A importância do nome das ruas de Ubatuba
No terceiro centenário de Ubatuba, em 28 de outubro de 1.937, o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo organizou e sugeriu um grande evento para a nossa cidade, com certeza, o maior já ocorrido na historia de Ubatuba. Dentre as sugestões, várias ruas do centro da cidade receberiam nomes de pessoas ilustres ligadas direta ou indiretamente a nossa história. Vamos continuar informando nosso leitor da importância e significado do nome de cada rua. O texto a seguir é copia fiel da publicação do Instituto Histórico de 1.937.Iperoig O nome lendário coube à praia branca outrora palmilhada por Anchieta e hoje separa a casario adusto das marolas sinuosas da mansa enseada. O alvo areal que se vai perder no encontro do Itaguá tinha que perdurar Iperoig, o Iperoig do inacino santo e batizar a placa afixada no velho edifício da Câmara Municipal, sentinela de civilização que olha para o mar como a dizer que ela, conselho do povo, é a expressão da obra sublime de Anchieta. Consagrou a lendária Iperoig, o universitário Antonio Silvio da Cunha Bueno, dizendo, ao descerrar a placa: “Senhores, levantai a fronte e lede esta placa: - Rua Iperoig! Iperoig significa, principalmente para vós, ubatubanos, uma parcela do passado; para nós, a salvação da incipiente nacionalidade brasileira!Na praia deste nome, que é esta que vemos, certa vez reuniu-se um punhado de homens: - os tamoios. Foi desta praia, ainda, que reboou o primeiro brado de liberdade daqueles que, exasperados pelos portugueses e diminuídos na sua autonomia, resolveram, como homens livres que eram, exigir respeito e paradeiro ás constantes perseguições que sofriam. E, eis que na doçura da tarde um brado áspero ecoou.Era o grito de guerra que partia, célere, para, dentro em pouco, ao bando primitivo unir-se a totalidade dos índios da região. Estava, portanto, delineada a Confederação dos Tamoios, que tantos e tão árduos trabalhos exigiria dos pacificadores: - padre Manuel da Nóbrega e padre José de Anchieta.Ameaçada, por 5.000 índios a capitania de São Vicente viu chegada a hora prematura do seu desaparecimento e, não fosse a iniciativa enérgica e ao mesmo tempo suave dos jesuítas, talvez o núcleo de homens civilizados para sempre desaparecessem!Durante cinco longos meses, José foi retido pelos índios, até a elaboração definitiva da paz. Afastado a civilização, tendo constantemente pela carne da mulher tapuia, Anchieta, para salvar-se, promete á Nossa Senhora a composição de um poema com o seu nome. “E na lendária Iperoig, sob o murmúrio das vagas marinhas, traçava Anchieta na areia os versos que dia a dia compunha. E uma avezinha, rezam as lendas, poisava-lhe nos hombros como que para inspira-lo, e, talvez, como um delicado sinal do agrado de sua Mãe do céo”. Precisa ser apagada de nossa memória, mesmo das escolas, a triste impressão de que os índios brasileiros eram ferozes e des-humanos. Si refletirmos um pouco, imediatamente ocorrem-nos os tristes factos que dizem terem acompanhado a formação do Brasil...Os portugueses que aqui aportaram pela primeira vez, trouxeram no bojo de suas náos elementos perniciosos, entre os quais degredados, homens que foram afastados da sociedade por neles predominar o instinto de perversão que os impedia de viverem impunemente entre seus semelhantes.É evidente, também, que entre os maus vieram bons, que muito contribuíram para a grandeza do nosso querido Brasil. Em contato com os nossos indígenas e conhecedores dos seus costumes primitivos, resolveram, exploradores ávidos de riquezas, escravizar nossos selvicolas. Talvez supondo que haviam aportado a algum recanto da infeliz África, veiu-lhes a idéia de fazer fortuna com o trabalho alheio. Mãos á obra!! Espezinham os índios, exploram-nos, furtam suas mulheres, escravizam seus filhos, violentam suas filhas, iludem-nos na sua boa fé. Numa palavra: - os equiparam aos animais. Como não esperar-se uma represália, muitas represálias, de um povo sufocado pelo julgo estrangeiro de maneira tão brutal? Assim, as violências a que foram obrigados os nossos índios, não devem ser motivo de lamento e nem capazes de envergonharem a raça nova de hoje, mas, um incentivo para que sejamos cada vez mais fortes e coesos dentro da paz e da lei. O Paulista é um homem livre desde o berço e pela liberdade sempre lutou. Levantemos, pois, com a liberdade, o nosso São Paulo aos muitos elevados cumes de uma civilização digna da nossa gente e dos antepassados que honram nossa raça e o nosso sangue”.
FONTE : www2.uol.com.br/jornalasemana/index194.htm
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
GRANDES UBATUBENSES... Ricardo Nunes Pereira (Artesao)
Personagens que marcam épocas
Ao som da sabedoria caiçara“O único rabequeiro de toda região é de Ubatuba. Autodidata, o caiçara da praia de Ubatumirim aprendeu apenas no olhar a confeccionar as mais belas rabecas que os olhos já viram. O instrumento de um tronco só já está começando a ser valorizado como objeto de arte pela população que pouco tem contato com as danças tradicionais como a Folia de Reis. E isto só é possível porque existe as mãos... do sr. Ricardo Nunes Pereira” Ricardo Nunes Pereira, 69, é filho das terras de Ubatumirim, região norte de Ubatuba. Toda sua família sempre foi daquela localidade: seu bisavô Cabral foi o primeiro proprietário de todas aquelas terras. Com o passar do tempo, as coisas mudaram e hoje a dificuldade econômica reina no lugar. Sua mãe, falecida há dois anos com seus 105 anos, nunca conheceu outro bairro ou praia. Seo Ricardo tem com Dª Francelina Maria Pereira nove filhos e este é um dos principais motivos que tem que trabalhar, e para seu sustento ele já fez e faz um pouco de tudo, pesca, limpa roça, vende ostras na praia de Enseada e Almada, faz artesanato de madeira e taquara e dá aula (recentemente) do oficio que mais se orgulha e traz experiência de toda uma vida: a arte de fazer rabecas. Este instrumento é uma espécie de violino de som fanhoso. A diferença do mesmo para o instrumento industrializado é que não tem nenhuma durabilidade e o som não é tão perfeito. Seo Ricardo escolhe carinhosamente a madeira que sua experiência lhe permite e afirma que as melhores são a guairana e o cedro e as esculpe cuidadosamente, trabalhando primeiramente sua forma exterior e depois interior. Sua rabeca tem uma durabilidade infinita, ele as afina e pronto: já está pronta para o próximo rabequeiro, o admirador do instrumento. Uma rabeca para ficar pronta se for dedicar-se quase todo o tempo neste oficio demora cerca de trinta dias. Seo Ricardo diz que aprendeu apenas olhando a Folia na roça. “Quando o violinista ia andando, saía de uma casa e entrava na outra, eu vinha olhando na rabeca dele. Aí, ele ia embora e eu entrava no bosque, cortava uma madeira e fazia uma. Com dez anos de idade eu já comecei a fazer rabeca; ninguém ensinou, eu olhava o violinista da folia e recortava a madeira e fazia”, diz ele. Suas rabecas já foram até para o exterior (França e Portugal) adquiridas como obras de arte. Ele é o único rabequeiro que se tem notícias e agora está ensinando a arte para as crianças da fundação “O Menino e o Mar” e adultos na Fundart. Ele diz que quando é convidado a estar nas danças folclóricas como a Xiba, São Gonçalo e Folia de Reis sempre participa tocando uma de suas rabecas, mas tocar não é seu forte. Para conhecer seo Ricardo e sua arte ou encomendar um dos seus artesanatos, pode procurá-lo na rua Altídia, 230 - Jd Carolina, ou em uma das duas Fundações, nas quais ele dá aula.
Hino de Ubatuba, há controvérsias
Em 28 de outubro de 1.937, comemorava-se o Terceiro Centenário de Ubatuba. Esta data tão especial foi comemorada com toda pompa merecida, recebendo atenção especial por parte de autoridades de todo o estado. Para a solenidade, foi criado e cantado pela primeira vez em público pelas crianças das escolas, escoteiros e pessoas do povo o “Hino de Ubatuba”, letra do Dr. Antônio Paulino de Almeida e música do maestro E. Bourdot, cuja letra é: até mesmo em LP compacto; com a facilidade da musicalidade todos a cantavam. Com o passar dos anos, as pessoas esqueceram-se do verdadeiro hino da cidade e passou a considerar a marchinha como tal. Assim, a Fundart e a Secretaria de Educação estão promovendo a gravação em vídeo e CD da música “Ubatuba Sim”, convidando o maestro Valdeci dos Santos e o professor de canto Marco Antônio Câmara para discutirem os detalhes da gravação, que deverá ocorrer no próximo dia 24 de agosto, nas dependências da Fundação. O secretário de Educação, Corsino Aliste Mezquita, diz tratar-se de um projeto que valoriza a tradição e garante um material de divulgação nas escolas e na comunidade em geral.
Hino de UbatubaINum poema, que é um canto de glóriae em que a Fé Anchieta exaltou,Ubatuba! no bronze da Históriao teu nome gravado ficou.IIPoema de luz, que é Teu pendor,O’ Santa Cruz do SalvadorIIISob o canto das aves marinhasque passavam voando no ar,foi trançado as estrofes, em linhas,ao soluço das vagas do mar.IVE sofrendo entre impávida gente de uma tríbu guerreira e audaz,poude um dia, feliz e contente, desfraldar a bandeira da Paz.V Salve, salve, Ubatuba, querida,Ubatuba de paz e de amor,sentinela gentil protegidapelos braços da Cruz do Senhor.(extraído do livro: Chronica do Semestre - Terceiro Centenário de Ubatuba - editado pelo Instituto Histórico e Geographico de S.Paulo)Ubatuba, simUbatuba sim, sim, sim.Ela tem lindas praias, de areias douradas.Ubatuba sim, sim, sim.Viver no Perequê, no Itaguá, na EnseadaUbatuba sim, sim, sim.Horizontes de mar ede montes sem fim.Seu céu estreladoDe azul anilado,suas matas, seus rios,seu povo abençoado.Eu amo Ubatubaassim como ela é,sozinha, isolada, só com sua fé.Enquanto ela aguarda o progresso que vemQue fique guardado Com de tudo que tem.
FONTE : www.ubaweb.com
Ao som da sabedoria caiçara“O único rabequeiro de toda região é de Ubatuba. Autodidata, o caiçara da praia de Ubatumirim aprendeu apenas no olhar a confeccionar as mais belas rabecas que os olhos já viram. O instrumento de um tronco só já está começando a ser valorizado como objeto de arte pela população que pouco tem contato com as danças tradicionais como a Folia de Reis. E isto só é possível porque existe as mãos... do sr. Ricardo Nunes Pereira” Ricardo Nunes Pereira, 69, é filho das terras de Ubatumirim, região norte de Ubatuba. Toda sua família sempre foi daquela localidade: seu bisavô Cabral foi o primeiro proprietário de todas aquelas terras. Com o passar do tempo, as coisas mudaram e hoje a dificuldade econômica reina no lugar. Sua mãe, falecida há dois anos com seus 105 anos, nunca conheceu outro bairro ou praia. Seo Ricardo tem com Dª Francelina Maria Pereira nove filhos e este é um dos principais motivos que tem que trabalhar, e para seu sustento ele já fez e faz um pouco de tudo, pesca, limpa roça, vende ostras na praia de Enseada e Almada, faz artesanato de madeira e taquara e dá aula (recentemente) do oficio que mais se orgulha e traz experiência de toda uma vida: a arte de fazer rabecas. Este instrumento é uma espécie de violino de som fanhoso. A diferença do mesmo para o instrumento industrializado é que não tem nenhuma durabilidade e o som não é tão perfeito. Seo Ricardo escolhe carinhosamente a madeira que sua experiência lhe permite e afirma que as melhores são a guairana e o cedro e as esculpe cuidadosamente, trabalhando primeiramente sua forma exterior e depois interior. Sua rabeca tem uma durabilidade infinita, ele as afina e pronto: já está pronta para o próximo rabequeiro, o admirador do instrumento. Uma rabeca para ficar pronta se for dedicar-se quase todo o tempo neste oficio demora cerca de trinta dias. Seo Ricardo diz que aprendeu apenas olhando a Folia na roça. “Quando o violinista ia andando, saía de uma casa e entrava na outra, eu vinha olhando na rabeca dele. Aí, ele ia embora e eu entrava no bosque, cortava uma madeira e fazia uma. Com dez anos de idade eu já comecei a fazer rabeca; ninguém ensinou, eu olhava o violinista da folia e recortava a madeira e fazia”, diz ele. Suas rabecas já foram até para o exterior (França e Portugal) adquiridas como obras de arte. Ele é o único rabequeiro que se tem notícias e agora está ensinando a arte para as crianças da fundação “O Menino e o Mar” e adultos na Fundart. Ele diz que quando é convidado a estar nas danças folclóricas como a Xiba, São Gonçalo e Folia de Reis sempre participa tocando uma de suas rabecas, mas tocar não é seu forte. Para conhecer seo Ricardo e sua arte ou encomendar um dos seus artesanatos, pode procurá-lo na rua Altídia, 230 - Jd Carolina, ou em uma das duas Fundações, nas quais ele dá aula.
