sexta-feira, 27 de março de 2009

A VOLTA DO LIVRO " UBATUBA,ESPAÇO,MEMÓRIA E CULTURA"

CAROS AMIGOS DO SITE " O CAIÇARA" em especial os visitantes desta página,
a partir dessa semana estarei voltando a publicar na integra o livro "Ubatuba, espaço,memória e cultura" , escrito a quatro mãos por Juan Drouguet (Professor da USP) e Jorge Otávio Fonseca (mano caçula do editor deste site).
O livro retrata a história de Ubatuba desde a suas origens até os dias de hoje.

Começamos a partir desta semana , atualização sempre as 6 ª feiras, acompanhe , este livro foi lançado em 2005, e pode ser encontrado na nossa Biblioteca Municipal .

S U M Á R I O

PREFÁCIO
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I: UBATUBA, O PRIMEIRO SOL DO VERÃO

1. Itinerário da viagem por algumas praias de Ubatuba
2. Âncora nos principais atrativos culturais da cidade
3. O dia a dia de Ubatuba, do nascer ao pôr do sol


CAPÍTULO II: OS GUERREIROS DE IPEROIG E A FORÇA DA RAÇA LITORÂNEA

1. Os primórdios de Ubatuba.
2. Os Tupinambá, traço da força e da resistência de uma raça.
3. Iperoig: o advento do tempo e a conquista do espaço.


CAPÍTULO III: A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA NA SERRA DO MAR

1. Aspectos relevantes da vida cívica e cultural de Ubatuba.
2. Ubatuba na voz dos Meios de Comunicação Social.
3. A missão da Universidade e os novos processos de conquista do futuro.


BIBLIOGRAFIA

REFERÊNCIAS


INTRODUÇÃO


Ubatuba – espaço, memória e cultura é uma obra que se origina de uma amizade entre um habitante da cidade e um estrangeiro, para situar-se como um projeto de sistematização regional, visto na perspectiva do turismo, da história e da cultura local.

A cidade de Ubatuba como destino turístico constitui o ponto de partida para dois itinerários diferentes que se fundem para mostrar, conjuntamente, o lado perceptivo daquele que mora na cidade de Ubatuba, e o lado reflexivo do turista que interpreta os efeitos da paisagem e da história com a qual se reveste a cidade ao longo da escrita.

Trata-se de um tipo de construção teórica importante, no sentido de oferecer dados para toda e qualquer pesquisa que se venha a fazer sobre a região. Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, uma vez que decidimos fazer frente à esta aventura foi justamente a falta de registro escrito das tradições orais de Ubatuba. Esta questão conferiu a nossa obra um caráter inter e multidisciplinar, desafiando-nos o tempo todo a criar interstícios com as teorias do turismo, com a história do Brasil e, sobretudo, com a fenomenologia do espaço inscrita no imaginário cultural dos habitantes de Ubatuba. Acreditamos que do resultado deste refrescante mergulho, a imagem da cidade possa sair beneficiada plenamente, da mesma maneira que saímos nós uma vez que empreendemos esta travessia e que hoje apresentamos seu resultado.

Há, entretanto, alguns pontos que queremos advertir logo de entrada sobre nosso livro. Em primeiro lugar, o desafio do turismo em Ubatuba às políticas públicas e à iniciativa privada no sentido de investir na cultura local como fonte de conhecimento e progresso; em segundo lugar, reivindicar o valor identitário da cultura tupi no seu viés tamoio para reconhecer um traço importante do caráter brasileiro; e, finalmente, lançar uma proposta à universidade, responsável pela articulação institucional, mais do que necessária dos componentes humanos, que configuram a vida social de uma cidade que tanto tem a oferecer ao desenvolvimento cultural do país. Por esta razão, acreditamos que este seja só um passo de um projeto maior que se desdobrará em futuras publicações, pois o nosso desejo é comunicar um saber fruto da experiência e reivindicar o espaço físico e humano no qual a cultura se insere e se projeta no cenário nacional.

Desta forma, a estrutura do livro é também uma proposta de travessia, um roteiro turístico que se inicia pelo reconhecimento do espaço e do tempo passado, presente e futuro de Ubatuba.

No primeiro capítulo trataremos Ubatuba como um destino turístico, caracterizando os principais atrativos naturais e culturais que fazem do turismo e da pesca os principais eixos de sustentação econômica do município.

