nos principais pontos turísticos de Ubatuba. A Ilha Anchieta virou atração turística conquistando visitantes, pesquisadores e estudiosos de todas as partes do mundo.
Mesmo com a intervenção humana na Ilha, esta não perdeu sua identidade: o vitalismo da natureza em estado mais puro.
6. TONINHAS
Localização
A praia das Toninhas está localizada na região sul de Ubatuba, a 8,3 km do centro da cidade, entre a praia Grande e a Ponta do Espia.
Acesso
O acesso para Toninhas é feito pela Rodovia Rio - Santos. Distante a 8,3 km do centro de Ubatuba. São várias as ruas de terra através das quais se chega até as suas areias. Ônibus da empresa Cidade de Ubatuba oferecem opções com regularidade.
Olhar
Toninhas é uma praia reclinada para o mar com areias finas e amarelada. No início do verão, época de acasalamento das toninhas, golfinhos pequenos que dão o nome à praia aparecem para dar o ar da graça aos turistas e visitantes. Esta praia é considerada boa para banho e para a prática esportiva do surf.
O belo espetáculo das águas nas Toninhas faz desta, uma das praias mais tradicionais de Ubatuba, uma grande área construída que compreende diversos hotéis, sendo que alguns possuem arquitetura similar aos meios de hospedagem europeus. Nos cerca de 1.500 metros de extensão ao longo de sua orla podem ser encontrados quiosques, excelentes restaurantes e bares à beira mar.
A praia possui um dos melhores sistemas de saneamento de todo o Município, atendido pela SABESP. A CETESP, responsável pelo saneamento ambiental, divulga diariamente boletins retratando a balneabilidade de suas águas. As ondas do mar em Toninhas são fortes, principalmente no início da tarde, quando a praia é acometida por ventos de alta intensidade que permitem a prática do surf e de outros esportes náuticos.
O nome de Toninhas que a praia ostenta, merece um pouco de atenção da nossa parte, uma vez que a espécie animal, considerada uma das mais inteligentes depois do homem, é justamente, a dos delfins. Descendentes de mamíferos terrestres, as toninhas comunicam-se por meio de ultra – sons, a terceira visão. Toda espécie da família destes brincalhões domesticáveis é chamada de botos, golfinhos ou toninhas. Outrora, quando a cadeia alimentar encontrava-se em perfeito equilíbrio havia muitas toninhas nesta praia que hoje leva esse nome.
Nas Toninhas, conta a história oral, ocorreram fatos misteriosos que até hoje não se sabe se são lendas ou verdade.Pouco importa quando se trata da tradição popular e do imaginário caiçara que vem a nos instigar.
A lenda dos marinhos inicia-se com a constatação de uma estiada que afetava Ubatuba e região. Moradores da praia das Toninhas se queixavam com maior ímpeto da seca que comprometia a pesca de sobrevivência. Tonico Honorato, patriarca sabido das Toninhas pregava a seca como um castigo divino. Ante a voz ancestral, o povo rezava e, enquanto elevava suas prezes para o céu, dois amigos; Julio e Camilo reparavam na estranha conduta do colega Marino que estava arredio, mas com um êxito inusitado na atividade da pesca. Seguindo-o puderam presenciar o surgimento das águas de uma encantadora mulher com a qual Marino se estreitou em um idílico abraço. Um dia, a fascinante mulher emergida das águas tardou em aparecer e, contrário às outras vezes, mostrava muito ansiosa por voltar para o mar. O amante quis retê-la e na luta conseguiu ver na garganta dela uma enorme guelra vermelha que nos peixes funciona como órgão respiratório. Em um gesto rápido Marino extirpou a guelra de Ondina que lhe impedia falar e que a condicionava a viver nas profundezas do oceano. Após este gesto de amor, Marino e Ondina trocaram juras de amor eterno e formaram o lar dos Marinhos na praia das Toninhas. (De Oliveira, 1995: 44 ss).
Outrora, Toninhas também foi passagem de pedestres que se dirigiam à cidade. Eles vinham por uma trilha que saia da praia da Enseada, passava por toda a praia das Toninhas e seguia para a Praia Grande.Dizem os mais velhos, que em algumas noites, passava em alta velocidade, uma carruagem escura sem o cocheiro. Quem viu afirma ser uma visão horripilante! Mas o tempo passou e as assombrações ficaram no passado. Hoje, Toninhas, glamourosa e deslumbrante avista o Atlântico desde o requinte dos seus hotéis, dos restaurantes à beira da praia em um eterno happy hour que esbanja nos cardápios o sabor da comida local e internacional.
Demanda Turística
A praia das Toninhas é freqüentada por famílias e surfistas, estes últimos beneficiados nos dias de mar agitado. Toninhas é do agrado de todo tipo de público, àqueles que gostam de descobertas, no canto direito do Condomínio fechado Wembley Inn, a cinco minutos a pé, encontra-se a trilha que leva até a Pedra Quadrada, interessante para os que gostam de pescar ou de apreciar a bela vista que daí é possível admirar.
A rede hoteleira se vê beneficiada, principalmente, nos meses de janeiro, dezembro e fevereiro, estes centros de hospedagem chegam a registrar altos índices de ocupação e visitação decorrentes da praia. Os próprios hotéis organizam mapas e roteiros que são veiculados nos principais pólos de emissão de turistas para a região de Minas Gerais, Taubaté, vale do Paraíba, etc.
Lita Chastan faz uma homenagem a esta praia no seu livro São Paulo Litoral Norte – caiçaras e franceses (1999), com o poema “Encanto das Toninhas”.
Foi canto – feitiçaria
capricho, fado, alquimia
visão, sonho e encanto
encantamento e magia
bem na ponta das Toninhas!
7. TENÓRIO
Localização
A praia do Tenório está a 4 km ao sul do centro de Ubatuba, bem próxima, em um condomínio de casas de veraneio onde possui uma guarita de entrada. Ela está entre as praias, Grande e a Vermelha do Centro.
Acesso
O acesso à praia do Tenório pode ser realizado pelo bairro do Itaguá, para quem vem do centro pela Av. Leovegildo Dias Vieira e depois seguindo pela Av. Capitão Felipe, pegando a Rua Irene já no bairro da praia do Tenório; ou ainda, pela Praia Grande, seguindo a marginal no sentido centro até chegar a uma guarita no condomínio da praia.
Olhar
Tenório é um cartão postal de Ubatuba com seu mar azul, areias brancas e ondas regulares. Ornamentada por frondosos abricoteiros14.
Esta praia é ideal para fazer caminhada ao longo de toda sua orla, arborizada e ladeada por rochedos. Praia de areias finas, brancas e macias. A construção de quiosques afeta a paisagem desde a qual se pode observar a Ilha Anchieta e o resto da baia central de Ubatuba.
Por volta do ano de 1.700, quando Ubatuba ainda era uma Aldeia, contava entre suas praias com o sitio do senhor Manoel de Oliveira Thenório, descendente direto de colonizadores portugueses. Após seu assassinato, praticado por seu afilhado Zé do Porfírio, a família vendeu a propriedade. Mais tarde o terreno veio a pertencer a Vladimir Toledo Pizza que construiu um alambique onde se fabricava “pinga de Iperoig”, aí os visitantes do sitio “matavam o bicho”, que em caiçara significa beber muito.
Hoje em dia, a praia do Tenório possui uma boa infra – estrutura de quiosques, posto de salva – vidas e um lugar interessante para a prática de esportes náuticos. Também possui água potável e energia elétrica, a rede de esgoto ainda não foi liberada. O transporte público chega às proximidades da praia do Tenório. Existe a atividade da pesca na praia e quando a ondulação do mar vem do sul ou do sudeste, o canto direito da mesma é propício para a prática do surfismo.