Hino de Ubatuba, há controvérsias
Em 28 de outubro de 1.937, comemorava-se o Terceiro Centenário de Ubatuba. Esta data tão especial foi comemorada com toda pompa merecida, recebendo atenção especial por parte de autoridades de todo o estado. Para a solenidade, foi criado e cantado pela primeira vez em público pelas crianças das escolas, escoteiros e pessoas do povo o “Hino de Ubatuba”, letra do Dr. Antônio Paulino de Almeida e música do maestro E. Bourdot, cuja letra é: até mesmo em LP compacto; com a facilidade da musicalidade todos a cantavam. Com o passar dos anos, as pessoas esqueceram-se do verdadeiro hino da cidade e passou a considerar a marchinha como tal. Assim, a Fundart e a Secretaria de Educação estão promovendo a gravação em vídeo e CD da música “Ubatuba Sim”, convidando o maestro Valdeci dos Santos e o professor de canto Marco Antônio Câmara para discutirem os detalhes da gravação, que deverá ocorrer no próximo dia 24 de agosto, nas dependências da Fundação. O secretário de Educação, Corsino Aliste Mezquita, diz tratar-se de um projeto que valoriza a tradição e garante um material de divulgação nas escolas e na comunidade em geral.
Hino de UbatubaINum poema, que é um canto de glóriae em que a Fé Anchieta exaltou,Ubatuba! no bronze da Históriao teu nome gravado ficou.IIPoema de luz, que é Teu pendor,O’ Santa Cruz do SalvadorIIISob o canto das aves marinhasque passavam voando no ar,foi trançado as estrofes, em linhas,ao soluço das vagas do mar.IVE sofrendo entre impávida gente de uma tríbu guerreira e audaz,poude um dia, feliz e contente, desfraldar a bandeira da Paz.V Salve, salve, Ubatuba, querida,Ubatuba de paz e de amor,sentinela gentil protegidapelos braços da Cruz do Senhor.(extraído do livro: Chronica do Semestre - Terceiro Centenário de Ubatuba - editado pelo Instituto Histórico e Geographico de S.Paulo)Ubatuba, simUbatuba sim, sim, sim.Ela tem lindas praias, de areias douradas.Ubatuba sim, sim, sim.Viver no Perequê, no Itaguá, na EnseadaUbatuba sim, sim, sim.Horizontes de mar ede montes sem fim.Seu céu estreladoDe azul anilado,suas matas, seus rios,seu povo abençoado.Eu amo Ubatubaassim como ela é,sozinha, isolada, só com sua fé.Enquanto ela aguarda o progresso que vemQue fique guardado Com de tudo que tem.
FONTE : www.ubaweb.com
GRANDES PERSONAGENS NA HISTÓRIA DE UBATUBA
Filho do desembargador Baltasar da Nóbrega, estudou humanidades no Porto e frequentou como bolseiro régio as faculdades de Cânones de Salamanca e Coimbra, onde obteve o grau de bacharel em 1541. Entrou na Companhia de Jesus, já sacerdote, em 1544, tendo efectuado missões pastorais na Beira e no Minho.
A pedido de D. João III, integrando a armada de Tomé de Sousa, chefiou o primeiro grupo de inacianos destinados ao Brasil, onde chegou em 1549.
Defendeu a liberdade dos índios; favoreceu os aldeamentos, em estreita colaboração com o governador; cultivou a música como auxiliar da evangelização; promoveu o ensino primário através das escolas de ler e escrever e fundou pessoalmente os colégios de Salvador, de Pernambuco, de São Paulo, origem da futura cidade, e do Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de reitor. Ajudou a expulsar os estrangeiros da baía da Guanabara, serviu na intermediação entre Tupinambás e portuqueses no espisódio da PAZ DE IPEROIG, contribuindo para o robustecimento do poder central e para a unificação política do território.
O seu pensamento encontra-se expresso nas Cartas, nos Apontamentos e sobretudo no Diálogo sobre a Conversão do Gentio.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 1570, no dia em que completava 53 anos de idade.
A pedido de D. João III, integrando a armada de Tomé de Sousa, chefiou o primeiro grupo de inacianos destinados ao Brasil, onde chegou em 1549.
Defendeu a liberdade dos índios; favoreceu os aldeamentos, em estreita colaboração com o governador; cultivou a música como auxiliar da evangelização; promoveu o ensino primário através das escolas de ler e escrever e fundou pessoalmente os colégios de Salvador, de Pernambuco, de São Paulo, origem da futura cidade, e do Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de reitor. Ajudou a expulsar os estrangeiros da baía da Guanabara, serviu na intermediação entre Tupinambás e portuqueses no espisódio da PAZ DE IPEROIG, contribuindo para o robustecimento do poder central e para a unificação política do território.
O seu pensamento encontra-se expresso nas Cartas, nos Apontamentos e sobretudo no Diálogo sobre a Conversão do Gentio.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 1570, no dia em que completava 53 anos de idade.
HISTÓRIA DE UBATUBA.............370 ANOS de Emancipação Politico e Administrativa...Parabens Ubatuba
Antes da conquista e colonização do Brasil pelos europeus, existiam várias comunidades indígenas ou Brasil índios no extenso litoral brasileiro. Culturalmente diferentes entre si, falavam várias línguas com diversos dialetos e, numerosos, habitavam aos milhares as centenas de aldeias. Os índios da Comunidade Tupinambá (excelentes canoeiros) possuíam várias aldeias, sendo que uma delas, a Aldeia Iperoig, localizada na região de Ubatuba quando da chegada dos portugueses.
Durante o processo de conquista, que envolveu a catequização de índios pelos jesuítas, os portugueses aliaram-se a comunidades indígenas que habitavam a região de São Vicente e de São Paulo de Piratininga como Tupiniquins e Guaianazes. Os portugueses e seus aliados passaram a invadir aldeias e escravizar índios de outras comunidades, utilizando-os como mão-de-obra escrava.
Ao serem atacados, os índios Tupinambás e de outras comunidades organizaram-se e formaram a "Confederação Tamuya" (da antiga língua Tupi, o Tupi arcaico, origem da língua Tupi-Guarani, que significa: o mais antigo, os primeiros e verdadeiros donos da terra) ou, como é conhecida hoje, Confederação dos Tamoios (na língua indígena não existe o plural e o uso do "s" como na língua portuguesa), passando a enfrentar os portugueses. "A Confederação foi, então, a união dos índios verdadeira donos da terra".
Em 1563, jesuítas fundadores e administradores de colônias da Corôa Portuguesa (Império e Governo de Portugal Quinhentista): Pe. Manuel da Nóbrega e o noviço José de Anchieta vieram como "embaixadores" (astuciosos diplomatas) negociar a paz entre portugueses e os líderes da Confederação dos Tamoios: índios Tupinambás, na Aldeia Iperoig. Era urgente que se fizesse à paz antes que os indígenas confederados, mais de três mil guerreiros, invadissem os povoados e aldeias portuguesas. O Padre Nóbrega retomou para Bertioga com o Chefe da Confederação, o Cacique Cunhambebe. Anchieta ficou como refém, iniciando seu famoso Poema á Virgem, até a concretização do acordo ou tratado oficial de paz, o primeiro do Brasil, firmado em 14 de setembro de 1563, batizado como Tratado de Paz de Iperoig.
Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sã e Benevides, tomou providências para colonizar a região desde o Rio Juqueriquerê, entre São Sebastião e Caraguatatuba, municípios do atual Estado de São Paulo, até Cabo Frio, no atual Estado do R. J. Essas terras na época pertenciam a Capitania de São Vicente. Benevides enviou tropas de soldados que expulsaram os franceses (antigos aliados dos Tupinambás) do Rio de Janeiro, acabando com a sua colônia França Antártica, e tropas de soldados que atacaram e destruíram as aldeias Tupinambás como a de Iperoig, traindo o acordo de paz. Concedeu sesmarias aos primeiros colonizadores portugueses como lnocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Capitão Gonçalo Correa de Sã, Martim de Sã, Belchior Conqueiro e a Jordão Homem Albernaz da Costa, sesmeiro que pleiteou a emancipação político-administrativa do povoado de Ubatuba.
O povoado foi emancipado e elevado à categoria de Vila com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albemaz Homem da Costa, português da Ilha Terceira, promovido a loco-tenente e capitão-mor. Foram construídas a Câmara, a Cadeia e a Igreja dedicada a Nossa Sra. da Conceição em terras doadas pela sesmeira D. Maria Alves por ordem e autorização do Governador Geral do Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 1637. Autorização mantida e confirmada pela Condessa de Vimieiro, D. Mariana de Sousa Guerra, donatário da Capitania de Itanhaém (ex São Vicente), da qual faziam parte as sesmarias da região de Ubatuba (do Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até a região de Cabo Frio), em 27 de agosto de 1638. A Condessa de Vimieiro também promoveu Jordão da Costa a ouvidor.
Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte (canoas de voga, as longas canoas de um tronco só) e praticaram uma agricultura de subsistência com o auxílio de poucos escravos indígenas. A "pobreza" enfrentada pelos primeiros povoadores da região permaneceu até o final do séc. XVIII época da descoberta de ouro nas Minas Gerais. Com o início da lavoura da cana-de-açúcar, passaram a exportar açúcar e aguardente (pinga) em tonéis de madeira, além de farinha de mandioca e outros alimentos para o abastecimento da região das Minas.
Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bemardo José de Lorena, através de um Édito (Lei) decretou que todas as embarcações com mercadorias a serem exportadas do litoral paulista seriam obrigadas a descarregar no porto de Santos, onde os preços obtidos pelas mercadorias eram mais baixos. A partir do Édito de Lorena, Ubatuba entrou em decadência e muitos produtores abandonaram ou destruíram os canaviais. Os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para sua sobrevivência.
A situação melhorou em 1808 com a abertura dos portos às "nações amigas", pelo Príncipe-Regente D. João VI (com o Brasil elevado à condição de Reino Unido aos de Portugal e Algarves). A medida beneficiou diretamente a Vila de Ubatuba: o café passou a ser cultivado na região e, depois, em todo o Vale do Paraíba, por um grande contingente de escravos negros e, as transações comerciais de importação e exportação do ouro negro (o café) e de outras mercadorias no porto ubatubano cresceram e enriqueceram cafeicultores, comerciantes e tropeiros (que realizavam o transporte de mercadorias valeparaibanas em mulas, através da antiga Estrada Imperial, que ligava o Planalto à Costa, até o Porto).