No segundo capítulo, apresentaremos um panorama histórico de Ubatuba, outrora conhecida como aldeia de Iperoig, habitada pelos mais aguerridos índios de raiz tupi, os tamoios – que preferiam ser chamados de tupinambás - cuja saga em prol de seus valores ancestrais formou um dos episódios mais originais da história do Brasil, traçando os moldes de uma identidade litorânea .

No último capítulo, desenharemos o quadro da atual configuração da cultura ubatubense delineada no progresso de suas instituições, modelada na imagem veiculada pela mídia e assumida pela universidade como missão a favor da pesquisa e da produção de conhecimento.

Convidamos a nossos leitores, habitantes de Ubatuba em primeiro lugar, turistas, comunicadores e interessados na cultura de modo geral, a percorrer o itinerário para redescobrir as encenações de uma cidade encantada de chuva e de sol.

CONTINUA ....ATUALIZAÇÃO DIA 03/ABRIL/2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

UBATUBA UM POUCO DE HISTÓRIA ......

Antigo Bebedouro na Praça Nobrega

 terra tamoia, da corruptela primeiros da terra, hospedava os filhos da aldeia de Yperoig (bacias de tubarões). Assim os livros da história do Brasil registram os acontecimentos na terra de Yperoig mas não explicam que esta, posteriormente, veio a denominar-se Ubatuba. Contam os documentos históricos que os primeiros europeus que tiveram contato intimamente com os indígenas foram Hans Staden e depois os jesuítas Anchieta e Nóbrega. Por volta de 1600, a aldeia de Iperoig despertou os interesses sócio-econômicos dos europeus. E somente em 1637, em 28 de outubro, ela foi elevada à categoria de Vila, sendo desde então conhecida como Ubatuba. Já em 26 de fevereiro 1731, por questões de interesses políticos deixou de pertencer a jurisdição do Rio de Janeiro, passando a pertencer definitivamente ao estado de São Paulo. Em 1789, com o funcionamento do Porto para exportação de café, cana-de-açúcar, fumo e outras especiarias, Ubatuba teve a maior renda ‘per capita’ do país. 
Hoje nossas lembranças em registros documentados podem ser reconstituídas em nossas memórias através de alguns monumentos fundamentados como, por exemplo o Sobradão do Porto, edificado em 1846, grande marco deste tempo economicamente glorioso. Mas foi somente em 1855, através da Lei nº 5, de 13 de março, que a Vila foi elevada à categoria de cidade. 
Quem acompanhou toda esta transição de Vila para cidade foi o prédio da Igreja Matriz, cuja construção teve o início em 1790 e foi concluída apenas em 1885, mesmo assim sem suas torres, erguidas muito depois. 