A gastronomia se dá em pequenos quiosques à beira mar no Tenório, oferece petiscos de frutos do mar, lula frita, peixe azul marinho com banana, casquinha de siri e uma diversidade de peixes acompanhados de refrescante cerveja, a bebida nacional.
Demanda Turística
Tenório é um atrativo natural bastante freqüentado por turistas e moradores, possui uma ótima balneabilidade, além da infra – estrutura oferecida. Mesmo sendo identificado o uso turístico desses atrativos naturais, ainda é necessário o planejamento e a criação de novas ações estratégicas capazes de fomentar o turismo neste lugar, para que haja um melhor aproveitamento. O desenvolvimento bem planejado do turismo exige um plano ou uma estratégia de desenvolvimento regional e este deve ser flexível para que de acordo com as circunstâncias contextuais possa haver ajustes e reformulações em relação às mudanças internas e externas. O processo de planejamento, afirma Chris Cooper é minucioso e necessário (Cooper, 2001: 253).
A complexidade da industria turística requer de cuidados, pois a sua abrangência: econômica, ambiental e social compromete o desenvolvimento do local, porém da região como um todo. A questão da sustentabilidade, segundo o autor anteriormente citado, e o próprio planejamento, a solidez e a consistência do mesmo. Falamos da praia do Tenório como exemplo de um planejamento específico, mas a sua extensão e aproveitamento têm a ver com todo o município de Ubatuba.
As falhas no plano de desenvolvimento da praia do Tenório talvez sejam causadas pelo descuido ou omissão em alguns estágios do planejamento ou implementação, mas gostaríamos de salientar que pode haver ações corretivas que podem ser desenvolvidas para diminuir alguns de seus problemas.
As pessoas que freqüentam a praia do Tenório buscam principalmente surf, pesca, descanso e diversão. Elas se estão preocupando cada vez mais com o meio ambiente, evitam poluir e jogar lixo, mas a consciência em relação à preservação do meio ambiente ainda deve ser uma consigna mais generalizada. A preocupação com o meio ambiente turístico seja este natural ou artificial está ligado à noção do desenvolvimento sustentável. Uma atividade ecológica pode ajudar no crescimento econômico a longo prazo, oferecendo um produto turístico melhor, economizando recursos e melhorando a visão do público a respeito do atrativo turístico.
PRÓXIMOS CAPITULOS : PRAIA VERMELHA, ITAMABUCA E FELIX.....
CONFIRA ATUALZIAÇÃO NO DIA 25 DE AGOSTO DE 2009, NESTE BLOG
ESPECIAL : LIVRO " UBATUBA , ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA "
A ILHA ANCHIETA
Localização
A Ilha Anchieta está a 500 metros do continente e a 18 km da praia do saco da Ribeira na costa do Município de Ubatuba. A Ilha abrange 828 hectares com 5 km de largura e 3,9 km de altura, medidas consideradas máximas. Sua latitude de 45° 04’ W e sua profundidade varia entre três e doze metros.
Acesso
O único modo de chegar até a Ilha Anchieta é por meio de transporte hidroviário, cujo acesso principal é pela Enseada das Palmas, que dista 4,3 milhas náuticas, isto é, 8 km a partir do Saco da Ribeira e também do Itaguá. O trajeto é feito em aproximadamente 25 minutos de escuna.
Olhar
A Ilha Anchieta encanta seus visitantes com suas sete praias paradisíacas, abriga uma rica fauna da Mata Atlântica onde vivem capivaras, pacas, macaco – prego, sagüis, quatis, gambás, lagartos, preguiças, tatus e cotias. Levantamentos científicos constataram a presença de 50 espécies de aves, entre as quais estão: sabiá, juriti, tangará, tiesanquê, colerinha, saivá, bem–te–vi, atogá, gaivota e beija-flor.
Nas águas cristalinas que rodeiam a ilha são encontrados cardumes de tainhas, rabalos, carapaus, sardinhas, peixes voadores e tartarugas marinhas, todos protegidos por um polígono de interdição de pesca de qualquer modalidade.
Tartarugas marinhas utilizam a região como área de alimentação e são protegidas no Parque pelo Núcleo de Atividades do projeto TAMAR/IBAMA.No Parque Estadual é proibido acampar, pescar, retirar do mar ou dos costões qualquer espécie de flora ou fauna marinha; colher mudas, cortar plantas; levar animais domésticos e abrir caminho pela mata.
A costa é de pouca profundidade e sofre da influência dos rios da região, a temperatura média da água é de 20° a 28°, entretanto, podem ocorrer quedas bruscas da mesma, chegando a 15 ° C, por isto, o uso de roupas isotérmicas é sempre aconselhável o ano todo. A visibilidade da Ilha e na Ilha varia muito em função das correntes e condições climáticas. O fundo do mar é composto por costões rochosos e areia, contando com corais cérebro, esponjas, algas, tartarugas, budiões, arraias – prego, garoupas, badejones e peixes coloridos, principalmente na Ponta Sul. Algumas vezes aparecem golfinhos que encantam com suas brincadeiras, este espetáculo não é via de regra. A melhor época para praticar mergulho na Ilha é de janeiro até abril, tomando cuidado com a instabilidade da temperatura da água.
Apesar do Parque Estadual da Ilha Anchieta possuir sete praias, apenas cinco são abertas para visitação: a praia do Presídio, a praia do sapateiro, a praia das Palmas, a praia do Engenho e a praia do Sul. As outras duas são áreas de preservação e reflorestamento. As trilhas conducentes para a praia do Engenho e do Sul são interessantíssimas para quem gosta de ver a vegetação e os animais em seu habitat.
As praias do Presídio e do Sapateiro são as praias de recepção da Ilha, o píer usado para o embarque e desembarque dos visitantes e o que delimita suas fronteiras. São praias de tombo onde não é aconselhável o nado para crianças, praias belíssimas de águas cristalinas e areia bem límpida. Todas as construções da Ilha ficam em suas imediações: o centro do atendimento ao turista, por exemplo, que funciona como guia e o museu da Ilha, logo atrás do centro, onde estão localizadas as ruínas do antigo presídio. No dia 20 de junho de 1952, no Presídio da Ilha Anchieta aconteceu um dos episódios mais sangrentos da história do Litoral Norte e que tingiu de sangue o paraíso natural outrora tão preservado pelas comunidades indígenas que aí moraram. Na época o presídio contava com 465 detentos em 8 pavilhões, uma superlotação que provavelmente tenha sido o motivo principal da revolta dos presos.
Apesar de que muitos - como diz o cronista, achavam improvável este tipo de mobilização pelas dificuldades naturais que o mar representava, o início da rebelião foi no momento em que os presos saiam para executar serviços fora do presídio. 117 presos saíram escoltados por 3 policiais que invadiram o presídio depois de atacar e matar alguns destes policiais. Mais de 250 presos fugiram enquanto 76 soldados procuravam conter a eminente rebelião. Em lanchas, jangadas de bambu e tambores de petróleo vazios, os presos saíram da Ilha rumo à desejada liberdade. Uma das lanchas que correu esta sorte, sem roteiro de navegação, dirigia-se a Parati. Houve briga dentro dela cuja capacidade era para 40 pessoas, entretanto, portava 90 que lutavam por destinos diversos. A embarcação bateu nos rochedos e se partiu no meio, muitos de seus tripulantes acabaram morrendo. Uma força tarefa organizada que incluía o Exército, Polícia Militar e Aeronáutica se mobilizou à casa dos fugitivos da lei. O saldo desta rebelião foi: 12 detentos mortos, 8 policiais e 2 funcionários civis. O Presídio da Ilha Anchieta foi desativado em 1955, por falta de condições e segurança. Hoje em dia, o Presídio da Ilha Anchieta virou um ponto turístico de visitação em Ubatuba.