Ubatuba ocupou o primeiro lugar na renda municipal do Estado e ganhou "status" de capital. A riqueza se tomou visível em novas construções como teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e os grandes casarões e sobrados da resplandecente elite ubatubense, como o Sobradão de Manoel Baltazar da Cunha Fortes (cafeicultor e comerciante), hoje sede da Fundart - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.
Essa enriquecida Vila de Ubatuba foi elevada à categoria de município em 1855 e, em 1872, foi elevada ao status de Comarca juntamente com a Vila de São José do Paraíba (S. J. dos Campos). Datam desse período a construção do Paço Nóbrega, atual Câmara Municipal, e a Igreja Matriz.
Mudanças na política; a construção da ferrovia Santos-Jundiaí e, posteriormente, de outras; o deslocamento da produção do café para as férteis e extensas terras do Oeste Paulista, origem da decadência das cidades do Vale do Paraíba (as quais, graças ao escritor Monteiro Lobato ficaram conhecidas como "Cidades Mortas") e, por fim, a Abolição da Escravatura, provocaram uma irreversível mudança na economia brasileira do final do Império e início do Regime Republicano. Essas mudanças na economia alcançaram Ubatuba deixando-a, também, decadente. O Porto foi fechado, extinguiram-se fazendas e ubatubenses deixaram suas terras. As estradas até o Planalto e as plantações foram engolidas pela mata atlântica. Prédios abandonados acabaram em ruínas e desmoronaram.
De 1870 a 1932 Ubatuba ficou isolada, suas terras desvalorizadas. Em 1940 Ubatuba se resumia a 3.227 habitantes.
Em 1932, com o objetivo de integrar a região cujo isolamento ficou patente na Revolução Constitucionalista, o Governo Paulista promoveu a reabertura da antiga Estrada Imperial e melhorias que tornaram possível a passagem de veículos. O Município passou a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba de onde vieram os primeiros turistas reaquecendo a economia ubatubana.
No início da década de 50, com a abertura da SP55: Ubatuba-Caraguatatuba, itensifica-se o turismo e a especulação imobiliária. Em 1967, Ubatuba foi elevada à Estância Balneária. Aos poucos, Ubatuba começou a desenvolver a sua vocação turística que foi reconhecida no final da década de 60 (Séc. XX) por Francisco Matarazzo Sobrinho, um industrial e mecenas das artes de São Paulo que foi eleito prefeito da Cidade, a reestruturou administrativamente e efetuou muitas melhorias. Graças a Matarazzo, Ubatuba ficou muito conhecido e recebeu um grande impulso progressista com a construção da rodovia BR-101 (Rio-Santos) em 1972.
O turismo é a maior fonte de renda do Município de Ubatuba. Atualmente, é desenvolvido o Turismo Ecológico-Arnbiental, de Aventura e Cultural, pois Ubatuba possui um vasto Patrimônio Natural e Histórico-Cultural: fauna e flora da Mata Atlântica, mais de 80 praias (Continente e Ilhas), cachoeiras, ruínas de antigas fazendas (entre as primeiras do Brasil), antigas construções no centro do Município, sua História e sua Cultura Popular, além do Patrimônio Humano: caiçaras quilombolas e índios Guaranis.
FONTE : www.fundart.com.br
Durante o processo de conquista, que envolveu a catequização de índios pelos jesuítas, os portugueses aliaram-se a comunidades indígenas que habitavam a região de São Vicente e de São Paulo de Piratininga como Tupiniquins e Guaianazes. Os portugueses e seus aliados passaram a invadir aldeias e escravizar índios de outras comunidades, utilizando-os como mão-de-obra escrava.
Ao serem atacados, os índios Tupinambás e de outras comunidades organizaram-se e formaram a "Confederação Tamuya" (da antiga língua Tupi, o Tupi arcaico, origem da língua Tupi-Guarani, que significa: o mais antigo, os primeiros e verdadeiros donos da terra) ou, como é conhecida hoje, Confederação dos Tamoios (na língua indígena não existe o plural e o uso do "s" como na língua portuguesa), passando a enfrentar os portugueses. "A Confederação foi, então, a união dos índios verdadeira donos da terra".
Em 1563, jesuítas fundadores e administradores de colônias da Corôa Portuguesa (Império e Governo de Portugal Quinhentista): Pe. Manuel da Nóbrega e o noviço José de Anchieta vieram como "embaixadores" (astuciosos diplomatas) negociar a paz entre portugueses e os líderes da Confederação dos Tamoios: índios Tupinambás, na Aldeia Iperoig. Era urgente que se fizesse à paz antes que os indígenas confederados, mais de três mil guerreiros, invadissem os povoados e aldeias portuguesas. O Padre Nóbrega retomou para Bertioga com o Chefe da Confederação, o Cacique Cunhambebe. Anchieta ficou como refém, iniciando seu famoso Poema á Virgem, até a concretização do acordo ou tratado oficial de paz, o primeiro do Brasil, firmado em 14 de setembro de 1563, batizado como Tratado de Paz de Iperoig.
Com a paz firmada, o Governador Geral do Rio de Janeiro, Salvador Corrêa de Sã e Benevides, tomou providências para colonizar a região desde o Rio Juqueriquerê, entre São Sebastião e Caraguatatuba, municípios do atual Estado de São Paulo, até Cabo Frio, no atual Estado do R. J. Essas terras na época pertenciam a Capitania de São Vicente. Benevides enviou tropas de soldados que expulsaram os franceses (antigos aliados dos Tupinambás) do Rio de Janeiro, acabando com a sua colônia França Antártica, e tropas de soldados que atacaram e destruíram as aldeias Tupinambás como a de Iperoig, traindo o acordo de paz. Concedeu sesmarias aos primeiros colonizadores portugueses como lnocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Capitão Gonçalo Correa de Sã, Martim de Sã, Belchior Conqueiro e a Jordão Homem Albernaz da Costa, sesmeiro que pleiteou a emancipação político-administrativa do povoado de Ubatuba.
O povoado foi emancipado e elevado à categoria de Vila com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, tendo como fundador Jordão Albemaz Homem da Costa, português da Ilha Terceira, promovido a loco-tenente e capitão-mor. Foram construídas a Câmara, a Cadeia e a Igreja dedicada a Nossa Sra. da Conceição em terras doadas pela sesmeira D. Maria Alves por ordem e autorização do Governador Geral do Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 1637. Autorização mantida e confirmada pela Condessa de Vimieiro, D. Mariana de Sousa Guerra, donatário da Capitania de Itanhaém (ex São Vicente), da qual faziam parte as sesmarias da região de Ubatuba (do Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até a região de Cabo Frio), em 27 de agosto de 1638. A Condessa de Vimieiro também promoveu Jordão da Costa a ouvidor.
Os povoadores se instalaram ao longo da costa, utilizando o mar como meio de transporte (canoas de voga, as longas canoas de um tronco só) e praticaram uma agricultura de subsistência com o auxílio de poucos escravos indígenas. A "pobreza" enfrentada pelos primeiros povoadores da região permaneceu até o final do séc. XVIII época da descoberta de ouro nas Minas Gerais. Com o início da lavoura da cana-de-açúcar, passaram a exportar açúcar e aguardente (pinga) em tonéis de madeira, além de farinha de mandioca e outros alimentos para o abastecimento da região das Minas.
Em 1787, o presidente da Província de São Paulo, Bemardo José de Lorena, através de um Édito (Lei) decretou que todas as embarcações com mercadorias a serem exportadas do litoral paulista seriam obrigadas a descarregar no porto de Santos, onde os preços obtidos pelas mercadorias eram mais baixos. A partir do Édito de Lorena, Ubatuba entrou em decadência e muitos produtores abandonaram ou destruíram os canaviais. Os que ficaram passaram a cultivar apenas o necessário para sua sobrevivência.
A situação melhorou em 1808 com a abertura dos portos às "nações amigas", pelo Príncipe-Regente D. João VI (com o Brasil elevado à condição de Reino Unido aos de Portugal e Algarves). A medida beneficiou diretamente a Vila de Ubatuba: o café passou a ser cultivado na região e, depois, em todo o Vale do Paraíba, por um grande contingente de escravos negros e, as transações comerciais de importação e exportação do ouro negro (o café) e de outras mercadorias no porto ubatubano cresceram e enriqueceram cafeicultores, comerciantes e tropeiros (que realizavam o transporte de mercadorias valeparaibanas em mulas, através da antiga Estrada Imperial, que ligava o Planalto à Costa, até o Porto).
Ubatuba ocupou o primeiro lugar na renda municipal do Estado e ganhou "status" de capital. A riqueza se tomou visível em novas construções como teatro, chafariz com água encanada, mercado municipal e os grandes casarões e sobrados da resplandecente elite ubatubense, como o Sobradão de Manoel Baltazar da Cunha Fortes (cafeicultor e comerciante), hoje sede da Fundart - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba.
Essa enriquecida Vila de Ubatuba foi elevada à categoria de município em 1855 e, em 1872, foi elevada ao status de Comarca juntamente com a Vila de São José do Paraíba (S. J. dos Campos). Datam desse período a construção do Paço Nóbrega, atual Câmara Municipal, e a Igreja Matriz.
Mudanças na política; a construção da ferrovia Santos-Jundiaí e, posteriormente, de outras; o deslocamento da produção do café para as férteis e extensas terras do Oeste Paulista, origem da decadência das cidades do Vale do Paraíba (as quais, graças ao escritor Monteiro Lobato ficaram conhecidas como "Cidades Mortas") e, por fim, a Abolição da Escravatura, provocaram uma irreversível mudança na economia brasileira do final do Império e início do Regime Republicano. Essas mudanças na economia alcançaram Ubatuba deixando-a, também, decadente. O Porto foi fechado, extinguiram-se fazendas e ubatubenses deixaram suas terras. As estradas até o Planalto e as plantações foram engolidas pela mata atlântica. Prédios abandonados acabaram em ruínas e desmoronaram.
De 1870 a 1932 Ubatuba ficou isolada, suas terras desvalorizadas. Em 1940 Ubatuba se resumia a 3.227 habitantes.
Em 1932, com o objetivo de integrar a região cujo isolamento ficou patente na Revolução Constitucionalista, o Governo Paulista promoveu a reabertura da antiga Estrada Imperial e melhorias que tornaram possível a passagem de veículos. O Município passou a contar com uma ligação permanente com o Vale do Paraíba de onde vieram os primeiros turistas reaquecendo a economia ubatubana.
No início da década de 50, com a abertura da SP55: Ubatuba-Caraguatatuba, itensifica-se o turismo e a especulação imobiliária. Em 1967, Ubatuba foi elevada à Estância Balneária. Aos poucos, Ubatuba começou a desenvolver a sua vocação turística que foi reconhecida no final da década de 60 (Séc. XX) por Francisco Matarazzo Sobrinho, um industrial e mecenas das artes de São Paulo que foi eleito prefeito da Cidade, a reestruturou administrativamente e efetuou muitas melhorias. Graças a Matarazzo, Ubatuba ficou muito conhecido e recebeu um grande impulso progressista com a construção da rodovia BR-101 (Rio-Santos) em 1972.
O turismo é a maior fonte de renda do Município de Ubatuba. Atualmente, é desenvolvido o Turismo Ecológico-Arnbiental, de Aventura e Cultural, pois Ubatuba possui um vasto Patrimônio Natural e Histórico-Cultural: fauna e flora da Mata Atlântica, mais de 80 praias (Continente e Ilhas), cachoeiras, ruínas de antigas fazendas (entre as primeiras do Brasil), antigas construções no centro do Município, sua História e sua Cultura Popular, além do Patrimônio Humano: caiçaras quilombolas e índios Guaranis.
FONTE : www.fundart.com.br
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Gincana de História na E.E. Cap. Deolindo de Oliveira Santos
No último dia 14 de outubro de 2008 a EE. Cap. Deolindo de Oliveira Santos, município de Ubatuba, realizou a 1ª. Gincana de História, entre os alunos do 3º. Ano do Ensino Médio do período diurno.