Entre inúmeros fatos vividos pela jovem Ubatuba em seus 365 anos, podemos citar a inauguração do novo sistema de água, em 20 de maio de 1896, que teve como marco um chafariz em praça pública que vertia vinho do porto da melhor qualidade... Vivências que os nossos olhos não tiveram a oportunidade de apreciar... Como, por exemplo, a pomposa comemoração do Instituto de História e Geografia do Estado de São Paulo ao terceiro centenário de Ubatuba marcado pelo Obelisco na praça Matriz, ou o dia em que chegou ao município a estátua de Nossa Senhora da Paz de Yperoig, doada pelo Papa no quarto centenário da Paz de Yperoig, colocada no local onde fora a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Sem contar as famosas bebidas que nosso paladar não teve o prazer de deliciar mas que acompanharam nossa história durante séculos como, por exemplo, a famosa Pinga Ubatubana, dos irmãos Chieus; a Pinga Iperoig, do senhor Toledo Pizza e a Pinga Jacaré do sr. Leovigildo Dias Vieira. 
Podemos observar também que nossa Ubatuba já teve tempos muito mais socialmente estruturados dos que os dias de hoje mesmo sem os privilégios do mundo globalizado como, por exemplo, os meios de transporte que dispunham de linhas: Marítimas de Santos a Ubatuba administradas por duas agências, a linha ferroviária de São Paulo até Taubaté, de onde seguia-se para Ubatuba de ônibus e a linha área diária de Rio/São Paulo com balizamento noturno pela Agência Valpar e posteriormente Vasp; provas natatórias internacionais, Copa de Caça Submarina, Torneio de Pesca de Lançamento, etc.. 
Podíamos estudar nossa história e aprender com ela, não cometendo os mesmos erros e usar os bons exemplos de administradores de nosso passado como, por exemplo, Ciccilio Matarazzo que deixou para o município projetos significantes engavetados não usados por questões puramente políticas. Ele construiu prédios de linha modernas projetados por um dos arquitetos edificadores de Brasília, Oswaldo Bratke como o prédio da prefeitura, hoje utilizado pela Biblioteca Municipal, em troca apenas de sua amizade e hospedagem inteiramente paga, sem nenhum custo adicional. 
A terra que já foi reconhecida como primeira no país e exterior em seu aspecto social, cultural, artístico, político, econômico, esportivo e até mesmo esotérico, parece ter sido esquecida e pouco valorizada pelos próprios munícipes, que preferem apenas se lamentar e culpar o prefeito da atualidade ou o pobre do Cu-nhambebe por sua maldição. Mas 365 anos de rica história e grandes conquistas ninguém apaga assim... Parece que somos uma moça de inusitada beleza mas que sofre de depressão e se acha a pior das espécies. Na verdade para resgatar seu glamour precisamos apenas de “água, sabão e boa vontade de todos!” deixando de lado as mesquinharias e olhar com bons olhos a terra que tudo tem e que é dona de uma beleza ímpar, sendo assim necessário apenas acabar com o mau hábito de reclamar e valorizar a terra que escolhemos para viver, e digo, com tanto que temos não precisamos de dinheiro para seduzir os visitantes, apenas de permitir nos envolver de corpo e alma, restando-nos agradecer a terra de Yperoig que abriga seus filhos e recebe de braços abertos os que nela estão. E com os olhos para o futuro comemorar seus poucos 365 anos de história, cabendo a nós continuá-la, boa ou ruim...