Existe na Ilha um único lugar de hospedagem para estudantes e pesquisadores que cobra uma pequena taxa de manutenção, um restaurante desativado e a casa de um dos diretores do Parque.
O nome da Ilha é Parque Estadual da Ilha Anchieta e tem como atual diretor Manoel de Azevedo Fontes. A Ilha como já dissemos é um Parque Nacional de proteção integral administrado pelo Instituto Florestal que é um órgão da Secretaria Municipal do Estado de São Paulo. A Ilha possui uma pequena infra-estrutura que consiste em um píer para o embarque e desembarque de turistas, um centro de informações e de recepção que oferece mapa da Ilha e as normas de visitação, as ruínas de um presídio desativado desde 1955, aberto; um pequeno alojamento para trinta pessoas autorizadas às quais se cobra uma pequena taxa para manutenção, um restaurante desativado por falta de licitação, em projeto de voltar a funcionar e uma casa construída antes da formação do parque.
Não existem moradores na Ilha, as pessoas que trabalham lá voltam para suas casas na noite, só pernoitam na Ilha alguns estudantes e pesquisadores com autorização para ficar. A Ilha só pode receber um barco cada 10 minutos e no máximo 1.020 visitantes por dia.
Demanda Turística
O atrativo mais requisitado pelos numerosos visitantes da Ilha é a praia do Engelho. Geralmente, as pessoas que vão até a Ilha Anchieta estão em busca de mergulho em suas águas transparentes cheias de peixes. A região oferece uma grande diversidade de lazer aos turistas como caminhar pelas trilhas ou visitar o patrimônio cultural do presídio ao qual nos referiremos no item âncoras nos principais pontos turísticos de Ubatuba. A Ilha Anchieta virou atração turística conquistando visitantes, pesquisadores e estudiosos de todas as partes do mundo.
Mesmo com a intervenção humana na Ilha, esta não perdeu sua identidade: o vitalismo da natureza em estado mais puro.
6. TONINHAS
Localização
A praia das Toninhas está localizada na região sul de Ubatuba, a 8,3 km do centro da cidade, entre a praia Grande e a Ponta do Espia.
Acesso
O acesso para Toninhas é feito pela Rodovia Rio - Santos. Distante a 8,3 km do centro de Ubatuba. São várias as ruas de terra através das quais se chega até as suas areias. Ônibus da empresa Cidade de Ubatuba oferecem opções com regularidade.
Olhar
Toninhas é uma praia reclinada para o mar com areias finas e amarelada. No início do verão, época de acasalamento das toninhas, golfinhos pequenos que dão o nome à praia aparecem para dar o ar da graça aos turistas e visitantes. Esta praia é considerada boa para banho e para a prática esportiva do surf.
O belo espetáculo das águas nas Toninhas faz desta, uma das praias mais tradicionais de Ubatuba, uma grande área construída que compreende diversos hotéis, sendo que alguns possuem arquitetura similar aos meios de hospedagem europeus. Nos cerca de 1.500 metros de extensão ao longo de sua orla podem ser encontrados quiosques, excelentes restaurantes e bares à beira mar.
A praia possui um dos melhores sistemas de saneamento de todo o Município, atendido pela SABESP. A CETESP, responsável pelo saneamento ambiental, divulga diariamente boletins retratando a balneabilidade de suas águas. As ondas do mar em Toninhas são fortes, principalmente no início da tarde, quando a praia é acometida por ventos de alta intensidade que permitem a prática do surf e de outros esportes náuticos.
O nome de Toninhas que a praia ostenta, merece um pouco de atenção da nossa parte, uma vez que a espécie animal, considerada uma das mais inteligentes depois do homem, é justamente, a dos delfins. Descendentes de mamíferos terrestres, as toninhas comunicam-se por meio de ultra – sons, a terceira visão. Toda espécie da família destes brincalhões domesticáveis é chamada de botos, golfinhos ou toninhas. Outrora, quando a cadeia alimentar encontrava-se em perfeito equilíbrio havia muitas toninhas nesta praia que hoje leva esse nome.
Nas Toninhas, conta a história oral, ocorreram fatos misteriosos que até hoje não se sabe se são lendas ou verdade.Pouco importa quando se trata da tradição popular e do imaginário caiçara que vem a nos instigar.
A lenda dos marinhos inicia-se com a constatação de uma estiada que afetava Ubatuba e região. Moradores da praia das Toninhas se queixavam com maior ímpeto da seca que comprometia a pesca de sobrevivência. Tonico Honorato, patriarca sabido das Toninhas pregava a seca como um castigo divino. Ante a voz ancestral, o povo rezava e, enquanto elevava suas prezes para o céu, dois amigos; Julio e Camilo reparavam na estranha conduta do colega Marino que estava arredio, mas com um êxito inusitado na atividade da pesca. Seguindo-o puderam presenciar o surgimento das águas de uma encantadora mulher com a qual Marino se estreitou em um idílico abraço. Um dia, a fascinante mulher emergida das águas tardou em aparecer e, contrário às outras vezes, mostrava muito ansiosa por voltar para o mar. O amante quis retê-la e na luta conseguiu ver na garganta dela uma enorme guelra vermelha que nos peixes funciona como órgão respiratório. Em um gesto rápido Marino extirpou a guelra de Ondina que lhe impedia falar e que a condicionava a viver nas profundezas do oceano. Após este gesto de amor, Marino e Ondina trocaram juras de amor eterno e formaram o lar dos Marinhos na praia das Toninhas. (De Oliveira, 1995: 44 ss).
Outrora, Toninhas também foi passagem de pedestres que se dirigiam à cidade. Eles vinham por uma trilha que saia da praia da Enseada, passava por toda a praia das Toninhas e seguia para a Praia Grande.Dizem os mais velhos, que em algumas noites, passava em alta velocidade, uma carruagem escura sem o cocheiro. Quem viu afirma ser uma visão horripilante! Mas o tempo passou e as assombrações ficaram no passado. Hoje, Toninhas, glamourosa e deslumbrante avista o Atlântico desde o requinte dos seus hotéis, dos restaurantes à beira da praia em um eterno happy hour que esbanja nos cardápios o sabor da comida local e internacional.
Demanda Turística
A praia das Toninhas é freqüentada por famílias e surfistas, estes últimos beneficiados nos dias de mar agitado. Toninhas é do agrado de todo tipo de público, àqueles que gostam de descobertas, no canto direito do Condomínio fechado Wembley Inn, a cinco minutos a pé, encontra-se a trilha que leva até a Pedra Quadrada, interessante para os que gostam de pescar ou de apreciar a bela vista que daí é possível admirar.
A rede hoteleira se vê beneficiada, principalmente, nos meses de janeiro, dezembro e fevereiro, estes centros de hospedagem chegam a registrar altos índices de ocupação e visitação decorrentes da praia. Os próprios hotéis organizam mapas e roteiros que são veiculados nos principais pólos de emissão de turistas para a região de Minas Gerais, Taubaté, vale do Paraíba, etc.
Lita Chastan faz uma homenagem a esta praia no seu livro São Paulo Litoral Norte – caiçaras e franceses (1999), com o poema “Encanto das Toninhas”.
Foi canto – feitiçaria
capricho, fado, alquimia
visão, sonho e encanto
encantamento e magia
bem na ponta das Toninhas!
7. TENÓRIO
Localização
A praia do Tenório está a 4 km ao sul do centro de Ubatuba, bem próxima, em um condomínio de casas de veraneio onde possui uma guarita de entrada. Ela está entre as praias, Grande e a Vermelha do Centro.
Acesso
O acesso à praia do Tenório pode ser realizado pelo bairro do Itaguá, para quem vem do centro pela Av. Leovegildo Dias Vieira e depois seguindo pela Av. Capitão Felipe, pegando a Rua Irene já no bairro da praia do Tenório; ou ainda, pela Praia Grande, seguindo a marginal no sentido centro até chegar a uma guarita no condomínio da praia.