A Gincana foi organizada pela Profª. Mirtes Castro, que teve como etapas a elaboração de uma charge histórica; a criação de uma Paródia; apresentação de uma Esquete Teatral (pequena peça teatral/cena) sobre um dos temas estudados no ano: Imperialismo, 1ª. Guerra Mundial, Crise de 1929, Revolução Russa, Nazi-fascismo, 2ª. Guerra Mundial e Governo Vargas; As equipes que participavam da gincana tiveram ainda como prova conseguir alguns artefatos históricos:
1 disco de vinil da década de 50 ou 60;
1 recorte de jornal anterior à década de 90;
1 foto de Ubatuba antiga;
1 objeto antigo;
1 moeda do século XIX;
1 nota de dinheiro brasileiro que não seja o "Real" (Cruzeiro, Cruzado);
E para finalizar a gincana o Jogo QUIS, incluía perguntas e respostas sobre a matéria estudada durante o ano.
Os alunos estavam muito envolvidos, motivados e o mais importante, preparados para o Vestibular.
Maria Mia Reis
A Gincana foi organizada pela Profª. Mirtes Castro, que teve como etapas a elaboração de uma charge histórica; a criação de uma Paródia; apresentação de uma Esquete Teatral (pequena peça teatral/cena) sobre um dos temas estudados no ano: Imperialismo, 1ª. Guerra Mundial, Crise de 1929, Revolução Russa, Nazi-fascismo, 2ª. Guerra Mundial e Governo Vargas; As equipes que participavam da gincana tiveram ainda como prova conseguir alguns artefatos históricos:
1 disco de vinil da década de 50 ou 60;
1 recorte de jornal anterior à década de 90;
1 foto de Ubatuba antiga;
1 objeto antigo;
1 moeda do século XIX;
1 nota de dinheiro brasileiro que não seja o "Real" (Cruzeiro, Cruzado);
E para finalizar a gincana o Jogo QUIS, incluía perguntas e respostas sobre a matéria estudada durante o ano.
Os alunos estavam muito envolvidos, motivados e o mais importante, preparados para o Vestibular.
Maria Mia Reis
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
FUNDART INFORMA :
Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba “Povo que não tem memória não tem nada para contar”
Idalina Graça
VI Salão Nacional de Belas Artes de Ubatuba
Abre em 26 de outubro – 20h00
A exposição estará aberta diariamente das 14h00 às 22h00, no Sobradão do Porto – Praça Anchieta, 38 – Centro.
Dia 24 de outubro será a cerimônia de premiação das obras:
Pintura Acadêmica
Menção Honrosa
Regina Pugliesi
Obra (Delicias de Verão) Aquarela
Cidade: Caraguatatuba – SP
Osmar Antonio Maminni
Obra (Praia do Félix) Aquarela s/ papel
Cidade: São Paulo – SP
Diva Tibucheski Vilela
Obra (O Velho Eucalipto Australiano) OST
Cidade: Caçapava – SP
Celso de Siqueira Cardoso
Obra (Pescadores no Itaguá) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Ronaldo Boner Junior
Obra (Estudos) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Hilda Vargas Pereira
Obra (Magnificência da Natureza) OST
Cidade: São Paulo – SP
Medalha de Bronze
Eudes Roberto de Oliveira
Obra (Lembranças) OST
Cidade: Paraty – RJ
Luciano Camargo
Obra (Traineiras) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Pintura Contemporânea
Menção Honrosa
Simone Dias S. Martins
Obra (Tradiçoes do Vale III) AST
Cidade: São José dos Campos – SP
Ângela Ponzio
Obra (Ieha) AST
Cidade: Ilhabela – SP
José Eduardo de Cerqueira César Corbisie
Obra (O Profeta e o Ipê) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Sdondi (Célia Maria)
Obra (Alegria) AST
Cidade: Ilhabela – SP
Willian Javier Jurado Rico
Obra (Yanomamis) AST
Cidade: Paraty – RJ
Eunes Prado Lanzilottti Ambrogi
Obra (O Pavão / As Garças) Mista / OST
Cidade: Taubaté – SP
Grupo Arte Raiz
Obra (Paisagem Imaginária) AST
Cidade: Tremembé – SP
Aline Barbosa da Cruz Prudente
Obra (A Expressão de um Músico) AST
Cidade: Lorena – SP
Wanda Françade Souza
Obra (Sossego da Roça) AST
Cidade: São José dos Campos – SP
Benjamím González
Obra (Colunas de Transparência) AST
Cidade: Ubatuba – SP
Medalha de Bronze
Nelson Roldão da Freiria
Obra (Alta Temporada / Brincando de Pipas) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Rafael de Aquíno Lourenço
Obra (Forças Maiores / Sem Título por ser intitulavel) Técnica Mista
Cidade: Jacareí – SP
Medalha de Prata
Álvaro Luis Pereira
Obra (Hora do recreio) AST
Cidade: Taubaté – SP
Desenho
Menção Honrosa
Claudimir Andrade Pereira
Obra (Caricatura Clodovil II / Caricatura Flavia Alessandra / Caricatura Thelma de Freitas) Lápis de cor s/ papel
Cidade: Taubaté – SP
Eric Rubem Cordeiro
Obra (Espaço) Desenho s/ papel
Cidade: Taubaté – SP
Clarice Goes
Obra (Carequinha / O Circo Chegou) Grafite s/ papel
Cidade: Jandira – SP
Carlos Eduardo Zornoff
Obra (Vista de São PauloI) Nanquim s/ papel
Cidade: Pirassununga – SP
Medalha de Bronze
Helena Kioko Nakasato Sonageri
Obra (União Familiar) Xilogravura
Cidade: Taubaté – SP
Maria Helena Beringhs Domingues de Castro
Obra (Pés de Anjo I) Giz Pastel Seco
Cidade: Taubaté – SP
Medalha de Prata
Edja Aparecida Rondon Moreira
Obra (Os Pés da Velha) Giz Pastel Seco
Cidade: São José dos Campos – SP
Escultura
Menção Honrosa
Luciana Renna
Obra (Cavalo Marinho) Modelagem em Argila
Cidade: Caraguatatuba – SP
Marcio Gottardi
Obra (Dorso I) Argila Queimada
Cidade: Taubaté – SP
Álvaro Ronconi
Obra (Modelo Ausente) Madeira
Cidade: Taubaté – SP
Medalha de Bronze
Benedito Paulino Da Luz
Obra (Sem Titulo) Modelagem argila Queima Alta
Cidade: Lorena – SP
Medalha de Prata
Luis Carlos de Abreu
Obra (Alterofilista) Sucata
Cidade: Ubatuba – SP
Prêmio Aquisição Fundart
Sérgio Henrique Farias
Obra (Professor Eduardo / Chefe Xikrin) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Prêmio Aquisição Prefeitura Municipal de Ubatuba
Ademar Costa Simões
Obra (Conjunto da Obra) OST
Sobradão do Porto – Ubatuba / Ilha Anchieta – Ubatuba / Pastagem Taquaral Ubatuba
Cidade: Ubatuba – SP
Troféu Jean Baptiste Debret
Pintura Contemporânea
Edenilson de Aguiar
Obra (Tocadores de Tambor / Oferendas / Madonas) OST
Cidade: Pirassununga – SP
Ubatuba aniversaria – 371 anos
No próximo 28 de outubro Ubatuba vai comemorar seus 371 anos. A Fundart, com a Prefeitura e as representações de toda a comunidade participa dos festejos alusivos à importante data e tem sua programação deste mês dedicada às homenagens que o município recebe.
Projeto “Vá ao Cinema”
Destina-se às Escolas Públicas, Apaes, Associações de Bairros, Aposentados, Lar do Menor e outros. Para que seu ingresso seja gratuito é necessário apresentar o ticket. Serão exibidos filmes nacionais especialmente escolhidos, sendo dois filmes por semana, um é infantil.
Informações pelo telefone: (12) 3833 2066, para agendar com antecedência. O projeto é da Secretaria de Estado da Cultura. Os filmes serão exibidos no Cine Porto, no Shopping Itaguá.
Concurso Literário Ubatuba/2008
Inscrições encerradas
No último dia 10 de outubro foram encerradas as inscrições para o Concurso Literário Ubatuba/2008. Mais de 150 autores estão participando do concurso nas modalidades: poesia (infantil e adulto), conto e texto de teatro. A solenidade de entrega dos prêmios será no próximo dia 28 de novembro, às 20h00, em local a ser anunciado.
“Projeto Acervo Memória Caiçara”
será instalado em Ubatuba
Trata-se de iniciativa que vai representar referência importantíssima para Ubatuba.
Um pouco da história desse acervo:
O acervo Memória Caiçara foi formado pela pesquisadora Kilza Setti – etnomusicóloga, compositora e doutora pela USP – que, entre 1960 e 2005, registrou gravações, com relatos de ‘causos’, narrativas, músicas e outras produções do pensamento caiçara, no município de Ubatuba e em outras localidades do litoral paulista. Esse material, que hoje é constituído por aproximadamente 130 fitas (60 min.) cassete e 17 fitas de rolo do tipo Geloso 120, serviu de base a trabalhos acadêmicos de Kilza Setti, dentre os quais se destaca a tese que foi publicada como livro – Ubatuba nos cantos das praias: estudo do caiçara paulista e de sua produção musical – e a trabalhos de outros pesquisadores interessados em cultura musical caiçara. No entanto, a população local ainda não tem fácil acesso a esse material. Para isso, há necessidade de uma série de procedimentos que, com recursos do programa Petrobrás Cultural, poderão ser implementados.
Em dezembro o projeto será mostrado ao público, no antigo prédio da Câmara Municipal de Ubatuba, na Avenida Iperoig.
Em breve, informações completas.
Visite o Memorial Ciccillo Matarazzo
Praça 13 de Maio, 52 – Centro – junto à Biblioteca Pública Ateneu Ubatubense
Brevemente inauguração do Centro de Inclusão Digital
Programação Cultural:
18 – Sábado
20h45 – Coreto da Praça Exaltação a Santa cruz
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
22 – Quarta-feira
09h00 – Auditório Fundart
Loucos Por Karaoquê
Assista nossos eventos no Youtube:
www.youtube.com/tvfundart
Clique nos vídeos “Fundart Acontece em Ubatuba” nas datas desejadas.
Acesse nosso site:
www.fundart.com.br
Nossa cultura em um clique!
Idalina Graça
VI Salão Nacional de Belas Artes de Ubatuba
Abre em 26 de outubro – 20h00
A exposição estará aberta diariamente das 14h00 às 22h00, no Sobradão do Porto – Praça Anchieta, 38 – Centro.