FONTE : Arquivo Jornal A Semana Ubatuba-SP

EDSON SILVA : Fatos e Fotos que contam nossa história

Possivelmente, senão existisse o caiçara Edson da Silva, 66, parte de nossa história encontrar-se-ia muito mais fragmentada. Graças ao seu instinto curioso em relação a história local, desde os seus dez anos de idade despertado pelo seu pai, o então vereador Antonio Atanazio da Silva, em 1937, que unido a outros quatro vereadores da época formaram a comissão, a qual decidiu as diretrizes da grandiosa comemoração do terceiro centenário de Ubatuba, data da qual as ruas e praças passaram a chamar-se por nomes de pessoas que contribuíram para história do Brasil e que tiveram alguma influência direta ou indireta no município, fatos que envaideciam e estimulavam o menino Edson a sempre querer saber mais. 
Seu pai recebia documentos valiosos e com fotos que registravam e ajudavam a reconstituir a nossa história, assim foi envolvendo-se e começou a anotar tudo, a reproduzir fotos e guardar documentos. Quando os professores, por muitas vezes falavam algo errado, ele logo contestava e dizia: “Não é isto que está escrito nos registros do Instituto Histórico”. Segundo ele, os professores nem sempre gostavam deste procedimento. A sua curiosidade foi tanta que chegou a estudar a História da História. Naturalmente quando você começa a ver um assunto ele o conduz para tantos outros. Assim, Edson navegou por muitos livros que contaram-lhe os segredos desde a Idade Média até nossa contemporaneidade. Por volta de 48, ele teve que mudar-se para Taubaté para estudar, fazer o ginásio. Assim empacotou todo seu rico arquivo e deixou-o guardado por muitos anos. Depois foi estudar na cidade de Santos, onde concluiu o Científico (antes tinha o Clássico, Cientifico e o Normal), mas sempre que podia ia recolhendo material. Em Santos, casou-se com Mª Nisora Inforsato da Silva, 66, com quem vive há 40 anos e tem as belas filhas Mª Beatriz, 38, e Ana Cristina, 34, e é avô coruja de duas netinhas, uma ainda pequena e a outro que está para chegar em breve a este mundo. Em Santos, trabalhou como conferente na Alfândega, quando, em 67, pediu licença e voltou para Ubatuba para brigar pelas terras do seu pai, a área que hoje pertence ao aeroporto. Infelizmente só conseguiu um “triste” reembolso do Governo do Estado, que justificou-o com a crise econômica em que todos enfrentavam em tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial. Com as filhas ainda pequeninas, ele e sua esposa resolveram efetivar-se em Ubatuba. Começou a trabalhar com aluguéis de casas, profissão que exerce até os dias de hoje. Foi então que deu continuidade ao seu hoby de estudar a história através de fotos e registros. Por muito tempo ele mesmo as reproduzia em seu laboratório particular, hoje prefere mandar fazer na capital. Em seu arquivo pessoal ele tem aproximadamente 400 fotos de fatos inéditos de nossa história, como comemorações de monumentos, o primeiro carro a visitar a cidade, inúmeros prédios em suas várias mudanças como, por exemplo, a igreja Matriz, enfim, seus inúmeros livros e recortes. Hoje Edson é convidado para realizar palestras nas escolas e faculdades, as quais está sempre disposto a fazer gratuitamente. Basta apenas dar o tema desejado. Por exemplo, na faculdade da Unitau já abordou diversos assuntos sobre o “Desenvolvimento da Hotelaria do Município”.
Ele conta e mostra as fotos de alguns prédios como, por exemplo, o Hotel e Restaurante Budapest, hoje prédio da Fundart; o hotel Tinoco, localizado onde hoje é o Hotel São Charbel. Segundo ele, o primeiro hotel pertenceu a Armando Bom, no prédio em frente ao Largo da Matriz, onde foi nosso último cinema, hoje abandonado, que posteriormente pertenceu a Idalina Graça. 
Conversar com Edson Silva é mesmo uma viagem no tempo e são tantas as informações que poderíamos escrever livros e mais livros com fotos e documentos. Durante dez anos, ele foi correspondente do jornal “O Estado”, onde ele enviava textos contando um pouco destes registros. 
Este semanário também usou muitas vezes suas informações documentadas e depoimento verbal: a história da Matriz, dos Três Brasões que a cidade teve, etc. Suas fotos estão sempre em exposições. As primeiras foram no Banco do Brasil; inaugurou com elas a Biblioteca Municipal e a Fundart. Sempre que as escolas solicitam, ele logo trata de prepará-las para mais uma viajem no tempo. 
Edson sente-se honrado de poder ajudar aos novos a entender o processo de nossa história, pois, quando iniciou sua rica coleção, fazia-a por prazer, nunca havia imaginado a importância que teria em um futuro próximo para todo um município, e que assim também estaria fazendo parte da importância da construção da história da mesma. Ele diz que seus livros e fotos são para ser consultados, pois na gaveta eles não têm nenhuma serventia. Quem quiser entrar em contato é só ligar para (12)3832-1275 ou visitá-lo em seu escritório na rua Liberdade, 410 - centro.


fonte : Arquivo do Jornal A Semana Ubatuba-SP

PRIMEIROS ITALIANOS EM UBATUBA...