Olhar
Tenório é um cartão postal de Ubatuba com seu mar azul, areias brancas e ondas regulares. Ornamentada por frondosos abricoteiros14.
Esta praia é ideal para fazer caminhada ao longo de toda sua orla, arborizada e ladeada por rochedos. Praia de areias finas, brancas e macias. A construção de quiosques afeta a paisagem desde a qual se pode observar a Ilha Anchieta e o resto da baia central de Ubatuba.
Por volta do ano de 1.700, quando Ubatuba ainda era uma Aldeia, contava entre suas praias com o sitio do senhor Manoel de Oliveira Thenório, descendente direto de colonizadores portugueses. Após seu assassinato, praticado por seu afilhado Zé do Porfírio, a família vendeu a propriedade. Mais tarde o terreno veio a pertencer a Vladimir Toledo Pizza que construiu um alambique onde se fabricava “pinga de Iperoig”, aí os visitantes do sitio “matavam o bicho”, que em caiçara significa beber muito.
Hoje em dia, a praia do Tenório possui uma boa infra – estrutura de quiosques, posto de salva – vidas e um lugar interessante para a prática de esportes náuticos. Também possui água potável e energia elétrica, a rede de esgoto ainda não foi liberada. O transporte público chega às proximidades da praia do Tenório. Existe a atividade da pesca na praia e quando a ondulação do mar vem do sul ou do sudeste, o canto direito da mesma é propício para a prática do surfismo.
A gastronomia se dá em pequenos quiosques à beira mar no Tenório, oferece petiscos de frutos do mar, lula frita, peixe azul marinho com banana, casquinha de siri e uma diversidade de peixes acompanhados de refrescante cerveja, a bebida nacional.
Demanda Turística
Tenório é um atrativo natural bastante freqüentado por turistas e moradores, possui uma ótima balneabilidade, além da infra – estrutura oferecida. Mesmo sendo identificado o uso turístico desses atrativos naturais, ainda é necessário o planejamento e a criação de novas ações estratégicas capazes de fomentar o turismo neste lugar, para que haja um melhor aproveitamento. O desenvolvimento bem planejado do turismo exige um plano ou uma estratégia de desenvolvimento regional e este deve ser flexível para que de acordo com as circunstâncias contextuais possa haver ajustes e reformulações em relação às mudanças internas e externas. O processo de planejamento, afirma Chris Cooper é minucioso e necessário (Cooper, 2001: 253).
A complexidade da industria turística requer de cuidados, pois a sua abrangência: econômica, ambiental e social compromete o desenvolvimento do local, porém da região como um todo. A questão da sustentabilidade, segundo o autor anteriormente citado, e o próprio planejamento, a solidez e a consistência do mesmo. Falamos da praia do Tenório como exemplo de um planejamento específico, mas a sua extensão e aproveitamento têm a ver com todo o município de Ubatuba.
As falhas no plano de desenvolvimento da praia do Tenório talvez sejam causadas pelo descuido ou omissão em alguns estágios do planejamento ou implementação, mas gostaríamos de salientar que pode haver ações corretivas que podem ser desenvolvidas para diminuir alguns de seus problemas.
As pessoas que freqüentam a praia do Tenório buscam principalmente surf, pesca, descanso e diversão. Elas se estão preocupando cada vez mais com o meio ambiente, evitam poluir e jogar lixo, mas a consciência em relação à preservação do meio ambiente ainda deve ser uma consigna mais generalizada. A preocupação com o meio ambiente turístico seja este natural ou artificial está ligado à noção do desenvolvimento sustentável. Uma atividade ecológica pode ajudar no crescimento econômico a longo prazo, oferecendo um produto turístico melhor, economizando recursos e melhorando a visão do público a respeito do atrativo turístico.
PRÓXIMOS CAPITULOS : PRAIA VERMELHA, ITAMABUCA E FELIX.....
CONFIRA ATUALZIAÇÃO NO DIA 25 DE AGOSTO DE 2009, NESTE BLOG
ESPECIAL : LIVRO " UBATUBA , ESPAÇO, MEMORIA E CULTURA "
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Ubatuba e o Sobradão do Porto - Ontem e hoje
Hoje
A inquestionável importância arquitetônica e histórica do Sobradão do Porto justifica uma intervenção de grande porte, levando-se em consideração o restauro e consolidação de elementos estruturais, o restauro de elementos artísticos, bem como adaptações e modernização de equipamentos necessários para o uso pertinente do prédio.
Em 2007, março, a Fundart se reuniu com a superintendência do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através do arquiteto José Saia Neto e com a presidência do CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, Sr. Aldo Carvalho, então responsável pela região do Litoral Norte, para tratar do projeto de restauro do Sobradão do Porto, principal patrimônio arquitetônico de Ubatuba e um dos mais importantes do Litoral Norte. Esse encontro foi acompanhado pelas arquitetas Isabela Galvez e Fernando Palumbo, da empresa Palumbo Galvez – Arquitetura e Restauro. Em seguida foram iniciados os trabalhos relativos ao projeto de restauração do importante patrimônio, cuja construção data de 1.846.
Depois de exaustivas ações, em meados de 2008 o projeto foi encaminhado ao IPHAN, que após algumas intervenções aprovou-o, oficialmente, em fevereiro de 2009. Cabe agora ao CONDEPHAAT, já de posse do documento, sua aprovação, que está para ocorrer. Em seguida caberá ao MinC – Ministério da Cultura a liberação final para a captação de recursos objetivando a execução da obra orçada em dois milhões e quinhentos mil reais.
HISTÓRICO
Em 1846 a economia de Ubatuba suplantava até mesmo a da Vila de Santos. Nessa época, um de seus ricos comerciantes, um fazendeiro plantador de café e armador, o português Manoel Balthazar da Cunha Fortes, construiu, para sua residência, um imponente Sobrado nas proximidades do porto, nas cercanias da foz do rio Grande. Benedito, Caetano, José Pequeno, Tobias, Matheus, José “Moreira”, Thimóteo e Gregório teriam sido alguns dos escravos que trabalharam na construção do Sobradão do Porto. Suas paredes de alvenaria européia (tijolo e pedra) alternada com a técnica brasileira da taipa de pilão lembra uma versão litorânea da arquitetura urbana dos países europeus.
Foi o primeiro prédio da Vila a ter um terceiro pavimento. O térreo servia de armazém e os superiores de moradia para a família de Balthazar. O Sobradão tornou-se um símbolo daquele período de prosperidade, de poder e de riqueza irradiadas de seus gradis, das vigas imensas, das varandas voltadas para o mar, de seus salões decorados por artistas franceses. Um monumento que iria resistir à passagem de dois séculos.
Manoel Balthazar da Cunha Fortes faleceu por volta de 1874, provavelmente durante uma de suas viagens de negócios ao Rio de Janeiro. Das seis filhas, Dona Benedita Fortes Costa herdou o Sobradão mantendo a majestade do prédio até mesmo durante o período de decadência econômica de Ubatuba, que teve início com a construção das ferrovias São Paulo – Railway e a D. Pedro II.
Essas ferrovias fizeram com que a antiga estrada Imperial da Serra do Mar e o porto de Ubatuba fossem abandonados. Houve até mesmo uma tentativa frustrada de construção de uma ferrovia entre Ubatuba e Taubaté. O município não mais viveria aqueles dias de progresso e riqueza. Muitos moradores partiram, casarões e sobrados foram abandonados e esquecidos, muitos deles ruíram ou, décadas mais tarde, foram demolidos dando espaço a outro tipo de arquitetura.