Dia 24 de outubro será a cerimônia de premiação das obras:
Pintura Acadêmica
Menção Honrosa
Regina Pugliesi
Obra (Delicias de Verão) Aquarela
Cidade: Caraguatatuba – SP
Osmar Antonio Maminni
Obra (Praia do Félix) Aquarela s/ papel
Cidade: São Paulo – SP
Diva Tibucheski Vilela
Obra (O Velho Eucalipto Australiano) OST
Cidade: Caçapava – SP
Celso de Siqueira Cardoso
Obra (Pescadores no Itaguá) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Ronaldo Boner Junior
Obra (Estudos) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Hilda Vargas Pereira
Obra (Magnificência da Natureza) OST
Cidade: São Paulo – SP
Medalha de Bronze
Eudes Roberto de Oliveira
Obra (Lembranças) OST
Cidade: Paraty – RJ
Luciano Camargo
Obra (Traineiras) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Pintura Contemporânea
Menção Honrosa
Simone Dias S. Martins
Obra (Tradiçoes do Vale III) AST
Cidade: São José dos Campos – SP
Ângela Ponzio
Obra (Ieha) AST
Cidade: Ilhabela – SP
José Eduardo de Cerqueira César Corbisie
Obra (O Profeta e o Ipê) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Sdondi (Célia Maria)
Obra (Alegria) AST
Cidade: Ilhabela – SP
Willian Javier Jurado Rico
Obra (Yanomamis) AST
Cidade: Paraty – RJ
Eunes Prado Lanzilottti Ambrogi
Obra (O Pavão / As Garças) Mista / OST
Cidade: Taubaté – SP
Grupo Arte Raiz
Obra (Paisagem Imaginária) AST
Cidade: Tremembé – SP
Aline Barbosa da Cruz Prudente
Obra (A Expressão de um Músico) AST
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Cidade: São José dos Campos – SP
Benjamím González
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Cidade: Ubatuba – SP
Medalha de Bronze
Nelson Roldão da Freiria
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Cidade: Ubatuba – SP
Rafael de Aquíno Lourenço
Obra (Forças Maiores / Sem Título por ser intitulavel) Técnica Mista
Cidade: Jacareí – SP
Medalha de Prata
Álvaro Luis Pereira
Obra (Hora do recreio) AST
Cidade: Taubaté – SP
Desenho
Menção Honrosa
Claudimir Andrade Pereira
Obra (Caricatura Clodovil II / Caricatura Flavia Alessandra / Caricatura Thelma de Freitas) Lápis de cor s/ papel
Cidade: Taubaté – SP
Eric Rubem Cordeiro
Obra (Espaço) Desenho s/ papel
Cidade: Taubaté – SP
Clarice Goes
Obra (Carequinha / O Circo Chegou) Grafite s/ papel
Cidade: Jandira – SP
Carlos Eduardo Zornoff
Obra (Vista de São PauloI) Nanquim s/ papel
Cidade: Pirassununga – SP
Medalha de Bronze
Helena Kioko Nakasato Sonageri
Obra (União Familiar) Xilogravura
Cidade: Taubaté – SP
Maria Helena Beringhs Domingues de Castro
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Cidade: Taubaté – SP
Medalha de Prata
Edja Aparecida Rondon Moreira
Obra (Os Pés da Velha) Giz Pastel Seco
Cidade: São José dos Campos – SP
Escultura
Menção Honrosa
Luciana Renna
Obra (Cavalo Marinho) Modelagem em Argila
Cidade: Caraguatatuba – SP
Marcio Gottardi
Obra (Dorso I) Argila Queimada
Cidade: Taubaté – SP
Álvaro Ronconi
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Cidade: Taubaté – SP
Medalha de Bronze
Benedito Paulino Da Luz
Obra (Sem Titulo) Modelagem argila Queima Alta
Cidade: Lorena – SP
Medalha de Prata
Luis Carlos de Abreu
Obra (Alterofilista) Sucata
Cidade: Ubatuba – SP
Prêmio Aquisição Fundart
Sérgio Henrique Farias
Obra (Professor Eduardo / Chefe Xikrin) OST
Cidade: Ubatuba – SP
Prêmio Aquisição Prefeitura Municipal de Ubatuba
Ademar Costa Simões
Obra (Conjunto da Obra) OST
Sobradão do Porto – Ubatuba / Ilha Anchieta – Ubatuba / Pastagem Taquaral Ubatuba
Cidade: Ubatuba – SP
Troféu Jean Baptiste Debret
Pintura Contemporânea
Edenilson de Aguiar
Obra (Tocadores de Tambor / Oferendas / Madonas) OST
Cidade: Pirassununga – SP
Ubatuba aniversaria – 371 anos
No próximo 28 de outubro Ubatuba vai comemorar seus 371 anos. A Fundart, com a Prefeitura e as representações de toda a comunidade participa dos festejos alusivos à importante data e tem sua programação deste mês dedicada às homenagens que o município recebe.
Projeto “Vá ao Cinema”
Destina-se às Escolas Públicas, Apaes, Associações de Bairros, Aposentados, Lar do Menor e outros. Para que seu ingresso seja gratuito é necessário apresentar o ticket. Serão exibidos filmes nacionais especialmente escolhidos, sendo dois filmes por semana, um é infantil.
Informações pelo telefone: (12) 3833 2066, para agendar com antecedência. O projeto é da Secretaria de Estado da Cultura. Os filmes serão exibidos no Cine Porto, no Shopping Itaguá.
Concurso Literário Ubatuba/2008
Inscrições encerradas
No último dia 10 de outubro foram encerradas as inscrições para o Concurso Literário Ubatuba/2008. Mais de 150 autores estão participando do concurso nas modalidades: poesia (infantil e adulto), conto e texto de teatro. A solenidade de entrega dos prêmios será no próximo dia 28 de novembro, às 20h00, em local a ser anunciado.
“Projeto Acervo Memória Caiçara”
será instalado em Ubatuba
Trata-se de iniciativa que vai representar referência importantíssima para Ubatuba.
Um pouco da história desse acervo:
O acervo Memória Caiçara foi formado pela pesquisadora Kilza Setti – etnomusicóloga, compositora e doutora pela USP – que, entre 1960 e 2005, registrou gravações, com relatos de ‘causos’, narrativas, músicas e outras produções do pensamento caiçara, no município de Ubatuba e em outras localidades do litoral paulista. Esse material, que hoje é constituído por aproximadamente 130 fitas (60 min.) cassete e 17 fitas de rolo do tipo Geloso 120, serviu de base a trabalhos acadêmicos de Kilza Setti, dentre os quais se destaca a tese que foi publicada como livro – Ubatuba nos cantos das praias: estudo do caiçara paulista e de sua produção musical – e a trabalhos de outros pesquisadores interessados em cultura musical caiçara. No entanto, a população local ainda não tem fácil acesso a esse material. Para isso, há necessidade de uma série de procedimentos que, com recursos do programa Petrobrás Cultural, poderão ser implementados.
Em dezembro o projeto será mostrado ao público, no antigo prédio da Câmara Municipal de Ubatuba, na Avenida Iperoig.
Em breve, informações completas.
Visite o Memorial Ciccillo Matarazzo
Praça 13 de Maio, 52 – Centro – junto à Biblioteca Pública Ateneu Ubatubense
Brevemente inauguração do Centro de Inclusão Digital
Programação Cultural:
18 – Sábado
20h45 – Coreto da Praça Exaltação a Santa cruz
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
22 – Quarta-feira
09h00 – Auditório Fundart
Loucos Por Karaoquê
Assista nossos eventos no Youtube:
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A HISTÓRIA DA FERROVIA TAUBATÉ-UBATUBA....
O momento histórico que Ubatuba viveu, parecia definir o verdadeiro restabelecimento e firmamento da economia local, revolucionando o fluxo de transporte de toda a produção da região: a construção de uma linha ferroviária que ligaria Taubaté a Ubatuba, abandonando assim o antigo percurso utilizado como via de transporte, a estrada Imperial. Saindo do Sul de Minas Gerais, a estrada passaria pela serra do mar até alcançar o porto de Ubatuba. Desta forma Ubatuba estaria apta ao comercio de exportação e importação competindo com o porto de Santos.
O ano era o de 1889 e alguns homens chamados concessionários, como João Alfredo Corrêa de Oliveira, um Ministro do Império, Francisco Ribeiro de M. Escobar, Victorino E. Marcondes Varella, e outros, organizaram uma Companhia. O capital do investimento foi milionário, fundando o Banco de Taubaté. Firmas inglesas forneceram o material necessário como os trilhos, iniciando em seguida os trabalhos para traçar a linha ferroviária. Um grupo de trabalhadores vinha do planalto de Taubaté, enquanto um outro trilhava o caminho pela Serra do Mar, chegou-se a perfurar a serra para os túneis. Da estação em Ubatuba, pouco se sabe;resta uma pedra fundamental colocada no cruzamento das ruas Cunhambebe e Liberdade. E, no dia 28 de setembro de 1890, aconteceu a festividade de inauguração. A Imprensa, dias depois “alardeou” em jornais importantes da época, o tamanho da festividade e das personalidades presentes.
A felicidade e o grande entusiasmo popular viriam logo a sucumbir, pois a fatídica notícia de que o governo federal da época de Floriano Peixoto, haveria suspendido o desconto no comercio do material importado da Inglaterra, que barateava tal construção da linha, levando o Banco de Taubaté, financiador da construção à falência. Assim, terminava o sonho de crescimento econômico da cidade. Vestígios dessa ferrovia ficaram longos anos abandonados, trechos de ferrovia concluídos, materiais usados nas obras, todos esquecidos na serra. Muitos trilhos foram aproveitados pela Prefeitura para construções de pontes, alguns utilizados em posteamento no primeiro serviço de iluminação elétrica da cidade.
Com o lançamento da pedra fundamental da futura estação ferroviária, além das festividades e solenidades, realizou-se ainda um espetáculo no antigo Teatro da cidade, encerrando tal comemoração. Um espetáculo com um final apoteótico, representando um recomeço para Ubatuba, com a linha ferroviária trazendo o tão esperado progresso. No encerramento do espetáculo,emblematicamente, uma concha se abrindo ao som de muito barulho, com vivas, aplausos, apitos simulando a locomotiva, fogos de artifício e uma banda musical e de dentro da concha sairia uma criança com uma faixa escrita: Ubatuba, agitando uma palma verde com a mão e aí gritaria: “Viva Ubatuba!”. Mas, mesmo com todo o alvoroço e o barulho a criança permaneceu dormindo , o que poderia ser interpretado como um prenúncio do despertar de mais um sonho para uma amarga realidade: o cancelamento das obras da linha ferroviária, que marcou, na última década do século XVIII, o início de uma nova fase de decadência.
Do livro " UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA "
O ano era o de 1889 e alguns homens chamados concessionários, como João Alfredo Corrêa de Oliveira, um Ministro do Império, Francisco Ribeiro de M. Escobar, Victorino E. Marcondes Varella, e outros, organizaram uma Companhia. O capital do investimento foi milionário, fundando o Banco de Taubaté. Firmas inglesas forneceram o material necessário como os trilhos, iniciando em seguida os trabalhos para traçar a linha ferroviária. Um grupo de trabalhadores vinha do planalto de Taubaté, enquanto um outro trilhava o caminho pela Serra do Mar, chegou-se a perfurar a serra para os túneis. Da estação em Ubatuba, pouco se sabe;resta uma pedra fundamental colocada no cruzamento das ruas Cunhambebe e Liberdade. E, no dia 28 de setembro de 1890, aconteceu a festividade de inauguração. A Imprensa, dias depois “alardeou” em jornais importantes da época, o tamanho da festividade e das personalidades presentes.
A felicidade e o grande entusiasmo popular viriam logo a sucumbir, pois a fatídica notícia de que o governo federal da época de Floriano Peixoto, haveria suspendido o desconto no comercio do material importado da Inglaterra, que barateava tal construção da linha, levando o Banco de Taubaté, financiador da construção à falência. Assim, terminava o sonho de crescimento econômico da cidade. Vestígios dessa ferrovia ficaram longos anos abandonados, trechos de ferrovia concluídos, materiais usados nas obras, todos esquecidos na serra. Muitos trilhos foram aproveitados pela Prefeitura para construções de pontes, alguns utilizados em posteamento no primeiro serviço de iluminação elétrica da cidade.
Com o lançamento da pedra fundamental da futura estação ferroviária, além das festividades e solenidades, realizou-se ainda um espetáculo no antigo Teatro da cidade, encerrando tal comemoração. Um espetáculo com um final apoteótico, representando um recomeço para Ubatuba, com a linha ferroviária trazendo o tão esperado progresso. No encerramento do espetáculo,emblematicamente, uma concha se abrindo ao som de muito barulho, com vivas, aplausos, apitos simulando a locomotiva, fogos de artifício e uma banda musical e de dentro da concha sairia uma criança com uma faixa escrita: Ubatuba, agitando uma palma verde com a mão e aí gritaria: “Viva Ubatuba!”. Mas, mesmo com todo o alvoroço e o barulho a criança permaneceu dormindo , o que poderia ser interpretado como um prenúncio do despertar de mais um sonho para uma amarga realidade: o cancelamento das obras da linha ferroviária, que marcou, na última década do século XVIII, o início de uma nova fase de decadência.
Do livro " UBATUBA, ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA "
A CHEGADA DA LUZ ELÉTRICA EM UBATUBA...