Primeiros Italianos - Em 1874, uma certa Clementina Tavernari, de Concórdia de Modena, regressou do Brasil Imperial, onde era conhecida como Adelina Malavazi, com a incumbência de recrutar cinqüenta famílias de lavradores do norte da Itália. A intenção era fundar, na então província de Santa Catarina, um núcleo colonial que seria denominado Maria Tereza Cristina em homenagem a Sua Majestade a imperatriz, de origem italiana e casada com D. Pedro II. Trata-se do primeiro experimento de colonização italiana no país.
Enrico Secchi o professor que auxiliou como secretário Clementina Tavernari no recrutamento das famílias, acompanhando-as durante a viagem e permanecendo no Brasil, descreve sua chegada ao Rio de Janeiro e outras aventuras, entre elas:
"... na volta ao Rio de Janeiro, Enrico Secchi foi convidado a entender-se com Joaquim Ferreira da Veiga, servidor público e proprietário de uma grande fazenda chamada Picinguaba, no município de Ubatuba, ao norte da então província de São Paulo. Conseguiu a permissão oficial para retirar da hospedaria dos imigrantes cerca de 30 famílias há pouco chegadas da Itália, provenientes de Mántova, e também o transporte para a localidade. Um contrato foi feito com o proprietário, liquidando seus outros negócios e afazeres, dirigiu-se à Ubatuba, saiu recomendado pelo Cônsul Italiano em São Paulo: "deve-se ao sobredito Enrico Secchi um elogio por ter mostrado o máximo zelo em seu encargo..."
A viagem a Ubatuba, em 1887, foi a bordo do "piróscafo" Sepitiba, passando pelos portos de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty. Na chegada, foram recebidos pelo capitão Assunção que retornara do Paraguai, pelo senhor Veiga pai, Carlo Usiglio e grande número de pescadores residentes no local. Os colonos receberam lotes para trabalhar no plano e na montanha. Os dias, semanas, transcorreram na máxima calma, o trabalho se desenvolvia bem nas lavouras começadas.
Eis que uma forte maré inundou a parte plana e as águas entraram nas casas, somente por milagre foi possível salvar a vida de todos. Houve grande pânico e um desânimo tal que boa parte abandonou o local rumo a São Paulo, outros voltaram ao Rio de Janeiro e dali foram despachados pelo Governo Imperial ao núcleo colonial Rodrigo Silva, perto de Barbacena, em Minas Gerais.
Os que ficaram em Ubatuba cultivaram cana cuja colheita perdeu-se por não estarem prontos os alambiques prometidos, o pessoal desanimou. Enrico, a mulher e duas filhas tiveram uma saída de Ubatuba muito sofrida, obrigados a atravessar a pé a Serra do Mar para alcançar o Porto Paraty e daí embarcar num pequeno "piróscafo" para o Rio de Janeiro."

fonte : WWW.REFUGIOAMBIENTAL.COM

ANTIGA PRAÇA NOBREGA


Na foto, onde hoje é a loja CASAS BAHIA, tinhamos há muitos anos atrás o BANCO NOVO MUNDO, depois funcionou alí o BANCO ECONOMICO , depois o BANCO BILBAO E VISCAYA e ai virou uma LOJA DAS CASAS BAHIA. Confira  do lado esquerdo , a rua Maria Alves, hoje Calçadão Maria Alves, assim era UBATUBA ...

sábado, 21 de março de 2009

INAUGURAÇÃO DO OBELISCO DA PRAÇA DA MATRIZ...


Estamos no ano de 1937, na foto a inauguração do Monumento em comemoração ao 300 anos da Fundação de Ubaatuba, nos fundos antigas casas, as quais hoje já não existe mais. A esquerda um predio, que como quase todas as construções antigas de Ubatuba , também não existe mais (onde depois foi construido o antigo cinema de Ubatuba, também demolido.  Assim era a Praça da Matriz háa 72 anos atrás..Assim era Ubatuba.

 

BREVE HISTORIA DA SANTA CASA DE UBATUBA...

Não se tem uma data precisa da fundação da casa de Caridade da Irmandade do Senhor dos Passos de Ubatuba, atual Santa Casa de Misericórdia. Acredita se que tenha sido criada em 1854. Sabe-se que é um dos antigos estabelecimentos hospitaleres do Estado de São Paulo.


Suas instalações próprias ficavam no quarteirão das ruas Salvador Correa, Dom João III e Jordão Homem da Costa. Sua arquitetura era no estilo colonial como nossa antiga Câmara Municipal.

Tinhas dependências simples com enfermarias distintas para homens e mulheres, sala da diretoria, apartamentos para irmãos, sala , refeitorio, cozinha, quartos de banho e uma capela com imagem de seu patrono, o Senhor dos Passos.
Em 28 de agosto de 1912, aconteceu uma tragédia, uma vela acessa junto ao altar da Santa Casa propaagou fogo as cortinas e dali as chamas se espalharam, ocasionado uma enorme inc~endio, o qual veio a destruir totalmente o edificio, inclusive todo o arquivo com toda a documentação da Santa Casa, felizmente não houve perdas pessoais a lamentar. Uma reunião dos sócios da Irmandade deu conta do ocorrido. A posse do terreno ficou comprometida, já que não havia mais documentos que comprovasse a posse do terreno e o livro do cartório onde havia sido lavrada a escritura estava em péssimo estado. O atendimento médico seguiu em precárias condições, em prédio no largo da Matriz, até 19l9, quando no dia 11 de dezembro de 11920, Luis Antonio Teixeira Leite e sua esposa Virginia Teixeira leite doaram o prédio, onde atualmente funciona a nossa Santa Casa.