Com o falecimento de Dona Benedita Fortes Costa, seu neto e herdeiro Oscar Batista da Costa, para manter o Sobradão do Porto teve de alugá-lo. Em 1926, no prédio histórico instalou-se o hotel Budapest. Posteriormente, em 1934, Oscar vendeu-o à Cia. Taubaté Industrial – CTI, de Félix Guisard. A partir de então o Sobradão do Porto, de residência tornou-se casa de veraneio.
Em 1959, o Sobradão do Porto foi tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Arquitetônico Nacional – IPHAN. Mais tarde o valor Histórico e Arquitetônico do Sobradão do Porto, e de outros edifícios como os da antiga Câmara Municipal, na Av. Iperoig, e as ruínas da sede da Fazenda Bom Retiro, no bairro da Lagoinha, seriam reconhecidos com o tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT. Em 1981, o Sobradão do Porto foi desapropriado pela Prefeitura Municipal e, em 1987, tornou-se a sede da recém-criada Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba – Fundart, em 07 de novembro de 1987.
FONTE : Fundart
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
LA VEM ESTÓRIA OU HISTÓRIA : O início do mundo
Escrito por Claudia Oliveira - Foto: Emílio Campi
Um dia vovô Braulino saiu para puxar picaré na praia da Enseada como de costume. Ele foi com o Tio Jovelino, pois para puxar o picaré era preciso duas pessoas. A rede de malhas finas, tinha madeiras roliças nas pontas. Assim um homem segurava no raso e o outro ia caminhando pelo mar puxando de vagarzinho, fazendo um cerco capturando um amontoado de peixes de diversas espécies: Paratis, Tainhas, Sargos e tantos outros que faziam parte das refeições dos caiçaras, moradores à beira-mar.Logo após a pescaria tio Jovelino colocou todo o pescado no samburá, cesto de palha, e tratou de levá-los logo embora para que vovó Maria pudesse consertar o peixe, ou seja, limpá-lo e distribuir para toda a família. Vovô Braulino ficou mais um pouco.
Caminhou até o lado esquerdo da praia quando percebeu a presença da bruxinha Brisa. Toda tristonha, estava sentada desajeitadamente em uma pedra da costeira com lágrimas nos olhos. Vovô Braulino todo preocupado, foi logo perguntando o que deixara daquele jeito. Ela, tímida, foi falando aos poucos em meio de soluços que não agüentava mais ser tão desastrada! Tudo que fazia parecia ser errado, mesmo quando tentava acertar. Sempre tropeçava em alguma coisa, derrubava leite na mesa ou caia tudo por onde passava. Vovô muito paciente disse: _Vou lhe contar a história do início do mundo! Foi aqui mesmo nas terras de Yperoig. Mais precisamente na praia do Costa. Fica entre a praia Vermelha da Fortaleza e a Praia Vermelha do Sul.“No início do mundo era tudo preto e branco. Um dia São Jorge reuniu todos os anjinhos. Deu pra cada um uma pena de passarinho, dizendo:_Pintem todos as flores do mundo com as belas cores do arco-íris.Todas as tardes um pouco antes do anoitecer os anjinhos em fila apresentavam suas tarefas.Um deles era muito desastrado! Quando foi apresentar
suas florzinhas pintadas, elas escaparam de suas mãos despetalando-se!! Então, cheio de medo, ficou no fim da fila com as mãos trêmulas. Ao apresentar sua pequenina mão ao Santo, teve uma surpresa maravilhosa!
São Jorge soprou as pétalas e, por puro milagre, surgiram incríveis espécies de borboletas de diferentes formas, tamanhos e cores. O mais incrível é que elas moram até hoje na praia do Costa ficando em volta de dois imensos pés de pitangas.O que quero dizer dona Brisa é que todos temos defeitos assim como também temos qualidades. E quando aprendemos a nos aceitar exatamente como somos, os outros passam a nos amar assim mesmo e a nossa vida fica mais feliz.
Como São Jorge ensinou ao desastrado anjinho, se não fosse ele, talvez não existiriam as belas borboletas. Brisa ainda intrigada com as informações que vovô relatava sentia-se melhor. Levantou-se, pegou sua vassoura e despediu-se do vovô dizendo “Muito obrigado, até logo!” E rumou para a região sul até a praia do Costa e lá brincou junto aos pés de pitangas com as muitas borboletas de espécies diferentes, coloridas, grandes e pequenas até ao anoitecer.
Matéria Publicada na Ubatuba em Revista Semanal #05
sábado, 1 de agosto de 2009
Shopping Porto Itaguá, novo point da cidade
Ubatubenses e turistas estão aderindo a nova moda da cidade. É o Shopping Porto Itaguá, situado à av. Leovigildo Dias Vieira, 500, esquina com a rua Milton Orlando Maia. O espaço, composto por uma área construída de 3.500m², está ancorado por dois bons e atraentes motivos de consumo: o marketing globalizado da rede McDonald’s e a carência cultural que nosso município tinha de um cinema, mesmo porque nossa bela cidade já desfilou pelas telas de muitos países, com o premiado Hans Staden e Caramuru - A invenção do Brasil, de Guel Arras (o aguardado Desmundo, de Alan Fresnot, deverá ser lançado ao final do próximo ano).
O piso inferior conta com Empório (super mercado) e Padaria (ambos deverão funcionar em breve), choperia que inaugura esta semana, o já freqüentadíssimo McDo-nald’s, sorveteria Rocha, nove lojas de roupas moda praia e surf, uma de produtos importados, banca de jornais e revistas, dois quiosques: um de café e um de bijuterias. No piso superior, estão três lojas de presentes finos, quatro de confecções, sendo uma infantil; praça de alimentação composta de duas pizzarias, creppe suíço, sushi bar; dois quiosques próximos da sala do cinema: rotisseria e café, que está sempre com uma pipoca quentinha, como nos bons tempos. Os sanitários contam com fraldários para a tranqüilidade das mamães.
Em breve, estará funcionando uma loja de acesso a internet e muitos brinquedos eletrônicos.
A festa de inauguração para os lojistas aconteceu na sexta-feira passada, 14. Já no sábado, 15, o movimento era intenso com muitas pessoas passeando por mais este espaço nobre do Itaguá. Quando falamos em Itaguá estamos falando de turista com qualidade. Hoje, com certeza, o Itaguá é o bairro da cidade que mais concentra turistas e, com este novo empreendimento, vai ser a coqueluche deste verão.
O empresário Guilherme está satisfeito e conta que a idéia de fazer um centro de compras em nossa cidade já vem há bastante tempo, mas as crises da economia adiaram a idéia, que agora é realidade, e que o empreendimento foi construído para atender uma necessidade de mercado da cidade. “Este empreendimento é para os ubatubenses, mas os turistas também são muito bem-vindos”, diz ele.
O sucesso já está sendo comprovado pelo grande público que circula pelos espaços do Porto Itaguá. A área coberta proporciona lazer garantido principalmente em dias de chuva.
FONTE : JORNAL A SEMANA NA REDE
Ubatuba 22 de dezembro de 2001 Edição Nº 163 Ano III
Portal da Maranduba valorizará região Sul de Ubatuba
JORNAL A SEMANA NA REDE ; Ubatuba 11 de Maio de 2002 Edição Nº 183 Ano III
A conclusão da obra de instalação do portal da Maranduba só depende da decisão da Sabesp de atender a exigência do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), que solicitou a mudança da passagem de uma adutora que abastece o bairro da Tabatinga. Esta adutora passa pelo local da obra e está atrapalhando o trabalho de drenagem.
A escolha do local para a instalação do portal foi totalmente técnica. Sua posição geográfica fica próxima ao marco de divisa entre os municípios de Caraguatatuba e Ubatuba. Outro aspecto que estimulou a decisão do local foi a valorização da região sul e de seus moradores, que terão uma obra de rara beleza estética e urbanística.