A Iluminação pública, hoje é um dos serviços básicos prestados à população de praticamente todo o município de Ubatuba, levando a lugares muito distantes os benefícios da eletricidade: luminárias em ruas, atendimento domiciliar. A Elektro está encarregada de prestar serviços de energia elétrica em toda a região.
Na memória de uns poucos ainda brilham a luz dos lampiões e velas que clareavam as noites escuras da cidade litorânea. Foi exatamente em 1881, no dia de comemoração da independência do Brasil da colonização portuguesa que Ubatuba também comemorava, a inauguração do serviço de iluminação pública para o município. Este serviço era o mais arcaico possível, com pouco mais de doze lampiões a querosene espalhados por algumas esquinas do perímetro urbano da cidade.
O primeiro passo para a tentativa de trazer a luz elétrica para as ruas e residências de Ubatuba, foi graças a aprovação da Lei na Câmara Municipal, em 10 de novembro de 1925, autorizando a exploração e o fornecimento de energia elétrica. A Prefeitura Municipal local logo outorgou a Antonio Francisco Pereira Junior e Jorge Correia Porto, através de um contrato, a autorização de exploração deste serviço. Três anos mais tarde, a própria Prefeitura, por meio de Lei, caducou este acordo, pois o mesmo provedor, Pereira Júnior, tentava transferir tal concessão à outra companhia que lhe proporcionaria uma melhor compensação financeira. Através de uma nova Lei, aprovada em 5 de junho do mesmo ano, Gustavo Stach obteve esse direito por 30 anos, além da exploração dos serviços de força, luz e tração elétrica, o serviço telefônico na cidade de Ubatuba.
Em 6 de janeiro de 1929, Gustavo Stach, alemão ousado e persistente, mesmo sem ter total apoio ou colaboração, inaugurou o serviço de iluminação. Foi um grande acontecimento para a cidade, muito aguardado por toda a população. Estiveram presentes, autoridades ilustres como o Dr. Washington Luis Pereira de Souza, o Presidente da República dos Estados do Brasil, o Sr. Julio Prestes de Albuquerque, o Presidente do Estado do Estado de São Paulo, o Sr. Manoel Bernardo de Amorim, o Prefeito Municipal de Ubatuba, os senhores vereadores municipais, entre outras autoridades.
É interessante ressaltar que toda a pompa e o motivo de tanta alegria, tanto dos habitantes como de todos aqueles que estiveram presentes no acontecimento, foi porque Ubatuba inaugurava um sistema elétrico de iluminação que não ultrapassava trinta e seis pequenas lâmpadas de 60 watts de potência. Mas para a época, esta tão esperada inauguração era um orgulho para uma cidade, que apenas clareava suas escuras noites com alguns poucos lampiões a base de querosene. Como diz Washington de Oliveira: “... a primeira das ambiciosas alavancas necessárias à propulsão do emperrado progresso local”
Infelizmente, mesmo com a boa vontade e dedicação de Gustavo Stach, a alegria de todos os munícipes e autoridades durou pouco. Fatores como, o erro de cálculo do potencial energético, do volume de água da cachoeira, que servia como fonte natural de energia, foi insuficiente para manter as lâmpadas de 60 watts acesas. O alemão fracassou com sua empresa, transferindo o material usado em sua obra para firma financiadora, Sociedade Técnica Bremensis S. A. de São Paulo, que continuou mantendo o deficitário serviço de iluminação de Ubatuba.
Logo, o domínio e concessão, passaram para a Companhia Taubaté Industrial - CTI, a pedido de Félix Guisard; modernizando o sistema de energia, das instalações na cidade. No 18 de Julho de 1948, o Governador Ademar de Barros, inaugurou as novas instalações e o eficiente serviço público de iluminação. Novamente, mais um dia de motivo de muita ostentação, alegria e pompa da população local durante um dia inteiro de solenidades. Neste mesmo dia, além da tão importante inauguração, outra solenidade também foi realizada. Duas ruas de Ubatuba eternizavam dois nomes importantes de sua história, tendo nas suas placas os nomes de Félix Guisard e do Professor Thomaz Galhardo[1]. No dia seguinte, foi encerrada tamanha comemoração com uma missa campal celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Idílio José Soares, sendo o prefeito da época o Dr. José Alberto dos Santos. Com o advento do tempo e do progresso, Ubatuba crescia e se modernizava, e assim, o serviço de iluminação elétrica da CTI já não era mais um problema. Passou então, a antiga CESP – Centrais Elétricas de São Paulo S. A., anterior a atual empresa privada Elektro[2].
[1] Félix Guisard (1862-1942) nasceu na cidade mineira de Teófilo Ottoni, radicou-se em Taubaté, onde foi um dos pioneiros da indústria no Vale do Paraíba , por outro lado Thomaz Paulo do Bom Sucesso Galhardo foi um grande educador e comendador, publicou vários livros didáticos, fez parte da Secretaria da Instrução Pública.
[2] Vale ressaltar que neste momento da mudança da CTI para CESP nos serviços de fornecimento de energia elétrica, Ubatuba só passou a fazer parte da faixa protegida da CESP, pois, pelo fato da Petrobras necessitar de energia elétrica ao Terminal Marítimo de São Sebastião, beneficiando também Paraibuna, Caraguatatuba, cidades igualmente carentes que estavam no caminho dos cabos elétricos e, Ubatuba, estar distante das linhas da CESP, graças ao saudoso Prefeito de Ubatuba, na época, o Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho, com seu prestígio proporcionou e conseguiu mais 50 quilômetros de cabos chegando até Ubatuba.
FONTE : Livro "Ubatuba, espaço,memória e cultura"
Na memória de uns poucos ainda brilham a luz dos lampiões e velas que clareavam as noites escuras da cidade litorânea. Foi exatamente em 1881, no dia de comemoração da independência do Brasil da colonização portuguesa que Ubatuba também comemorava, a inauguração do serviço de iluminação pública para o município. Este serviço era o mais arcaico possível, com pouco mais de doze lampiões a querosene espalhados por algumas esquinas do perímetro urbano da cidade.
O primeiro passo para a tentativa de trazer a luz elétrica para as ruas e residências de Ubatuba, foi graças a aprovação da Lei na Câmara Municipal, em 10 de novembro de 1925, autorizando a exploração e o fornecimento de energia elétrica. A Prefeitura Municipal local logo outorgou a Antonio Francisco Pereira Junior e Jorge Correia Porto, através de um contrato, a autorização de exploração deste serviço. Três anos mais tarde, a própria Prefeitura, por meio de Lei, caducou este acordo, pois o mesmo provedor, Pereira Júnior, tentava transferir tal concessão à outra companhia que lhe proporcionaria uma melhor compensação financeira. Através de uma nova Lei, aprovada em 5 de junho do mesmo ano, Gustavo Stach obteve esse direito por 30 anos, além da exploração dos serviços de força, luz e tração elétrica, o serviço telefônico na cidade de Ubatuba.
Em 6 de janeiro de 1929, Gustavo Stach, alemão ousado e persistente, mesmo sem ter total apoio ou colaboração, inaugurou o serviço de iluminação. Foi um grande acontecimento para a cidade, muito aguardado por toda a população. Estiveram presentes, autoridades ilustres como o Dr. Washington Luis Pereira de Souza, o Presidente da República dos Estados do Brasil, o Sr. Julio Prestes de Albuquerque, o Presidente do Estado do Estado de São Paulo, o Sr. Manoel Bernardo de Amorim, o Prefeito Municipal de Ubatuba, os senhores vereadores municipais, entre outras autoridades.
É interessante ressaltar que toda a pompa e o motivo de tanta alegria, tanto dos habitantes como de todos aqueles que estiveram presentes no acontecimento, foi porque Ubatuba inaugurava um sistema elétrico de iluminação que não ultrapassava trinta e seis pequenas lâmpadas de 60 watts de potência. Mas para a época, esta tão esperada inauguração era um orgulho para uma cidade, que apenas clareava suas escuras noites com alguns poucos lampiões a base de querosene. Como diz Washington de Oliveira: “... a primeira das ambiciosas alavancas necessárias à propulsão do emperrado progresso local”
Infelizmente, mesmo com a boa vontade e dedicação de Gustavo Stach, a alegria de todos os munícipes e autoridades durou pouco. Fatores como, o erro de cálculo do potencial energético, do volume de água da cachoeira, que servia como fonte natural de energia, foi insuficiente para manter as lâmpadas de 60 watts acesas. O alemão fracassou com sua empresa, transferindo o material usado em sua obra para firma financiadora, Sociedade Técnica Bremensis S. A. de São Paulo, que continuou mantendo o deficitário serviço de iluminação de Ubatuba.
Logo, o domínio e concessão, passaram para a Companhia Taubaté Industrial - CTI, a pedido de Félix Guisard; modernizando o sistema de energia, das instalações na cidade. No 18 de Julho de 1948, o Governador Ademar de Barros, inaugurou as novas instalações e o eficiente serviço público de iluminação. Novamente, mais um dia de motivo de muita ostentação, alegria e pompa da população local durante um dia inteiro de solenidades. Neste mesmo dia, além da tão importante inauguração, outra solenidade também foi realizada. Duas ruas de Ubatuba eternizavam dois nomes importantes de sua história, tendo nas suas placas os nomes de Félix Guisard e do Professor Thomaz Galhardo[1]. No dia seguinte, foi encerrada tamanha comemoração com uma missa campal celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Idílio José Soares, sendo o prefeito da época o Dr. José Alberto dos Santos. Com o advento do tempo e do progresso, Ubatuba crescia e se modernizava, e assim, o serviço de iluminação elétrica da CTI já não era mais um problema. Passou então, a antiga CESP – Centrais Elétricas de São Paulo S. A., anterior a atual empresa privada Elektro[2].
[1] Félix Guisard (1862-1942) nasceu na cidade mineira de Teófilo Ottoni, radicou-se em Taubaté, onde foi um dos pioneiros da indústria no Vale do Paraíba , por outro lado Thomaz Paulo do Bom Sucesso Galhardo foi um grande educador e comendador, publicou vários livros didáticos, fez parte da Secretaria da Instrução Pública.
[2] Vale ressaltar que neste momento da mudança da CTI para CESP nos serviços de fornecimento de energia elétrica, Ubatuba só passou a fazer parte da faixa protegida da CESP, pois, pelo fato da Petrobras necessitar de energia elétrica ao Terminal Marítimo de São Sebastião, beneficiando também Paraibuna, Caraguatatuba, cidades igualmente carentes que estavam no caminho dos cabos elétricos e, Ubatuba, estar distante das linhas da CESP, graças ao saudoso Prefeito de Ubatuba, na época, o Sr. Francisco Matarazzo Sobrinho, com seu prestígio proporcionou e conseguiu mais 50 quilômetros de cabos chegando até Ubatuba.
