terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PRIMEIROS ITALIANOS EM UBATUBA...Em resumo a histórias dos priemiros italianos que aqui chegaram..





Em 1874, uma certa Clementina Tavernari, de Concórdia de Modena, regressou do Brasil Imperial, onde era conhecida como Adelina Malavazi, com a incumbência de recrutar cinqüenta famílias de lavradores do norte da Itália.
A intenção era fundar, na então província de Santa Catarina, um núcleo colonial que seria denominado Maria Tereza Cristina em homenagem a Sua Majestade a imperatriz, de origem italiana e casada com D. Pedro II. Trata-se do primeiro experimento de colonização italiana no país.
Enrico Secchi o professor que auxiliou como secretário Clementina Tavernari no recrutamento das famílias, acompanhando-as durante a viagem e permanecendo no Brasil, descreve sua chegada ao Rio de Janeiro e outras aventuras, entre elas:



“… na volta ao Rio de Janeiro, Enrico Secchi foi convidado a entender-se com Joaquim Ferreira da Veiga, servidor público e proprietário de uma grande fazenda chamada Picinguaba, no município de Ubatuba, ao norte da então província de São Paulo.
Conseguiu a permissão oficial para retirar da hospedaria dos imigrantes cerca de 30 famílias há pouco chegadas da Itália, provenientes de Mántova, e também o transporte para a localidade. Um contrato foi feito com o proprietário, liquidando seus outros negócios e afazeres, dirigiu-se à Ubatuba, saiu recomendado pelo Cônsul Italiano em São Paulo:
deve-se ao sobredito Enrico Secchi um elogio por ter mostrado o máximo zelo em seu encargo…”
A viagem a Ubatuba, em 1887, foi a bordo do “piróscafo” Sepitiba, passando pelos portos de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.
Na chegada, foram recebidos pelo capitão Assunção que retornara do Paraguai, pelo senhor Veiga pai, Carlo Usiglio e grande número de pescadores residentes no local. Os colonos receberam lotes para trabalhar no plano e na montanha. Os dias, semanas, transcorreram na máxima calma, o trabalho se desenvolvia bem nas lavouras começadas.
Eis que uma forte maré inundou a parte plana e as águas entraram nas casas, somente por milagre foi possível salvar a vida de todos. Houve grande pânico e um desânimo tal que boa parte abandonou o local rumo a São Paulo, outros voltaram ao Rio de Janeiro e dali foram despachados pelo Governo Imperial ao núcleo colonial Rodrigo Silva, perto de Barbacena, em Minas Gerais.
Os que ficaram em Ubatuba cultivaram cana cuja colheita perdeu-se por não estarem prontos os alambiques prometidos, o pessoal desanimou. Enrico, a mulher e duas filhas tiveram uma saída de Ubatuba muito sofrida, obrigados a atravessar a pé a Serra do Mar para alcançar o Porto Paraty e daí embarcar num pequeno “piróscafo” para o Rio de Janeiro.

FONTE :
http://familiaberaldo.com.br/site/imigrantes-italianos-em-ubatuba-sp/



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