Segundo a unidade regional da Sabesp em Caraguatatuba, o DER informou ao órgão e solicitou um projeto para a mudança de local da adutora. O estudo foi desenvolvido. O DER devolveu pedindo uma maior adequação, dentro de diretrizes técnicas. O DER exige a mudança da adutora sem o rompimento da rodovia, o que torna o projeto complexo e a aplicação de técnicas apuradas à realização da obra.
Hoje, a obra do portal da Maranduba encontra-se com cerca de 70% do serviço do dreno concluído. São 250 metros lineares para captação e escoamento de água pluvial. Agora, para a conclusão desta etapa necessita-se da remoção da tubulação da rede da Sabesp. A concretagem das sapatas de fundação, que receberá a estrutura, já está totalmente pronta.
O projeto original teve diversas alterações, por exigências do DER para aprovação. Com isso, a Prefeitura alterou o tipo de pavimentação asfáltica e implantou um novo sistema de drenagem. Houve, também, um aditamento de tempo solicitado pela Prefeitura ao Governo do Estado, para não perder o convênio da obra.
O portal será em estrutura metálica com cobertura em arco. A largura será de 16m, altura de 14m e profundidade de 56m. No centro do portal haverá um painel lumionoso. Haverá a reurbanização da área, com estacionamento dos dois lados da pista para 20 veículos, calçamento com acesso para deficientes ao Centro de Informações Turísticas (CIT) que haverá no local.
A Comtur (Companhia Municipal de Turismo) assumirá e administrará o CIT que será reformado e adaptado na escola desativada, que fica localizada em frente à obra do portal da Maranduba. A obra é um convênio com o DADE (Departamento de Apoio das Estâncias) no valor de R$ 352.800,00. A empresa licitada e responsável é a Gama Engenharia.
A Secretaria de Obras informou que após a execução da obra da Sabesp, a Prefeitura estará concluindo o Portal da Maranduba em até 60 dias. O prefeito de Ubatuba, Paulo Ramos (PFL), afirmou que está totalmente empenhado para a viabilização deste Portal, que valorizará ainda mais à região Sul do município.
A conclusão da obra de instalação do portal da Maranduba só depende da decisão da Sabesp de atender a exigência do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), que solicitou a mudança da passagem de uma adutora que abastece o bairro da Tabatinga. Esta adutora passa pelo local da obra e está atrapalhando o trabalho de drenagem.
A escolha do local para a instalação do portal foi totalmente técnica. Sua posição geográfica fica próxima ao marco de divisa entre os municípios de Caraguatatuba e Ubatuba. Outro aspecto que estimulou a decisão do local foi a valorização da região sul e de seus moradores, que terão uma obra de rara beleza estética e urbanística.
Segundo a unidade regional da Sabesp em Caraguatatuba, o DER informou ao órgão e solicitou um projeto para a mudança de local da adutora. O estudo foi desenvolvido. O DER devolveu pedindo uma maior adequação, dentro de diretrizes técnicas. O DER exige a mudança da adutora sem o rompimento da rodovia, o que torna o projeto complexo e a aplicação de técnicas apuradas à realização da obra.
Hoje, a obra do portal da Maranduba encontra-se com cerca de 70% do serviço do dreno concluído. São 250 metros lineares para captação e escoamento de água pluvial. Agora, para a conclusão desta etapa necessita-se da remoção da tubulação da rede da Sabesp. A concretagem das sapatas de fundação, que receberá a estrutura, já está totalmente pronta.
O projeto original teve diversas alterações, por exigências do DER para aprovação. Com isso, a Prefeitura alterou o tipo de pavimentação asfáltica e implantou um novo sistema de drenagem. Houve, também, um aditamento de tempo solicitado pela Prefeitura ao Governo do Estado, para não perder o convênio da obra.
O portal será em estrutura metálica com cobertura em arco. A largura será de 16m, altura de 14m e profundidade de 56m. No centro do portal haverá um painel lumionoso. Haverá a reurbanização da área, com estacionamento dos dois lados da pista para 20 veículos, calçamento com acesso para deficientes ao Centro de Informações Turísticas (CIT) que haverá no local.
A Comtur (Companhia Municipal de Turismo) assumirá e administrará o CIT que será reformado e adaptado na escola desativada, que fica localizada em frente à obra do portal da Maranduba. A obra é um convênio com o DADE (Departamento de Apoio das Estâncias) no valor de R$ 352.800,00. A empresa licitada e responsável é a Gama Engenharia.
A Secretaria de Obras informou que após a execução da obra da Sabesp, a Prefeitura estará concluindo o Portal da Maranduba em até 60 dias. O prefeito de Ubatuba, Paulo Ramos (PFL), afirmou que está totalmente empenhado para a viabilização deste Portal, que valorizará ainda mais à região Sul do município.
Nove de Julho deve
JORNAL A SEMANA NA REDE : Ubatuba 11 de Maio de 2002 Edição Nº 183 Ano III
A reurbanização da avenida Nove de Julho está em fase final de acabamento. Segundo a secretaria de Obras, já ultrapassou 95% da obra, o que garante que até o final do mês de maio o novo boulervard da cidade será entregue à população fixa e flutuante do município. Nesta reta final faltam apenas o mosaico da ponte sobre o rio da Lagoa, que liga à praça Santos Dumont, no Itaguá, ajardinamento na altura da avenida Brasil até a cabeceira da ponte e as instalações de dois playgrounds na área revitalizada. O projeto de reurbanização da avenida Nove de Julho compreende do trecho da praça Capricórnio, em frente ao aeroporto, até a praça Santos Dumont, no Itaguá. O valor da obra é de R$738.922,40 e é um convênio da Prefeitura com o DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento as Estâncias).
Na reurbanização, a ciclovia com cerca de 600 m² está concluída. A calçada à beira mar com 6 metros de largura e em mosaico português, também está pronta e uma grande parcela da população já utiliza-se para caminhadas, exercícios e passeios matinais e noturnos. Foram instalados 250 metros de tubos de 40 cm de diâmetro para o escoamento de água da praça dos skatistas. E, a pista de skate, já concluída, vem sendo utilizada com grande freqüência por jovens desportistas da cidade. Ainda ao lado da pista de skate, foi construído um palco para shows musicais. A mureta de contenção, com cerca de 450 metros, também já está pronta. Ao longo da avenida foram colocados bancos e lixeiras. Está sendo feito o paisagismo do local que será totalmente gramado. São mantidas as árvores originais e outras serão plantadas.
A reurbanização da avenida Nove de Julho está em fase final de acabamento. Segundo a secretaria de Obras, já ultrapassou 95% da obra, o que garante que até o final do mês de maio o novo boulervard da cidade será entregue à população fixa e flutuante do município. Nesta reta final faltam apenas o mosaico da ponte sobre o rio da Lagoa, que liga à praça Santos Dumont, no Itaguá, ajardinamento na altura da avenida Brasil até a cabeceira da ponte e as instalações de dois playgrounds na área revitalizada. O projeto de reurbanização da avenida Nove de Julho compreende do trecho da praça Capricórnio, em frente ao aeroporto, até a praça Santos Dumont, no Itaguá. O valor da obra é de R$738.922,40 e é um convênio da Prefeitura com o DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento as Estâncias).
Na reurbanização, a ciclovia com cerca de 600 m² está concluída. A calçada à beira mar com 6 metros de largura e em mosaico português, também está pronta e uma grande parcela da população já utiliza-se para caminhadas, exercícios e passeios matinais e noturnos. Foram instalados 250 metros de tubos de 40 cm de diâmetro para o escoamento de água da praça dos skatistas. E, a pista de skate, já concluída, vem sendo utilizada com grande freqüência por jovens desportistas da cidade. Ainda ao lado da pista de skate, foi construído um palco para shows musicais. A mureta de contenção, com cerca de 450 metros, também já está pronta. Ao longo da avenida foram colocados bancos e lixeiras. Está sendo feito o paisagismo do local que será totalmente gramado. São mantidas as árvores originais e outras serão plantadas.