Hoje com a nova ala recém inaugurada, e visível constatar as melhorias a favor da saúde da população do município. Com as dependências ampliadas entre as ruas Conceição até a Professor Thomáz Galhardo. Hoje dispõe de melhores equipamentos médico-hospitalares e grande equipe médica.


Baseado no Informativo da Santa casa de Ubatuba - n º 01/2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

ASSIM ERA UBATUBA.....Esta é a Rua do Telegrafo

Esta é a antiga Rua do Telegrafo, hoje rua Conceição, a direita onde ficava o Telegrafo, hoje funciona o Hospital, ao fundo a esquerda temos o prédio da Câmara Municipal (antiga Câmara).
Assim era Ubatuba em 1914. Veja esta e outras fotos no roda pé desta página.
Uma a uma todas as antigas construções ubatubanas foram derrubadas, com isso perdeu se muito da história de Ubatuba-SP. Hoje sobrou o casarão e poucas casas e é certo que logo logo perderemos o nosso "Cartão Postal" o Casarão do Porto, pois infelizmente em Ubatuba não se preserva antigos prédios.

ASSIM ERA UBATUBA......

quarta-feira, 18 de março de 2009

HISTORIAS DA ALMADA : A novidade

Praia da Almada - início dos anos 80
O armazém do Seu Pimenta na barra dos pescadores sempre foi o local de compras dos moradores da Almada. Quando ainda não tinha a estrada, o único meio de transporte para Almada era canoa ou barco.
Com a chegada da estrada ao bairro os moradores continuaram comprando no pequeno e simpático armazém administrado pelo Amauri. Mas as compras não iam mais de barco e sim de Kombi na esburacada estrada da Almada. Foi um dos primeiros carros a entrar na praia. Quando chegava era um acontecimento e na praia de areia fofa sempre atolava. Na mesma hora juntava gente de todo lado e empurrava o automóvel até sair do atoleiro.
Zequinha chegava á praia lotado de compras e saia abarrotado de marmanjos e crianças. Com a recém chegada da estrada poucos na praia já haviam andado de carro e uma Kombi ali na nossa frente era a oportunidade de contar para a mãe que tinha andado de carro. Não pensávamos duas vezes. Subia aquela criançada na Kombi para ir até a rodovia Rio-Santos e voltávamos a pé quatro quilômetros todos sorridentes comentando com os amigos o grande feito. Bons tempos!!!!!!


FONTE : http://fernandodaalmada.blogspot.com/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Casa da Farinha



Para quem visita o norte de Ubatuba, uma das atrações encontradas no Núcleo Picinguaba (Parque Estadual da Serra do Mar) é a Casa da Farinha. No final o século passado, era uma usina de açúcar e álcool, que foi abandonada. Na década de 50 foi aproveitada a roda d'água para movimentar os aviamentos de uma casa de farinha. Em 1986 o Parque Estadual a recuperou totalmente, e até hoje é utilizada na produção de farinha de mandioca.

Um local histórico em meio à Mata Atlântica preservada, é ainda o início para uma trilha importante, passando pelo Jatobá, Poço da Rasa e seguindo ao Morro do Corisco. Mas estas trilhas só devem ser feitas com o monitoramento de guias especializados, que inclusive poderão dar informações magníficas sobre a história do local e a Mata Atlântica, tornando o passeio uma experiência inesquecível.


Ao lado da Casa da Farinha passa um riacho de rara beleza, e seguindo pelo início da trilha passa-se pó um rio com inúmeras pedras e corredeiras e a poucos metros tanques para um delicioso banho. A equipe do projeto expedição fotográfica fez uma visita à Casa da Farinha e conferiu este pequeno trecho para mostrar a vocês.


FONTE : www.ubatuba.com.br


sábado, 7 de março de 2009

CONHEÇA A BIBLIOTECA MUNICIPAL DE UBATUBA

Com acervo de aproximadamente 25 mil volumes, inclusive no sistema braille, a Biblioteca Municipal é administrada pela Fundart atendendo principalmente o público estudantil.