FONTE : Livro "Ubatuba, espaço,memória e cultura"
Observando caga-sebos e vira-
As pessoas não sabem, mas eu digo que temos aqui em Ubatuba uma grande laje de ouro, um grande poço de petróleo, e até muito mais do que isso.No final da década de 50, não sei se por acaso, apareceu em Ubatuba um homem que enxergou aqui uma das maiores riquezas do Brasil; riqueza essa que para o nativo caiçara era coisa costumeira e sem valor. Foi a mesma coisa quando os portugueses viram no pau-brasil uma riqueza imensa, coisa que para os índios era apenas uma árvore.Os portugueses viram a riqueza numa árvore, Ciccillo Matarazzo percebeu-a em nossas águas e praias.Hoje, após 508 e há 50 anos, continuamos na mesma cegueira, na mesma ingenuidade dos índios no descobrimento do Brasil. A que se deve essa cegueira diante de resultados e experiências de cidades vizinhas, diante de toda informação tecnológica, diante de escolas e universidades que anualmente despejam no mercado profissionais com formação e especialização em transformar tudo o que temos em ouro?Dia 4 de outubro foi o Dia Municipal do tangará-dançador, pássaro símbolo de Ubatuba. Estive presente na abertura do III Festival de Aves de Ubatuba, na qual recebi uma homenagem, homenagem esta que divido com minha mulher Maria Helena, minha filha Bruna, com Carlos Rizzo, com todos os amigos do Museu Caiçara, com os componentes do grupo O Guaruçá, com os gerentes e proprietários do Ubatuba Palace Hotel, com os artistas que participam do evento, com a rádio Costa Azul que incessantemente divulgou e ainda com o editor-chefe do www.ubaweb.com (Luiz Moura), que também divulgou o evento.- Julinho, você não vai dividir essa homenagem e parabenizar nossa municipalidade (gestores de turismo e de cultura)?Eu mesmo pergunto e eu mesmo respondo:- Vou sim. Só depois. Quem sabe, ano que vem, se esses agentes fazerem acontecer, aqui em Ubatuba, um Encontro Mundial de Observadores de Pássaros e, em nossas ruas e praças apresentarem alegorias gigantes de pássaros, alto-falantes com cantos de pássaros, oficinas, palestras, exposições... Aí sim, darei meus parabéns!Está aí, ao nosso grande diamante, que Carlos Rizzo insistentemente lustra, falta o trabalho de lapidação por parte de nossos gestores de turismo.Será que nossa municipalidade tem visão pra isso?Não bobeiem, porque senão nossos vizinhos irão enxergar os tangarás, os surucuás, as arapongas... e nós ficaremos olhando apenas caga-sebos e vira-bostas.Todo o tesouro que falei no começo é composto por nossos pássaros, nossa Mata Atlântica, nosso mar, nossas lendas, nosso folclore, nossos artistas, nossa cultura.Se deixarem de fazer política para se reelegerem, se deixarem de colocar em cargos de importância vital para a cidade apadrinhados políticos, se realmente tiverem vontade de lapidarem esse tesouro, Ubatuba vai crescer e todo mundo vai ter uma vida melhor.“Se o vôo do passado foi mais lento, o do futuro ninguém pode alcançar, mas não podemos voar em asas de borboleta.” - O mundo voa, Julinho Mendes.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
ESPECIAL GOVERNO DE MEM DE SÁ E A PAZ DE IPEROIG ( 1558-1572)
Padre José de Anchieta e Men de Sá
Um dos principais acontecimentos do governo de Mem de Sá, – Fidalgo português ( 1.504-1.572 ), terceiro governador do Brasil. Pouco após chegar ao Brasil, entrou em luta contra os indígenas. Em 1.560, atacou os franceses que se tinham estabelecido na Ilha de Sirigipe, não conseguindo desalojá-los. Determinando em seguida a transferência dos moradores de Santo André da Borda do Campo para a Vila de São Paulo de Piratininga, retornou à Bahia. Em janeiro de 1.267, novamente ao Sul, expulsou definitivamente os invasores franceses, após uma batalha decisiva no Morro do Lêripe. Transferindo depois a cidade de Estácio fundara para o Morro de São Januário, viajou para a Bahia, deixando seu sobrinho no governo da Capitania de São
Mem de SáSebastião do Rio de Janeiro, formada por terras conquistadas aos franceses e tamoios. Mem de Sá morreu em Salvador em 02/03/1.572.--- sucessor de Duarte da Costa, foi o Combate de Tamoios e portugueses para a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro. O combate de Tamoios teve início em 1.554 – 1.555, quando várias tribos da faixa litorânea e algumas do interior, de São Vicente ao Rio de Janeiro, organizaram-se na luta contra os colonizadores. Na ocasião, os ataques simultâneos dos confederados aos núcleos portugueses chegaram a colocar em risco a presença dos colonizadores no planalto de Piratininga e no Rio de Janeiro. Após a Paz de Iperoig, as lutas continuaram na região de Cabo Frio, onde o governador Antônio Salema conseguiu esmagar a resistência dos nativos em 1.575. Muitas vezes os tamoios se aliaram aos franceses porque estes se limitavam ao escambo com os indígenas, ao passo que os portugueses estavam interessados em utilizá-los como mão – de – obra.
Os invasores tinham estabelecido relações cordiais com os indígenas, incitando-os contra os portugueses. Em 1.563, os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega conseguiram firmar a paz entre os portugueses e os índios tamoios, que ameaçavam a segurança de São Paulo e de São Vicente. Anchieta permaneceu cinco meses como refém entre os índios de Iperoig, aldeia localizada onde é hoje a cidade de Ubatuba, no litoral norte do Estado de São Paulo. A chamada Paz de Iperoig, conseguida pelos dois sacerdotes, permitiu a sobrevivência do Colégio de São Paulo e a permanência dos portugueses na região. Mem de Sá, num primeiro ataque contra os invasores do Rio de Janeiro, conseguiu destruir o forte Coligny, que eles tinham construído na ilha de Sergipe, hoje Villegaignon, na baía de Guanabara. Depois disso, o governador voltou à Bahia. Os franceses, que tinham conseguido refúgio junto aos índios, seus aliados, retornaram e reconstruíram o forte. Em 1º de Março de 1.565, o sobrinho de Mem de Sá, Estácio de Sá, fundou a cidade de
José de AnchietaSão Sebastião do Rio de Janeiro. A nova cidade tornou-se a base das operações dos portugueses na luta contra os franceses. A expulsão definitiva dos franceses só foi conseguida depois de muitas lutas. Estácio de Sá, com a ajuda de tropas do governador e da região de São Vicente, derrotou os invasores depois das batalhas do forte Coligny, de Uruçu – Mirim e da ilha do Governador ( Paranapuã). Destacaram-se nos combates, lado a lado com os portugueses, os índios temiminós do Espírito Santo, comandados por Araribóia. Como recompensa, esse chefe indígena recebeu uma sesmaria na região do Rio de Janeiro, onde fundou a vila de São Lourenço, que deu origem à cidade de Niterói. Mem de Sá governou até 1.572, ano de sua morte. Dom Luís de Vasconcelos, que havia sido enviado em 1.570 para ser o quarto governador, morreu durante a viagem para o Brasil, quando seu navio foi atacado por piratas franceses.
COLABOREM COM O ALBUM ' UBATUBA ANTIGA"...vamos preservar nossa história...
CAROS AMIGOS, a partir de hoje vocês terão nesta página ( em seu rodapé) um ALBUM COM FOTOS, DESENHOS E PINTURAS ANTIGAS , as quais retrantam UBATUBA antiga...
Colabore comigo enviando novas fotos, antigas imagens de Ubatuba-SP...
Vamos preservar a história de Ubatuba, guardando as imagens antigas...
Conto com sua colaboração, envie fotos para a meu E - MAIL :
silcefon@gmail.com
Com prazer suas fotos farão parte do meu, do nosso album :
UBATUBA ANTIGA....
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
CANINHA UBATUBA : Remédio Falso
Rotulo da Caninha Ubatubana
Texto de :
Eduardo Antonio de Souza Netto
articulista@ubaweb.com
Lembrei-me, outro dia, de meu amigo Hélio Stefani. Na verdade, sempre estou me lembrando desse amigo que se foi há algum tempo e deixou muita saudade. Nasceu em São Paulo, casou-se e veio morar em Ubatuba, onde lhe nasceram os filhos. No começo, abriu um escritório de contabilidade onde exerceu por um bom tempo sua profissão de contador. Bem mais velho do que eu, tinha, à primeira vista, uma cara ranzinza que, se a conversa lhe agradasse, após alguns minutos, logo era desfeita para dar lugar a um sorriso gostoso de bonachão. Todavia, quando perdia a esportiva, sai de baixo! O homem avermelhava, ficava rabugento, resmungava, rosnava e espalhava perdigotos nos arredores. Era dose! Gordinho, fumante inveterado e, como eu, torcedor do Palmeiras e chegados numa boa cachacinha.
Quando nos conhecemos, eu era muito jovem e exercia o mandato de vereador. Ele trabalhava na secretaria da Câmara Municipal. Mesmo tendo sido eleito vereador pela ARENA, minhas convicções políticas eram meio de esquerda e camufladas. Os tempos exigiam... O partido era apenas acessório, circunstancial, como são até hoje os partidos. Já o Hélio era o que se chama hoje em dia um neo-liberal. Uma vez quebramos o pau por causa do Roberto Campos de quem defendia as idéias que rotineiramente lia no Estadão. Divergíamos radicalmente quanto à política, mas sintonizávamo-nos quando o assunto era Ubatuba, literatura, cinema etc.
Lembro-me de que um dia contou-me que era fã de carteirinha da Rita Hayworth e que, quando adolescente, tinha ereções no cinema quando a via. Eu tive uma, na verdade, naquela época era o que mais se tinha, quando vi a Ursula Andress saindo do mar de biquíni, naquele filme do James Bond.
Pois bem, uma vez, como era de praxe, fomos ao Bar do Franklin tomar uma Ubatubana. Esta foi a melhor cachaça já produzida e um marco na história desta cidade. Quando batia na goela, ardia um pouco, depois descia gostosa, com aquele cheirinho de canavial. Um néctar dos deuses! Tanto da branca, quanto da amarelinha. Esta, a mais difícil de encontrar no mercado, a não ser que se comprasse direto na Fazenda Velha, da família Chiéus, onde era fabricada. O Hélio era metido a expert em bebidas. Olhamos para a prateleira revestida com espelhos que ficava por detrás do balcão e vimos uma garrafa de Ubatubana com o rótulo já meio puído indicando ser de uma boa e velha safra. Imediatamente o meu finado amigo pediu ao Quilim que botasse uma dose para cada um. Foi aí que, na primeira golada que o Hélio deu, aconteceu o desastre! Mal bateu na garganta, a cachaça foi expelida acompanhada de um acesso de tosse, cusparadas no chão do bar e de imprecações. - Isso nunca foi Ubatubana!!! - protestou, com os olhos lacrimejantes e a cara vermelha feito um camarão. Saí do bar com o meu amigo inconformado com o Quilim que teria colocado outra marca de pinga na velha garrafa de Ubatubana.
Foi a primeira experiência marcante que tive de um consumidor ludibriado, pelo menos convencido de ter sido, já que, de minha parte, não creio que o Quilim tivesse feito tal sacanagem. O Hélio, naquele dia, não tava era com boca boa para degustar. Fico imaginando-o, se estivesse entre nós, assistindo todo esse escândalo de falsificações de remédios que todos os dias tem saído nos noticiários. Não creio que iria deixar de crer no capitalismo, nas tais leis de mercado; mas que ia praguejar, lá isso ia!
FONTE :
http://www.ubaweb.com/ubaweb/n11/11_art2.html
TUNEL DO TEMPO....." Noite de glamour nas Ruinas da Lagoinha"
Revitalização
A parceria entre Fundart, Prefeitura Municipal de Ubatuba e Secretaria de Recuperações de Bens Culturais do Governo do Estado de São Paulo possibilitou a revitalização das ruínas da Lagoinha.
Seguindo o projeto elaborado pela secretaria e contando com a aprovação do Ibama e DPRN, a Fundart e a Prefeitura se encarregaram de cercar a limpar a área, sinalizar a estrada e melhorar o seu acesso. Além de instalar iluminação apropriada para o Patrimônio Histórico, doada pelo instituto de recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo.
Permitir a preservação do que restou de uma das heranças históricas e culturais de Ubatuba - as ruínas da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha, localizadas no km 72 da rodovia SP-55 - foi o principal objetivo dessa parceria que possibilitará ainda a criação de um novo ponto de atração turística e cultural da região.
Noite solene
A histórica noite solene da entrega oficial da Revitalização das Ruínas da Lagoinha, dia 19, contou com a presença de autoridades municipais e estaduais, representadas na pessoa do secretário de Recuperação de Bens Culturais, Emanuel Von Lauenstein Massarani, que durante a cerimônia entregou à Fundart e a Eliana Inglese os títulos de "Defensores de Bens Culturais", em homenagem a contribuição da entidade e sua presidente na luta pela preservação da história e arquitetura do município.