Primeira missa em Ubatuba, 9 de maio de 1563
Estamos em pleno mês de maio na nossa Ubatuba. A natureza tem se alterado muito, e em particular, neste ano tem apresentado um novo visual e uma nova roupagem. Temperaturas altas, chuvas em épocas não comuns tem sido uma constante em 2002. Todavia “os maios” de outrora eram diferentes para os antigos habitantes de nossa Iperoig (atual Ubatuba).
Para os primeiros habitantes de nossa terra, maio era o início de uma grande fartura que ia até o mês de agosto. A diminuição da temperatura obrigava homens e animais a uma grande migração para o nosso litoral. Essa movimentação de homens, pássaros e outros animais causava uma grande alteração na ocupação de nossas praias e áreas do litoral. Seria como vivêssemos, guardadas as proporções, a nossa temporada de verão em pleno inverno.
As frutas eram abundantes, a pesca (principalmente de tainha) e os frutos do mar levavam os nossos indígenas, que eram grandes canoeiros, a terem grande fartura.
É nesse ambiente que vivíamos em 1563, quando a tentativa de exploração desse território, ocupado pelos tupinambá, gerou um grave atrito entre portugueses e indígenas. A revolta dos índios e o endurecimento da política colonial portuguesa culminou com a chamada “união dos donos da terra”, para os índios e “Confederação dos Tamoios”, para os portugueses.
Tendo em vista as ameaças às vilas de São Paulo e São Vicente busca-se uma tentativa de acordo, fato este ocorrido em setembro de 1563. Na busca de entendimento surgem as figuras dos jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta como elementos capazes de cessar as constantes lutas já travadas entre portugueses e índios.
Nessas lutas, tupinambá já tinham perecido ou sido transformados em escravos e portugueses também já haviam sido sacrificados.
Em 18 de abril de 1563, em pequenas embarcações os jesuítas deixam São Vicente rumo a Iperoig. Alguns dias permaneceram na fortaleza de Bertioga e na Ilha de São Sebastião. Em 5 de maio, chegam a aldeia de Coaquira (chefe tupinambá em Iperoig).
Em carta de l565, enviada por Anchieta ao Padre Diogo Lainez, seu superior em Roma, o jesuíta descreve com detalhes todos os fatos ocorridos em sua estadia em Ubatuba.
A princípio com muita desconfiança de ambas as partes os primeiros contatos entre jesuítas e indígenas foram realizados, ainda dentro das embarcações. Logo em seguida houve troca de reféns e após estabelecerem relativa confiança, os brancos foram convidados a desembarcar.
Como escreve Anchieta em sua carta ao superior “... desejando eles que saíssemos à terra a ver os seus lugares, para se acabarem de assegurar, saímos e com nós outros, oito ou nove portugueses ...” “... chegados à praia pusemo-nos de joelhos dando graças ao Nosso Senhor ...”. Passados os primeiros contatos em terra firme, alguns permaneceram na mesma, sob o controle dos índios e outros, dentro das embarcações também sob o controle dos mesmos.
Contudo, “... em o primeiro Domingo depois que saímos ou seja 9 de Maio fizemos um altar em um bosque, junto ao lugar e dissemos a primeira missa naquela terra ... “.
Eis a primeira missa em Ubatuba, realizada em 9 de maio de 1563. Oficiada por Nóbrega e Anchieta e assistida por pouquíssimos brancos e muitos índios.
Ziznho Vigneron
Para os primeiros habitantes de nossa terra, maio era o início de uma grande fartura que ia até o mês de agosto. A diminuição da temperatura obrigava homens e animais a uma grande migração para o nosso litoral. Essa movimentação de homens, pássaros e outros animais causava uma grande alteração na ocupação de nossas praias e áreas do litoral. Seria como vivêssemos, guardadas as proporções, a nossa temporada de verão em pleno inverno.
As frutas eram abundantes, a pesca (principalmente de tainha) e os frutos do mar levavam os nossos indígenas, que eram grandes canoeiros, a terem grande fartura.
É nesse ambiente que vivíamos em 1563, quando a tentativa de exploração desse território, ocupado pelos tupinambá, gerou um grave atrito entre portugueses e indígenas. A revolta dos índios e o endurecimento da política colonial portuguesa culminou com a chamada “união dos donos da terra”, para os índios e “Confederação dos Tamoios”, para os portugueses.
Tendo em vista as ameaças às vilas de São Paulo e São Vicente busca-se uma tentativa de acordo, fato este ocorrido em setembro de 1563. Na busca de entendimento surgem as figuras dos jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta como elementos capazes de cessar as constantes lutas já travadas entre portugueses e índios.
Nessas lutas, tupinambá já tinham perecido ou sido transformados em escravos e portugueses também já haviam sido sacrificados.
Em 18 de abril de 1563, em pequenas embarcações os jesuítas deixam São Vicente rumo a Iperoig. Alguns dias permaneceram na fortaleza de Bertioga e na Ilha de São Sebastião. Em 5 de maio, chegam a aldeia de Coaquira (chefe tupinambá em Iperoig).
Em carta de l565, enviada por Anchieta ao Padre Diogo Lainez, seu superior em Roma, o jesuíta descreve com detalhes todos os fatos ocorridos em sua estadia em Ubatuba.
A princípio com muita desconfiança de ambas as partes os primeiros contatos entre jesuítas e indígenas foram realizados, ainda dentro das embarcações. Logo em seguida houve troca de reféns e após estabelecerem relativa confiança, os brancos foram convidados a desembarcar.
Como escreve Anchieta em sua carta ao superior “... desejando eles que saíssemos à terra a ver os seus lugares, para se acabarem de assegurar, saímos e com nós outros, oito ou nove portugueses ...” “... chegados à praia pusemo-nos de joelhos dando graças ao Nosso Senhor ...”. Passados os primeiros contatos em terra firme, alguns permaneceram na mesma, sob o controle dos índios e outros, dentro das embarcações também sob o controle dos mesmos.
Contudo, “... em o primeiro Domingo depois que saímos ou seja 9 de Maio fizemos um altar em um bosque, junto ao lugar e dissemos a primeira missa naquela terra ... “.
Eis a primeira missa em Ubatuba, realizada em 9 de maio de 1563. Oficiada por Nóbrega e Anchieta e assistida por pouquíssimos brancos e muitos índios.
Ziznho Vigneron
TRECHOS DO LIVRO UBATUBA," ESPAÇO,MEMORIA E CULTURA "
2.
DOMINGAS DIAS
Localização
A praia Domingas Dias localiza-se aproximadamente a 16 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Barra/Dura, no loteamento denominado Pedra Verde.
Acesso O acesso à praia Domingas Dias pode ser feito pela estrada de terra cuja entrada é pelo condomínio residencial Domingas Dias ou a pé, pela praia do Lázaro. O meio mais prático de chegar a essa praia são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba, com várias opções de linha para o sul do município.
Olhar
A praia Domingas Dias tem cerca de 400 metros de extensão e é mantida pela associação de moradores do condomínio. Dispõe de uma guarita com segurança em tempo integral, serviço de limpeza, latas para acondicionamento de lixo reciclável. É proibido acampar e levar animais na praia.
De aspecto rústico, a praia é pequena e limitada por pedras, com mata Atlântica dos dois lados e uma pequena bica ao final. A areia da praia é inclinada e solta. O mar, calmo e sem ondas, é ideal para esportes náuticos como jet sky e caiaque. Por ser pequena e cercada de pedras, não há muito vento, tornando a praia bem mais quente e abafada que as outras de Ubatuba no verão, além das águas serem mais quentes.