Nas datas institucionais, como por exemplo: Dia do Índio, do Folclore, Independência do Brasil, aniversário da cidade, é que os alunos mais procuram a biblioteca.
Mas não apenas as pesquisas escolares que movimentam o dia-a-dia dos livros. É grande o número de empréstimos verificados diariamente. Paulo Coelho lidera a preferência dos leitores. Zíbia Gasparetto, Sidney Sheldon e Agatha Christie também não deixam seus livros parados nas estantes.
Para o empréstimo de livros, o leitor deve primeiramente fazer sua carteira. A carteira é feita automaticamente sem espera.
O acervo de livros é aberto e o leitor pode manusear livremente as estantes e escolher a obra de sua preferência.

--Sistema Braile--

A Biblioteca Pública Municipal Ateneu Ubatubense, conta hoje com um setor em braille. Quarenta e seis títulos e oito fitas cassetes, integram o acervo totalizando cento e noventa e um volumes.
Podemos encontrar autores e livros consagrados tais como: O Guarani - José de Alencar, O Homem e o Tempo - Raquel de Queiróz, Noite na Taverna - Alvarez de Azevedo e, o Alquimista - Paulo Coelho, possibilitando ao deficiente visual a sua inclusão no mundo da literatura.
A leitura para deficientes visuais nasceu, de um sistema utilizado pela artilharia francesa no século XIX: a escrita noturna. Pontos em relevo eram gravados em um retângulo com 6 pontos de altura por 6 de largura, para leitura no campo de batalha.
Em 1.821 o capitão reformado Charlles Barbier, visitou o Instituto para Jovens Deficientes Visuais e apresentou o sistema, que foi aceito pela escola. Ali estava matriculado Louis Braille, menino cego de 12 anos de idade.
Braille estudou o método, aperfeiçou os sinais e criou o sistema utilizado até hoje em todo o mundo. Treinados, os deficientes visuais podem ler em média duzentas palavras por minuto. Na leitura visual, uma pessoa consegue ler mais ou menos duzentos e cinquenta palavras por minuto.

--Carteirinha--
01 foto 3x4 (atual;
01 Comprovante de residência (conta de água, de luz, ou de telefone atuais, ou seja, do mês anterior, ou o carnê de IPTU do ano vigente);
01 Documento original (RG, ou RG Escolar atual, ou Certidão de Nascimento ou de Casamento), e número de telefone fixo residencial ou para recados. (não pode ser celular).

Sua Carteira da Sócio da Biblioteca Pública Municipal é um documento pessoal e intransferível!

OBS.: A carteirinha será RENOVADA se a situação do SÓCIO estiver regularizada, ou seja, "livros devolvidos e dívidas pagas".

--Endereço--

Praça 13 de Maio, nº 52 - Centro


FONTE : FUNDART

AGENDA CULTURAL DA FUNDART : MÊS DE MARÇO 2009

- - PROGRAMAÇÃO CULTURAL
- - MARÇO 2009


02 – Segunda-Feira – Início das Oficinas Culturais

05 – Quinta-Feira
Noite Sertaneja
21h:00 Auditório Fundart

07 – Sábado
20:30 – Música na Praça
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
Praça Exaltação à Santa Cruz

08 – Domingo
20:00 Abertura das exposições: “Novos Olhares Sobre Ubatuba”
do Artista Plástico Ennio Ângelo e da “IX Exposição Comemorativa do Dia Internacional da Mulher”
Salão de Exposições da Fundart
Abertas de 09 a 22/03/09 das 08h:00 às 18h:00
Sábados e domingos das 18h:00 às 22h:00

12 – Quinta-feira
Noite Sertaneja
21h:00 Auditório Fundart

14 – Sábado
20:30 – Música na Praça
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
Praça Exaltação à Santa Cruz

19 – Quinta-feira
Noite Sertaneja
21h:00 Auditório Fundart

21 – Sábado
14h:00 às 17h:00 – Oficina de Geração de Renda – Coelho da Páscoa em Tecido
com a artesã Helena Ottoni Tracchi
Rancho das Artes – Sobradão do Porto
Inscrições na Fundart

20h:30 – Música na Praça
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
Praça Exaltação à Santa Cruz

26 – Quinta-feira
Noite Sertaneja
21h:00 Auditório Fundart

28 – Sábado
20h:30 – Música na Praça
Banda Sinfônica Lira Padre Anchieta
Praça Exaltação à Santa Cruz

Participe das reuniões dos Grupos Setoriais da Fundart
05 – 18h:30 – Grupo Setorial de Folclore e Tradições Populares
06 – 18h:30 – Grupo Setorial de Artes Cênicas e Dança
13 – 18h:30 – Grupo Setorial de Música
19 – 18h:30 – Grupo Setorial de Fotografia, Cinema e Vídeo
24 – 18h:30 – Grupo Setorial de Artesanato
26 – 18h:30 – Grupo Setorial de Artes Plásticas


As reuniões serão realizadas na sede administrativa da Fundart
Rua Dr. Félix Guisard Filho, 6 – Centro – Ubatuba.