Através do jornal "A Semana", o secretário deixa um recado a toda população: "Antes de tudo, esta é uma homenagem a comunidade residente em Ubatuba e de passagem pelo município. As atividades culturais são inteiramente ligadas a parte turística; então, este casamento turístico-cultural é importantíssimo para a preservação de nossa memória. O que nós pedimos e apelamos, é que cada cidadão torne-se um preservacionista deste espaço como patrimônio histórico edificado, como patrimônio ambiental que é a nossa Mata Atlântica. Que visitem e tragam seus amigos e família; que orem neste que é um templo da natureza e que não o danifiquem."
Ressaltou que somente com a parceria foi possível concretizar a revitalização das ruínas, ter realizado exposições, o projeto de restauro do Casarão do Porto e o levantamento para criar o memorial da cidade dentro do prédio da Cadeia Velha.
A noite tomou-se pelo glamour, no templo das ruínas de Lagoinha pelos cantos e encantos dos "Cavaleiros do Novo Milênio", especialistas em cantos gregorianos, e também estilos populares que ousaram ao interpretar a canção "Luar do Sertão", marcando umas das mais belas cerimônias de nossa história com as estrofes:
Se Deus fez belo o luar lá do sertão
Sobretudo em Ubatuba ele pôs a sua mão
As lindas praias, verdes matas e luares
Gente atrai de mui lugares, é orgulho da Nação
A Lagoinha do Paraíso se avizinha
Como a Pero Vaz Caminha, apaixonada o coração
Em suas ruínas minha alma se aninha
Como linda andorinha que vem cá entrar canção...
Histórico:
Ruínas da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha
As ruínas em pedra e cal da Fazenda Bom Retiro estão localizadas próximo ao km 72, da rodovia SP-55, sentido serra, construídas, segundo estudos recentes, provavelmente no início do século XIX, antes da abertura de subscrição pública-venda de ações, por um dos primeiros proprietários da Lagoinha, o engenheiro francês Stevenné, em 1828.
São remanescentes de uma Ubatuba próspera, quando em seu porto era negociada e exportada a produção valeparaibana, trazida pelos tropeiros pela estrada Ubatuba-São Luís do Paraitinga, e a Ubatubana (aguardente, açúcar mascavo, milho, fumo...).
Nesse período, assim como Stevenné, muitos outros estrangeiros, como Vigneron Jussilendiere, Garroux, Bourget (Borgete ou Borges), Charleux, Bruyer (Brié ou Brulher), etc., foram atraídos para a abastada Vila da Exaltação da Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
Tombamento de um patrimônio histórico
As ruínas do antigo engenho da Fazenda Bom Retiro da Lagoinha foram tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico do Estado de São Paulo), através do processo 554/75, resolução 69, em 16 de dezembro de 1985, para sua proteção e valorização enquanto patrimônio histórico de suma importância para o município. Foi classificado como engenho devido ao grande aqueduto existente e ao que restou das instalações de um roda d'água.
O terreno onde se encontram as ruínas foi doado pelo senhor Jamil Zantut e sua esposa, Benedicta Corrêazantut, à Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), através de escritura pública (livro 1913, folhas 60, em 19 de outubro de 1989).
Os grandes proprietários da Lagoinha
No início do século XIX, o engenheiro francês João Agostinho Stevenné ou Steveninc, proprietário também da Maranduba e Sapé, criou na Lagoinha um engenho de açúcar: uma grande Fazenda modelo, escola para o ensino de novas técnicas para a fabricação de açúcar e introdução e propagação de carneiros merinós para a produção de carvão animal, através de abertura de processo de subscrição pública de ações (venda de ações).
A fazenda entrou em decadência por volta de 1850 com a evolução das técnicas agrícolas. As datas de compra da propriedade Porsteenné, anterior à da abertura de ações e de venda do engenho da Lagoinha, são desconhecidas e objeto de estudo pelo Departamento de Patrimônio, Biblioteca e Arquivo da Fundart.
Segundo relatos orais e recentes pesquisas, outro importante proprietário foi o Capitão Romualdo, já no final do século. Possuidor de vasta cultura de café e cana-de-açúcar, fabricante e exportador de aguardente e açúcar mascavo, seus escravos teriam ganho a liberdade com a abolição da escravatura, mas, sem terem para onde ir e por gratidão e amizade, permaneceram até o falecimento do fazendeiro. O Capitão Romualdo ainda teria iniciado a construção da primeira fábrica de vidros no Brasil, para embalar a aguardente para exportação, fato não comprovado, nem mesmo pela existência de três colunas de sustentação.
Na entrada do Condomínio Lagoinha, do lado da praia, forma encontrados registros de batizados de escravos de Romualdo Antônio de Oliveira, na Lagoinha, de 1836 a 1883, juntamente com membros da família Oliveira e família Prado. Os descendentes dos Prados da Lagoinha, Catarina Oliveira do Prado, Manoel Hilário Filho e Washington de Oliveira (seu Filhinho), declararam que o patriarca, Hilário Vicente do Prado, teria sido vizinho e compadre do capitão e de sua esposa Mariana.
A fábrica de vidros pelo arquiteto Carlos Augusto Mattei Faggin
As referências que faz à "Fábrica de Vidro" são fantasiosas: "... planejou (o capitão Romualdo) exportar aguardente, para o que necessitava vasilhame, foi assim que deu início à construção de uma fábrica de garrafas nas proximidades da praia, que não conseguiu (?) e cujos pilares permanecem de pé, eretos... (...)"
A 200m do mar e separados do engenho pela SP-55, estão em pé três pilares em pedra e cal, parte de um conjunto maior, de oito ou mais pilares que definem um edifício retangular com 18 metros de largura por 50 ou 60 metros de comprimento. Os pilares que restaram têm aproximadamente dez metros de altura e há furos para recebimento de vigas de madeira a seis metros do solo.
Não é possível determinar se essa estrutura pertencia ou não a uma "fábrica de vidro". Por outro lado, o pé-direito de quase seis metros é pouco comum para uso exclusivamente residencial. É possível que abrigasse alguma fábrica no pavimento térreo e residência no sobrado, porém é difícil aceitar a convivência de uma fábrica de vidro com qualquer outro uso no pavimento superior: o vidro é fabricado a partir de um forno de alta temperatura que despreende muito calor, tornando impossível a utilização de um sobrado. Acredita-se que o termo "Fábrica de Vidro", que é associado àquela estrutura, possa também se referir à embalagem de aguardente, apenas. As referências à produção agrícola e manufatura de Ubatuba, nos séculos XVIII e XIX, citam sempre pipas e tonéis como contenedores de aguardente e nunca garrafas ou vidros." - In: Sinópses, nº 12 - páginas 3 a 22 - novembro de 1989 - artigo de período da Fau/Usp - Carlos Augusto Matteifaggin
Penhora e Salvamento
A Fundart quase perdeu o seu único bem por conta de dívidas, nos anos de 95 e 96, pois deixou de recolher o INSS da empresa e o FGTS de seus funcionários. A dívida chegou a um montante de mais de R$ 900.000. A Fundart já havia recebido vários mandados de citação a respeito disto. Quando a atual diretoria assumiu a Fundart, em fevereiro de 1997, o terreno das ruínas estava penhorado, e já tinha data marcada para leilão. O primeiro passo tomado em relação a este problema foi a renegociação das dívidas através da prefeitura. Assim, as ruínas foram salvas de um possível comprador em leilão que poderia derrubar a construção.
Fonte : www.ubatubasp.com.br
Pequeno monumento indicando o trópico de Capricórnio em Ubatuba, localizado na Praça que leva o mesmo nome, isto é PRAÇA TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO, localizada denronte o Aeroporto de Ubatuba-SP
O Trópico de Capricórnio é o paralelo situado ao sul do equador terrestre, delimita a zona tropical sul que corresponde um limite do solstício que é a declinação mais meridional da elíptica do Sol sobre o equador celeste. É uma linha geográfica imaginária que fica localizada abaixo do Equador e indica a latitude 23,4º S (ou 23º26 de latitude sul). Cartograficamente é representado por uma linha pontilhada que divide a área tropical do subtropical, sendo que a temperatura anual das regiões localizadas ao sul do trópico de capricórnio por média é inferior a 18°C.
Atravessa três continentes e onze países:
Países
África
África do Sul, que conta com um distrito de Capricorn, província de Limpopo
Namíbia
Botsuana
Moçambique
Madagascar
Oceania
Austrália, que conta com um Parque Nacional Caios de Capricórnia e um Parque Nacional Costa de Capricórnio, ambos em Queensland
América
Chile
Argentina
Paraguai
Brasil
Criação do município de Ubatuba-SP
Criação do município
Com a paz restabelecida, o governador-geral no Rio de Janeiro, tomou providências para colonizar a área, com a intenção de assegurar a posse para a colônia de portugueses. A aldeia foi elevada a categoria de Vila em 28 de outubro de 1637 com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
No entanto Ubatuba começou a ser colonizado em 1600 por Inocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá e seu irmão Martim de Sá. Mais tarde a donatária da capitania, Mariana Sousa Guerra - a Condessa de Vimieiro, doou a sesmaria a Maria Alves que não podendo colonizar passou o registro das terras em 1610 para Jordão Homem da Costa, construindo a Capela de Nossa Senhora da Conceição continuando a colonização da Aldeia de Iperoig, que em 1637 foi elevada a Vila, com o nome de Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Durante o século XVII, a produção agrícola cresceu e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado Porto da Capitania de São Vicente. No entanto, a Vila de Ubatuba pertencia à jurisdição do Rio de Janeiro, até que uma ordem do Rei subordinou a São Paulo.
Com esse ato, Bernardo José de Lorena, governador da capitania de São Paulo, tinha poderes para manipular o controle do porto, em 1789, esse governo determinou que “toda e qualquer exportação só poderia ser feita pelo Porto de Santos e diretamente ao Reino”. Essa ordem causou grande impacto na agricultura e cultivo foi o início da “primeira decadência do município”.
Melo de Castro e Mendonça, sucessor de Bernardo José de Lorena, ao tomar posse em 28 de junho de 1797, logo procurou averiguar a razão das queixas dos habitantes do litoral.
Verificou que a proibição da exportação era realmente um entrave a economia de Ubatuba, concedendo em 28 de setembro de 1798, a liberdade de comércio e livre exportação.
fonte : winkpedia
Com a paz restabelecida, o governador-geral no Rio de Janeiro, tomou providências para colonizar a área, com a intenção de assegurar a posse para a colônia de portugueses. A aldeia foi elevada a categoria de Vila em 28 de outubro de 1637 com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba.
No entanto Ubatuba começou a ser colonizado em 1600 por Inocêncio de Unhate, Miguel Gonçalves, Gonçalo Correia de Sá e seu irmão Martim de Sá. Mais tarde a donatária da capitania, Mariana Sousa Guerra - a Condessa de Vimieiro, doou a sesmaria a Maria Alves que não podendo colonizar passou o registro das terras em 1610 para Jordão Homem da Costa, construindo a Capela de Nossa Senhora da Conceição continuando a colonização da Aldeia de Iperoig, que em 1637 foi elevada a Vila, com o nome de Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba. Durante o século XVII, a produção agrícola cresceu e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado Porto da Capitania de São Vicente. No entanto, a Vila de Ubatuba pertencia à jurisdição do Rio de Janeiro, até que uma ordem do Rei subordinou a São Paulo.
Com esse ato, Bernardo José de Lorena, governador da capitania de São Paulo, tinha poderes para manipular o controle do porto, em 1789, esse governo determinou que “toda e qualquer exportação só poderia ser feita pelo Porto de Santos e diretamente ao Reino”. Essa ordem causou grande impacto na agricultura e cultivo foi o início da “primeira decadência do município”.
Melo de Castro e Mendonça, sucessor de Bernardo José de Lorena, ao tomar posse em 28 de junho de 1797, logo procurou averiguar a razão das queixas dos habitantes do litoral.
Verificou que a proibição da exportação era realmente um entrave a economia de Ubatuba, concedendo em 28 de setembro de 1798, a liberdade de comércio e livre exportação.
fonte : winkpedia
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