Com uma belíssima vista, a Domingas Dias é portadora de um bom valor paisagístico: sem quiosques, bares ou restaurantes, apenas dois ou três carrinhos de comida. Não há qualquer serviço turístico, principalmente por causa do condomínio, que avança até a areia da praia.
Demanda turística
Os visitantes geralmente vêm de cidades do interior de São Paulo, como A origem dos visitantes dessa praia é da região interior de São Paulo como Vinhedo, Paulínia e Araras. Águas são azuis, límpidas e mansas, cobertas de areia macia e emolduradas pela ação temporária do vento, que respeita a vegetação nativa, e faz da praia Domingas Dias um lugar ideal de paz e tranqüilidade para aqueles que desejam admirar a beleza natural do encontro entre o céu e o mar em Ubatuba.
3.
LÁZARO
Localização
A praia do Lázaro fica a 15 quilômetros ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias da Sununga e Domingas Dias, distante a um quilômetro da Rodovia Rio – Santos, junto ao bairro residencial com o mesmo nome da praia.
Acesso
A entrada para a praia do Lázaro encontra-se no km 22 da Rodovia Rio - Santos. A partir desse ponto, as ruas de acesso são de terra. O acesso também pode ser a pé pelas praias da Sununga e Domingas Dias.
Olhar
A praia do Lázaro é famosa por suas águas calmas e areias firmes. O local conta com uma boa infra–estrutura de serviços e equipamentos de apoio: marina, hotéis, pousadas, restaurantes, quiosques, camping, sanitários, estacionamento e um bairro residencial, o condomínio Pedra Verde, onde está a Associação Amigos do Lázaro, responsável pela preservação e segurança da praia.
Apesar de toda essa infra–estrutura de serviços turísticos, a praia do Lázaro não possui um bom estado de conservação. A parte onde está o loteamento é mais cuidada e a outra, após a passagem do rio, está “praia suja”, cheia de barcos de pescadores na areia e no mar, poluída visualmente por quiosques e barracas, um amontoado de gente que disputa além do espaço, a atenção dos turistas.
No final dessa parte da praia existe um esgoto a céu aberto que, segundo os próprios moradores, vem do camping Guarani. Até agora nenhuma providência foi tomada a respeito. Há alguns anos a Prefeitura Municipal de Ubatuba iniciou obras de elevação na praia e foram distribuídos sete canos de orla com o fim de implementar uma rede de esgoto, mas as obras foram embargadas, e hoje, esses imensos canos servem para escoar a água da chuva.
Demanda Turística
Os visitantes do Lázaro são famílias provenientes de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro que têm casas na região e passam o verão em Ubatuba. O Lázaro, como a maioria das praias da região, apresenta problemas de sazonalidade, e o uso da praia só é intenso na alta temporada. Em baixa temporada, a visitação é quase inexistente. Não é cobrada taxa de ingresso para o Lázaro e nem há visitas guiadas, mas o turista pode achar qualquer tipo de informação sobre essa praia na mídia em geral.
4.
PRAIA DA SUNUNGA
Localização
A praia da Sununga está aproximadamente a 14,8 km ao sul do centro de Ubatuba, entre as praias do Lázaro e Saco Grande/Sete Fontes, pela rodovia Rio Santos.
Acesso
O acesso rodoviário é pala Rio - Santos, aproximadamente no km 22. Daí, mais 1 km de distância até suas areias. A entrada pode ser pelo loteamento desta praia ou cruzando as areias do Lázaro. O meio de transporte mais usado são os ônibus da empresa Cidade de Ubatuba.
Olhar
A pequena praia da sununga tem aproximadamente 250 metros, possui areias grossas, com palmeiras na sua frente. A Sununga é conhecida por seu mar agitado, com correntezas e buracos por ser uma praia de tombo. Suas ondas quebram bem na parte rasa. Quando o mar está de ressaca, fica impossível para os banhistas entrarem na água. Nesta praia pratica-se o skimbordig, popularmente conhecido por sorrisal. Ao lado esquerdo da praia existe uma grande barreira de pedras, formando a mítica “Gruta que chora”.
Relaremos a seguir a lenda da Gruta que chora, com o fim de entender a origem desta crença do imaginário popular ubatubense:
Marcelina era uma jovem morena de olhos esverdeados, alegre e viva que de repente, passou a alimentar-se mal e a cair em uma visível depressão. A sua mãe Anália compartilhava com suas amigas a desesperante situação de sua filha, ante a qual elas aconselhavam que se tratava de questões da idade. Ante o inquérito zeloso de sua mãe, Marcelina negava seu estado de prostração e melancolia. Em uma ocasião que a mãe a ouviu chorando, abraçada ao travesseiro a filha murmurava palavras de abandono. A desolada mãe reza pedindo a intervenção divina que não aguarda em chegar, na voz confiante da filha que revela a origem do dragão que morava na Toca da Sununga, temido por todo mundo. Este monstro provocava a reação bravia do mar e era o terror dos pescadores. Antero, um pescador amigo da região, uma vez que passava pelas imediações da gruta, cortando caminho pelas Sete Fontes viu o horripilante monstro com aspecto de cobra, roliço, sem pernas e arrastando-se pelo chão, contou para Marcelina que curiosa quis vê-lo com seus próprios olhos. E aconteceu, o monstro veio até o quarto da jovem donzela e metamorfoseando-se em um moço muito bonito, seduziu Marcelina e ficou com ela até o amanhecer. Daí para frente Marcelina só vivia para o retorno de esse estranho ser do qual se havia apaixonado perdidamente. Nesse martírio dona Anália só se confiou na providência, até que um dia, um trôpego velhinho que já tinha ouvido falar de tal monstro apocalíptico empreendeu a tarefa de vencê-lo com o poder do sinal da cruz e das prezes que dirigia para o alto. O milagre aconteceu, abriu-se o mar e se fez ouvir a voz do trovão fazendo com que o temido monstro sumisse nas profundezas das águas. Na lendária gruta da Sununga pequeninas gotas que se infiltram na areia branca e fina que alcatifam o chão. Dizem alguns que são gotas de água benta espargida pelo velhinho que ainda caem afim de que o dragão jamais possa voltar. Outros afirmam que são as lágrimas de Marcelina que lá voltou com a esperança de que o dragão, feito moço bonito, voltasse para ficar com ela para sempre.(De Oliveira, 1995: 48-52). Como já dissemos, “A Gruta que chora” está localizada no canto esquerdo da praia da Sununga, é propriedade pública e não é cobrada taxa de ingresso para o atrativo, assim como também não existe nenhum tipo de sinalização que a indique. Seu estado de conservação é boa, limpa e sem interferências no interior. Algumas pichações perturbam um pouco a visão de quem entra para ouvir um som emitido e provocado pelo ruído das ondas do mar. As paredes de segmentação vulcânica vibram, fazendo bater a água da nascente que passa por cima da gruta.
Voltando às areias da praia da Sununga, esta possui uma quadra de vôlei e quatro quiosques bem rústicos, o estado de conservação da sununga é muito bom, a praia é limpa e tem cestos de lixo na sua orla. As ofertas turísticas mais próximas são restaurantes, quiosques, campings, as pousadas e hotéis do Lázaro. Não se dão visitas guiadas e não se cobra nenhum tipo de taxa de ingresso para visitação.
Demanda Turística
O público que freqüenta a praia da Sununga é composto de jovens que ficam até altas horas da madrugada comendo, bebendo e jogando conversa fora. A origem destes é de São Paulo capital e interior, Rio de Janeiro e até estrangeiros europeus.
texto extraido do livro Ubatuba , espaço,memoria e cultura , escrito pelos autores : Juan Drouguet e Jorge Otavio Fonseca ( este último irmão do editor deste Blog).
Próxima atualização : dia 15 de agosto,SEQUENCIA DO CAPITULO : INTINERARIO DO OLHAR : Sobre a Ilha Anchieta , Toninhas e Tenório
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