FONTE : Fundart

domingo, 1 de março de 2009

FUNDART INFORMA : noticias sobre a cultura ubatubense...

“Povo que não tem memória não tem nada para contar”
Idalina Graça



4º Festival de Marchinhas Carnavalescas termina com sucesso

No último dia 20 de fevereiro encerrou-se o 4º Festival de Marchinhas Carnavalescas de Ubatuba, que neste 2009 teve 30 composições inscritas, apresentadas em duas eliminatórias nos dias 13 e 14 do mesmo mês, com arranjos do maestro Valdecy dos Santos, com acompanhamento da Banda Maestro Pedrinho.
Grande público compareceu nas três noites à praça da Matriz, com torcidas organizadas que fizeram toda a animação com muitas fantasias e cores.
O primeiro lugar coube à composição Chegou a Hora, letra, música e interpretação de Geraldo Ottoni; 2º lugar, Mariposa, composição e interpretação de Júlio Mendes; 3º lugar, Carnaval, Banda e Pipoca, de Paulo Wladimir Z. da Mota, que ganhou também o prêmio de Melhor Intérprete com Maria Luiza da Motta e Ana Lúcia Gil de Oliveira ; 4º lugar, Amor de Carnaval, também de Geraldo Ottoni e 5º lugar, Tô que Tô, de Leda P. Cardoso interpretação de Leda Cardoso, Vera Tango e Késia., premiada com a Melhor Letra. Neste ano tivemos autores de S. Paulo, Jacareí, Pindamonhangaba, São José dos Campos e Ubatuba e dez composições participaram da final.

Marchinhas: ontem, hoje e sempre

O gênero, vem atravessando muitas décadas e várias composições vêm sendo gravadas em ritmos diferentes por grandes intérpretes da MPB. Elis Regina foi uma delas, dado o valor de grande parte dessas composições.
Para Pedro Paulo, presidente da Fundart, “as marchinhas e sambas de carnaval são registros do cotidiano brasileiro através dos tempos e expressam a dor, a tristeza, a alegria, o amor... sempre com graça, ironia e mesmo sátira, de forma sadia, em diferentes leituras do cotidiano sentimental brasileiro” e acrescenta: “O Carnaval (Festival de Marchinhas e Carnaval Histórico), que somaram 7 noites de alegria sem violência nenhuma, deveu-se em grande parte ao fato de que a todo momento o conteúdo/melodia das composições chamavam sempre para as brincadeiras e ironias alegres habitantes do inconsciente coletivo”, disse Pedro Paulo.

Festival homenageia figuras da nossa cultura popular

Em seus quatro anos de realização o Festival de Marchinhas Carnavalescas de Ubatuba vem homenageando figuras da nossa cultura popular: Ney Martins, Dona Ophélia, Amaro, Bimba, Mestre Veiga, João Alegre e outros. Neste 2009 os ícones João Paulino e Maria Angu, bonecões da categoria Gigantes de Cortejo, fizeram a decoração do Carnaval de Ubatuba, tanto na praça da Matriz como na Avenida Iperoig.
Prefeitura à frente, com a Fundart e a Secretaria de Turismo, juntas, somaram esforços para fazer o Carnaval/2009, que apresentou festa para todos os gostos, lotando os locais onde reinaram os folguedos de Momo.

Carnaval Histórico na sequência natural do Festival de Marchinhas

De 21 à 24, mais uma edição 3ª do Carnaval Histórico lotou a praça da Matriz durante as quatro noites. Referência importante foi a ausência total de qualquer tipo de ocorrência. Moradores de Ubatuba e Turistas brincaram pra valer numa festa que reuniu crianças, jovens e adultos em sintonia com a alegria