terça-feira, 17 de janeiro de 2012

TUPINAMBÁS , NOSSOS ANTEPASSADOS .....A Guerra contra os Tamoio



Os franceses não aceitaram a divisão do mundo entre portugueses e espanhóis. Visitavam a costa brasileira em busca do pau-brasil e mantinham contatos amistosos com vários grupos indígenas. Em 1555 resolveram fundar uma colônia, a França Antártica, na baía do Rio de Janeiro. Dois anos depois chegava Mem de Sá com a missão de expulsar os franceses.




Os Tupinambá de Ubatuba e do Rio de Janeiro uniram-se para lutar contra os portugueses com o apoio dos franceses. 
Os portugueses, por sua vez, estavam aliados aos Tupi ou Tupinikim de São Vicente e do planalto, tradicionais rivais dos Tupinambá, também conhecidos como Tamoio ou Tamuya, que na língua tupi significa avôo mais velho, nome respeitoso pelo qual os Tupinikim de São Vicente os chamavam, apesar de serem inimigos.
Esta guerra durou cinco anos, de 1562 a 1567.







Vários líderes Tupinambá se destacaram, principalmente Cunhambebe e Aimberê.




Cunhambebe - Cacique de Ubatuba (atual Angra doos Reis, Rio de Janeiro), grande líder tupinambá que comandou a primeira fase da guerra, morto em 1563, vítima da peste.
Aimberê - Filho de Cairuçu, cacique ttupinambá de Uruçumirim, aldeia localizada na atual baía da Guanabara. Comandou a segunda fase da guerra dos Tamoio e resistiu muito ao tratado de paz de Iperoig.
Caokira - Cacique de Iperoig (atual Ubatuba,, São Paulo), liderou os Tupinambá do litoral.
Pindobuçu - Cacique Tupinambá, amigo dee Anchieta e um dos articuladores do tratado de paz de Iperoig.
Os portugueses, além de sua superioridade técnica, possuíam armas de fogo e tiveram um grande aliado: a varíola. A epidemia matou muitos indígenas, inclusive o grande Cunhambebe, e Tibiriçá, que recebera o nome cristão de Martim Afonso.




Temendo que a derrota dos portugueses pudesse significar também o fim da missão católica, os jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta propuseram-se ir até Iperoig para negociar a paz.
Após um longo acerto entre portugueses, missionários e índios Tupinambá, estes dispuseram-se a terminar as hostilidades. Foi estabelecido, então, que os portugueses não escravizariam os Tupinambá do litoral e esses, por sua vez, não atacariam as vilas e fazendas do litoral.
Enquanto se concretizavam os detalhes desta paz em São Vicente, no dia 1º de março de 1565 chegava ao Rio de Janeiro uma esquadra portuguesa sob o comando de Estácio de Sá, sobrinho do governador, com a missão de expulsar definitivamente os franceses e exterminar os Tupinambá.
A guerra foi retomada e durou mais dois anos, deixando vítimas de ambos os lados, como Aimberê e Estácio de Sá.
Com a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, em 1565, os Tupinambá refugiaram-se em Cabo Frio. Em 1585 foram atacados pelas forças do governador do Rio e pelos traficantes paulistas de escravos. Cercados, tiveram de se render. Um grupo ainda conseguiu fugir para o interior de Minas, seguindo mais tarde para Santa Catarina, sempre se distanciando da fúria escravista dos colonizadores.
Surpreendidos pelos traficantes de escravos, muitos morreram, e os sobreviventes foram levados cativos para algumas aldeias dirigidas pelos jesuítas no Rio de Janeiro.
No início do século XVII, os Tupinambá do Sudeste estavam praticamente extintos.

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